segunda-feira, abril 30, 2007

por enquanto



por enquanto a minha música continua sendo essa.

the fear

estou com medo desse post aqui.

domingo, abril 29, 2007

three

certos dias eu gostaria que nunca tivessem acabado. certos olhos eu gostaria de encarar para sempre, qualquer que seja a cor deles, qualquer que seja a cor da tempestade que eles despertam dentro de mim.

e quanto mais o tempo passa, mais eles se eternizam dentro de mim também.

two

tem alguma coisa errada no meu sono. está mais curto, mais leve. bem mais leve. acordo três, quatro, cinco vezes durante a noite. continuo sem ter sonhos, como na maior parte da minha vida - os meus sonhos são todos daydreams. e acordo como se não tivesse dormido mais que dez minutos, em uma sensação de que estou praticamente varado de sono.

*

conheci ontem a Lisa e o Thiago. adorei, como não poderia deixar de ser. se ela vier morar em Brasília, vai ser ótimo. se for pros EUA fazer doutorado, também. lindo, não?

*

parece que quarta-feira a minha vida muda. a conferir.

one

viver é arriscado. eu gosto de riscos.

sexta-feira, abril 27, 2007

névoa

para dizer aos leitores que uma picape como a Mazda BT-50 não faz sentido nenhum no Reino Unido, o repórter do Top Gear usa uma metáfora espetacular:

Think cheerleaders at cricket matches; it really isn't done.

lindo, hein? na verdade, isso está aqui porque não tenho o que escrever hoje.

quinta-feira, abril 26, 2007

setantotto

hoje é aniversário da minha avó. deixem aí nos comentários as suas felicitações à dona Vicentina.

a.

o Marcelo me ligou agora há pouco e prestou um esclarecimento importante, algo que explica bem certas coisas que estou sentindo e não sabia porquê. valeu, chefe. falta pouco pra superar essa fase.

*

então amanhã ficam prontas as chapas da minha perna, e as levarei ao ortopedista na outra semana. enquanto isso, tome tratamento. tome tratamento. tome tratamento.

galeria



Hedy Lamarr (1914-2000), atriz vienense conhecida por "Sansão e Dalila". dentre todas as atrizes de seu tempo, como Ava Gardner, Lana Turner e Vivien Leigh, Hedy Lamarr foi a que deixou o maior legado para o Brasil. a prova disso? vê aí quantas mulheres no Brasil não ganharam o nome de Edilamar.

(nota: eu dei Google nos dois nomes juntos e parece que ninguém, mas ninguém mesmo, parece ter sacado a conexão. com isso eu me sinto como se tivesse tido uma idéia realmente original, ou seja, ganhei o dia)

devagar...

quase parando. depois da adrenalina de ontem, ordens médicas me impedem de ir tão rápido nesta quinta-feira. metade do meu departamento não veio por viagem, férias ou licença médica, comecei a fisioterapia, tomei outro sorvete, dormi pouco. e não tenho novidades.

e meu companheiro desses dias tem sido o "Urban hymns", do Verve, um disco clássico.

quarta-feira, abril 25, 2007

então...

alguém aí aceita um pão de queijo?

a cidade queimada

de volta com o terno, hoje cedo foi a primeira reunião depois de tudo acertado entre meu chefe e eu. era evidente o descompasso entre as cinco pessoas presentes, cada uma com um ritmo e umas idéias diferentes. nesse caso, pior para quem trabalha mais rápido e tem de ouvir discussões sobre a agressividade dos textos.

bem, depois de ser criticado desse jeito pelos pares e defendido pelo chefe, lá estou numa poltrona do canto, assistindo aos quatro se digladiarem. meu papel, ali? o de ouvir todo mundo falando enquanto penso em Aruba, Bonaire ou Curaçao, para as férias de 2009...

(não continua)

terça-feira, abril 24, 2007

sossego

certas perguntas não escolhem hora para serem feitas. quando saem, fazem estrago, independente de quando. então me fizeram uma pergunta*, eu queria não ter resposta para ela, mas eu tinha. mas não dei, preferi mudar de assunto.

* não, não me peçam para contar qual foi a pergunta.

um mundo melhor

a boa notícia do dia. tomara que seja para sempre.

verão?

acabei de descobrir uma das sensações mais gostosas da vida: é quando, a meio da tarde, você desce para comprar um sorvete e volta pro trabalho com a boca suja de chocolate. você já produziu bastante (três textos impecáveis), já teve reuniões com o chefe, já ouviu dele algo que precisava ouvir, já acertou tudo o que tinha de fazer. e agora está voltando pro escritório com a boca suja de chocolate e a sensação de dever cumprido.

Lex Luthor

uma vez o Felipe disse que eu era "o Nelson Motta da geologia". exagero dele, mas quando vejo notícias bizarras tipo essa da descoberta da criptonita, não dá pra não reportar, certo?

iniciando

no trabalho, sem terno eu não sou porra nenhuma.

segunda-feira, abril 23, 2007

foi-se

um minuto de silêncio pela morte do Boris Eltsin, que nunca é demais lembrar, tomou um megaporre no final de 1991 e desmontou o socialismo - e no outro dia, de ressaca, privatizou as estatais russas.

bom dia

bom dia, tudo bem? por aqui, prenúncio de chuva (100% de possibilidade, ou seja, uma certeza), de reuniões infinitas, de pouca fome e algumas conversações. e a semana começa ao som do Verve, com "The drugs don't work" e "Lucky man", esta última dedicada ao ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy.

domingo, abril 22, 2007

miau

Gata leva mais de um ano para cruzar a França em busca dos donos

Nancy, França - Uma gata de três anos percorreu 800 km em treze meses entre Bordeaux (sudoeste) e La Meuse (nordeste) para reencontrar seus amos, contaram os donos do bichano nesta sexta-feira. Desaparecida em março de 2006 no sudoeste da França, na véspera da mudança da família, a gatinha "Mimine" foi vista por seu dono na terça-feira em Tréveray, cerca de 13 meses depois e a 800 km do local onde vivia.

"Nós pensamos em todas as hipóteses. Seria ela ou não? Nós achávamos que alguém havia conseguido uma substituta e a trazido aqui para Bordeaux", contou a dona, de 35 anos. "Mas seu pelo é o mesmo, seu comportamento é igual, e as crianças a reconheceram", afirmou, acrescetando que Mimine foi na direção dos amos para "pedir carinho".

