segunda-feira, novembro 30, 2009

fura-bolo

hoje é feriado em Brasília: dia do crente. quer dizer, é feriado mas não é feriado: na Telerj, por exemplo, o expediente é normal, enquanto o comércio adotou fórmulas diferentes para resolver a questão. acho esse feriado vacilo: se for para esculachar, quero o do ano novo judaico, por exemplo.

*

aproveitando que uma galera ficou em casa por causa do feriado, fui almoçar num restaurante que não o da Telerj, e foi só tranquilidade: filas a menos da metade, vagas para estacionamento no meio-fio, tudo nota cem. e eu ainda peguei menos comida: ante uma média de 450 gramas por prato, peguei míseros 368 gramas hoje, uma maravilha. estou orgulhoso de mim mesmo, e também por ter resistido, na saída, aos sorvetes de chocolate Garoto que chegaram nesse restaurante.

*

nem nas melhores previsões eu imaginava que a rodada do Brasileirão fosse acabar assim: Corinthians entregando o jogo para o Flamengo, Palmeiras fazendo golaço (aquele segundo), Inter voltando a ser vice-líder. e o São Paulo, aquele time que não quero ver campeão de jeito algum, no quarto lugar. é cedo para comemorar, mas são boas as vibrações. meu Santos apenas escapou do vexame em Santa Catarina, o que já está de ótimo tamanho, mas não dá sinais de melhora para o ano que vem. será mesmo que terei de aguentar mais um ano de mediocridade?

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trolha

você sabe o que é um troll? é aquele cara que entra na discussão só pra semear a discórdia. eu tenho uns raros momentos desses, como falando de política dentro da Telerj, e tenho vários amigos que são mestres na arte da trolhagem, como o Craudio e o Otto - o Márcio, no tempo da faculdade, também tinha fama de troll.

lembrei disso porque estou lendo no Autoblog a notícia sobre a linha 2011 do Mustang V6 e tem um troll de primeira lá. o carro ganhou quase 50% de potência e ele mandou um "MEH" desdenhando. aí meia dúzia de defensores do carro foram tirar satisfação e ele mandou um "EU PREFIRO TER UM V8, PAREM DE SUSSURRAR". é um negócio simples e até sem graça, mas eu fiquei rindo sozinho aqui. nisso começaram a achar ruim de ele escrever em maiúsculas e ele só mandou um "DESCULPE SE FALEI 'MEH' MUITO ALTO, ISSO AQUI NÃO É UMA BIBLIOTECA". ri demais, o cara é um gênio.

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domingo, novembro 29, 2009

holandesa

alguém sabe o endereço da família Goto no Butão? nunca mais ouvimos falar do casal número 1 do Uruguai, parece que eles debandaram pro pequeno país asiático e vivem lá agora, plantando hortelã e fazendo taichi, com planos de abrir a primeira loja da Prada no país. sério, cadê eles?

*

saiu um novo sabor de Mentos, guaraná com laranja. você viu? comprei um agora há pouco e acabei de prová-lo. ele tenta ser um amálgama das duas coisas e não consegue ser nem uma nem outra. sinceramente, se fossem fazer um Mentos de uma invenção brasileira, que fosse só guaraná, ou então o açaí, porque essas misturebas nossas, como o frango + catupiry, são difíceis de engolir.

*

hoje tá um dia legal para ver futebol: Inter vs Fiorentina foi muito bom e eu, torcedor da Inter, queria que o jogo terminasse empatado, porque a Fiorentina jogou muito. o Chelsea vs Arsenal tá indo bem também, e daqui a pouco tem Real Madrid vs Barcelona e, tomara, o Flamengo assumindo a liderança do Brasileirão. não que eu morra de amores pelo urubuzéu, mas ninguém aguenta um tetra consecutivo do São Paulo.

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sábado, novembro 28, 2009

Eszett

tudo bem devagar: almoço tranquilo na Cantina da Massa com o Pipe, discussões pouco acaloradas por email e por MSN, pouca vontade de sair de casa e muita de dormir - mas hei-de sair. deve ser culpa do calor, parece que hoje tivemos trinta e dois graus por aqui... fica difícil pensar com esse calor, não? ou essa era glacial chega logo ou não teremos um prêmio Nobel brasileiro nunca.

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sexta-feira, novembro 27, 2009

Kroran

hoje eu a vi de novo. incrível como tudo parece ser mais dramático e leve quando ela está perto, incrível como eu paro tudo para vê-la, para cumprimentá-la, para despedir-me dela. acabei lembrando de uma música que diz que ela está nos meus ossos, que é a minha medula, e que ela está no ar, entre as moléculas de oxigênio e dióxido de carbono. e aí ela se foi, poucos segundos presos nas minhas retinas, e o dia todo ficou mais apaixonante. esqueci de tudo o que tinha que fazer e de como esse momento foi bom.

mas não vou chegar perto, não quero que o encanto se quebre.

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iota

saindo da academia, o corpo se sentindo bem e a alma melhor ainda, desci a 307 sul admirando a beleza desse lugar. quando atravessei a rua, lembrei de um pensamento recorrente desde que saí do Sudoeste e vim para a Asa Sul: não tem um dia que eu passe sem sentir vontade de deitar de bruços no chão, com os braços abertos, com vontade de dar um abraço nessa cidade. acho que não precisava mais dizer o quanto gosto de Brasília, mas às vezes eu ainda me surpreendo com isso.

*

por falar em amor à cidade, gosto muito da administração do atual governador, mas ele precisa saber uma coisa: segunda chance a gente até dá, terceira chance não tem como. o que me entristece é saber que, caso essa treta revelada hoje se mostre verdadeira, é meio caminho andado para o Roriz voltar. e se ele voltar será o caos.

*

mesmo assim eu ando com vontade de ir à praia, ficar de frente para o mar com uma lata de Neutrogena Fresh Cooling FPS 70 na cara e bebendo água de côco. depois almoçar camarão, ler alguma biografia maneira e não arredar o pé da areia até que o sol se ponha. mas tem que ser numa praia que tenha no máximo quatro pessoas a cada cinco quilômetros e água quente no mar. bora?

*

eu gosto do AC/DC, aquela banda que o Papa, quando ainda era "apenas" o cardeal Ratzinger, disse que o nome significava "anti-Christ / death to Christ", mas que na verdade é aquele adaptador de tomada que diz "corrente alternada / corrente continuada". mas, por algum motivo, não me senti animado o suficiente para ir até o inferno assistir os caras ao vivo.

em compensação, no meio de janeiro tem uma ótima maneira de eu me torturar naquela cidade horrorosa.

