segunda-feira, março 31, 2008

Nauru

sorte que esse ano sai um novo filme do James Bond, né? tô louco pra ver um novo... ou rever "Casino Royale" umas dez vezes...

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domingo, março 30, 2008

medicina

segundo a "Folha de São Paulo", esse ano "House" desbancou "Heroes" e "Lost" e passou a ser a série de TV mais assistida na TV paga.

das duas, uma: ou o Brasil está se tornando um lugar melhor ou as pessoas estão cada vez mais hipocondríacas.

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coisas que eu nunca te disse #24

of all the things I felt but never really shown
perhaps the worst is that I ever let you go
I should not ever let you go, oh oh oh

it's not over tonight
just give me one more chance to make it right
I may not make it through the night
I won't go home without you


(Maroon 5, "Won't go home without you", 2007. mais uma belíssima música de corno dos caras, com um clipe à altura)

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sábado, março 29, 2008

luminária

de férias do trabalho até segunda-feira, passei ali pelo começo da Asa Sul hoje, levando o Lelo para que ele almoçasse. na banca da 103 - surpresa! - havia um exemplar da Tatler. não acreditei. quis levá-lo comigo, mas quem disse que eu tenho coragem de empatar 53 reais numa revista? pois é, tenho não.

mas aí vi na página deles que uma assinatura para o Brasil custa 79 libras, e o preço por edição cairia para 23 reais. e não, não dá para ser mais acessível do que isso porque a Tatler é "o mais estiloso e e indispensável guia da sociedade". e até conseguiu transformar a princesa Eugênia numa mulher linda.

*

por falar em princesa Eugênia, enquanto eu procurava subsídios para escrever esse texto, dei Google nela para ver se achava alguma foto do ensaio pra Tatler. achei no Telegraph. beleza. aí você lê ali no texto do lado, sobre a princesa:

She watches Big Brother but also loves explaining why John Steinbeck's Of Mice and Men is one of her favourite novels.

eu assisti o Big Brother na última semana, só para ter assunto no trabalho. e faz pouco mais de 40 minutos que li, de uma só vez, "Ratos e homens", do John Steinbeck, um belo livro.

*

e como se as coincidências parassem por aqui, o guia de viagens da Tatler recomenda a Fazenda da Lagoa, na Bahia. e diz, sobre o lugar:

All you can hear is the blissful whispering of the pampas grass. When you can be bothered to move, you can bike on the beach, enjoy a surf lesson, picnic by the lagoon or flop in the spa. Heavenly service and amazingly quiet – this is tropical isolation at its purest..

pois é. quem foi que disse, no post passado, que queria ir pra Bahia... parece que eu já tenho os mesmos gostos da aristocracia; só me falta o título de nobreza. alguém aí me vende um?

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saguão

depois de passar a noite tomando chope estranho com amigos, especulando sobre o futuro da humanidade (idiotização? mentes virando queijos-quentes? o governador passando para nos recolher às duas da manhã? Gatorade sendo utilizado para irrigar lavouras?), ligo o rádio na Rádio Câmara e vou ouvindo ali o que tem de melhor na madrugada. depois de um bloco de MPB, vem a seqüência matadora: "Stay", do U2, "Knives out", do Radiohead (que nem é tão boa, mas saber que o poder público está botando no ar uma coisa dessas é uma delícia) e uma música cheia de malemolência, dissonâncias, órgão e piano ao mesmo tempo e uma voz desconhecida.

já tinha chegado em casa quando essa música estava tocando, mas decidi aguardar pelo seu fim, para que o locutor me dissesse quem estava interpretando aquela belezinha, que me fez pensar nas minhas férias de 2010, no interior da Bahia, vendo aquele mar cristalino e abstraindo do futuro da humanidade por umas horas. e a música era "Here it comes", do Doves. não reconheci a voz porque ela é cantada pelo baterista.

subi até o apartamento e peguei a música: agora pode vir um sol de trinta e cinco graus que eu tô preparado para tamanha tropicalidade.



(...) she doubles up and comes back Sundays
and she will come
into your heart
it goes on and on and on

here it comes
here comes my day in the sun
here it comes
here comes my time in the sun

this is the day
this is the time
to stare at the skies in wonder...

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sexta-feira, março 28, 2008

aristocracia

tenho dois textos sobre a visita da Carla Bruni para indicar, ambos trazidos a mim pela Lisa. mas peço para que coloquem "Promises like pie crust", cantado pela musa italiana, antes de ouvir.

o primeiro é esse aqui, a coluna do Ivan Lessa dessa semana. nele, o mestre manda uma bola no ângulo no último parágrafo:

A visita de Estado de Carla Bruni foi uma das mais espetaculares dos últimos anos, garantem aqueles que entendem do riscado.

o segundo, antológico, é do Gilles Lapouge, correspondente do "Estado de São Paulo" em Paris. e que, em uma só sentença, pega o Zeitgeist da história e ainda explica porquê eu sou monarquista:

Já era um conto de fadas, mas não era real. Ontem, em Londres, foi um conto de fadas de verdade, em pleno século 21. É essa a graça das grandes monarquias européias: elas flutuam sobre o tempo.

para quem quiser um pouco de fotos, tem aqui (obrigado, Lisa, por essa dica também).

(nota: apesar de não conter nenhuma entrelinha, esse post foi etiquetado como "prata" porque os textos são antológicos. e a primeira-dama da França, ainda mais)

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quinta-feira, março 27, 2008

gato

"Black cat", primeira música de trabalho do novo disco do Ladytron, a ser lançado em junho (o nome é "Velocifero"), já pode ser ouvida no myspace deles. estou ouvindo agora e a primeira coisa que me veio à cabeça foi um disco do William Basinski, "Disintegration loops", que eu nunca ouvi. acho que é pelo nome dele, e pelo fato de que essa nova do Ladytron é cheia de loops. ou então porque minha cabeça está se desintegrando. hoje, na minha última hora de Telerj, comecei a cantar "minha mente... tá virando um queijo quente..."