A gata, que não tinha nem tatuagem, nem coleira de identificação, quase não traz mais vestígios de sua aventura, com exceção de alguns carrapatos e das patas cansadas. Três veterinários consultados pela AFP disseram que a aventura da gatinha é "inconcebível", "incompreensível" e "inimaginável".

"Não há qualquer explicação científica. É muito curioso que a gata tenha viajado tanto até um local onde nunca havia estado antes", disse a veterinária Marie-Pierre François, veterinária especializada em medicina e cirurgia felina.

pretzel

em tempos de discussão sobre a legalidade das máquinas de caça-níquel no Brasil, com esse envolvimento todo dos bicheiros e que culmina na "máfia das sentenças", um texto sobre a experiência do João Martinho com elas, em Valência, se torna ainda mais interessante.

sábado, abril 21, 2007

R.

nada pra escrever, então até amanhã.

Coca Light Zero

ela chegou essa semana a Brasília, e a encontrei nas gôndolas do Big Box do Sudoeste ontem. trouxe logo duas garrafas de dois litros para casa, e acabei de abrir a primeira. resultado: o gosto é bom, a diferença para a Coca Cola Light é sutil. mas a Zero, até onde percebi, deixa um retrogosto que parece o de uma cola genérica. espero que as duas opções se mantenham.

o cara

toda vez que vejo algo sobre a relação da torcida do Flamengo com o Obina, quase que eu viro flamenguista também.

sexta-feira, abril 20, 2007

nacional

e as palavras voltaram a me faltar, e o telefone do outro lado não tocou.

eple

estou me acostumando com meu computador em casa. a prova disso? o fato de que acabei de tentar colocar o acento agudo aqui no computador do trabalho apertando Alt+E...

setor leste universitário

ha una certa magia

quando lei lampeggiava davanti me
quando lei provava a farmi ridere
nel fato di che lei sempre mette un'esclamazione dopo l'interrogazione en sui testi (?!)
sulla sua voce
sulle sue barrette
interamente intorno lei...

telegrama

oi

dormiu bem hj?
eu sonhei com alguma coisa mas nao lembro o q era
faz tempo que nao sonho com nada
e vc?

*

fui no Central park
comecaram as floradas das arvores
lembra daquelas da 108 sul? eu adoro lah
saudades de Brasilia
saudades de vc
jah parou de chover por aih?

xxx

*

oi de novo,sou eu
passei pela 5th avenue agora ha pouco
essa cidade, ela te m uma coisa louca
parece aquela musica
this mess were in

im in new york lalala
oah oah aaaah

me amnda uma msg, gosto de te ver no celular
bj

quizumba

da coluna do Lauro Jardim:

A Federação Brasileira de Umbanda pisa fundo no acelerador da briga que resolveu travar com a Renault. Na semana passada, a entidade apresentou denúncia ao Conar contra o comercial de tevê que mostra mães de santo girando num salão de concessionária. A peça sugeriria que os santos recomendam a compra de um modelo da marca. Na semana que vem, a federação dá entrada no MPF com um pedido de inquérito por uso indevido de símbolos religiosos e não pretende parar por aí. Uma ala radical defende que os umbandistas, devidamente paramentados, comecem a fazer protestos na porta das concessionárias até o comercial sair do ar.

"mães de santo girando num salão de concessionária". ainda não vi a propaganda, mas já imagino quão ridículo isso é...

quinta-feira, abril 19, 2007

zzz

se seguir no ritmo que está, o Banco de Brasília deve fazer nos próximos dias sua décima primeira convocação de aprovados no concurso público de 2005, para o cargo de escriturário, onde provavelmente estará o meu nome.

mas quem disse que eu quero sair daqui e ganhar cinco vezes menos, e ainda por cima tendo que atender a população?

telegrama

oi


quanto tempo a gente nao se ve,ne
nem se fala
certas coisas a gente nao devia deixar acontecer
agora estou aki te escrevendo
que frio que ta
brrrrrrrrrrrrrr

*

estou em nova york

sinto sua falta
queria vc aki comigo agora
pra gente rir junto
pra vc me esquentar
pra tomar chocolate quente

vc ia ver a neve, eh legal
e quando chegar a primavera a gente sai e vai pra longe

xxx

*

tem certeza de q nao quer insistir?
que tudo ficou p/ tras?
me amnda uma msg
to com saudade

copyright

as duas entradas anteriores foram pra imitar o estilo das coisas escritas no blog Sobe na minha lambeceta, um dos meus favoritos. valeu, Fábio.

o lado bom da gripe

marmitex com jiló

menos MSN, mais email

é o que tenho a oferecer

baunilha

(não lembro se já escrevi isso neste blógue, em todo caso vai de novo)

o prédio que mais gostei em Belo Horizonte foi a Casa do Baile, um pequeno salão de festas à beira da lagoa da Pampulha. foi construída numa ilhazinha artificial (por onde você chega através de uma pequena ponte), tem uma marquise em curva e foi inaugurada em 1943, para servir de salão das festas mais glamourosas da sociedade belorizontina. e é pequena e linda, como a menina com quem eu gostaria de dançar uma valsa por lá. tomá-la pelas mãos, ensiná-la a dançar, deixá-la pisar nos meus pés o quanto fosse preciso. e ficar ali, unido a ela, porque a vida é uma festa.

Sunset Boulevard

o segundo problema, esse que comecei a resolver ontem, é bem grande. mas o passo dado foi enorme.

*

estou gripado e não consigo sentir o gosto de nada. a Leila comprou um pacote de cookies com sabor a capuccino e avelãs, que eu tava no sal pra experimentar. comi dois biscoitos e senti gosto de... nada. o mesmo do café com leite, o mesmo do queijo quente, o mesmo que sentirei no marmitex, daqui a uma hora e meia. e haja Naldecon enquanto isso.

*

tem dias em que eu acerto na veia o que ouvir. ontem foi assim, com o primeiro do Suede. desde sair de casa, com o cérebro ainda desligado, ao som de "She's not dead" para não assustar, até a volta para casa com "So young" e direito a cantar junto na parte em que o Brett Anderson determina: "we'll scale the skies with tigers eyes". que delícia...