*

já que falei de música, um negócio curioso: enquanto eu bombava com força total na academia, fazendo cara feia e blasfemando, o som ambiente tocava... "Champagne supernova", do Oasis. e eu ia fazendo os exercícios enquanto cantava e achava aquilo o cúmulo do bizarro. foi estranho que só, mas me ajudou a suportar a pena série ministrada pelo treinador.

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quinta-feira, novembro 26, 2009

liso

faço coisas muito boas e bonitas quando estou apaixonado ou pela amizade de alguém. mas quando o ódio me sobe à cabeça e passo a fazer coisas por vingança, as coisas boas e bonitas ficam ainda melhores. estou dizendo isso porque arrumei uma vingança nova para realizar, e estou disposto a levar essa até as últimas consequências.

não é para ter medo porque sei exatamente quem é meu alvo, como sei que não lê isso aqui. quando a vingança estiver completamente executada, dentro de uns vinte dias, conto o que aconteceu. enquanto isso, não se preocupem: do meu ódio cuido eu.

*
mudando de assunto: hoje cedo na Telerj, uma colega de trabalho, mãe de um pré-adolescente, saiu hoje uma reunião. na volta, disse a ela que haviam ligado de um centro de cuidados de animais, perguntando o endereço exato do apartamento dela, porque o garoto tinha adotado uma capivara e queriam entregá-la. ela não acreditou. dali a dez minutos, uma amiga nossa, minha cúmplice, enviou a ela um email com dicas de como cuidar de uma capivara, incluindo a dieta do bicho, o espaço que precisa etc. ela provavelmente não vai se lembrar de comentar a história em casa, por isso peguei o número do celular do marido dela e vou tentar convencê-lo a entrar na brincadeira, ligando para ela e perguntando "que dia chega em casa a capivara?".

por que eu estou fazendo isso? ah, só para agitar as coisas... o que me lembra aquela velha máxima: "se não pode ajudar, atrapalhe. o importante é participar".

*

Alê, você tá lendo isso? tenho uma pergunta: pão integral com cream cheese light é comida de homem? se não for, o que é?

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quarta-feira, novembro 25, 2009

passional

A mulher do jornalista Fernando Calmon não resistiu e deu uma saída com o Fiat Cinquecento que estava com ele, cedido que fora pela fábrica para teste, como é habitual.

Na volta, se dirigiu ao box na garagem subterrânea do prédio onde moram, para estacionar, quando, ao manobrar, viu outro carro parar e uma das portas se abrir de repente.

De dentro saiu um garotinho de uns quatro anos que correu em direção ao Cinquecento. Chegou ao carro e, pela parte dianteira, abraçou-o e beijou-o afetuosamente dizendo, "Luigi! Luigi!" (...)


Bob Sharp, no Auto Entusiastas, mostrando porque é que eu gosto de carros.

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roquenrrou

(para o Victor, aniversariante do dia)

a "Rolling Stone" italiana elegeu o Silvio Berlusconi como rockstar do ano. merecido, independente de ele ter feito a coisa certa ou errada: em 2009 o premiê italiano foi fotografado com putas, separou-se da esposa, arrumou duas saias justas com o Obama (uma delas, cantando a mulher dele). o Roissy já tinha chamado a atenção para o comportamento do dono do Milan, e agora vem essa. merecido demais.

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terça-feira, novembro 24, 2009

bons sonhos

pelo segundo dia seguido, uma mp3 para você: desta vez é o Beautiful South interpretando "Les yeux ouverts", numa gravação de 1995 para o filme "French kiss" (ou "Surpresas do coração", se você for da escola americana), como comentei uns dias atrás. eu não paro de ouvir essa música, e eu não estou apaixonado.

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mentalize

mentalizar é algo muito importante.

ontem já eram mais de nove da noite quando saí do Senado, acompanhando uma daquelas discussões infundadas with lasers que por lá se desarrolam. cansado, sem condições de ir à aula, decidi voltar para casa e encarar uma salada, o último refúgio da fome. mas eu queria mesmo era uma pizza.

pedi a salada por telefone, vinte minutos depois ela chegou. estava lá comendo e de repente a campainha tocou de novo: era um entregador da Domino's perguntando se eu havia pedido pizza. com dor no coração, disse que não, e ele perguntou onde era o 604 (meu vizinho). apontei e voltei a comer, tomando aquela salada por pizza e suspirando por uma de verdade.

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segunda-feira, novembro 23, 2009

zero zero sete

fazia mais de um ano que eu queria ouvir de novo a versão que os Tindersticks fizeram para "We have all the time in the world", música do Louis Armstrong que fez parte da trilha do "A serviço secreto de Sua Majestade", único filme do James Bond a protagonizar o George Lazenby. e não conseguia de jeito nenhum, já que ela só saiu num compacto de vinil 7 polegadas em 1994. a música é realmente boa e valia o esforço.

aí ontem, usando o cache do Google e muita paciência, consegui obter a música, não sem antes amargar dez horas de espera no Rapidshare. como eu gosto muito de você e não quero que você passe pelo mesmo inferno para obter a música, baixe-a aqui.

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domingo, novembro 22, 2009

replay

assisti "Psicopata americano" ontem à noite, e pela primeira vez foi do início ao fim. a impressão que tinha tido de fragmentos do filme se confirmou: é assustador. o final, então, nem se fala. mesmo assim eu quero terminar de ler tudo do Bret Easton-Ellis, e ver como é que as histórias dos livros vão se entrelaçando.

*

não foi influência do filme, porque foi anterior, mas ando com medo de outras coisas. não é medo suficiente para me trancar em casa, debaixo do cobertor e com uma lanterna do lado, mas não dá para ignorar. não dá nem para reclamar do temor, sentir medo é bom: o problema é que até agora isso não ficou divertido.

mas é só lembrar da minha regra dourada: não preciso fazer nada. por incrível que pareça, é só ignorar que passa.

*

baixei a trilha do "French kiss" (em português, "Surpresas do coração"), um filme watersugar de 1995 com a Meg Ryan, e é bem legal. já recomendei aqui, cerca de 120 anos atrás, o Beautiful South cantando "Les yeux ouverts", versão em francês de "Dream a little dream", e continua valendo a pena.

