sábado, maio 31, 2008

bis

café da manhã de hotel é tudo de bom, né? ainda mais com uma boa companhia... :)

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sexta-feira, maio 30, 2008

40

o Maio de 68 impôs o relativismo moral e intelectual a todos nós. Impôs a idéia de que não existia mais qualquer diferença entre bom e mau, verdade e falsidade, beleza e feiúra. Sua herança introduziu o cinismo na sociedade e na política, ajudando a enfraquecer a moralidade do capitalismo, a preparar o terreno para o inescrupuloso capitalismo das regalias e das proteções para executivos velhacos

Nicolas Sarkozy, marido da Carla Bruni e presidente francês (nesta ordem), colocando a cabeça no lugar.

(via Olavo de Carvalho, em texto primoroso)

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quinta-feira, maio 29, 2008

capacete

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quarta-feira, maio 28, 2008

acelerador

como é que é? opa, pra já, por favor!

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rodada

estou no trabalho, ouvindo "Hunter", do Portishead (sob protesto sutil de quem está ao meu redor, ressalte-se), com preguiça de ir pra casa. pensando em duas coisas: cachorro-quente e se estou fazendo a coisa certa da minha vida. o sanduíche eu deixo pra daqui a pouco. a coisa certa da minha vida eu preciso saber antes de dar a primeira mordida.

*

dez minutos se passaram. um caso eternamente mal-resolvido, uma dúvida profissional, "Alison" do Slowdive e o medo de chorar na frente do meu chefe. esqueço o assunto e vou conversar e aprender. é isso: só aprender, trabalhar, aquelas palavras que eu enfio a todo momento na minha cabeça, no blog, na minha vida fora daqui e em tudo o que faço. porque um dia há de entrar.

*

fora isso, um agradecimento ao Felipe pela conversa de agora há pouco. valeu, chefe.

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troça

nunca foi segredo pra ninguém que eu sou fã do tom galhofeiro-elitizado do Top Gear, tanto no programa de tevê quanto nos artigos da página dos caras - e nos do Jeremy Clarkson, então, nem se fala. a atual manchete da página dá o nível da coisa, na avaliação de uma série limitada do Porsche Boxster: "RS60: melhor do que sexo, diz Bill Thomas. Mas ele é ruim de cama".

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terça-feira, maio 27, 2008

fósforo

o quê? Aline Moraes com aquela franja matadora, aquela pele branquinha e fininha, vestida de preto, com botas de salto alto e manuseando um revólver? pára tudo que eu quero ser personagem de novela!

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lontra

quando eu troquei de área na Telerj, sabia exatamente o que me esperava no novo ambiente de trabalho: muito trabalho e muita pressão. pois já começou. e eu tô me sentindo maravilhosamente bem. e é só por hoje.

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segunda-feira, maio 26, 2008

7.12

se tem uma coisa que eu não entendo é o porquê do litro do Nescau (aquele tetra pak, já pronto) custar R$ 5,80 no Pão de Açúcar e R$ 3,50 no Super Maia. não tem justificativa, é loucura. e olha que o Toddy, no supermercado da família Diniz, é ainda mais caro, passando dos seis reais.

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tração

e não é que ficou mais bonito? enquanto isso, a Peugeot dá desconto de 12 mil reais no modelo antigo pra queimar estoque. queria tanto que mantivessem o preço no novo... mas duvido que role.

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domingo, maio 25, 2008

debate

o falecido Mark Sandman propõe o tópico para discussão, desta vez:

she was a hell of a woman, from a hell of a town
she took me all the way, it was a long way down
she makes me wonder, wonder, all day long
can a good woman ever be found?
can a good woman never be found?


até agora, nenhuma resposta.

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palavreado

eu quero um desse na minha casa. (se tiver outra coisa tocando ao invés do Haddaway, melhor)