*

atualização importante: são quatro e meia da tarde e eu comi alguns desses cookies... e senti-lhes o gosto. ou seja, estou melhorando. fiquei tão animado com a notícia que acabei de tomar mais Naldecon.

quarta-feira, abril 18, 2007

daí meu chefe foi pro Rio...

... e só volta na segunda-feira. tive de providenciar algumas coisas:

- a edição mais nova da "Homem Vogue", que tem uma matéria maravilhosa sobre trajes formais, que me deixou, com o perdão do termo, encantado;
- uma leitura atenta de um livro de planejamento estratégico que, como se era de esperar, entendi nada;
- mexidas de pauzinhos nos bastidores. sabe xadrez? por aí;
- almoço de galera todo dia;
- mais mexidas de pauzinhos.

fora isso, mandei um mail pro chefe com o endereço da Pólis Sucos de Ipanema e as instruções:

1. chegue até lá
2. peça "uma salada de galinha e um suco de maracujá"
3. coma
4. repita os passos 2 e 3 até não agüentar mais

espero que ele esteja desfrutando da dica. bora pro Rio também?

Ferrari F430 Spider

meu novo projeto, com a ajuda do Lúcio, vai bombar. não é pelo dinheiro, não é pelo conteúdo: é por mim. tipo um sonho prestes a ser realizado.

*

agora com licença, vou me preparar para resolver o segundo grande problema da minha vida. daqui a pouco. até mais, beijos.

"você ainda não viu nada..."

"- viu o filme?" - eu disse a ela, que estava naquele mau-humor característico da primavera.
"- vi." - a resposta seca como minha cidade no inverno.
"- ficou até depois dos créditos finais, como te falei?"
"- não, não fiquei."
"- então você perdeu o melhor do filme."

aquilo pareceu-lhe uma afronta, tanto que o desprezo arrefeceu.

"- que tipo de gente coloca o melhor do filme depois dos créditos finais?"
"- o tipo de gente que quer te surpreender." - sorri.
"- hunf."
"- você ainda não viu nada..."

e continuamos a caminhada, o cachecol xadrez em torno do pescoço dela, meus pensamentos alguns centímetros adentro.

(FIM)

cinética

coluna do João Pereira Coutinho na Folha de hoje:

Dez dias que mudaram o mundo

A história não avança com grandes solavancos. Melhor prestar atenção aos pequenos. São pormenores, ridículos pormenores que o tempo acaba por registrar e consagrar para memória futura. Aconteceu recentemente, quando 15 marinheiros britânicos foram capturados e libertados pelo Irã. Alguém notou nos dez dias que mudaram o mundo?

Eu notei. Comecei por notar a forma como os soldados foram capturados em teatro de guerra. Tempos houve em que a Royal Navy era conhecida por sua ferocidade em combate. A grande diferença, dessa vez, é que ninguém disparou um tiro perante a presença inimiga. A culpa não é inteiramente dos britânicos. De acordo com as regras de combate que as Nações Unidas exigem dos homens ao seu serviço e que a Royal Navy parece aceitar pacificamente, não é possível disparar primeiro sem o inimigo disparar primeiro. Uma situação de impasse que acaba por paralisar os soldados e que é uma vantagem para seus inimigos.

Lição nº 1: é possível capturar tropas ocidentais sem luta porque elas estão proibidas de lutar.

Mas o circo continuou com os marinheiros em cativeiro. Tempos houve em que os britânicos eram conhecidos por sua resistência perante o interrogatório. Confrontados com as perguntas do inimigo, os soldados de Sua Majestade limitavam-se ao conhecido "name, rank and number". E calavam a boca. Em dez dias, os marinheiros não apenas disseram o nome, a patente e o número como se multiplicaram em confissões, estados de alma e denúncias do "imperialismo ocidental" para consumo interno e externo.

Lição nº 2: depois de capturadas, as tropas ocidentais colaboram sem limites com os seus captores.

Finalmente, o regresso a casa. Tempos houve em que os soldados britânicos relatavam as suas experiências de guerra quando essas experiências eram motivo de orgulho. Winston Churchill, nos clássicos "The Malakand Field Force" e "The River War", deliciou as platéias com relatos de bravura militar na Índia e no Sudão. Cem anos depois das campanhas de Churchill, o Ministério da Defesa começou por autorizar que os 15 marinheiros vendessem as suas histórias aos jornais e à TV, independentemente dessas histórias serem manchadas pela desonra e pela covardia. E dois dos marinheiros, antes do Ministério mudar de idéia, não hesitaram em fazer da rendição um negócio e uma virtude.

Lição nº 3: noções de honra, coragem ou mero profissionalismo deixaram de fazer sentido para o Exército britânico.

Moral da história? Não é uma originalidade afirmar que o episódio foi uma humilhação e uma derrota para a Grã-Bretanha. Como foi uma humilhação e uma derrota para a União Européia (incapaz de pressionar economicamente o regime iraniano, com quem mantém relações comerciais importantes) e para as Nações Unidas (incapazes de deplorar o ato). Mas o episódio revelou mais: revelou que os homens que defendem o Ocidente são desprovidos dos mais basilares sentimentos de coragem, honra ou lealdade. A queda de Roma começou assim.

terça-feira, abril 17, 2007

Michael Eastman

segunda-feira, abril 16, 2007

lentamente

do Blog do César Maia de hoje:

Assim que o Congresso recebeu o pacote de privatizações do Plano Collor, o deputado Bocayuva Cunha foi ao microfone do pinga-fogo e se dirigiu ao presidente da Câmara de Deputados: - Sr. Presidente. Quero assumir o compromisso - sob palavra - de votar a favor de todas as privatizações propostas e mais as que vierem, sejam as da Petrobrás, Banco do Brasil... qualquer coisa. Os deputados fizeram silêncio, pois Bocayuva tinha uma tradição trabalhista, nacionalista e estatizante, desde quando foi líder no governo de Jango e antes ainda como sócio de Samuel Wainer na Ultima Hora. Não estavam entendendo. Bocayuva depois de um silêncio continuou usando a palavra. - Mas, senhor Presidente, para que isso ocorra a primeira privatização de todas deve ser a da Infraero. Com essa na frente, voto todas depois. Foi uma gargalhada geral no plenário. Isso na segunda quinzena de março de 1990. Vale a ironia do deputado até hoje, dezessete anos depois.