*

aniversário do meu chefe hoje. além de caprichar na atualização da nossa página, liguei pra ele para dar os parabéns. depois de seis tentativas, localizei-o... no interior da Bahia, onde, com seu valente 4x4, ele estava preso em um atoleiro e esperando o resgate chegar. ele é o cara.

*

smooth transition back to color mode. acabei de ler essa frase e constatei: é disso que preciso. bem devagar, que é para que nada se quebre ou mude de estado físico.

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Carlinha

(nota: ela merece)
Sarkozy fica "emocionado" com recepção britânica à sua mulher
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, cuja turbulenta vida amorosa tornou-se alvo de ataques lançados pela imprensa, afirmou hoje ter ficado muito emocionado diante da forma calorosa com que sua nova mulher, Carla Bruni, foi recebida na Grã-Bretanha. Sarkozy viu seus índices de aprovação despencarem na França durante seu romance com a ex-modelo. Os eleitores franceses deram sua punição nas eleições municipais, queixando-se de que o presidente se ocupava demais de sua vida amorosa e não se concentrava suficientemente nas dificuldades enfrentadas pela economia do país.

Os meios de comunicação franceses e britânicos, no entanto, não pouparam elogios à elegante estréia de Bruni no papel de primeira-dama. A ex-modelo acompanhou Sarkozy na visita ao Castelo de Windsor, onde os dois foram recebidos pela rainha Elizabeth com um suntuoso banquete oficial. O Daily Telegraph, da Grã-Bretanha, perguntou: "Carla é a nova (princesa) Diana?". Os jornais franceses mostraram-se entusiasmados com a impressão causada pela atual mulher de Sarkozy.

Já o presidente francês afirmou: "Fiquei muito emocionado pelo modo como Carla foi recebida". "Acho que ela merecia isso. Já aconteceram tantas coisas... Estou muito feliz por ver que lhe fizeram justiça", disse Sarkozy a repórteres em uma entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown. Sarkozy, 53 anos, separou-se de sua segunda mulher, Cecilia, em outubro após um casamento de 11 anos, e apenas cinco meses depois de tomar posse. Em fevereiro, o dirigente casou-se novamente, desta vez com a modelo e cantora Carla Bruni, 40 anos.

O líder francês, apelidado de "Presidente Bling-Bling" em virtude de seu estilo de vida chamativo, que inclui a ostentação de óculos Ray-Ban e relógios Rolex, ficou claramente satisfeito com a forma como o casal foi retratado nos meios de comunicação nos últimos dias. "Todos perceberam que ela é uma mulher com convicções, sensibilidade e humanidade. E são as convicções, sensibilidade e humanidade que dão elegância a Carla", disse.

Brown e Sarkozy tentaram suplantar um ao outro na troca de elogios - um cenário bastante diferente das relações complicadas mantidas pelos dois países em tempos recentes. O líder francês chamou seu companheiro britânico de "um dos melhores ministros das Finanças que a Europa já conheceu", cargo que Brown ocupou antes de tornar-se primeiro-ministro. Brown, saudando o que espera sejam mudanças profundas nas relações entre os dois países, deu as boas-vindas ao que chamou de "aliança formidável".


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quarta-feira, março 26, 2008

calcio

minha Suécia perdeu? sem problema, meu Santos compensa.

*

e esse CQC? tô assistindo aqui, bem legal. no youtoba já rola discussão pra saber se é melhor que o Pânico, mas são estilos diferentes: um tem gostosas, o outro não. simples assim.

*

se eu fosse trocar de carro hoje, compraria a nova versão do Mégane, que sai daqui a dois meses. com aquele pacote esportivo e com adesivos em preto lacado para o painel, dentre outras coisas. o meu seria verde ou angorá, ainda não sei. mas por que estou dizendo isso? ah, lembrei: não tenho assunto.

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terça-feira, março 25, 2008

sanidade

"- Maria?"
"- oi?"
"- a chefe não ia viajar essa semana?"
"- ela vai viajar amanhã à noite."
"- séééério?"
"- é."
"- então quer dizer que quinta e sexta eu posso vir trabalhar de cueca?"
"- não, não pode." (rindo)
"- pô Maria, trabalhar sem cueca é difícil."

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segunda-feira, março 24, 2008

infâmia

para quem vota(ria) no Partido Democrata:

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jabuticaba

uma volta mais devagar: faz tanto tempo assim que estou parado? na verdade não... essa prova do final de semana é que me deixou bastante cansado. mas está longe de me matar. até porque, depois da última prova existem coisas legais pra se fazer, e eu passei um bom tempo com elas.

*

hora de ir ao supermercado, ser criativo e dar um reload na despensa: andei pedindo dicas de coisas legais para se comprar, vendo listas de compras alheias, consultando páginas de receitas... dá trabalho fazer comida legal, né? mas é preciso. como diria aquele slogan da Volvo, é pela vida.

*

ah, lembrei: uma garrafa de champanhe!

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domingo, março 23, 2008

ferricianeto

baixei seis discos de sexta para hoje, e estou tentando agora o sétimo. é música até dizer "chega". adeus, tédio no trânsito. olá, singalong dentro do carro. adeus, voz do Brasil. olá, comando satélite do rádio na coluna de direção.

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sábado, março 22, 2008

onírico

então eu estava na 106 sul, quinta-feira à noite, com vários amigos em volta. comida legal, Coca Light, conversa fluindo, ar-condicionado forte como deve ser, música boa. pensava em várias coisas: no pé-direito alto do lugar, em planos para o trabalho, em tomar vergonha na cara e levar algumas coisas a sério - mas nada fatal.

várias meninas lindas no ambiente, dentre elas uma versão melhorada da Britney Spears no auge. nem me aproximei delas, não achei que fosse preciso. apenas relaxei e constatei que ali eu era uma pessoa feliz. com dez quilos a mais, lutando a cada mês para equilibrar o orçamento e sem amar ninguém, mas feliz. e não me faltava absolutamente nada: até a paz de espírito, aquela desgraçada, estava ali comigo.

e quando começou a tocar "Relax, take it easy", aquela música do Mika que eu odiava apenas seis meses atrás, a última peça se encaixou. e eu não só vivi feliz para sempre naquela noite como ganhei coisas para pensar em todos os dias.