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sábado, maio 24, 2008

ok

vai escurecer. ainda estou no trabalho. escureceu. já posso ir para casa, tudo está resolvido, eu falei com deus em uma ida ao décimo primeiro andar, eu falei com meu chefe numa ida até a mesa dele, eu falei com meus colegas sem sair de minha baia. eu fiz reverência a quem manda em mim, eu cumprimentei todo mundo, do vigia ao homem da limpeza ao gerente chato da outra área à mulher que me ligou para vender coisas que eu não queria. eu entendi a opinião de todos, tentei colocar um pouco da minha no meio, tentei me inteirar do que estava sendo dito por aí. eu pensei em colunas de templos gregos, em refrigerantes sem açúcar, em chorar no canto da sala sem motivo aparente, em airbags de BMWs com bancos de couro preto, em adiantar o meu relógio e ser sempre o primeiro a chegar, não importa onde nem porquê. eu desliguei o computador, tomei uma aspirina para ver se esses pensamentos iam embora, escovei os dentes, me encarei no espelho e desci pelo elevador, mesmo sendo apenas um andar acima da portaria. eu cumpri todo o ritual ao entrar no carro, de deixar a pasta atrás do banco da frente, pendurar o paletó num cabide, deixar o celular no porta-trecos no meio do painel, as balinhas no console central e o meu Omega Speedmaster junto delas. eu lembrei do comercial do cartão de crédito que me mandava sair de férias e botava meu nome, sim, o meu nome!, num plástico para todo mundo ver. eu me senti mal com tudo aquilo, liguei o carro e os faróis e fui para casa torcendo para não encontrar ninguém, conhecido ou desconhecido, no caminho; para não receber ligações, mensagens e qualquer outro tipo de interações de outras pessoas naquela noite. torcendo, também, para ainda ter comida em casa, já que não queria mesmo ter de pedir nada, usar o telefone, dirigir um trólei de supermercado ou qualquer coisa do tipo. eu coloquei meu carro no meio de uma fila de outras pessoas, tão desinteressantes, tão pessoas, voltando para casa uma hora depois do fim do expediente, emparelhando os carros como bois em uma fila para o matadouro, toda iluminada pelas lâmpadas de sódio da CEB, pelo mar de informações em âmbar, pela propaganda nossa de cada dia. e eu vou lentamente deslizando minhas mãos pelo volante como se fosse um piloto automático, sem pestanejar, sem prestar atenção, sem ratear na hora de sair com o sinal verde, pegando as mesmas pistas nos mesmos momentos, dando seta no mesmo momento de ontem, anteontem e na semana passada, mergulhando no Parque da Cidade sem prestar atenção à roda gigante, sem querer saber o que vai passar no Cine Academia, sem saber quanto peso, vazio de quaisquer sentimentos, enquanto o ponteiro da velocidade vai crescendo e o piloto automático se torna um animal robótico, devorando carro por carro sem esboçar qualquer preocupação, acompanhando o mar de luzes e de curvas no sentido horário, acelerando e trocando de faixa no ritmo de qualquer música que o aparelho de som derrame no começo da noite, num balé que vai deixando quilos de monóxido de carbono para trás, quilômetros para trás, pensamentos para trás, eu e você para trás. e por mais que se veja no caminho um monte de feiúra, brutalidade, negligência e outros desânimos, só se pode continuar, de forma ordenada, em fila indiana, marcando os passos novamente em ritmo mecânico em meio aos prédios. as luzes estão acesas: eu imaginaria dezenas de yuppies desatando gravatas, crianças voltando da escola com seus cadernos encapados em xadrez vermelho-e-branco, mulheres procurando suas sacolas de ginástica enquanto tomam água e suspiram de pensar na série que terão de fazer esta noite na academia; pensaria, ainda, em uísques sendo tomados enquanto alguém não chega para a execução de uma maracutaia em domicílio, em motocicletas de entregas com pizzas, pães, yakisobas e toda sorte de carboidratos sendo entregue em domicílio... mas eu sou um piloto automático e estou no trânsito, a dois semáforos de casa e a um de você, meu amor.

mas seu sinal está sempre vermelho para mim.

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coisas que eu nunca te disse #27

although I can't dismiss
the memory of her kiss
I guess she's not for me


(Chet Baker, "But not for me", escrita pelos irmãos Gershwin em 1930 e regravada pelo cara na década de 1950)

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batata

quem usava a internet em 2005 certamente se lembra: havia um blog chamado "Meu nome é Regina", da nossa queridíssima Regina Duarte, onde ela, sem papas na língua, falava de depilação íntima, de seus bois, de como só arrumam gente feia pra ser par romântico dela nas novelas e de como a filha dela, aquela gatchenha, era um porre. e era ilustrado por fotos espetaculares - a minha preferida era uma da novela "Por amor", em que ela e o Juvenal Antena estavam deitados no sofá, e embaixo a legenda "tô piscando, Fagundes. soca tudo".

infelizmente, no ano passado o "Meu nome é Regina" saiu do ar. e eu, quando fui fazer minha apresentação de resultados na Telerj, em janeiro último, tive grandes problemas para achar fotos tão boas da Regina Duarte por aí. mais do que isso, deu uma grande saudade de ler aquele grande momento da internet brasileira. até cheguei a deixar comentários no blog do responsável pelo "Meu nome é Regina", pedindo a volta dele, de tão bom que era.

não sei se é obra dele mesmo ou de outra alma caridosa, mas aquele exemplo de esmero educacional, finesse, higiene, cultura bovina e ninfomania voltou. em outro endereço, mas isso é o de menos. tô lendo aqui e chorando de rir.