triste, não?

roletrando

Rodrigo "Gorky" Antunes descrevendo, diretamente de LONDRE, a digressão do Bonde do Rolê:

londi diz:
tem alguma banda que fala frances aqui do lado da gente
londi diz:
mas nao faco ideia de quem sejam
londi diz:
tipo
londi diz:
sao umas mina meio bizarra
londi diz:
um neguinho
eple diz:
hahahaha
londi diz:
e um que se parece com o diplo
eple diz:
não faço idéia também
eple diz:
chega alucinando
eple diz:
"aí, sou do Brasil, praia, rolê, mil coisas, carnaval, uhu nova iguaçu..."
londi diz:
hahahahahaha
londi diz:
descobri
eple diz:
quem são?
londi diz:
cocorosie
eple diz:
putz. se eu fosse a Isabela estaria gritando escandalosamente. como não sou, fico aqui no funcionalismo público pensando "caralho, devia ter aprendido a mexer no cooledit pro quando ele me mandou..."
londi diz:
hahahahahaha
londi diz:
te disse...
londi diz:
ai
londi diz:
mas nunca ouvi cocorosie direito
eple diz:
nem eu
londi diz:
entao ble
eple diz:
mas pra estar em LONDRE agora, ouço até heróis da resistência
londi diz:
fico mais feliz de saber que o alex do franz foi nos nossos 2 shows de ny
londi diz:
hahahahahaha
eple diz:
geeeeente

domingo, abril 15, 2007

outras

aquela parte do Elizabethtown em que eles falam sobre serem pessoas "substitutas" na vida dos outros é de matar de vontade de chorar, também. mas eu não consigo essa noite.

Elizabethtown

"- às vezes você não tem a sensação de estar enganando todo mundo?"
"- e como."

diálogo entre a Kirsten Dunst e o Orlando Bloom no "Elizabethtown", ao som de "Come pick me up", do Ryan Adams. estou revendo o filme e me identificando com algumas coisas, tipo esse trecho.

apito

ninguém merece gol de bicicleta do Dodô. a idéia por trás de algo assim é tão feia que devia ser proibido por lei.

massagem

não aconteceu nada ontem. a tragédia que se anunciara, no caso. fico mais aliviado, desse jeito - mais tempo pra tomar uma decisão.

zoneamento

faz pouco menos de duas horas que dirigi o novo melhor carro que já experimentei: um Mercedes-Benz classe E (ou E-Klasse, se você se chamar Felipe Chad). dirigi a versão com motor V6 3,5 de 272 cavalos, em preto por fora e creme por dentro. linda, maravilhosa, perfeita.

depois de uma voltinha no estacionamento do Pontão do Lago Sul e uma breve explicação da vendedora da Brasília Motors (que tem um Celta) sobre o câmbio 7G-Tronic, engatei o drive e fui em frente no "circuito" por eles montado, indo até o começo da L4 norte e voltando. o motor desenvolve potência muito facilmente, sendo que cheguei a 135 km/h na L4 sul sem o mínimo esforço. descobri que é possível acelerar e frear o carro pela haste do controlador de cruzeiro, ou seja, você nem precisa ter pés para dirigir o classe E. só por essa, pensei, o carro já vale os R$ 303 mil reclamados pela fabricante de Estugarda.

na volta, o rádio, sintonizado na Antena 1, foi de uma coincidência espetacular ao colocar "Get back", dos Beatles, como trilha sonora dos meus últimos momentos no carro. mas essa história de "get back to where you once belong"... sei não... meu negócio ainda é algo sueco. enquanto não tenho a oportunidade de experimentar um Volvo S80, no entanto, fico com esta Mercedes.

sábado, abril 14, 2007

sereia

ontem eu vi uma versão 2.0 da Sofia Coppola. se a original não é bonita mas eu teria algo com ela só por causa do charme dela (verifiquem os vídeos dos vinhos dela no Youtube para concordarem comigo), a de ontem era linda, maravilhosa. mas não deu pra conversar com ela.

rubi

hoje faz dois anos que moro em Brasília. dois anos em que deixei uma cidade feia, pequena e acéfala por este lugar tão bonito, tão acolhedor e tão inspirador. Vinícius de Morais se desculpava com as feias ao dizer que beleza é fundamental; para uma cidade, as palavras dele também valem. quando vim para cá, não imaginava que me apaixonaria por Brasília. no entanto, bastaram cinco minutos de Distrito Federal para que percebesse que havia alguma coisa entre nós. alguma coisa como uma paixão que você sabe que, se conhecer a pessoa mais a fundo, aquilo vira amor.

e foi isso. sei o quão raro é para alguém de fora se apaixonar por aqui e não começar a dizer que Brasília "é fria", "é distante", "só tem ladrão" e que "bom mesmo é lá de onde eu vim". talvez este lugar escolha as pessoas, ao invés de as pessoas escolherem Brasília. mas a cada vez que passo pelo eixinho sul, pela ponte Costa e Silva (a do meio) ou paro na banca da 103, por exemplo, sinto aquilo que o Michael Stipe descreve na letra de "Electrolite": a sensação de que estou realmente vivo.

então parabéns, Brasília. e que a gente continue descobrindo que não temos limites para melhorar.

sexta-feira, abril 13, 2007

nexo

a interpretação do Craudio pro Vertrauen IV foi, de longe, melhor que a minha. e muito mais coerente.

cinema

Rodrigo Leão - "Rosa"

e a boa notícia se torna concreta!

TAP inicia ligações para Brasília

A TAP inicia no dia 19 de Julho a operação de cinco voos por semana entre Lisboa e Brasília e torna-se a primeira companhia aérea a assegurar uma ligação internacional directa à capital federal do Brasil.

Com esta nova ligação, a TAP passa a voar para um destino em fase de grande crescimento que se assume já como a maior plataforma de distribuição de tráfego do Brasil a seguir a São Paulo, ao permitir as melhores ligações para o Norte e Oeste do país.

A TAP obteve também “luz verde” das autoridades brasileiras para aumentar a oferta noutras rotas, passando a operar a partir da mesma data mais cinco frequências semanais Lisboa – Rio de Janeiro e uma Lisboa – São Paulo.