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maçã

aí o notebook entrou no meio da pilha de coisas pra ir pro lixo... e foi.

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boooooora, galera!

todo mundo dançando agora:

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sexta-feira, março 21, 2008

ameixa

a Heloísa também me escreveu na quarta-feira, vejam só:

ontem eu escrevi um comentário para você, mas minha conexão caiu bem quando eu cliquei em "publicar". mas bem, paciência. eu dizia que já acompanho seu blog faz um tempo e que eu o conheci porque é um dos preferidos do meu marido fabiano, do blog aleatório. eu queria aproveitar que você tinha falado sobre sua musa luísa para passar o link de um post sobre outra musa, a plum sykes: http://thestilettoeffect.blogspot.com/2008/03/plum-princess.html
é muito legal, tem várias fotos, inclusive dela se casando, loiríssima.
ah, adorei a jaqueta (o fabiano também curtiu). e o casaco burberry então... sem comentários.

heloisa


primeiro de tudo: obrigado por ler aqui, Heloísa. bom saber que virou um hábito de família :) a Plum é outra musa absoluta deste blógue por ser tão aristocrática quanto qualquer outra mulher do meio dela, mesmo sem ser de família nobre, como acho que todo mundo aqui sabe. as fotos desse link aí que você passou são, até agora, as melhores que já vi dela, meu deus. insuperáveis. gostaria apenas de fazer um pedido, se não for abusar: tem um certo blógue aí que se encontra sem uma atualização desde primeiro de janeiro desse ano... e acho que você pode ajudar os leitores de bom gosto a pressionar o dono dele a voltar, não?

um abraço aos dois!

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quinta-feira, março 20, 2008

bloco

a seguir (isso quer dizer amanhã):

- Heloísa Goto e a Plum Sykes;
- pensando duas vezes antes de falar;
- eu já estou sonhando e não me dei conta;
- cabelos, ui;

e as últimas dos corredores da Telerj, das mesas do Bierfass que dão vista para o lago, das garotas de salto dez e do fim do mundo como o conhecemos. mas só amanhã, e eu peço desculpas, porque agora vou ali na 106 sul e não volto hoje. xau!

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quarta-feira, março 19, 2008

publicando

em raro momento, este blógue recebeu ontem duas correspondências (comentários) que merecem ser publicadas. uma delas, de origem anônima - pensei que fosse o Rogério, mas não é - diz o seguinte:

Acho interessante todas às vezes que vc fala sobre trabalho no seu blogué.
Sugiro que fale sobre seu início profissional e como vc chegou ao ponto de gostar tanto de trabalhar.
Vc sabe pq vc gosta tanto de trabalhar?
O que te motiva?

meu início profissional foi escrevendo. fazendo jornalismo sem ser formado na área, sem ganhar nada por isso também. depois vieram umas ocupações (corretor de imóveis, escritor bissexto, mercador de commodities) que nunca me tomaram o tempo todo. aí veio a Telerj.

basicamente eu gosto muito de trabalhar por três motivos: o primeiro deles, ver as coisas se resolvendo, fazê-las do jeito certo. sentir que estou contribuindo em alguma coisa. trabalhar direito é a melhor coisa pelo social que alguém pode fazer: voluntariado, doações, qualquer outra coisa é secundária. e ver as coisas se resolverem dá um certo prazer, além da possibilidade de um dia ganhar mais e ter algum benefício material do esforço. o segundo motivo é que acho que todos temos que ter alguma meta na vida, e a minha, atualmente, é fazer o que eu gosto. o que, no final das contas, é isso de cima: ver as coisas acontecendo. e o terceiro motivo é que, bem, mês passado eu tomei um toco dolorido e preciso me concentrar em alguma coisa para não pensar nisso. como eu já estava concentrado no trabalho desde o final do ano passado, foi só dobrar os esforços.

escrevi aqui, um tempo atrás, que meu tio disse que eu deveria continuar como funcionário público porque achava que eu não servia para pegar pesado na iniciativa privada. aquilo ficou de tal maneira atravessado na minha garganta, sem que jamais engolisse, que resolvi provar pro meu tio - e, mais importante, para mim mesmo - que isso não era verdade. resultado: minha produtividade cá na Telerj tem sido a maior do meu setor, por larga vantagem, e isso sem prejuízo de outras coisas: sou um dos poucos que se interessa pela politicagem nos andares de cima da empresa, tento conhecer o máximo de pessoas aqui dentro, tenho um segundo emprego e penso em outras formas de ganhar dinheiro. porque não é nem um pouco custoso para mim, como disse acima, e porque eu quero ter um Volvo.

a outra correspondência, da Heloísa, será publicada ainda hoje. mas só depois daquela reunião à tarde onde só eu vou levar cartões de visita.

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terça-feira, março 18, 2008

coisas que eu nunca te disse #23

there will be no song of love
there will be no sweet refrain
there will be no soft goodbye
or slow walk in the rain
there will be no whispered words
no vows that can't come true
there's only me, waiting here for you

and it must be
wrong to love you like I do, it must be
wrong to love you like I do.


(Chris Isaak, "Wrong to love you", 1989)

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segunda-feira, março 17, 2008

extreme makeover

(para a Lisa, enquanto ela não cria outro blog)

preciso juntar uma grana e ir às compras. de roupas, principalmente. achei umas coisas lindas fuçando aí uns dez minutos numas páginas. claro que eu não usaria tudo de uma vez, até porque o resultado de tudo isso junto seria uma goianada coisa medonha. mas enfim, eu começaria:

- por esta camiseta aqui;
- por esse casaco aqui;
- por esse jeans aqui;
- por esse tênis aqui;
- por esse cinto aqui (o número 21, no caso)

e, já que eu adoro um clássico, tenho que ter essa maravilha aqui. ai.