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cachorro-quente

e minha obsessão por fotos noturnas de Moscou continua. parece mais do mesmo, mas estas são novas, com a cidade coberta por neblina. minha preferida é a quarta de baixo para cima, logo acima da foto da bandeira russa.

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sábado, novembro 21, 2009

vip

Enfim, coisa de velho chato. Não ligue pra mim, jovem leitora, eu estou babando. Aí você diz: "pô, serve para você encontrar aqueles amigos que você não vê há tempos?". Sorry, brother. Todas as pessoas importantes na minha vida eu mantenho contato direto. Os grandes amigos que eu fiz em todas as fases ainda estão aqui a distância de um telefonema. Essas redes não estimulam a amizade, mas sim a vulgariza. Todo mundo só quer mesmo reforçar a sala de troféus de caras das quais, a maioria, talvez você nem nunca viu ao vivo - servem única e exclusivamente para alimentar a auto-estima digital.

Alexandre Petillo, lembrando que redes sociais na internet são um saco. (o título do texto é "Novo Orkut? Não, obrigado")

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Graz

oi, tudo bem? ontem fiquei o dia todo sem internet, ela só voltou às nove da noite. mas aí eu é que fiquei fora do ar, já que havia acabado de sair da academia e o treinador pegou pesado mais uma vez (o que é sempre bom). por maior que fosse minha vontade de escrever alguma coisa, não havia condições de fazê-lo.

daí a Aline me chamou para irmos até a porta do Cine Brasília, aqui perto, e lá fui eu me sentir, pela segunda vez na semana e pela segunda vez na minha vida, a pessoa mais normal de um lugar movimentado. ou algumas pessoas eram tão normais quanto eu, ou eram mais estranhas. é incrível como festivais de cinema atraem esse tipo de gente. não assisti filme nenhum, já que cinema nacional, como teorizei uns anos atrás, ou é sobre favela ou é sobre vida amorosa de carioca. mas foi legal, tomei um ar, vi pessoas, não fui para a cama tão cedo.

e quando fui, veja só, dormi onze horas, coisa que não fazia há uns três meses. já atualizei o Geólogo e daqui a pouco vou ler uns textos pra escola de lobistas, embora a maior parte deles fique para amanhã. hoje à noite tem "Psicopata Americano" no Telecine e estou louco para ver o Patrick Bateman matando ao som de "Hip to be square", hahaha. não, brincadeira... mas mesmo assim vou ver o filme. de resto é o seguinte:

- a Popload publicou uma análise sobre a letra de "Cornerstone", do Arctic Monkeys, mas você leu primeiro aqui;
- estou me sentindo bem mais magro, embora não deva ter perdido mais do que meio quilo em relação à semana passada. e minha resistência, segundo o treinador, aumentou bastante: consegui fazer uma série mais puxada, ainda que dizendo palavrões a cada equipamento;
- sempre preferi morar em apartamentos, mas percebi que daqui a um tempo vou ter de morar em uma casa, para abrigar minha futura coleção de carros. e hoje esbocei como ela será organizada... qualquer dia conto detalhes;
- Rogério Eugênio mandou o link para o vídeo abaixo. é "The upper classes", dos Auteurs, que resume oito anos da minha vida (1992-2000) em um único período: formative years were a drag but we passed the time somehow. e olha, não dá para não gostar de uma banda de rock que tinha (tem?) um violoncelista fixo na formação:

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sexta-feira, novembro 20, 2009

nicotina

putz, isso é nazismo demais.

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quinta-feira, novembro 19, 2009

belezinha

na Popbitch de hoje tem o anúncio de uma festa deles. a entrada é paga, mas tem como entrar de graça... sabe como?

Free before 7 and a fiver after, or free with a photocopy of your arse.

estou escrevendo para todos os meus amigos que organizam festas, sugerindo de liberar a entrada para quem trouxer uma fotocópia da própria bunda. não pretendo fazer isso, mas queria muito ver a reação dos frequentadores...

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sob medida

a BMW autorizou a criação de uma série de Minis personalizados pela Rolls-Royce. não consigo pensar em um carro melhor que isso.

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tímpanos

bateu uma vontade de voltar em Barcelona. só para dar uma volta na rua sem ter pressa nem direção, e na hora em que eu me cansasse pegaria um táxi de volta para casa. e até lá, ficaria olhando as pessoas, as praças, as vitrines...

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quarta-feira, novembro 18, 2009

programa

esse gol da França foi de perder a fé na humanidade. em compensação, o jogo do Fluminense foi provavelmente a partida do ano: virada de jogo nos acréscimos do segundo tempo e porrada, o que mais alguém pode querer?

*

Gabriel, por favor, providencie nossas entradas para esse evento aqui. e bora trocar MSN com as moças. quer dizer, no mínimo isso. já no máximo...

*

já recomendei aqui o disco do XX? se não, recomendo agora. baixe e concorde comigo: é o melhor disco dos últimos três anos, ao lado do "Comme si de rien n'etait". tudo bem, pode ser pouco, mas também é muito. é de um minimalismo insano, um negócio bonito de verdade. fora que gostar do cromossomo XX é inevitável... :)

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terça-feira, novembro 17, 2009

Innsbruck

oi, tudo bem? desculpe-me se isso aqui anda muito chato ultimamente, não deveria ser assim. faltam duas semanas para as minhas aulas acabarem, e em meados de dezembro o trabalho dá uma desacelerada de dois meses, o que coincide com as minhas férias. com isso, prometo que as coisas vão melhorar.

por enquanto, o que se passa é:

- fui com Aline e JP assistir "Tokyo!", no último dia do Festival Internacional de Cinema. é um filme com três episódios sem relação um com o outro, todos ambientados na terra natal da Lisa. o primeiro episódio, dirigido pelo sempre bom Michel Gondry é sobre uma garota que vira uma cadeira, e é uma chatice que só. ruim demais, saí de lá querendo quebrar uma cadeira nesse cretino. o segundo é sobre um cidadão sinistro que vive nos esgotos da cidade e que só sai de lá para assustar as pessoas e se alimentar de crisântemos e dinheiro, e é muito bom. o terceiro é sobre hikikomoris, aqueles japas que vivem enclausurados, como se fossem o Rogério, e também é muito bom. no final, nota 6.