Nesta última rota, a TAP tinha obtido recentemente autorização para outras duas frequências por semana, uma entretanto já iniciada e a outra com início em 18 de Julho.

Com os novos voos, a TAP passa a operar um total de 60 frequências semanais entre Portugal e o Brasil, reforçando a liderança absoluta no transporte de passageiros e carga entre a Europa e aquele país.

Com este reforço da operação, a TAP oferece voos diários para Fortaleza, Recife e Salvador e cinco frequências semanais para Natal e Brasília. Semanalmente, o Rio de Janeiro recebe 12 voos da companhia provenientes de Lisboa e três com partida do Porto. Para São Paulo, a TAP opera 11 frequências a partir de Lisboa e três do Porto.

No final do ano passado, a TAP operava 48 voos por semana para o Brasil, tendo transportado 846.151 passageiros no total das rotas, mais 20,3 por cento do que em 2005.

planície

não tenho tido vontade de voltar para casa, ultimamente. saio de lá 7:15 e chego ao trabalho meia hora antes do expediente, só saio daqui às 19:00 - quando as luzes do prédio se apagam - e mesmo assim gostaria de ficar mais.

fina estampa

ainda que as coisas precisem de um longo período de tempo até se acertarem, é bom dizer a verdade desde já. é o único caminho possível. se eu não tiver tempo, eu crio tempo, não importa como. e se certos castigos são duros, por outro lado eles são merecidos. só não espere de mim inércia ou o rosto caído.

quinta-feira, abril 12, 2007

Vertrauen IV

algumas coisas importantes sobre o trabalho que só fui descobrir hoje:

- meu departamento faz mais reuniões do que deveria;
- os outros departamentos fazem tantas reuniões quanto o meu;
- algumas reuniões foram realizadas oitenta vezes;
- eu tive quatro vezes a mesma reunião em quatro dias;
- existe uma máfia por perto, e tenho impedimentos físicos de participar dela;
- sua colega de trabalho pode soltar uma frase que, involuntariamente, mata o seu dia e te dá vontade de sair correndo chorando - sorte que você não faz isso;
- você só precisa de duas horas para fazer tudo, e olha que trata-se de "um dia cheio";
- os colegas do departamento da frente não entendem piadas com a mesma facilidade;
- é muito fácil de pensar na "síndrome de Beethoven" quando se está lá.

eins (Vertrauen III)

meu chuveiro elétrico quebrado já era: hoje, depois de duas semanas, foi instalado meu novo chuveiro, ou seja, nada mais de banho gelado. agora vou voltar pra casa, tomar um banho bem quente, levar o terno pra lavanderia, cortar os cabelos e pensar na única coisa que tenho pensado.

heaven

curioso isso aqui sair um dia depois de eu ir ali no Museu de Valores do Banco Central e rever aquelas notas carimbadas... lembram disso, galera?

Brasil é campeão de inflação em 45 anos

Nos últimos 45 anos, o Brasil conquistou um título nada lisonjeiro: o de campeão mundial de inflação. A taxa acumulada no período chegou a 14.210.480.006.034.800% de 1961 a 2006. O percentual, na casa dos quatrilhões, consta em estudo do Bradesco obtido com exclusividade pela Folha.

(...)

A vice-liderança do ranking inflacionário coube à Argentina. No período da pesquisa, o país vizinho acumulou uma taxa de 256.376.764.519.163%. Foi seguida do Peru (216.144.603.134%), do Uruguai (2.001.304.983%), da Turquia (98.325.454%) e do Chile (81.234.245%). Ou seja, dos seis primeiros colocados na lista dos países que mais sofreram com a inflação, cinco são sul-americanos.

"Tenho a impressão de que isso está relacionado ao populismo, que marcou a história da América do Sul", afirmou o economista Caio Megale, sócio da Mauá Investimentos. "A inflação é um resquício de tentar crescer a qualquer custo, de criar essa panela de pressão que estoura lá na frente."

(...)

Do outro lado do ranking, os países que conseguiram melhor controle sobre a inflação entre 1961 e 2006 foram Noruega (acumulado de 916%); Suécia (922%), Austrália e Dinamarca (ambas com 1.018%, respectivamente).

quarta-feira, abril 11, 2007

Vertrauen II

Mark Ronson - "Stop me if you think you've heard this one before"

incrível: eu tinha tudo para não gostar dessa versão, mas gostei. eu tinha tudo para não gostar de certas coisas na minha vida, mas estou gostando também. e tem explicação.

*

Manic Street Preachers - "Your love alone is not enough"

tá aí uma série candidata a melhor música do ano. Nina Persson nos vocais, arranjo catchy, letra destruidora:

you knew the secret of the universe
despite it all you made it worse
it left you lonely it left you cursed


só devia ter acabado um minuto antes, fora isso é perfeita.

Vertrauen I

ainda são dez e meia. mas o dia parece já ter rendido o bastante, de tanta coisa que fiz, de tantas soluções para o problema da má notícia de ontem, de tanto que adiantei as coisas.

*

três reuniões em dois dias para discutir uma outra reunião. é isso mesmo?

mil reais

é quanto devo gastar esse mês com meu carro, entre consórcio, IPVA e combustível, mas sem contar a revisão. papai mandou o carnê do pagamento do consórcio e confiou-me a responsabilidade de pagar dois terços dele. mas não há de ser nada: em 2010 eu pego um Airtrek, uma Jetta Sportwagen, um Volvo C30, algo nesta faixa de preço.

tradição

e todos, então, procuraram um caminho.

terça-feira, abril 10, 2007

registo

recebi hoje, no trabalho, uma péssima notícia. curioso é que assim que a recebi, fatalista que sou, pensei apenas no lado bom que ela teve - sim, ela teve um, embora não seja tão evidente. e saí, pelo corredor, fazendo alongamentos com os braços.

homens desesperadamente sós

certos olhos me dizem mais do que todas as palavras escritas durante um século. se eles insistem em se fechar à minha presença, só posso imaginar que existem outros quatro sentidos para explorar.