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sexta-feira, maio 23, 2008

ralador

leio aqui a notícia de que o senador Jéferson Peres morreu. na terça-feira eu estava no Senado, acompanhando os trabalhos de algumas comissões (nenhuma delas acabou tendo sessão) e o vi passando pelo corredor, com seu pouco mais de metro e meio e andando devagarinho, como sempre fazia. três dias depois ele não está mais aqui, e nessas horas minha cabeça pira com a fragilidade das coisas. que ele vá em paz, e que eu não pense mais nessa estranheza que é uma partida tão repentina.

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quinta-feira, maio 22, 2008

elástica

dia de sono, de chocolate, de novidades sobre coisas velhas. de torcer pelo meu time e de sonhar com coisas impossíveis. de estar vivo e de ponderar que a vida nunca esteve melhor. ufa!

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quarta-feira, maio 21, 2008

mensagem padrão

eu não creio que o meu Santos amanhã vá reverter o placar ruim do México. mas já fico feliz pelo Fluminense, que fez sua parte hoje.

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terça-feira, maio 20, 2008

vídeo macumba

esqueça o visual ridículo da Shirley Manson, esqueça que essa música foi tema de comercial do Rexona. a música do clipe abaixo faz com que eu me sinta uma menina de dezesseis anos, de cabelo vermelho compridão e batom cor de cereja nos lábios, dançando em frente o espelho. e toda vez que eu começo a escutar, demora umas duas semanas pro vício passar...

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Gold Coast

mais uma coluna antológica do João Pereira Coutinho, dessa vez publicada na Folha desta terça. tá virando rotina, mas o que ele escreve costuma triturar qualquer coisa que eu pense, qualquer inspiração para escrever aqui etc.

*
Uma miss à minha porta

Foram anos e anos e anos em busca das mulheres mais belas. Não fui caso único. E poderia dizer, como um escritor beat decadente, que vi as melhores mentes da minha geração destruídas por ruivas de olhos verdes e morenas de cabelo negro. Mas uma loira genuína com a pele pintada a ouro? À minha porta? Ah, isso não é justo. Nem real. Tudo começou com uma oferta da senhoria. Eu, rapaz solteiro, com vida dissoluta, estaria interessado nos serviços de uma empregada doméstica três vezes por semana?

Contemplei as camisas por passar. Lembrei, com repulsa, a louça em forma de Everest na cozinha. Disse que sim. Sem entusiasmo. No dia seguinte, a empregada chegou. E antes de eu chegar a ela, um pouco de história, por favor. Leitores, o que aconteceu em 1991? Eu respondo: em 1991, a antiga União Soviética era sepultada. Ficaram apenas herdeiros festivos: russos, ucranianos, armênios, moldavos, lituanos. Uma salada. Os anos seguintes não foram fáceis: com o capitalismo à solta em solo virgem, as antigas repúblicas soviéticas caíram na inflação e na escassez e começaram a exportar gente para os quatro cantos da Europa.

Não falo apenas de gente pobre. Falo de gente que ficou pobre de um dia para o outro. Em qualquer cidade da Europa ocidental era possível encontrar advogados servindo em cafés ou antigos ministros trabalhando na construção civil. Cheguei a conhecer um médico moscovita que, depois da derrocada, era motoboy em Portugal. Já tinha visto de tudo. Mas nunca vira uma antiga candidata a miss fazendo limpezas. Chama-se Emma e, na década de 90, ela concorria ao título ucraniano. Perdeu, não me perguntem como. Depois, a família não agüentou a crise, Emma partiu com a irmã para Madri e finalmente aterrou em Portugal. Aterrou em minha casa.

Era Proust, creio, quem dizia que as mulheres bonitas eram para homens sem imaginação. Se Proust estava certo, então eu sou uma pedra em forma humana. Não, ela não é bonita. Ela transforma a capela Sistina em grafite urbano. Ela reduz qualquer escultura de Rodin a um monte de sucata. Os cabelos, longos, terminam onde começa um pescoço que faria as delícias de Bela Lugosi. Os olhos, de um azul como já não existe nos céus de Lisboa, sorriem mesmo quando ela não sorri. E, quando o sorriso acontece em lábios generosos e de um vermelho que dispensa qualquer pintura, o rosto ganha uma luz que pode levar qualquer homem à cegueira. O corpo é perfeito. Como sei? Pelos pés: pequenos, esguios, ligeiramente ruborizados. Ela trabalha descalça e gosta de caminhar como as bailarinas. Ou como os gatos. Silenciosa e nas pontas.