- chamou-me a atenção a freakland que a Academia de Tênis vira nesses eventos: a pessoa mais normal de lá era eu, e olha que eu não sou muito normal, segundo as pessoas que convivem comigo. mas hei de reconhecer que ali havia cerca de uma gata, para compensar a tortura visual que era ver aqueles subprodutos de emo que circulavam no ambiente;

- bateu uma onda de calor pesadíssima em Brasília, que transformou a nós, brasilienses, em amebas. o trabalho não rende, escrever aqui não rende, os estudos não rendem, qualquer pensamento minimamente articulado é desarmado antes de completado, já que pensar não rende. e não tem ar-condicionado que resolva, acredite: assim que você põe os pés para fora de casa, já sente a bad vibe e passa o dia amebando.

- mas não adianta amebar, tem-se que ir para a academia: continuo a alucinar por lá, e depois disso corro para comer salada. é, salada: montei uma que ficou muito boa, e agora é só isso que posso comer. tudo pelo projeto Bahuan 2010, que vai me deixar sarado e forte no ano que vem, haha.

- mudando de assunto, sou só eu ou a cada vez que você ouve a expressão "Operador Nacional do Sistema Elétrico", muito em voga depois desse apagão, vem à cabeça a figura de um baixinho, careca, com macacão cinza, todo sujo de graxa e com fios elétricos saindo do bolso, te dizendo que ele é quem opera o sistema elétrico do país inteiro? que trauma...

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coisas que eu nunca te disse #58

aucun Boeing sur mon transit
aucun bateau sur mon transat
je cherche en vain la porte exacte
je cherche en vain le mot exit

(...)

je t'aime et je crains
de m'égarer
et je sème des grains
de pavot sur les pavés
de l'anamour


(Serge Gainsbourg, "L'anamour", 1969)

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segunda-feira, novembro 16, 2009

matador

os dois primeiros parágrafos da coluna do Jeremy Clarkson no Times de ontem entraram para a história:

Sometimes, I wonder how the human race has risen to the top of the evolutionary pile when almost every single decision we ever make is bonkers. You do not see blackbirds smoking cigarettes or beavers riding motorcycles. You don’t see pigeons ignoring non-organic seeds or bison at the shops buying something they know they can’t afford. You do, of course, see elephants on unicycles, but only because we think it is funny.

Let’s look at the simple decisions I’ve made today. First of all, I hit the snooze button on the alarm clock even though I knew full well that I had to get up and go to work or I wouldn’t be finished till midnight. Then I went downstairs and had a cup of coffee, which I know will make my teeth all brown. And then I read The Guardian, which always makes me angry.


parei minha leitura para colocar isso aqui, de tão bom que é. agora deixa eu continuar...

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xilofone

Ich feststellte ich, dass, wie den vorhersagbarsten Job in der Welt haben, ich Risiko an fast alles außerhalb meiner Karriere eingehe, um sie auszugleichen:

- Börse
- schnelle Autos
- verrückte Weibchen

und die Liste erhält größer. Ich weiß nicht, was mehr auf ihm gekennzeichnet werden, aber es sicher ist größer.

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domingo, novembro 15, 2009

Zaratustra

eu falei que o Fluminense ia se salvar do rebaixamento e ganhar a Sul-americana. eu falei.

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sábado, novembro 14, 2009

é tendência

Rogério Eugênio havia me falado e eu achei no Selectism um link para a matéria do New York Times que sentencia: os anos 90 estão de volta. mas os anos 90 do século XIX, bem entendido. fiquei com vontade de entrar nessa.

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japonês

essa semana eu fiz uma coisa absolutamente criminosa: pesquisei um jeito de fazer tuning num carro. mas calma, é para deixar o carro bonito: fiquei com vontade de comprar um Subaru Impreza, mas todos sabemos que o hatch japonês sai muito feio da concessionária. mas nada que uma nova grade dianteira, um kit de saias da versão WRX, um comando de som no volante e um celofane vermelho nas horríveis lanternas traseiras incolores não resolvam.

ou seja, quatro dos cinco problemas estéticos do Impreza eu já consegui resolver, e com isso a versão brasileira vai ficar parecida com a bela versão RS australiana (e com lanternas mais bonitas). o grande problema, ainda não resolvido, está dentro do carro: o plástico do revestimento interior das portas é mais vagabundo do que os do Celta e da primeira geração do Fox, e não é exagero. alguém tem ideia de como resolver isso? não dá para simplesmente botar couro porque é muito grande, e não dá para ignorar porque eu sou fashion.

e sim, eu deveria ser punido por pensar em tunar um carro. mas eu preferiria chamar isso de "Esquadrão da Moda" ou de "Extreme makeover"...

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setenta

diazinho morto, eu aqui com uma lata de chá vermelho com sabor a amoras na minha frente, assistindo a um jogo de futebol sem graça. vi um monte de livros que quero ler no final do ano, e que não sei se terei tempo. tão curta é a vida, tão grande é a estante, mas eu tenho de tentar.

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sexta-feira, novembro 13, 2009

uhlala

vou vender minha alma para comprar um desses ano que vem. ai, ai, eu preciso. ai.

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quinta-feira, novembro 12, 2009

rocket man

estava saindo de casa para ir à aula, e fui procurar algum disco que combinasse com chuva para ouvir enquanto dirigia, já que tenho dessa coisa de achar que um disco combina com determinado clima ou hora do dia. e vasculhando o iPod achei o "Honky Château", do Elton John, que eu havia baixado mas ouvido uma única vez.

não lembrei se o disco, de 1972, podia ser ouvido sob chuva e a oitenta quilômetros por hora. nem precisou: mal começou "Honky cat" e já se havia criado um clima. não consegui pegar a letra muito bem, e agora acabei de descobrir que ela termina dizendo "viver na cidade, garoto, vai partir seu coração / mas como você pode ficar, quando seu coração diz 'não'/ como você pode parar quando seus pés dizem 'vá'?".

como qualquer pessoa deveria saber, esse tal de Elton John faz umas melodias de te partir ao meio. mas assim, logo de cara, é covardia. a terceira música do disco se explica já no título, que é "I think I'm going to kill myself". mas por que, Elton? I'm getting bored being part of mankind / there's not a lot to do no more, this race is a waste of time. e eu entendi. mas ele é espertinho e pediu que a Brigitte Bardot viesse visitá-lo todo dia, para que sua vida fosse salva.