Angra do Heroísmo

(censurado posteriormente pelo autor)

cimbalino

depois de três anos com algumas coisas mal resolvidas num determinado assunto, e ciente de que, enquanto ele não for resolvido ele vai continuar a reaparecer, decidi chamar a bronca desde a atual aparição, duas semanas atrás. quando o envolvido me ligou, fui incisivo:

"- vai ser a mesma merda dessa vez?"

do outro lado da linha, gelo. disse, então, que não era certo tentar resolver isso da mesma maneira, porque depois de um mês com todo mundo andando como se pisando em um campo minado, a primeira mina - que não existe no solo - explodiria mesmo sem existir. e aí seriam onze meses de enfermaria, estilhaços de mágoas por todos os lados, coisas assim.

perigoso. então decidi exercitar meu lado diplomático, esse que por tantas vezes deixo escondido quando preciso, e falei logo a ele que não toparia a mesma conversa pela quarta vez; mais ainda, que os dois teríamos de ceder, e já fui dizendo logo em quê cederia. e foi bastante coisa - tantas que, se eu não me conhecesse, acharia que a intenção inicial foi desfigurada, quando ela apenas se transmutou. mas do lado de lá foi a mesma renitência:

"- o que eu quero é que (...)"

ouvi esse discurso da última vez e continuo sem concordar:

"- eu fiz a minha parte, cedi um tanto, quero negociar. mas se você quer isso, sinto muito, estou desligando e não quero que você me procure de novo." - eu disse, sabendo que essa parte final não aconteceria ali.
"- mas o que você me sugeriu agora..."
"- é bem razoável e tem muito pouco do que eu queria antes."

mas ele não quis saber, e tentou me enrolar durante toda a primeira semana. quando viu que aquilo não estava dando em nada, me procurou de novo hoje.

"- tá tudo bem?"
"- não tá, e você sabe disso."
"- o que foi?"
"- você tentou me enrolar essa semana."
"- pára com isso, tentei enrolar p**** nenhuma."
"- tentou sim. duas vezes. quer que eu te conte em detalhes?"
"- desculpa."

foi a primeira vez que ouvi (na verdade li) um pedido de desculpas vindo dele. fiquei espantado, claro. e repetiu a mesma ladainha, que a minha proposta não era possível, etc. e falando isso da autoridade de quem não cedeu durante anos. depois de repetir tudo isso, concluí dizendo que não tinha mais o que falar. ele se desesperou, e eu disse que aceitaria uma contra-proposta, desde que não fosse ofensiva - leia-se "o que já fora proposto" por ele, sem novidades. e a nova proposta não veio.

acabou por aí? o capítulo de hoje sim. mas como um fã de "Nothing really ends", do dEUS, imagino que venham mais coisas por aí. experiência própria. o pior é que tenho vários assuntos pendentes na minha vida, em todos os aspectos. enfrentar este como fiz hoje foi algo que requereu uma coragem que, confesso, não costumo ter. e quarta-feira que vem, no final da tarde, terei de enfrentar um outro assunto tão grande quanto o de hoje, se não for maior.

*

nota: "cimbalino" é o nome que se dá ao cafezinho na cidade do Porto.

bacalhau com todos

música da noite: Erasure - "Love to hate you". uma evidente boiolagem, claro. mas uma boiolagem irresistível, de dezesseis anos atrás - que eu adorava quando tinha meus dez, onze anos. no mais, é como eles dizem: love and hate, what a beautiful combination!



ah, e tem um verso ainda melhor: "I like to know the killer isn't me". dá pra resistir?

Leiria

Belo Horizonte me serviu para reescrever parte do poema que fiz no mês passado, e agora vou fundir as duas partes. não há nada de errado com a primeira, o problema é que ela destoa da outra parte. decidi, então, fazer um final coerente com o começo, pra deixar tudo mais atemporal.

atualização: o final para o poema é diferente, mas a inspiração para ele é a mesma.

El Corte Inglés

da Radar, do grande Lauro Jardim:

Uma pia no caminho

Uma pia, uma simples pia de banheiro, é hoje um dos nós que atrasam a finalização do Hotel Fasano que está sendo construído em frente à praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Projetada por Phillipe Starck, a pia não tem cuba, mas uma delicadíssima inclinação que faz a água escorrer pelas laterais. O problema é que os pedreiros não conseguem de maneira alguma fazer a bendita inclinação. O resultado é que chiquérrima pia vira uma poça. O hotel periga não inaugurar a tempo do Pan-Americano.


alguém aí tem alguma estratégia contra a arquitetura?

pastoral portuguesa

se eu juntar dez reais por semana até o meu aniversário, consigo dar entrada numa box-set do Caetano Veloso, e com isso torno minha vida um tanto mais... acaetanada, não?

segunda-feira, abril 09, 2007

ópera

cenário 1: alguém, no longínquo ano de 1987, em frente à televisão numa noite de sábado.

principais programas: Chico Anysio Show (piadas sem graça baseadas em velhos-contracenando-com-gostosas), Viva a Noite (gincana entre famosos), Comando da Madrugada (documentarístico com reportagens enormes do Goulart de Andrade).

*

cenário 2: alguém, no contemporâneo 2007, em frente à televisão numa noite de sábado.

principais programas: Zorra Total (piadas sem graça baseadas em velhos-contracenando-com-gostosas), Viva a Noite (gincana entre famosos), Comando da Noite (documentarístico com reportagens enormes do Goulart de Andrade).

mantendo a sanidade

entrei na reunião sabendo que ela acabaria com trinta minutos de atraso, ou seja, bem a tempo do meu terceiro compromisso no dia. e me programei para forçar o encerramento da reunião quando ela estivesse se alongando por trinta e cinco minutos além do tempo celebrado.

"- então acredito que seja a hora de insistirmos em..."

(clac)

era eu fechando minha agenda e colocando a caneta no bolso.

"- ... em fornecer o material e discutir isso amanhã, diretamente, na hora em que for combinada" - e meu chefe encerrou a reunião enquanto eu já estava na porta.

subi as escadas e cheguei com sete minutos de atraso; desculpar-me com o interlocutor foi a primeira coisa a se fazer, assim que o vi.

"- então, meu grande, pronto para ir para a ---?"
"- decidiu que eu vou para lá?"
"- estava só esperando que você me confirmasse."
"- então me mande para lá" - sorri - "hoje cedo eu quase te mandei uma mensagem com o título 'socorro', pedindo para que você me tirasse de onde estou."
"- hahaha, tá tão ruim assim?"
"- não. mas eu sei o que estou perdendo enquanto não vou para a ---." - e sorri mais uma vez.