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havendo

passei mal durante toda a madrugada, devo ter dormido três ou quatro horas. apesar do arraso, arrastei-me até a Telerj, apenas para, uma hora e meia depois, descer ao posto médico e dizer que estava estragado. o doutor constatou meu péssimo estado, deu-me dois novos remédios e eu consegui um atestado para o dia todo. mas um dos dois remédios era um anti-espasmódico que minha avó tomava aos montes nos últimos meses de vida, quando a doença lhe dava crises seguidas destas coisas.

na época (vinte e um anos atrás) fiquei tão traumatizado que passei todo esse tempo sem colocar um único na minha boca. mas hoje não teve jeito. voltei para casa e fiquei bem quietinho, dormindo pouco depois das onze da manhã. acordei por volta de três e meia da tarde, me sentindo um tanto melhor. e com a consciência pesada por não estar trabalhando, já que eu sou pago é pra trabalhar, não para ficar tendo espasmos em casa. como a situação já havia melhorado um pouco, voltei à Telerj e fiz a limpa.

explico: normalmente minha caixa postal fica entre 25 e 45 mensagens, entre pendências e mensagens que não quero apagar. pois hoje ela estava em 70, resultado de dois dias de negligência por conta de doença. fui limpando e resolvendo as coisas até chegar em 34. isso em duas horas. e ainda saí achando que fiz pouco, mesmo tendo resolvido todo o trabalho pendente, à exceção de uma apresentação que será feita amanhã cedo.

mas pelo menos a cabeça ficou menos pesada. e se eu fiquei assim apenas por ter ficado umas horas em casa COM o atestado médico, imagino se um dia os baderneiros do sindicato resolverem declarar greve: terei sérios problemas.

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domingo, março 16, 2008

álbum

no meio de Plasil, Diasec, Salsep, fitoterápicos pra dormir, Sirdalud, aspirinas, Naldecon e um bom expectorante, mais uma coisa a não faltar na farmácia: Coca-Cola. melhora a saúde de qualquer um.

*

estava eu assistindo a Globo ontem à noite e apareceu uma chamada para os filmes que a emissora comprou para este ano. quem falava dos filmes era o Sérgio Chapelin, que até 1996 era o locutor titular do Jornal Nacional e que, desde então, foi narrar as aventuras de focas, botos, micos-leões e diabéticos, dentre outras raças, no Globo Repórter. e aí eu me dei conta de como o tempo passa: antes com um cabelo semi-capacete, estilo Roberto Carlos, e com a cara magra, Chapelin agora tá meio inchado e grisalhão, com os cabelos mais curtos, e usando óculos permanentemente (antes era só de vez em quando).

pois é, o tempo passa. até coloquei uma foto do Sérgio Chapelin no meu MSN para louvar o cara. porque, ao contrário de qualquer atorzinho de merda que entra para a emissora dos Marinho, você nunca o viu por aí dando escândalo, cheirando um Brizola, visitando a ilha de Caras ou coisa do tipo. graaaaande Sérgio Chapelin!

*

falando em tevê, vi ontem na MTV um programa chamado "Quinta categoria", de apresentação conjunta do Cazé e do Marcos Mion. a uma certa altura, a Luísa Micheletti, musa-mor deste blógue, foi cantar uma música dos Beatles no palco. vestida de preto da cabeça aos pés, inclusive a meia-calça.

eu não sei como meu coração agüentou.

*

fora isso, o que eu ainda tenho a dizer é o seguinte: mal posso esperar pelo que me aguarda essa semana.

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fermento

três anos atrás, os diplos aqui de Brasília resolveram dar uma festa e, para isso, separaram todo um bloco na 411 sul, onde ficam seus apartamentos funcionais. conhecida por eles como "Festa da prumada", a coisa cresceu e virou a "Festa triplex", o melhor evento em que participei em toda a minha vida.

ontem teve uma festa de diplomatas mais uma vez mas, ao invés de termos um bloco todo fazendo farra, cada uma num ambiente, eles resolveram alugar um espaço... no Conic. em apenas três anos, uma decadência absurda. é o resultado da administração Samuel Pinheiro Guimarães, sem dúvida.

*

enquanto isso, na Austrália, uma corrida memorável abriu a Fórmula 1: essa história de ficar sem o controle de tração vai mostrar exatamente quem é bom de braço e quem é Ralf Schumacher. pouca gente chegou ao final, e eu espero que essa neurose em controlar o carro se mantenha. vivam as ultrapassagens.

*

acabei de aprender que aveia e pão de centeio têm baixo valor glicêmico e que peixe tem triptofano. vou aproveitar isso hoje mesmo, quando der um rolê no supermercado. vou, ainda, fazer uma pesquisa sobre as propriedades nutricionais da vodca, e mandar um email ao fabricante da vodca Finlandia sugerindo que lance uma versão com vitaminas e nutrientes essenciais.

*

hoje tava bom pra rolar uma piscina, hein?

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sábado, março 15, 2008

Portishead

olha eu brincando de fazer resenha musical, depois de quatro anos sem me meter a essas coisas:

*

Portishead
"Third"
(Universal, 2008)
nota 9


Onze anos. Onde você estava em 1997? Eu estava no segundo ano do colegial, tinha dez centímetros a menos de altura, morava numa cidade onde a principal diversão das pessoas é ficar bêbado. Enquanto isso, em Bristol, uma cidade inglesa onde a principal diversão dos locais também é encher a cara, o trio Portishead gravava seu disco homônimo, o segundo, que fez a banda ser a trilha sonora de referência para muita bebedeira, tristeza, sofrimento e lamúrias por todo o mundo. Definiram ali o som que se convencionou chamar de trip-hop, transformaram a dor em arte, fizeram tudo aquilo que você já está careca de ler e saber – e ainda fizeram shows consagradores ao lado de uma orquestra, em Nova Iorque, que viraram o obrigatório disco Roseland NYC Live, um ano depois.

 

Dali em diante, o Portishead se calou. Depois de tanto cantar sobre o fim, seria o fim da banda? Saíram por completo do noticiário, não entraram no Big Brother, nada. Em 2002, a cantora Beth Gibbons lançou um disco folk, "Out of season", e se apresentou no Brasil no TIM Festival de 2003 – quando disse que o novo disco do Portishead estava sendo gravado. Na época eu pensei "claro, e sai duas semanas depois do 'Chinese Democracy' e uma antes do My Bloody Valentine novo". Anos se passaram e nada da volta: o máximo eram os vocais de Beth em "Lonely carousel", no (brilhante) disco do português Rodrigo Leão. Em 2007, surpresa: o trio era anunciado como curador do festival All Tomorrow's Parties, em Londres, onde também se apresentaria. Um perfil no Myspace com posts enigmáticos, algumas outras datas confirmadas – incluindo um show agendado para o festival de Coachella – e eu me vi em dúvida: será que agora volta?