Começou no mês passado. Segundas, quartas e sextas. Achei melhor incluir também as terças. E as quintas. E depois o sábado. E o domingo. E o dobro do salário nos dias feriados. Oito horas por dia? Não. Doze. Na impossibilidade de serem 24. E nada de limpezas. Limpezas, princesa? Com essas mãos tão delicadas? Eu limpo, ela existe. E amigos vários, incrédulos ao início, já começaram a fazer excursões à casa como certos peregrinos a lugares sagrados. Chegam, acampam. Alguns pedem para levar uma relíquia da santa: um fio de cabelo, uma unha, um dente. (Um dente?) Eu sou como um policial em filme de Hollywood, depois de selar o local do crime. "Dispersem, por favor. Não há nada para ver."

Mas há tudo para ver. Imagens do concurso de miss, que ela mostrou em fotos da época. Algumas canções ucranianas, que aprendo a balbuciar com a atenção cirúrgica de um aluno aplicado. Troquei o uísque pela vodca. Experimentei arenque (que delícia! como foi possível acreditar que o bacalhau era o supremo peixe?). Também sou capaz de reproduzir os passos mais elementares de uma dança típica. E sem qualquer esforço, apesar das cãibras permanentes que me fazem gemer a noite toda. E já digo "bom dia", "boa tarde" e "boa noite" na língua retorcida dos nativos. Quando chegar a um nível mais profissional, resolvo tudo com um "casa comigo" e depois parto com ela para a lua-de-mel em Kiev.

Anos e anos e anos em busca das mulheres mais belas. Mas foi o fim do comunismo e a entrada arrasadora do capitalismo que trouxe uma miss à minha porta. E logo agora, que eu começava a ficar um pouquinho mais esquerdista. Desculpem, camaradas. Mas, como diria o velho Karl, a cada um segundo suas necessidades.

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segunda-feira, maio 19, 2008

Hobart

mais alguém aí tá assistindo o CQC de hoje? tá magnífico. sensacional. a matéria da cúpula euro-sulamericana no Peru e a do cara vestido de árvore que foi à Cetesb são antológicas. quem perdeu tem que correr pro Youtube e se atualizar.

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Geelong

O site eyeontheun.org faz a contagem de resoluções, decisões e informes das Nações Unidas sobre violações dos direitos humanos, confirmadas ou alegadas. Entre janeiro de 2003 e março de 2008, o alvo número 1 foi Israel: 635 condenações. Na sequência, bem distantes, estão países com governos finíssimos como Sudão (280), República Democrática do Congo (209) e Mianmar (183). Aquela coisa horrenda que é a Coréia do Norte se safou com apenas 60 citações. What about it?

Caio Blinder, enfiando o dedo na ferida. e, sem ironia nem nada, parabéns a Israel pelos sessenta anos. que venham outros sessenta mil. (via Reinaldo Azevedo)

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Melbourne

era pra esse post se chamar "piranhão", em homenagem ao meu amigo Marcão, mas não foi assim. fica pra próxima.

*

descasquei um parecer cabeludo e arrumei uma teoria quixotesca para outra análise na Telerj. em outras palavras, resolvi um processo inteiro em um dia e achei um jeito de contrariar a Telerj toda no outro, numa briga que eu vou fazer questão de comprar e defender lá em cima. posso perder e ter de retirar palavra por palavra, mas vou gastar um pouco de munição para mostrar que aqui a coisa não é bem espoleta não.

e o dia foi tão proveitoso que resolvi várias pendências grandes da outra área, cuidei dos meus projetos paralelos e joguei conversa fora. bom, né? e tudo durante o horário de serviço, sem um minuto a mais por lá. mas amanhã o bicho vai pegar e só devo lavrar à noite.

*

se eu fosse voltar para o orkut, teria aqui uma boa frase para colocar no "about me" ou seja lá como se queira chamar aquele campo da descrição. mas eu não volto nunca mais à wasteland do mundo digital. e um dia, quem sabe, eu utilize essa frase noutras paragens.

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domingo, maio 18, 2008

Darwin

lembre-se de que a perfeita execução do serviço refletirá no seio da sociedade, de sua família, perante seus superiores hierárquicos e no círculo de seus pares.

esse é o último item do decálogo de conduta da Polícia Militar. mas será que não tem um alcance muito maior do que para os pobres PMs?

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sábado, maio 17, 2008

Wollongong

fiquei apenas duas semanas sem ter um novo objetivo na vida: apenas alguns dias atrás consegui um novo. agora que aprendi a jogar com o tempo e a dar tudo de mim enquanto ele não passa, é só ver as paisagens mudando pela janela, a vegetação indo embora, o sol se pondo lá na frente. e dirigir a noite toda, porque amanhã cedo é tudo diferente.