(trecho final censurado pelo autor)

dízima periódica

e agora isso, hein?

gesso

ainda estou com aquele primeiro slogan do Fiat Stilo ("estilo: ou você tem ou você não tem") na cabeça. com isso são vinte dias pensando nisso, mas o legal é que não é minha culpa.

*

pisei no freio. recuperei o controle do carro antes que ele saísse pela tangente. os quatro ocupantes não se feriram, muito menos o motorista. voltamos agora com nossa programação normal.

argila e terracota

o mundo ainda não existia em 1928. Brasília ainda não existia em 1928. mas veja só, estou em 1928.

Kaliningrado

Carla Bruni - "I felt my life with both my hands"

Belo Horizonte é uma cidade sobre a qual ainda não formei opinião. foi minha primeira vez por lá, aproveitando esses três dias que tive sem pensar em marmitex, planos de universalização e resoluções jurídicas. então lá fui eu com o Alexandre, meu colega de departamento, conhecer um pouco. o centro da cidade infelizmente lembra Campinas e a região do Anhangabaú, em São Paulo, péssimas referências em termos de urbanismo e coisas bonitas. por outro lado, a lagoa da Pampulha é bem bonita e civilizada, o que provavelmente é culpa do Niemeyer. e a culinária, hein? quase não comi comida mineira, em compensação mandei ver no peixe.

agora, sendo mais claro, a história é a seguinte: Belo Horizonte tem uma vibe. só não sei dizer se é good vibe ou bad vibe. provavelmente é do segundo grupo, mas não é culpa da cidade. talvez seja do meio...

coentro

então, conforme prometido, cheguei hoje cedo de Belo Horizonte. percebi que choveu enquanto estive fora, o que não estava nos planos. também não estava nos planos o pneu furado do ônibus, que me atrasou em duas horas para o trabalho hoje cedo... uma pena.

vamos ao que interessa, então?

quinta-feira, abril 05, 2007

Portishead

por motivos de viagem, este blógue ficará sem atualizações até a próxima segunda-feira. até lá, e boa Páscoa para todos nós - afinal de contas, nós merecemos.

Leblon

e se por vezes errei com você, meu amor, foi antes pela ânsia de acertar do que por qualquer outra coisa.

recuperação

certas aulas de reforço, como em português, são necessárias. não que eu escreva mal, mas nunca é demais aprender a língua. dá mais estilo e possibilita uma maior compreensão, sílaba por sílaba, de tudo o que se ouve, se diz e se escreve. abandona-se o pretérito, imperfeito, e reduz-se tudo a artigos, adjetivos e verbos. isso, claro, quando a falta de palavras diante de certas situações não disser mais do que todos os textos do mundo. com isso as notas vão subindo aos poucos, as palavras vão fluindo melhor, a escrita se aperfeiçoa. ainda se há muito por criar, ainda estamos muito longe do ponto final - e que bom que seja assim.

the big sleep

- duas noites sem dormir direito, uma por insônia, uma por falta de tempo?
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAAH

- nenhuma previsão de resolver isso porque a "cama" de hoje não vai contribuir?
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAAH

- prestes a ir a uma reunião importante e achando que vai capotar no meio dela?
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAAH

- pensando "quem se importa com sono quando se está feliz"?
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAAH
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAAH
YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAAH

quarta-feira, abril 04, 2007

farofa

um post cirúrgico do Pedro Mexia:

o romantismo em 2007

1 hora a andar pela tua rua no Google Earth.

uh-oh

um outro projeto foi confiado aos meus auspícios. merda... desse jeito vou ficar aqui mais tempo do que eu pensava...

Nápoles

abril é um mês diferente.

em abril do ano passado o meu maior sonho não era ter muita grana, nem muito poder, nem um Volvo S60. o meu maior sonho em abril de 2006 era ser protagonista de um post de um certo blog.

doze meses cheios de novidades depois, qual é o meu maior sonho?

ser protagonista de um outro post do mesmo blog.

abril é um mês diferente. e é por causa de certas diferenças que eu tenho gostado tanto do mês de abril.

terça-feira, abril 03, 2007

moby octopad

- "The night", do Morphine
- chapéu panamá
- charuto dominicano
- isqueiro Zippo em preto
- uísque Johnnie Walker 8 anos (devidamente batizado com gelo e Red Bull)
- aperitivos gordurosos
- poltrona Barcelona, do Mies van der Rohe
- muita fumaça ao meu redor

pronto: agora que já tenho a atmosfera perfeita, é só assistir ao filme. que não é um filme, mas é a vida real rolando bem diante dos meus olhos :) e quem sabe eu não faça uma participação especial...

polônio

continuo sem tirar o sorriso do rosto. um doce (no caso, um ácido) para quem descobrir o motivo da minha expressão facial.

*

esqueci de comentar do sabonete líquido com aroma a maracujá que comprei. tava um preço tão bom que nem parecia sabonete líquido, mas, sei lá, qualquer coisa que custe entre quatro e cinco reais. experimentei-o no banho da manhã e gostei bastante, especialmente da textura. parece um exfoliante que eu tinha uns dez anos atrás, e que fazia o serviço espetacularmente bem.

*

também achei no Wal-Mart uma frigeira chinesa que vinha com altos bat-trecos para comer comida oriental; ela é de tamanho médio e talvez sirva para fazer pad thai, aquele prato tailandês que eu tanto quero aprender a fazer, mesmo lembrando que terei de comprar suco de tamarindo e só usar 40ml de cada vez. quando voltar ao hipermercado, vou ponderar esta compra, aí terei uma frigideira comum, uma oriental... e só faltará a famigerada bistequeira, aquela retangular estilosa.

*

parece que nunca vi um mp3 na vida, de tantos que estou baixando: pilhas e pilhas de downloads acumulam-se no aMule, numa fila que deve ser maior do que as do antigo Inamps. baixar música está cada vez mais divertido; (final do parágrafo censurado pelo autor).

*

frase do dia: "time flies like an arrow. fruit flies like a banana", extraída do MSN do glorioso Ivan Silverfuck Bicudo. um dia ainda entendo o que ele quis dizer com isso.

*

ah!!! lembrei! comprei ontem uma mostarda Heinz, depois de muito procurar! ela só não vem naquela embalagem quadradinha estilosa, uma vez que é made in Venezuela.