 

E, alguns dias atrás, a notícia: depois de onze anos, "Third", terceiro trabalho de estúdio do Portishead, seria lançado em abril. Antes disso, como em todo lançamento pós-"Kid A", ganhou a internet. Procurei-o em alguns programas e, antes de consegui-lo, ainda baixei um arquivo falso, com o disco de um DJ coreano. Se fosse qualquer outra banda, eu não teria tentado duas vezes, mas tem coisas que só quem me acompanhou em muita bebedeira, tristeza, sofrimento e lamúrias faz. Na segunda tentativa, o disco correto. E um aviso, em português do Brasil, logo de cara:

 

"Esteja alerta para a regra dos três. O que você dá retornará para você. Essa lição você tem que aprender".

 

É com essa frase, em bom português, que "Third" começa. Com uma sonoridade quebrada, outras batidas, um clima igualmente soturno mas que não é uma mera evolução do que a banda fez. E de repente a faixa de abertura acaba. Como se tivesse sido censurada. A propósito, ela se chama "Silence" – e assim o silêncio se faz.

 

Logo depois, em "Hunter", momentos de beleza ímpar: violão, moog e as batidas inconfundíveis. O disco vai ficando irresistível. Parece uma volta a um quarto escuro, depois de umas doses de vodca; mas é outro quarto, outra bebida (gim? uísque? ou, já que o disco abria com um vocal em português, CACHAÇA?). Em "Nylon Smile", logo em seguida, Beth Gibbons manda os versos mais devastadores desde "The past is a grotesque animal", do Of Montreal: "I don't know what I've done to deserve you / I don't know what I'd do without you". Texturas orientais emolduram sua voz, que parece um fio de nylon prestes a se romper. E o rasgo ("The rip") é com o passado, na quarta música: acreditem, o Portishead está fazendo rock and roll. Um clima tenso domina a paisagem, que mais parece uma perseguição policial em preto-e-branco, bastante acelerada. Mas a seguir, em "Plastic", tudo volta a andar devagar; Beth, como uma menina de coral, parece narrar os últimos momentos dos detetives em busca do assassino, escondido em um galpão industrial.

 

Já estamos na metade do disco, e "We carry on" tem um quê de Interpol, em sua malemolência: a voz de Beth Gibbons vem cheia de eco, acompanhada por sintetizadores que soam como sinais de alerta. Você consegue imaginar um alerta dançante? É por aí.  Ela diz não conseguir sobreviver ao tempo e aos passos, e que não consegue escolher por qual caminho seguir. Para nós, apenas um caminho existe: continuar ouvindo.

 

Está achando tudo indigesto e quer parar? O bandolim na abertura da curtinha "Deep water" é um convite ao relaxamento. Mas a paz logo é abalada por "Machine gun", cuja letra é, sem dúvida, uma metralhadora: ela se diz assustada e pede para que constatem que seu coração está envenenado, enquanto os sintetizadores e a bateria eletrônica transformam tudo em um metal industrial à moda alemã, sem as guitarras.

 

Depois vem a maior música do disco, "Small": sete minutos de Beth Gibbons apanhando de andróides replicantes; "Magic doors", até agora a melhor canção de "Third", parece uma canção pop estilo Antena 1 possuída pelo demônio, que vai brincando em um estúdio montado no inferno. E encerra com "Threads", uma aula de como fazer guitarras roubarem a cena.

 

No final das contas, "Third" traz a sensação de que o Portishead passou os últimos onze anos jogando uma única partida de War e ouvindo tudo o que foi lançado desde então ("Come to daddy" do Aphex Twin, Chemical Brothers fase "Surrender", Moby, Groove Armada, Four Tet, Interpol, The Streets, Kenneth Bager, Burial, Justice, "In Rainbows", do Radiohead). Ao final da partida, com a vitória dos exércitos brancos, a banda olhou para todos os discos que ouviu e apenas pensou: "vamos fazer melhor". E conseguiu. 

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gafanhoto

alguém aí conhece a Margriet Eshuijs? é uma cantora holandesa, mas que sempre cantou em inglês. o que, se por um lado é uma pena, porque imagino que coisas em língua holandesa devam ter uma sonoridade legal, por outro é uma bênção, já que pelo que eu conheço da obra dela, as músicas são muito boas.

ela liderou, na metade da década de 1970, uma banda chamada Lucifer, que, pelo que descobri, tocava em navios de cruzeiro (!!!) no começo da carreira, mas depois conseguiu algum sucesso na Holanda e na Inglaterra. como se destacava mais que o resto da banda e o nome do conjunto era horrível, já o último disco era batizado com o nome dela (Margriet) e tinha a moça sozinha na capa. a banda em si era meio hard rock, isso fazia sucesso na época (né?). mas colocaram nesse disco aí, de 1977, uma balada chamada "Self pity". ela fez algum sucesso na Holanda e passou despercebida no resto do mundo... exceto aqui no Brasil, onde entrou na trilha da novela "Te contei", no ano seguinte.

e veja bem: se hoje em dia, com 40 pontos de audiência, uma novela das oito engata o sucesso de uma música, imagine num Brasil sem p2p, tevê por assinatura e coisas do tipo. o resultado é que o Lucifer, que nem existia mais, virou um sucesso espetacular aqui no país da mandioca. e a Margriet seguiu carreira solo, de relativo sucesso na Holanda e só. na página dela, em holandês, ela menciona que "Self pity" foi um sucesso retumbante cá no Brasil em 78, mas parece não dar a mínima para isso hoje em dia. de toda forma, como brasileiro que sou, vai aí um clipe do sucesso em questão, que foi colocado com um anime de amor (não achei um vídeo oficial), com a letra completa a seguir. ah, só pra constar: "Self pity" é maravilhosa.