depois vem "Susie (Dramas)", e ele fala da linda e pequena Susie, uma garota de olhos negros que brinca com o coração dele o tempo todo. ela fez com que ele congelasse patinando no gelo ao lado dela e com que ele comprasse novos sapatos, mas ele não liga, porque ela está ali com ele. em "Rocket man", o sucesso do disco, a vida no espaço pode ser uma metáfora para drogas ou para o estrelato, mas o sentimento de solidão é o mesmo, seja num avião entre uma cidade e outra, seja num ônibus espacial entre um planeta e outro. and all this science I don't understand / it's just my job five days a week.

no lado 2 do disco tem "Salvation", outra puta música, e uma chamada "Amy". lembrou do Ryan Adams? bom, numa entrevista que ele deu ao Alê uns anos atrás, ele disse que adora o "Honky Château", e "Amy" tem o mesmo clima country da "AMY" em maiúsculas que está no "Heartbreaker". e esse disco do Ryan Adams, por sua vez, fez o Elton John pirar e sair de um período de oito anos sem gravar nada. é, só por causa de um disco inspirador.

e os dois até fizeram um dueto em "Mona Lisas and Mad Hatters", música seguinte, lá por 2002. o disco acaba com "Hercules", uma melodia acolhedora como um abraço e que fala sobre perder a namorada (ou paixão platônica, você escolhe) pra um bombado: and it hurts like hell / to see my gal / messin' with a muscle boy / no superman gonna ruin my plans / playin' with my toys.

acabou sendo a resenha do disco, mas o que eu queria dizer, quando pensei em escrever esse post, é que eu me senti o rocket man hoje: estava aqui mas estava com a cabeça em outro ponto do espaço, com aquelas saudades portuguesas que continuo sem saber explicar, entendendo tanta coisa que eu não entendia antes... e me sentindo sozinho, mesmo com tanta gente me ligando (hoje é meu aniversário). torço para que isso passe, mas talvez seja algo que eu simplesmente tenha que aprender a conviver.

enfim, acontece. se você lembrou que era meu aniversário e falou comigo durante o dia, obrigado. se não lembrou, não tem problema: como você já deve saber, acho os aniversários dias absolutamente normais :)

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fotograma

eu gosto de ver fotos de icebergs. eu sei, não tem nada de mais, é só uma pedra de gelo boiando no oceano, sem nada muito importante, mas é muito legal.

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quarta-feira, novembro 11, 2009

Taguatinga

é claro que o leilão mais interessante do Mercado Livre no momento tinha que ser de Taguatinga. de onde mais? (via Pedruxo)

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básico

hoje este blógue completa, veja só, sete anos. queria ter escrito um pouco mais hoje, mas os outros trabalhos falaram mais alto.

mas pera aí: "outros trabalhos"? desde quando isso aqui é um trabalho? é simples: isso aqui é um trabalho e um lazer ao mesmo tempo. é o jeito que encontrei de exercitar a escrita, de me condicionar a publicar alguma coisa por dia, e de ao mesmo tempo não deixar que a memória dos dias ordinários se esvaia com o passar do tempo.

é bom saber que outras pessoas leem o que deixo aqui, e que até gostam do que encontram. mas o principal leitor sou eu mesmo, sempre. e embora eu não possa escrever sobre tudo que quero por aqui, tampouco do jeito como eu quero sempre, o importante aqui não é informar bem, ser o dono da verdade ou mudar o mundo. é só ser eu mesmo.

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terça-feira, novembro 10, 2009

gabardine

quando meus queridos Felipe e Craudio pegam o carro do Chico para ir a algum lugar, e eu estou junto com eles, sempre lembramos que só há um cd dentro do veículo: uma coletânea das músicas dos filmes do James Bond. o Chico não gosta de música pop, no que está certíssimo: eu bem queria prestar mais atenção à música clássica, mas conheço muito pouco, e preciso mudar isso.

enfim, voltando ao Bond: além da minha obsessão pelo tema de "O amanhã nunca morre", cantado pela Sheryl Crow, e de gostar de várias outras músicas, ontem eu estava procurando uma rádio para ouvir na volta da escola, e a Executiva FM estava tocando "We have all the time in the world", que o Louis Armstrong gravou para "A serviço secreto de Sua Majestade". ouvindo essa música ali na W3 sob chuva fraca, às onze da noite, eu constatei que o Chico sabe das coisas.

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segunda-feira, novembro 09, 2009

caiu

Era agora 6:58 da tarde. Um jovem ansioso e magro de doer, vestido com um antigo terno de tweed levantou-se, com o microfone na mão. Fiz a pergunta mais óbvia que veio à minha mente: “Herr Schabowski, was wird mit der Berliner Mauer jetzt geschehen?” (”Senhor Schabowski, o que acontecerá ao muro de Berlim agora?) Centenas de milhares de alemães de ambos os lados do muro estavam assistindo: eles também queriam a resposta. Schabowski parecia desconcertado. Ele anunciou que essa seria a última pergunta. Repetiu-me a pergunta para si mesmo e acrescentou que “A permeabilidade do muro pelo nosso lado ainda não resolve exclusivamente a questão acerca do significado dessa fronteira fortificada da RDA”. Era algo muito alemão refletir sobre o significado do muro de Berlim naquele momento. Mas aí é que estava a dificuldade. Agora que tinha usado as palavras fatais “muro de Berlim”, Schabowski poderia ter aproveitado a oportunidade para dizer que a abertura do muro naquela noite não estava em questão. Poderia ter explicado qual seria a razão da existência do muro agora que as pessoas não seriam mais alvejadas ao tentarem passá-lo. Em vez disso, hesitou. Tropeçava nas próprias palavras. Divagava sobre paz e desarmamento por dois dos minutos mais longos de sua vida. Mas não respondeu a pergunta porque não tinha resposta. Um muro entre as duas metades de um país poderia não ter “sentido” se as pessoas pudessem transitar livremente. Era o fim. E quando Schabowski terminou um pouco depois das 7 da noite, todos sabiam. O Pfennig caiu.

Daniel Johnson, na Dicta & Contradicta, sobre o assunto do dia (via Reinaldo Azevedo).

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verte

Eva Green, needless to say anything.