*

por falar em sol se pondo, hoje dirigi enquanto o dia acabava e vi umas dez mil cores no céu. provavelmente todos os tons da escala Pantone onde o amarelo, o laranja, o rosa, o roxo e o vermelho se fundem estavam bem acima de mim. e é por ali mesmo, no céu, que está meu objetivo, como naquela historinha sobre foco e ambição que o Felipe contou.

*

sobre ambição, tenho ouvido bastante "A lady of a certain age", uma música do Divine Comedy lançada dois anos atrás e que foi alvo de muitos posts na época. agora ela serve para me lembrar de onde quero chegar ("holiday with kings, dine out with starlets"), onde passar as férias ("from London to New York, Cap Ferrat to Capri"), de porquê ganhar dinheiro ("so that you might be kept in the style to which you had all of your life been accustomed to") e de como andar por aí ("in perfume by Chanel and clothes by Givenchy"). embora eu prefira o Zegna à Givenchy, claro.

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Sydney

O governo federal tem 120 000 servidores públicos. Nossa meta é cortar para 50.000 até 2050.

Matti Vanhanen, primeiro-ministro da Finlândia, dando o exemplo.

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Adelaide

eu ainda não desisti daquilo.

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sexta-feira, maio 16, 2008

Brisbane

ainda faltam quinze dias para o mês acabar, mas, por aclamação, já temos o post do mês e é esse aqui.

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Perth

um dia depois do aniversário da minha avó, hoje é aniversário da minha mãe. liguei para ela na hora do almoço e dei os parabéns, mas senti que ela estava um tanto desanimada, embora ela não tenha falado nada em particular sobre isso. espero que não seja nada grave. de verdade.

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quinta-feira, maio 15, 2008

crédito

ontem eu bati meu recorde de permanência no trabalho: fiquei na Telerj até dez para as nove da noite. mais de doze horas trabalhando. é o suficiente? não. não fiquei mais porque não foi preciso desta vez, mas, se um dia for, estarei lá. horas e horas, até que a vista comece a doer.

*

e hoje rolou uma greve-relâmpago: entre noventa e noventa e cinco por cento dos funcionários da Telerj aderiram, pelo que vi. eu, pra variar, furei isso. nunca fui a favor de pessoas fazendo greve, por quê eu faria? eu quero aumento, quero melhores condições de trabalho, mas não vou descontar isso em quem me paga (o povo, no caso). não rola. nada contra quem vai lá e protesta, como fizeram vários amigos meus, mas eu tô fora.

tem ainda uma outra coisa: toda greve tem manifestantes profissionais, aquela gentinha que chama os outros de "companheiros", falam de "mobilização", defendem o governo atual, gritam, berram, esperneiam, dizem que temos "direitos adquiridos", falam em "pequenas contribuições para o sindicato" e em união. como eu me sinto um aristocrata, ainda que minha família não detenha um título de nobreza, jamais poderia me juntar a essa gente sem educação em um protesto. é por esse motivo, mais até do que o do parágrafo de cima, que eu não faço greve: não imagino um duque, um conde ou mesmo um embaixador filiado a um sindicato de trabalhadores, bradando palavras de ordem em um volume nada palatável aos ouvidos. aliás, eu não imagino nem o Jorge Paulo Lemann ou o Eike Batista fazendo greve, então eu entraria nessa por quê? sem chance.

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bateria

depois de saudar o aniversário de morte do maior rockstar da história ontem, hoje é dia de lembrar que, se minha avó estivesse viva, completaria hoje oitenta e dois anos. quis a doença mais filha da puta da história tirá-la daqui aos sessenta e um, mas não a tirou de dentro de mim. parabéns, vó Nair. uma pena que a senhora não tenha me visto formado, como queria, mas garanto que vou chegar longe. por mim, pela senhora, pela história da família, por tudo.

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quarta-feira, maio 14, 2008

o cara



tá. você já leu por aí um monte de coisas sobre o aniversário de dez anos da morte dele, Francis Albert Sinatra (1915-1998). a data é hoje. e, dez anos depois de nos deixar, Frank Sinatra continua sendo o cara.

mas "o cara", no caso, é pouco. ele foi o cara que você quer ser, o cara que eu quero ser, o cara que meus filhos vão querer ser. e que, invariavelmente, não seremos. não porque não mereçamos, tampouco que nossas vidas serão umas merdas: não é isso. é porque Frank Sinatra só tem um. eu já disse aqui, sete anos atrás, que ele foi o maior rockstar de todos os tempos. já transcrevi aqui uma matéria sensacional da Maxmen de Portugal, publicada por ocasião do nonagésimo aniversário de seu nascimento. e meu irmão mais velho hoje colocou aqui mais um belo texto sobre o homem, e que prenuncia nosso próximo livro, "Como Frank Sinatra pode mudar sua vida", a ser lançado em meados de 2009.