love and friendship slipped away
hurting us every day
weeding out every joy
I was just like a toy
and now there we are apart
breaking each other's heart
the tears that flow are not real
it's from self pity
that we've still
emotion on our face
the hate hid in our soul
the lies are in your eyes

you and I we had no plan
I tried as hard as I can
to show you that I was right
you don't have to hide
the truth ain't that hard at all
face it and stand tall
these tears that flow are not real
it's from self pity there is still
emotion on our face
the hate hid in our soul
the lies are in your eyes
we've got no
we've got no right
crying out of self pity
crying out of self pity

from self pity there is still
emotion on our face
the hate hid in our soul
the lies are in your eyes

we've got no
we've got no right
crying out of self pity
crying out of self pity
we've got no
we've got no right
crying out of self pity
crying out of self pity...
we just ain't got no right

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sexta-feira, março 14, 2008

volante

não estive aqui ontem, meu amor. você sentiu minha falta? sinto bastante a sua em um determinado período do dia, exatamente aquele entre o despertar e o sono. ainda que nem sempre nos encontremos quando estou dormindo.

*

por falar em dormir, é bom saber que, mesmo nas piores noites e naquelas em que tudo vai mal, eu visto meu pijama de forma correta. porque preciso estar bem alinhado pra te encontrar, claro.

*

agora à noite, enquanto me olhava no espelho e procurava as quatro "espinhas" nele abertas de um dia para o outro, constatei que, não fosse o trabalho e os meus amigos, eu teria entrado em depressão no final do mês passado. como os tenho, continuo sendo uma pessoa feliz. mesmo que, como agora, as coisas estejam envoltas em névoa.

*

amanhã é um dia histórico para Brasília: o primeiro bodinho do prano chegou à Fórmula 1.

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quarta-feira, março 12, 2008

coisas que eu nunca te disse #22

o nosso amor é uma abobrinha
eu escrevo o teu nome em uma sopa de letrinhas
eu fico sonhando em ser astronauta
eu olho pra lua, eu sinto tua falta
uou


(Engenheiros do Hawaii, "Sopa de letrinhas", 1985)

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sopa de letrinha

a palestra da noite de ontem me deixou acabadão e não consegui acordar em condições de ir ao pilates hoje. ao invés disso, dormi mais uma hora e fui com a barba por fazer à Telerj. pior de tudo, a gravata estava desalinhada... mas, como era a única que combinava com a camisa do dia, e mais curta do que as demais, se eu mexesse nela a coisa piorava.

de resto, uma tensão que não se acaba até segunda-feira. e que, de lá em diante, só tende a aumentar. acaba? começa. mas tem umas boas noites de sono no caminho, e isso, junto com um suco de laranja sem gelo e sem açúcar, é o que eu preciso para enfrentar qualquer coisa.

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faz mais de dez mil anos que o Gabriel não escreve nem aparece no MSN. Gael, seu prego: deixe de ser o funcionário do mês por cinco minutos e mande um email. a direção deste blógue agradece.

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por falar em direção, vi a avaliação do Citroën C5 no Best Cars e senti vontade de tê-lo como próximo carro. pagar 90 mil em um francês é caro - talvez fosse melhor comprar um Fusion usado e ter a mesma diversão por menos grana... e ainda passar uns quinze dias em Nova Iorque, acompanhando a Ana Ivanovic no US Open, tomando Snapple (alguém aqui gosta?) e ouvindo esse disco novo do Portishead, que aliás eu vou baixar agora.

(entrando no aMule... já volto pra terminar esse post...)

*

à tarde, ao invés de ficar ali no carpete e no ar-condicionado enxugando gelo e equilibrando o calendário do Banco do Brasil em cima do monitor de LCD (eu consegui, escorando o calendário na parede), fui com a chefe até um shopping centre, onde ela proferiu uma palestra na base do gogó: sem Powerpoint, sem distribuição de folhetos, sem análise de queises: exatamente como no tempo em que d. João VI comandava a Telerj, o que nem faz tanto tempo assim. da minha cadeira, fiquei soprando para a chefe assuntos cuja abordagem interessava, umas recomendações a repassar etc. não lembro se ontem comentei aqui que ela me apresentou dizendo "esse é meu assessor", mas aconteceu e, ainda que tenha feito isso pela liturgia das coisas, fiquei feliz, mais ainda quando ela disse, hoje, que eu fiz papel de assessor de novo. amanhã tem mais, pela última vez em público nesta semana.

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Fluminense e Resende na tevê? aaaaah, fala sério...

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começou aqui o download do "Third", terceiro do Portishead. uma tensão que não se acaba até o fim da transferência do arquivo. e que, dali em diante, só tende a aumentar. acaba? começa. mas tem dez anos desde o "Roseland NYC Live" e isso, junto a um bom disco cheio de lindas músicas novas, é o que eu preciso para enfrentar qualquer coisa.

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terça-feira, março 11, 2008

necas

a Telerj, quem diria, me deu um novo computador. tela de cristal líquido, gravador de DVD, entradas USB (não tinha no outro), Windows XP (substituindo o 98). quase perfeito, não fosse por duas coisas: processador da AMD e o fato de que os tinhosos que cuidam da rede da empresa cortaram meu acesso à blog do Craudio. achei vacilíssimo da parte deles.

fora isso, agora a diretoria da Telerj quer que cada funcionário peça autorização para que seja instalado o MSN em seu respectivo computador. tive que usar um argumento ESPETACULAR E INCONTORNÁVEL para que o responsável pela configuração da minha máquina já instalasse o MSN nela, sem que eu tivesse que passar pelo constrangimento de botar-me de joelhos para os censores, pedindo apenas um pouco de comunicação externa. quem quiser, eu conto por email ou pelo próprio MSN, aqui não dá pra escrever.

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um viva para a Margriet Eshuijs, cujo maior feito no Brasil será contado com detalhes ainda nesta semana, aqui neste blógue. fiquem ligados.