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domingo, novembro 08, 2009

opções

almocei no Pan Doo, aquele asiático da 306 sul, e adorei o japchae de lá (nota 9,5). como a porção não é das maiores, minha dieta não foi prejudicada. só não leva 10 porque não é feito com o noodle de amido, mas com udon.

esqueci de falar que esses dias fui ali no Entrecôte Brasserie, na 304 sul, e achei espetacular. é quase tão bom quanto o La Chaumière (não é melhor), mas custa a metade do preço, fora que faz uma salada caesar enorme de grande e muito gostosa. o picadinho deles (nota 9) completou a festa, mas qualquer hora eu vou partir é pro filé.

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sábado, novembro 07, 2009

adesivo

Rogério Eugênio me diz que o New York Times decretou o fim dos bachelor pads em Nova Iorque. será mesmo?

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dólar

oi, tudo bem? ontem eu pensei em uma série de coisas para fazer um post enorme, mas devo ter perdido tudo no meio do caminho. anotei boa parte delas na receita de ontem à noite, mas mesmo assim alguma coisa deve ter se perdido. mesmo assim, vamos lá.

*

ontem foi a sexta aula desde que voltei a malhar, com um treinador pessoal para não me deixar fazer tudo torto e preservar minha coluna. eu sinto uma espécie de dor fantasma, parte física e parte psicológica, nas costas, como se a lombalgia me dissesse que está ali presente. não sei explicar muito sobre isso, mas ela está presente e preciso tomar cuidado.

meu treinador disse que a carga da primeira sessão para a sexta já aumentou em mais de 50%, e que meu equilíbrio melhorou. essa evolução, associada à minha dieta nazi-fascista, já me proporcionou a perda de dois quilos, embora ainda seja preciso menos peso, menos peso, menos peso. e ontem ele pegou pesado comigo no treino, tão pesado que os exercícios de equilíbrio consumiram vinte minutos, ao invés dos cinco tradicionais. tirei de letra a parte feita do lado direito do corpo, e sofri horrores com o lado esquerdo. até os exercícios musculares ficaram mais pesados e com mais repetições, o mesmo com os abdominais.

chegou num ponto em que a série, ao invés de ter 60 minutos, teve 75, e isso porque não deu tempo de fazer a parte aeróbica. saí de lá pensando em "Come together", do Spiritualized, e devidamente acabado, trêmulo e fora de mim, mas satisfeito por ter sobrevivido e feito tudo o que foi mandado, sem contestar qualquer coisinha por menor que fosse. eu já tive outras oportunidades de resolver isso de ficar em forma e não consegui, mas agora vai.

com o cansaço que se abateu sob meu corpo, era virtualmente impossível que pudesse desenvolver qualquer tipo de atividade intelectual pelo resto do dia (eram 9 da noite). e eu tinha três trabalhos da faculdade por fazer, e ainda teria de estudar para uma prova que será aplicada na segunda à noite! mas, diante do meu corpo implorando por um pouco de paz, não tive outra escolha... e só consegui dormir às três da manhã, depois de um pouco de salmão e salada no Leopoldina (413 norte, comida nota 4) com a galera.

voltando um pouco no tempo, durante a saída da academia, voltando à pé para casa, atravessei a 307 sul, uma das quatro primeiras quadras do Plano Piloto de Brasília. um pouco maculada pelo excesso de pessoas na cidade, com o mato crescendo por conta das chuvas de verão - e o governo Arruda ainda não cortou a grama ali -, mas ainda uma quadra linda. e comecei a me perguntar se as pessoas que aqui vivem têm consciência do que é essa cidade.

essa semana apareceu no MSN do Ricardo Henrique a frase "a sixties version of a third-millenium city". como ele (também) é apaixonado por Brasília, não precisa ser bidu para saber a que essa frase se refere, no máximo é preciso saber de onde ela veio. e a gente vive aqui, cresce aqui, trabalha aqui, sente as coisas aqui, mas às vezes pode esquecer de como é aqui, mesmo estando todos os dias em contato. então eu fico tentando descobrir na cabeça dos outros se eles veem Brasília como essa versão sessentista de uma cidade do terceiro milênio ou uma cidade idiota na qual não dá para fazer retorno na W2 e você precisa descer até o eixinho W para poder voltar e pegar a entrada certa.

claro que nem tudo em Brasília é perfeito ou são flores de um ipê na 202 sul, mas será que as pessoas enxergam a beleza daqui? não tem um dia sequer em que me esqueça de admirar a cidade, e já são quatro anos e meio de vida aqui.

aí hoje eu acordei quinze pro meio-dia e, vendo aquela árvore florida (um ipê?) bem na frente da minha janela da sala de estar, lembrei que tinha três trabalhos para fazer para o meio acadêmico. um deles é feito em dupla, e minha colega me disse a semana toda para não surtar, que tudo se resolveria. aí você chega no final de semana e tem que escrever sete páginas out of the blue... é desesperador. mas de alguma forma a serenidade me veio, eu juntei todo o material e comecei a escrever. em pouco menos de quatro horas, incluída uma pausa para o almoço, estava tudo feito, aguardando apenas uma revisão e uma conclusão, que ela vai fazer.

os outros dois trabalhos são bem menores, e um deles eu devo resolver ainda hoje, utilizando meu pai como exemplo para um fenômeno sociológico... vai ser engraçado. mas a faculdade me fez constatar algo estranho ontem, quando recebi uma mensagem da coordenação informando a minha nota de uma disciplina anterior. foi um SS, a maior nota da UnB (sim, equivale ao dez), e eu me lembro bem de como achei que estivesse escrevendo sobre o interior de uma bolinha de pingue-pongue enquanto redigia o trabalho que me valeu esta nota.

quando vi o "SS" na tela, corri para o Word e abri o trabalho que entregara. li tudo aquilo e não me reconheci, mesmo não tendo copiado nada dos outros, nem recorrido ao Google, nem nada do tipo. aquele não era eu, mas quem seria? eu só me lembrava do processo do trabalho, mas nada do texto... nada, nada, nada. isso é bizarro, e eu receio que já tenha esquecido tudo o que "aprendi" nesta ocasião, há meros dois meses. mas só me deu vontade de passar o curso todo ralando feito um condenado para conseguir SS em tudo, ainda que o valor do diploma seja o mesmo de quem tirou MS (equivalente a 8), por exemplo.