aliás, Frank Sinatra realmente mudou minha vida:

- "In the wee small hours" foi um daqueles discos que me deixou de queixo caído da primeira vez que ouvi, e a cada vez que descobria algo novo sobre ele;
- você nunca o viu, em foto alguma, desarrumado. por essa razão eu tento, cada vez mais fortemente, andar impecável;
- ele me ensinou que honra, valores familiares e amigos são tudo na vida;
- todo homem tem uma Ava Gardner. e a vida continua, apesar dela.
- finalmente, que diabos é a interpretação dele para "My way"? Frank Sinatra não canta essa música, ele decreta a letra. você pode não gostar, mas jamais, durante a música, deixa de acreditar que ele viveu tudo aquilo em cada palavra, cada sílaba, cada letra. e acaba concordando com ele, porque ele canta de um jeito em que aquilo vira uma verdade universal.

por essas e outras, descanse em paz, meu caro Frank.

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terça-feira, maio 13, 2008

telescópico

consegui derrubar um ministro hoje, ou melhor, uma ministra. agora só faltam dezesseis.

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linguajar

caro Craudio,

esclareço que o suco de cranberry é uma bichice do Lelo, que se empolga com essas coisas. enquanto eu lia seu comentário, coincidência ou não, estava degustando um copo do precioso Minute Maid laranja caseira, versão normal. é uma delícia. é tudo de bom.

mas sempre tem um belga que quer uma coisa dessas.

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segunda-feira, maio 12, 2008

mangano

um Radiohead, pra animar (ou não):

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informação privilegiada

para o Lelo e quem mais interessar: chegou suco de cranberry no Pão de Açúcar do Sudoeste. é light, e custa R$ 7,70 o litro.

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domingo, maio 11, 2008

porcentagem

achei mais uma serventia para o eBay: comprar relógios antigos, para usar com terno. tem quatro marcas que bombam lá: Omega, Breitling, Girard-Perregaux e Longines. é só digitar vintage e uma dessas quatro para se deparar com uma série de relógios feitos entre 1940 e 1970 (e, de vez em quando, até uns mais antigos que isso), de movimento mecânico e pesadões. tem até uns automáticos, mas são minoria. e saem por volta de 500 dólares, bem menos do que um novo de qualquer dessas marcas. sem contar que os Breitlings das antigas são bonitos e limpos - hoje em dia, os novos são feiosos, afetados pela poluição visual em suas caixas.

ainda não comprei, mas esse ano certamente eu termino com um. quanto aos Rolex e Patek Philippe, não adianta: nem vintage dá pra conseguir um baratinho. quando muito, dá um Jaeger-LeCoultre.

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sábado, maio 10, 2008

neve

o sistema imunológico está perigosamente baixo. melhor eu tomar cuidado, senão vou rodar.

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erro de paralaxe

a dor se tornou insuportável e lá fui eu pedir pra tomar injeção. não deu: sem receita, sem agulha. e tive de me contentar em comprar horse pills para as costas, embora essa história de "apenas um comprimido ao dia" seja uma ilusão.

*

mandei pra Ana Paula o texto que coloquei aqui na quarta-feira e ela odiou. disse que não me reconheceu ali, que aquele não sou eu, que não é esse cara que é amigo dela. depois disse que isso poderia ser bom e que eu poderia desenvolver alguma heteronimia da coisa. fiquei de pensar na possibilidade, mas reli o texto e me vi, sim, ali no meio.

*

o vídeo do Marcelo Adnet imitando o José Wilker cantando o créu é maravilhoso. muito bom mesmo... mas não vou colocá-lo aqui porque perderia a graça.

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sexta-feira, maio 09, 2008

farofa

este blog, assim como o autor deste blog, vive uma fase workaholic. que vai durar setenta anos, acredito. e por isso mesmo, recomenda textos como esse aqui, do Luke Johnson, pescado pela Lisa no Financial Times. vai aí uma amostra, o resto você lê no blog dela:

● Do not leave your job. Develop your new project in the evenings and weekends until you are confident of success. Keep the salary coming in for as long as possible. If you need to go freelance, retain a contract with your old company. In the 1980s, while working full-time as a stockbroking analyst, I moonlighted as a partner in ventures as varied as nightclubs and a software business for a few years before joining the world of self-employment. These days, the rise of flexible working means this sort of arrangement is much more widespread.

● Do not rent fancy commercial premises. Initially use your home or garage. And if you have to have space, make sure it’s short-term, like serviced offices. In 1975, Bill Gates dropped out of Harvard and started Microsoft in an Albuquerque motel room. Do not be vain about such matters: low costs are everything.