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voltando à Telerj, depois da minha jornada tradicional eu ainda acompanhei minha chefe numa palestra que ela ministrou em uma faculdade 0800 aqui da cidade, depois de ter feito tudo no Powerpoint e trocado altas idéias sobre o assunto. amanhã tem mais uma, e na quinta, que coisa!, mais uma. e, mal cheguei em casa, ainda fui lá pro Portal do Geólogo botar coisas novas no ar. acabei exatamente às onze horas e seis minutos da noite. delícia.

mas isso, já disse aqui, é só o começo.

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segunda-feira, março 10, 2008

baloiço

um rolo compressor passando por mim? não, apenas mais uma aula de pilates. delícia.

a cada aula acabada eu saio de lá atordoado, andando em diagonal (coisa que eu detesto), de tão descoordenado, tonto pra caramba. mas é uma sensação deliciosa: reclamo, reclamo, reclamo mas acho lindo.

*

"a Bolívia vai às Nações Unidas defender a folha de coca". fosse eu o tiraninho Evo Morales, tirava uma nota de cem dólares da carteira, enrolava um canudo e dava um teco no Brizola ali, no meio da tribuna.

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a Gabriela acabou com o blógue dela, o da campanha do bolo. daqui de Brasília eu só consigo pensar numa palavra para descrever tal atitude: va-ci-lo.

*

ando pensando bastante em caramelos. e em números palíndromos, couro marrom, Frank Sinatra em um disco chamado "No one cares" (é de 1959 e vale muito a pena), fechaduras, olhos verdes (de ninguém em particular, já vou logo avisando) e em elevadores que só pego pra subir - e desço pelas escadas. não sei nem porquê estou listando isso tudo aqui, mas deve ter alguma razão.

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domingo, março 09, 2008

tô peiplexo

peiplexo. alguém aqui sabia que o Luiz Gustavo, aquele ator que fazia o Vavá no "Sai de baixo", nasceu na Suécia? nem eu.

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nóia

tudo está bem. faltam algumas informações, mas elas virão nos próximos dias. como eu nem as esperava, mesmo que elas não venham tudo estará bem. se vierem, as coisas "apenas" serão melhores. deixa só essa twilight zone passar.

*

supermercado, farmácia, fornecedor de marmita, caixa eletrônico: hoje é dia de resolver tudo isso. paciência. peguei do Felipe uma aversão a ir ao supermercado, logo eu, que gostava tanto. agora preciso lembrar o que tenho em casa, o que tá faltando, o que vai bem com o que já tenho e ainda fazer uma previsão do que eu gostaria de comer daqui a três dias, que é a pior parte.

*

sempre achei o orkut a mais inútil de todas as invenções da internet, mas achei uma outra agora: o twitter. para que eu quero saber, em um blógue, do que outras pessoas estão fazendo? se eu quisesse, iria até o blógue delas, escreveria pra elas, qualquer coisa assim. é o tipo de informação realmente desnecessária, e é de uma cretinice sem tamanho. e nem o próprio dono do blógue onde há um twitter tem justificativa: que fizesse logo um poste novo, pois.

*

essa semana voltei a ler sobre química inorgânica e sobre os elementos transurânicos, em particular. eu sinceramente gostaria que produzissem um isótopo de algum elemento pesadíssimo que tivesse uma meia-vida grande, de uns anos pelo menos. seria uma das poucas coisas que eu acho que podem mudar um pouco a bundamolice da humanidade por esses tempos. mesmo assim, só de uma parte delas. parece que quando chegar a hora de fazer um "eka-radônio", pra ter 120 prótons e ficar na família 8A, existe a chance de produzir um isótopo com uma quantidade tal de nêutrons que "feche" o arranjo e dê uma estabilidade bem maior - embora particularmente eu não acredite em algo com mais de um dia. mas será? tomara que sim.

*

grow up now, darling
but please don't you grow up too fast
and be sure, oh darling
to make all the good times last


um dia vou dizer isso às minhas filhas. enquanto esse dia não chega, descobri que tem um vídeo de "My darling", do Wilco, bem aqui. não é a versão do disco e não se aproxima em beleza absoluta, mas ainda assim é de chorar.

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sábado, março 08, 2008

kevlarsjäl

(a qualidade da imagem pode não ser grande coisa, mas o que interessa é o áudio)

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marche arrière

tem um disco do Suede, o "Dog man star", que marcou bastante um momento da minha vida. eu o encomendei à Outside, loja carioca onde comprei boa parte dos meus cds e, entre a encomenda e a chegada, aconteceu um negócio não muito legal. quando o disco chegou, alguns dias depois, ele me ajudou bastante a superar e a ficar melhor comigo mesmo, já que eu me considerei o único culpado pelo que aconteceu.

sete anos se passaram e eu não aprendi a lição, então preciso ouvir de novo esse disco. só que ela foi perdida e eu acabei comprando outra no eBay essa semana, pela metade do preço que paguei em 2001 (14 reais, ante os 28 de então). estou doido para que chegue logo e eu possa assimilar cada palavra daquela pequena lição de como superar uma situação adversa, com momentos em que o Brett Anderson beira a loucura ("We are the pigs", "This Hollywood life"), que o Bernard Butler desconta certas coisas - a briga que rachou a banda, a morte do pai, os problemas consigo próprio - em megalomanias como a segunda parte de "The asphalt world", e um dos momentos mais bonitos da história da música, que é "Still life" e seu jogo de palavras.

bem, o disco está vindo da Inglaterra e logo chega aqui, para que eu o coloque para ouvir no carro e me sinta livre como na letra de "The power", longe dos muros do jardim que cercam o mundo em "Black or blue" e por aí vai.

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esqueces

baixas as pálpebras
para que teus olhos não me vejam.
esqueces que vivo dentro deles

(hesitei tantos séculos
até me aventurar por estes precipícios).


(da Silvia Chueire)

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le tourbillon 2

muita coisa pra dizer, muitas palavras subindo pela garganta e descendo da cabeça ao mesmo tempo, rumo ao mundo exterior. mas aí vem a hesitação e pronto, fico quieto por tempo indeterminado.

*

assistindo à MTV agora há pouco eu me lembrei do quanto "The sweetest thing", do U2, é uma senhora música. daquelas de fazer chorar.