e agora estou aqui, esperando começar "Os sonhadores" no Telecine Cult, com dois trabalhos para fazer e com uma prova para estudar. o maior dos trabalhos já foi feito, o Portal do Geólogo já foi atualizado, o esforço na academia já foi feito (e a dieta segue firme). estou me cansando cada vez mais, mas me sinto melhor fazendo tudo isso e vou me sentir ainda melhor à medida em que for cumprindo minhas metas. como já disse aqui alguma outra vez, meu pai provavelmente acha que minha vida é fácil, e, embora não seja a coisa mais difícil do mundo, de fácil ela tem muito pouco. também tem muito pouco do que eu quero que um dia ela seja, embora o núcleo, que é gostar do que faz, já esteja aqui comigo. por isso mesmo sou obrigado a dizer que levo a vida que sempre quis e que não trocaria de lugar com ninguém, por melhor que fosse a vida dessa pessoa.

por isso tudo, nada melhor do que ficar na cabeça o refrão "come on, come together": o esforço físico e mental às vezes nos faz esquecer que é preciso seguir em frente, mas a forma como o Jason Pierce canta isso (e até o conceito do disco em que essa música está) fazem com que as forças voltem e a dor vá embora. a ciência até poderia explicar isso, mas se esses dias eu soube que o Spiritualized foi convidado a tocar na inauguração do grande colisor de hádrons, aquele enorme acelerador de partículas na fronteira franco-suíça... talvez não pudesse não. e é isso.

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sexta-feira, novembro 06, 2009

explosão

eu quero fazer um post sobre:

- quando me doem os ossos, e não é no sentido ortopédico-literal;
- os três trabalhos que tenho que fazer durante o final de semana, além da prova que terei na segunda;
- quando eu não me reconheço no papel, e é tão recente que não posso jogar a culpa no passado;
- a ciência;
- uma versão anos 60 de uma cidade do terceiro milênio;
- "Come together", mas não a de 1969 nem a de 1991;
- eu não quero trocar de lugar com você.

daqui a pouco ele sai... mas não tenham pressa.

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manteiga

ontem, na aula, o professor falava sobre o posicionamento de alguns scholars sobre a ciência política, e falou de uma determinada corrente sociológica. "essa corrente é formada por sociólogos franceses como Foucault, Derrida...", e seguiu em frente falando uns dez nomes. no final, em voz baixa, eu falei "e croissant também".

a partir daí, tive um ataque de riso. ele ia expondo o ponto de vista de cada um dos teóricos e eu tentava imaginar o que croissant diria sobre aquilo, e ria ainda mais. foi difícil me segurar.

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quinta-feira, novembro 05, 2009

farra

rolou uma festinha na Telerj hoje. discursos, promessas, relatórios, mails pedantes, comes e bebes: não faltou nada, muito menos aquelas pessoas constrangedoras que compõem o meio local, munidas de seus sorrisos que, verdadeiros ou falsos, são deprimentes. tudo isso no período da manhã, e na hora em que isso tudo rolava eu estava dirigindo no Eixão Sul, para longe dali.

mais detalhes na "Homem Vogue" de dezembro.

p.s.: no caminho eu me lembrava de como seria a festinha, e de como eu sinceramente gostaria de não estar lá. estou conseguindo, uma hora isso acaba.

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quarta-feira, novembro 04, 2009

timinho

na coluna do Lauro Jardim, uma notícia alvissareira para o meu time:

Uma seleção de empresários para levantar o Santos

Um grupo de pesos-pesados santistas, insatisfeitos com a gestão mambembe de Marcelo Teixeira na presidência do clube, resolveu meter a mão na cumbuca e se reunir para chacoalhar o Santos.

Lançam amanhã o nome do empresário Luiz Álvaro de Oliveira para comandar o clube a partir de 2010. Se Oliveira vence ou não se verá depois, mas o time de empresários que o apoiam é de respeito.

Eis alguns nomes:

Álvaro de Souza, presidente do Conselho de Administração da Gol Linhas Aéreas e ex-presidente do Citibank; Antonio Fadiga, CEO da FisherTotal.com; Celso Loducca, presidente da Loducca Publicidade; Eduardo Vassimon, Conselho de Administração do BBA Itaú; Fábio Barbosa, presidente do Banco Santander e da Febraban; José Berenguer, vice-presidente Executivo do Banco Santander; Cândido Bracher, vice-presidente do Banco Itaú; Walter Schalk, presidente da Votorantim Cimentos; Álvaro Simões, presidente da Impar; Pedro Mello, presidente da KPMG; Guilherme Leal, presidente do Conselho da Natura; Luis Fernando Fleury, presidente da Cetip.

Empresário não ganha jogo, mas…

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raciocínio lógico-quantitativo

olha eu fazendo conta para saber como você (sim, você!) pensa:

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terça-feira, novembro 03, 2009

tipo assim

Karin, por favor, quando é que vai ser o próximo show? aonde? eu quero ir!

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brasserie 2

falei do dia das bruxas com os brits, então, num raro momento fotolog, vou colocar uma foto minha lá. repare que ainda estou sóbrio, então a coisa ainda estava no começo... e foi muito mais que isso.

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segunda-feira, novembro 02, 2009

urrú

Em uma época em que os estudantes eram ainda fortemente politizados, Bussunda ajudou a aplicar uma peça que serve de exemplo para a sua vida bem humorada: ajudou involuntariamente a acabar com o movimento estudantil na universidade.

“Ele criou com os amigos a chapa ‘Overdose esfaqueie a sua mãe’ para concorrer ao centro acadêmico”, conta Guilherme Fiúza, jornalista e autor de livros como “Meu nome não é Johnny” e “3.000 dias no bunker”, que está finalizando a biografia do humorista (...) Entre as plataformas defendidas pela chapa do humorista estavam a criação de banheiros mistos e a “caipirinha no bandejão”. “Eles iam ao bandejão (restaurante universitário) com uma garrafa de cachaça para colocar na limonada do pessoal, e avisavam: ‘estamos cumprindo as nossas promessas antes mesmo de sermos eleitos’”.


caramba, mal posso esperar para ler essa biografia do Bussunda que o Guilherme Fiúza fez.

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Copacabana



(tirado daqui)

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informe

via Bruno, chega ao meu conhecimento uma coluna do Ivan Martins, da "Época", sobre homens que dizem não. foi o típico caso de me identificar com praticamente todo o texto, se não todo o texto. vale muito a pena.