*

o título desta entrada é uma homenagem ao polônio, elemento atômico de número 84 descoberto pelo casal Curie em 1898; ele foi batizado, obviamente, em homenagem à Polônia, então o título desta entrada também é, por tabela (que não a periódica), uma homenagem às modelos polonesas que atualmente dominam as passarelas, ao lado de russas, romenas, checas e croatas.

(e sim, química era minha matéria preferida no colegial. lembra, Felipe?)

Siracusa

só ontem eu me peguei dizendo três vezes que amo Brasília.

*

primeiro dia útil do mês, salário na conta, lá fui eu pro Wal-Mart exercitar meu lado desperate househusband: comprar artigos de limpeza doméstica, de toilette, um pouco de comida. poucas surpresas no carrinho, como o molho madeira, a batata palha (o tipo da coisa que gosto mas não faço tanta questão), o salpicão - que é muito bom, registre-se. e saí de lá com duas panelas antiaderentes e um jogo de copos para a casa. tentei, com muita boa vontade, procurar um daqueles aparelhos de jantar made in China, mas não tinha nenhum bonitinho. quase peguei um jogo de talheres chineses, mas desisti deles perto do caixa: talher bom é talher Tramontina. enquanto isso, sigo com os de plástico.

*

lá por 2004 adotei na minha vida uma regra de falar menos. cada vez menos. dizer apenas o estritamente necessário e deixar que as coisas se resolvessem com o mínimo de palavras: estava cansado de abrir a boca, estava cansado de ouvir a minha voz. mas adotei isso de uma forma tão radical que falei pouco demais e a coisa desandou. então tive de repensar a situação e entrei no ano passado com duas coisas na cabeça: uma delas, no high hopes; a outra, falar mais, mas apenas o suficiente para dar o equilíbrio à situação. deu certo, e 2006 foi (final do parágrafo censurado pelo autor).

para 2007 procurei adotar o mesmo discurso; o problema é que estava muito difícil de conter a euforia; tomei, com isso, uns quarenta tombos no primeiro trimestre, mas consegui chegar a abril com uma boa solução: ouvir mais. se antes a preocupação era só a de falar menos, agora o negócio é ouvir mais. e melhor. mas sem pensar demais, como eu costumo fazer.

*

duas pessoas caíram na notícia de 1º de abril que publicamos domingo no Portal do Geólogo. o pior é que a informação de que a notícia era falsa estava logo abaixo da própria, então não dá pra desculpar. mas valeu, principalmente porque o chefe me escreveu, congratulando-me pelo bom trabalho.

*

o primeiro slogan publicitário do Fiat Stilo (estilo: ou você tem, ou você não tem) vem me tomando a cabeça desde a última semana, (final do parágrafo censurado pelo autor).

*

everywhere I go
find a poet has been there before me


com esta citação do Freud a página do hotel Danai, em Halkidiki (Grécia), recepciona os visitantes. é pra lá que eu quero te levar, meu amor. mas preciso, antes disso, que você me leve até onde eu tenho de estar.

*

hoje é dia de abrir o sachê de pimenta calabresa que comprei: a ocasião pede assim.

segunda-feira, abril 02, 2007

queixo erguido

(...) o antigo Reino Unido está em Isabel 2º: no seu sentido de decoro e estoicismo emocional, qualidades que, em momentos não muito distantes da história, eram vistas como virtudes, não como vícios. O único momento em que a rainha se permite à fraqueza e às lágrimas acontece, muito apropriadamente, a sós e no meio do nada, tendo a natureza como única testemunha. Mas mesmo esse momento dura pouco: no enquadramento, introduz-se um veado de porte real, que fita a rainha como que a recordar a sua obrigação em ser forte e digna.

(...)

Há quatro séculos, um esquecido autor inglês, chamado George Savile mas mais conhecido como Marquês de Halifax, escrevia no seu "The Character of a Trimmer" que a principal qualidade de um estadista é saber mantêr o barco num justo equilíbrio, evitando as tentações da navegação pelos extremos. O "trimmer" do título mais não é do que o navegador experiente, capaz de mantêr o rumo da embarcação mas desviando-se dos precipícios.


dois parágrafos da coluna de hoje do João Pereira Coutinho, o melhor modo para se iniciar uma semana.

domingo, abril 01, 2007

elevador

meu filme preferido de 2007 já tem um trailer:

conexão amazônica

relembrando a Legião Urbana, minha segunda banda preferida:

o que eu quero eu não tenho
o que eu não tenho eu quero ter
não posso ter o que eu quero
e acho que isso não tem nada a ver
yeah yeah yeah


saudades do Renato, o maior brasiliense da história...

azul

a edição de dezembro da GQ Portugal, essa que chegou às bancas brasileiras nesta semana, trouxe uma lista de 135 livros, discos e filmes que alguém tem de conhecer. na parte musical foram quarenta sugestões: trinta de pop, cinco de jazz e cinco de clássicos. dentre os cinco de jazz, uma grande surpresa: eles recomendavam um disco da Diana Ross.

pera aí: Diana Ross, jazz? e digno de entrar num top five? eu fiquei me mordendo de curiosidade, e corri pro aMule pra baixar o disco. chegou agora há pouco... e eu já estou vendo que, se não é o caso de entrar numa lista tão pequena (alguém ali tem de sair pro Chet Baker entrar), "Blue", o tal disco da Diana Ross, é maravilhoso. foi gravado entre 1971 e 1972, e só lançado depois de trinta anos. e é doce, muito doce: só standards, só arranjos de uma beleza econômica... se fosse para se fazer um paralelo gastronômico, é como uma caixa de bombons Sonho de Valsa e Ouro Branco: simples e delicioso.

e depois ainda me perguntam o porquê de se comprar uma revista que chega aqui com atraso...

galhofa

ah é, hoje tem a tradicional homenagem do Portal do Geólogo ao dia primeiro de abril: a publicação de uma notícia falsa, como nos melhores jornais europeus. hahahahahahaha, eu adoro fazer isso.

descompressão



essa é a primeira foto da Alessandra Ambrósio colocada neste blógue em 2007. como eu pude agüentar tanto tempo?

hematoma

(sobre censuras neste blógue, mas previamente censurado pelo autor)