*

essa semana, no trabalho, a Leila me chamou para comer alguma coisa na lanchonete da Telerj. mal nos sentamos à mesa e ela fez uma daquelas perguntas fortes pra mim. daquelas perguntas que não deveriam ser feitas. mas eu tinha a resposta na ponta da língua e não me importei em dizê-la - acho até que criei anticorpos que evitam que eu sinta qualquer efeito colateral ao dizer essas coisas. assim é bem melhor.

bom, é um pequeno pessimismo para uma vida tão mais vasta do que isso. e, de toda forma, uma pequena claridade se abriu. pode não ser suficiente para que eu passe por lá, pode ser que não seja nada. mas é uma prova de que nem tudo se perdeu, ao menos por ora.

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sexta-feira, março 07, 2008

receituário

estou doente. gripado. pela primeira vez desde que entrei na Telerj, diga-se de passagem. mas, a despeito dos anti-inflamatórios, anti-histamínicos e soro, estou precisando de um abraço. alguém aí me dá um?

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quinta-feira, março 06, 2008

franga

engraçado ver que meu carro, no Brasil, é o trigésimo segundo mais vendido, enquanto na Argentina ele é o quarto e vende o triplo do Civic, o triplo do Corolla,

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quarta-feira, março 05, 2008

zebu

meu ânimo para trabalhar voltou essa semana. ainda bem. semana passada nem parecia que era eu...

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terça-feira, março 04, 2008

platina

tem umas frases que me ficam na cabeça. uma delas é a primeira frase dita pelo Neil Armstrong na Lua, "a small step for a man, a giant leap for mankind". especialmente este segundo período, "a giant leap for mankind". acho tão bonito, tão sonoro. adoro a palavra "leap" e tenho simpatia também por "mankind". pela palavra, não pela raça humana.

*

outra que me ficou foi um verso de "Sister dew", do dEUS, que diz "I was loved for the loving that I spread". hoje eu percebi que algumas coisas bem legais podem acontecer a partir do fato de eu gostar de alguém. porque as coisas aconteceram sem esse propósito, e podem ficar melhor agora. eu disse "podem". disse? é que elas vão.

*

e como é bom saber que certas visões reforçam a fé na humanidade. e fazem, ao contrário do que eu disse ali em cima, com que tenha simpatia pela raça humana... ou pelo menos por uma boa parte dela.

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hematoma

às vezes, quando estou em Brasília, eu me pego pensando "vou sentir saudades disso". e não sei se em algum lugar da minha cabeça estou pensando ainda como se tudo isso fosse acabar e eu voltar para Deprelândia ou se quero dizer que vou sentir saudades daqui quando não estiver mais aqui em um outro sentido.

é muito estranho. mas é recorrente.

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segunda-feira, março 03, 2008

deu tempo

deu tempo de tudo hoje, nem acredito. vejamos:

- fiz a barba e fiquei muito semi-gato para ir ao trabalho;
- comecei a redigir o desfecho de um caso complicadíssimo que já vem aporrinhando a Telerj há um ano, tendo passado pelas mãos de sete pessoas e até agora sem solução;
- redigi uma resposta para um outro caso que, se menos complicado, extremamente irritante;
- tive uma discussão filosófica com o Tarcísio, meu colega de Telerj, e descobri que estamos passando pelo mesmo momento na empresa;
- atualizei o Portal do Geólogo (dá lá uma olhadinha, vai)
- abasteci o carro e calibrei-lhe os pneus
- fiz supermercado
- apanhei feito uma Isaura pós-moderna na aula de Pilates
- preparei meu rango

e estou aqui atualizando esta coisa agora. são raros os dias em que consigo dormir com a sensação de dever cumprido. como já dizia meu irmão mais velho, "todos os dias acordo pensando que estou perdendo de 2x0, e passo o dia lutando para virar o jogo. nos meus melhores dias, durmo achando que arranquei um empate". pois bem, hoje foi 3x3.

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domingo, março 02, 2008

grapefruit (toranja)

saiu um perfil do Paulo Vinícius Coelho, jornalista da ESPN, numa edição da Piauí, e tá disponível na página da revista. imperdível.

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tangerina

uma foto da Lisa Cant, musa deste blógue, para começar bem a semana:

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sábado, março 01, 2008

laranja

dormi bem essa noite. mas a próxima, sinto eu, tem que ser ainda melhor.

*

terça-feira acaba a última ajuda financeira que recebo do meu pai. não tem problema: vou ao cheque especial quantas vezes forem necessárias para quitar meu carro, pego quantos projetos paralelos forem necessários para viver a minha vida, não tem problema. afinal de contas, a meta é ser mais rico que o Eike Batista.

é só uma pena que justamente agora a VR e a Brooksfield entrem em promoção. ai, meu coração.

*

acho que vou mandar um mail ao meu ídolo Pedro Mexia fazendo uma pergunta polêmica. já fiz isso uma vez, e ele respondeu. duas não serão um exagero, serão?

*

não vou ao concerto do Roberto Dylan, no final de semana que vem, porque a gente sabe que Dylan bom é nos discos, e que ao vivo ele gosta de destruir as músicas. além disso, duvido muito que ele toque "Most of the time", que nesse momento é a música dele que eu mais gostaria de ouvir ao vivo, pela letra perfeita.

*

você acha mesmo que outra tomou o seu lugar no meu coração, meu amor? pense duas vezes.

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coisas que eu nunca te disse #21

dois anos atrás saiu uma coletânea do Massive Attack com duas músicas novas. uma delas se chama "Live with me" e eu a descobri no mês passado. tem uma letra linda e uma música igualmente linda:



nothing's right
when you ain't here
I'll give all that I have
just to keep you near
I wrote you a letter
and tried to
make it clear
you just don't believe that
I'm sincere
I been thinking 'bout you baby
plans and schemes
hopes and fears
dreams I deny
for all these years
I been thinking 'bout you babe
living with me


o que eu descobri agora há pouco é que o Twilight Singers gravou uma versão para ela, que você pode ouvir aqui. ela não tem a mesma duração da original, então depois que acaba, o cara que a adaptou ao vídeo dá um fade in na original para terminar o vídeo.

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niilismo

eu queria não me importar com certas coisas. mas quem disse que eu consigo?

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