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domingo, novembro 01, 2009

brasserie

mas nem só de "Casino Royale" e de trabalhos da escola de lobistas eu ando vivendo. na sexta-feira fui com Aline e JP a uma festinha de dia das bruxas na embaixada brit, um lugar que nunca tinha ido. por nunca ter ido, não sabia o que esperar, mas imaginei que viria algo legal - se os brits estão se divertindo, eu não vou ficar para trás.

chegamos lá às dez da noite, duas horas depois da hora marcada, e eu temendo que, dado o conhecido rigor com cumprimento de horários dos anfitriões, a coisa já estivesse de final. não havia muita gente e eu pensei "será que isso vai dar em alguma coisa?", enquanto ouvia uma banda de tiozinhos maltratar alguns clássicos como "Smoke on the water" e "Paranoid". depois de apresentado a alguns convivas da embaixada, fui pegar-me uma bebida, enquanto a Aline falava bem do meu tênis amarelo.

no bar, uma grande surpresa: como a embaixada consegue produtos para consumo próprio pela mala diplomática, havia pelo menos dez cervejas brits e gaélicas para quem estava na festa. mais do que isso, a sensacional Corona, do México, estava lá presente. todas por um preço que você não acreditaria que um dia pagaria por uma boa breja em Brasília. peguei uma Corona e voltei para o lado de fora do bar animado, sonhando com as outras - tinha até cidra em lata.

devagar, a festa foi enchendo e, como era um dia das bruxas, havia gente fantasiada. a uma certa hora apareceram um bando de garotas vestidas do mesmo jeito, com casacos pretos e boinas vermelhas. uma delas era absolutamente linda, era a segunda menina mais bonita que vi esse mês, mas o ambiente não era propício a small talk ou coisa do tipo. um DJ ocupou o som assim que os tiozinhos da banda tocaram "Smoke on the water" pela segunda vez, e a pista encheu.

como boa parte da galera ali estava na faixa de 25 a 35 (o que me inclui), o disc-jockey apostou em sucessos da segunda metade da década passada, e se deu bem: de Fastball a Jamiroquai, a peteca não caiu, e ele até mandou um Simple Minds (anos 80, descansem em paz e não ressuscitem). àquela altura eu já tinha tomado a cidra em lata, que era gostosa, e pedi um Schweppes azul-claro sem nem saber do que se tratava. era água tônica com limão, e eu detesto água tônica, então só havia uma coisa a se fazer: pedir uma dose de gim e misturar.

água tônica é uma droga, gim puro é uma droga. misturar os dois, no entanto, resulta em uma bebida deliciosa e incontornável de tão clássica. como a Aline estava com um forte batom, serviu-se de um canudinho para tomar as bebidas, inclusive as cervejas, e como eu não ia ficar tirando a palhinha da moça, acabei fazendo como meu querido Luciano Vianna e adotando o hábito desprezível de tomar cerveja com canudo. felizmente, não estavam nem aí, e fui pegando cada hora um suco de cevada diferente.

então chegou o momento do motivo pelo qual JP (e todos nós) estávamos lá: uma apresentação de Os Gambiarras, projeto paralelo dele com os diplobrats para tocar umas covers espertas em festinhas bem-frequentadas e com gente legal. foi uma curta apresentação, de nove ou dez músicas, mas muito boa... lembro que tocaram "Barbara Ann", eternizada pelos Beach Boys, e "Valerie", conhecida na versão do Mark Ronson, com a Amy Winehouse nos vocais.

Aline filmou tudo usando a câmara da Karin, vocalista dos Gambiarras, mas ainda não tenho o vídeo (prometo disponibilizá-lo aqui assim que o tiver). mas se você quer ter uma ideia de qual era o clima do show deles, clique aqui e veja uma cena de um filme de que eu lembrei na hora... esse era o espírito da coisa. no meio da apresentação da banda encontrei o Ivens e, no final, encontrei a Kajilla. aí é que a festa ficou ainda melhor, gente conhecida é sempre bom, desde que não sejam ex-namoradas... até os chatos ficam legais depois que você está com um quilo de cerveja, pulando e se divertindo.

não faço a mínima ideia de que horas era quando isso rolou, mas já devia ter rolado metade da festa. Kajilla gostou tanto dos Gambiarras que os quer tocando no aniversário dela, então fui falar com a banda e todos ficaram surpresos, comentando que mal tinham ensaiado, haviam errado vários trechos, enfim, mostrando de onde é que saiu o nome do grupo. e eu sempre com uma cerveja na mão... uma hora voltei a falar com ela, falei que a banda toparia, e vi que ela estava com uma amiga solteira, mas o clima não era de small talk, mais uma vez. Ivens veio se despedir de mim e pouco depois foi a vez da Kajilla sair, para encontrar a irmã.

outro DJ entrou depois dos Gambiarras, e ficamos pulando, dançando e continuando a degustação de cervejas. até o JP, que não bebe cerveja, se deliciou com as maravilhas que os brits têm à disposição, enquanto eu pensava a toda hora que deve ser legal trabalhar ali, conviver com as pessoas dali. o clima estava delicioso, e a festa empatou com uma de janeiro, em que o Lúcio veio dar som aqui em Brasília, como a melhor em que fui esse ano. se bem que a da "Veja", em abril, também foi boa...

(parágrafo censurado)

no final das contas, saímos de lá depois das três da manhã, no mesmo instante em que a segunda menina mais bonita da festa saía, com os sapatos de salto alto na mão e acompanhada de sua turma. depois dessa noite, achei uma pena que o dia das bruxas aconteça só uma vez por ano: gente legal, farra, música, álcool, creio que eu não precise de mais nada. e a festa renovou meu respeito pelos brits, já que foi tranquila, animada e eu saí de lá com a ideia fixa de estreitar laços com a galera.

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novidades

I want to create a viable Swedish car company. Most commentators in the media say that there is little chance, because Saab has never made money. It is a fairly simple analysis. If you based all business decisions on what has happened before and expected that it would be exactly the same in the future, then there would be no way to change anything. Ever. We see it in a slightly different way.

Christian von Koenigsegg, que comprou a Saab no mês passado, mostrando que acomodação não leva a lugar nenhum.

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partícula

ontem teve uma festa indie no Lago Norte chamada "Halloween mindingo (sic)". basicamente, para você ir mal vestido e comemorar, no estacionamento de um supermercado, o aniversário de uma moça e o dia das bruxas.

enquanto isso, no mesmo horário, passava "Casino Royale" no Telecine. não é preciso pensar nem meia vez para saber qual foi o programa que escolhi.

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