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quinta-feira, maio 08, 2008

7

posso ficar sem escrever aqui hoje? posso. então até amanhã.

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quarta-feira, maio 07, 2008

rosso

assim como São Paulo, Brasília também tem sua "lei cidade limpa". mas,
ao contrário da capital paulista, aqui existe algo chamado bom senso.
assim, enquanto SP derrubou o relógio da "torre do Banespa", uma das
minhas lembranças mais remotas da infância, Brasília manteve os
relógios no alto dos prédios. como esse digital, do Bradesco, que
posso ver pela janela à minha esquerda agora.

ele traz, em uma parte do tempo, a cor vermelha (rosso) que batiza
esse post; ele traz, mais do que isso, a minha vontade de trabalhar,
quando esta se vai. é raro, mas acontece. da mesma forma, as fotos do
Jorge Paulo Lemann, do Eike Batista e da Lisa Cant, que adornam a
minha baia, têm o mesmo efeito: o de me fazer trabalhar e produzir
cada vez mais, tanto em benefício da Telerj quanto em meu próprio.

são 7:57 da noite e eu acabei de acabar tudo o que tinha que fazer por
aqui, tanto para a Telerj quanto para o Portal do Geólogo. estou um
pouco cansado, mas faz parte; em compensação, não acho que trabalhei
demais. não fiz corpo mole, mas é como o Alexandre diz: acordo todo
dia com a sensação de estar perdendo o jogo por 2x0, e nos melhores
dias durmo achando que consegui o empate.

umas duas horas atrás me deu vontade de chorar. um pouco porque estar
aqui na área nova é um sonho realizado, um pouco porque é apenas um
degrau dentre milhares de lances de escadas que terei de subir até
chegar onde quero.

um lado bom e um ruim.

ainda estou sem ritmo para o novo trabalho, por isso tenho a impressão
que tenho três vezes mais coisas para fazer do que tinha na outra área
- e não tenho. mesmo que tivesse, sempre poderia fazer mais: é o que
me move, é o que me faz acordar todo dia de manhã. mas de vez em
quando o corpo sente, a cabeça sente, o coração sente um aperto. e
olhando as fotos dessa gente que eu quero conhecer, olhando o letreiro
do Bradesco lá fora e tanta coisa para ser feita, eu só penso em me
recuperar mais rápido e não desanimar.

mas no final das contas eu não chorei, só fiquei com os olhos
vermelhos - e preocupado com o que diriam ao ver que eu, no meu
terceiro dia aqui e sem motivo aparente, estava assim. mas foi tão
rápido que não deu tempo de verem, foi tão rápido que mal deu tempo de
sentir alguma coisa. pensei em uma música que adoro e que diz "tell me
I'm not dreaming, but are we out of time?". eu não sei dizer e não
quero pensar no assunto, eu só quero voltar pra casa à noite e pensar
que o dia valeu a pena.

e é assim que eu tenho me sentido ultimamente.

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terça-feira, maio 06, 2008

Alstom

tem uma música do Queen, de 1975, chamada "I'm in love with my car". é um metalzão burro, delicioso, do qual eu me lembro sempre que vejo meu carro assim que foi lavado. o Jeremy Clarkson já falou que odeia o visual do meu carro, mas eu não consigo deixar de gostar. nos últimos dias, tenho dirigido com o banco mais para a frente, para encostar no banco e, ao mesmo tempo, sentir um pouco mais de controle. como se estivesse sendo abraçado.

*

minha irmã me apresentou a uma nova guloseima: a palha italiana. estou apaixonado pela palha italiana. hoje, no restaurante da Câmara, encontrei palhas italianas à venda e levei logo duas. minha vida, ultimamente, tem tido gosto de palha italiana. estou apaixonado pela minha vida. e ah, pelo meu carro também.

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segunda-feira, maio 05, 2008

Morse

um post em código Morse, para tentar telegrafar o que sinto...

- primeiro dia na nova área onde trabalho, aquela onde fiquei quinze meses tentando entrar. é estranho, porque é um sonho realizado - algo que você não faz todos os dias. é bem verdade que só peguei 20% do negócio até agora, e estou tentando assimilar tudo logo, caminhar com as próprias pernas, fazer o trabalho de todos render. é difícil? dane-se, eu consigo.

- como consigo, também, aprender a conviver com sentimentos menos nobres e a não deixá-los atrapalhar minha vida nessa nova vida. não é?

- curiosamente, minha primeira missão na nova área foi ajudar a primeira onde trabalhei. voltar, por cima da carne seca, para dar palpites num trabalho onde lá atrás, oito meses atrás, não quiseram os meus palpites. engulo o passado? não. apenas dou o melhor de mim pelo trabalho durante o tempo que isso durar, depois baixo o olhar e sigo em frente. um pouco mais forte, como sempre.

- daqui pra frente, um novo hábito a se incorporar: levar o notebook para o trabalho, pelo menos três vezes por semana. e não se deixar impressionar por certas coisas monocromáticas que passam pelo caminho.

- começou a contagem regressiva: faltam dez anos para eu chegar à diretoria da Telerj. dez anos. poderia ser mais fácil, mas há uma série de fraturas pelo caminho. e de gente que, seduzida pela estabilidade, preferiu a acomodação nos andares de cima.

- também comecei uma outra coisa: se a Skol tem uma campanha publicitária com o bordão "vamo armá o buteco aê" (sic), eu estou lançando a campanha "vamos armar o Fasano aí", para transformar qualquer biboca sem classe em um lugar como os desse grande grupo hoteleiro e gastronômico. porque quem nasce pra Mário Garnero nunca se contenta com vidinha de funcionário público.

- são casos especiais, não pense que o seu está no meio.

tentei escrever algo bem claro e que não precisasse de grandes conhecimentos para ser lido, mas não deu. de toda forma, é isso o que tinha de dizer.

(nota: esse post foi escrito durante o dia e, agora à noite, foi só subi-lo para cá. boo.)

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domingo, maio 04, 2008

due

semana passada eu disse aqui: o Obina é um predestinado. ele próprio prefere a palavra "iluminado"; questões semânticas à parte, Golbina anotou dois hoje e fez o Mengo campeão. e ontem, na festa do Craudio, na hora em que o Victor foi embora, eu disse-lhe: "se você for agora, Obina faz dois amanhã". ele se despediu de mim e lavrou.

Deus perdoa, Obina não. e praga minha pega.

*

parece que a Gant está abrindo duas lojas em São Paulo - a primeira, quem diria, foi naquela cidadezinha de merda chamada Curitiba. eu acho que uma loja Gant daria muito certo em Brasília. como as coisas deles não são caras na origem, mesmo com a alta tributação eles concorreriam com a Ellus e a Crawford, dentre outras. e seria mais um caso de marca que foi desnaturada de sua origem, como a Gap e a Audi: de concorrentes da H&M e da Volvo em seus países, viraram rivais da Tommy Hilfiger e da Mercedes-Benz por aqui, ganhando em imagem de marca.

*

e esse emplastro, será que um dia sai das minhas costas?

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vende-se

- uma dor nas costas insuportável
- uns textos nunca lidos
- uma lata aberta de Coca-Cola
- uma notícia já antiga

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sábado, maio 03, 2008

ilha

lema do dia, trazido a mim pelo Rollo na manhã de ontem: "se não puder ajudar, atrapalhe. o importante é participar".

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quinta-feira, maio 01, 2008

leia

achei um texto bem legal sobre o Aristóteles Onassis, bem aqui. não traz muito sobre os negócios do grande magnata grego, mas traz duas coisas importantíssimas que ele ensinou: foco e estilo. simples e direto.

*

dias atrás eu recomendei aqui a edição desse mês da "Época Negócios". minha irmã esteve aqui essa semana e eu dei a matéria para que ela lesse, dizendo apenas que era lição de casa. um tanto contrariada e reclamando que não iria entender um monte de coisas, ela leu. quando acabou, reclamou: "pô, essa galera só sabe falar da tal da meritocracia".

mas não é disso que o mundo de verdade é feito?

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coisas que eu nunca te disse #26

I go to bakeries all day long
there's a lack of sweetness in my life
and there is pain inside
you can see it in my eyes
oh there is pain inside
you can see it in my eyes
makes me think about me
that I've lost my pride


(Modern Lovers, "Hospital", 1973 - só lançada três anos depois)

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fórmica

comida chinesa por todos os lados. tem um restaurante chinês aqui no Sudoeste que é particularmente bom no custo x benefício, tem umas porções enormes a um preço que os italianos diriam ragionevole. é só uma pena que não tenham Coca-Cola Light (e qualquer outro refrigerante) em garrafas grandes e que suas embalagens não sejam charmosas como as do China in Box, mas aí já seria pedir demais.

*

parece que esse mês vai ser punk. abril também foi, mas sob outra ótica. mas estou a fim de me desafiar, então vejamos onde é que dá pra chegar. eu sei que é mais longe, e eu sei que vou conseguir, só não adianta imaginar que será tudo de uma vez. te encontro lá, meu amor.

*

"- a minha ex-mulher está dormindo com o nosso pediatra."
"- será que ela ganha um pirulito ao final de cada noite?"

Two and a Half Men é bom demais...

*

um monte de gente boa fazendo aniversário a partir de hoje e até o dia oito. isso é legal. mas cadê meu cartão de crédito, hein?

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