publicando
em raro momento, este blógue recebeu ontem duas correspondências (comentários) que merecem ser publicadas. uma delas, de origem anônima - pensei que fosse o Rogério, mas não é - diz o seguinte:
Acho interessante todas às vezes que vc fala sobre trabalho no seu blogué.
Sugiro que fale sobre seu início profissional e como vc chegou ao ponto de gostar tanto de trabalhar.
Vc sabe pq vc gosta tanto de trabalhar?
O que te motiva?
meu início profissional foi escrevendo. fazendo jornalismo sem ser formado na área, sem ganhar nada por isso também. depois vieram umas ocupações (corretor de imóveis, escritor bissexto, mercador de commodities) que nunca me tomaram o tempo todo. aí veio a Telerj.
basicamente eu gosto muito de trabalhar por três motivos: o primeiro deles, ver as coisas se resolvendo, fazê-las do jeito certo. sentir que estou contribuindo em alguma coisa. trabalhar direito é a melhor coisa pelo social que alguém pode fazer: voluntariado, doações, qualquer outra coisa é secundária. e ver as coisas se resolverem dá um certo prazer, além da possibilidade de um dia ganhar mais e ter algum benefício material do esforço. o segundo motivo é que acho que todos temos que ter alguma meta na vida, e a minha, atualmente, é fazer o que eu gosto. o que, no final das contas, é isso de cima: ver as coisas acontecendo. e o terceiro motivo é que, bem, mês passado eu tomei um toco dolorido e preciso me concentrar em alguma coisa para não pensar nisso. como eu já estava concentrado no trabalho desde o final do ano passado, foi só dobrar os esforços.
escrevi aqui, um tempo atrás, que meu tio disse que eu deveria continuar como funcionário público porque achava que eu não servia para pegar pesado na iniciativa privada. aquilo ficou de tal maneira atravessado na minha garganta, sem que jamais engolisse, que resolvi provar pro meu tio - e, mais importante, para mim mesmo - que isso não era verdade. resultado: minha produtividade cá na Telerj tem sido a maior do meu setor, por larga vantagem, e isso sem prejuízo de outras coisas: sou um dos poucos que se interessa pela politicagem nos andares de cima da empresa, tento conhecer o máximo de pessoas aqui dentro, tenho um segundo emprego e penso em outras formas de ganhar dinheiro. porque não é nem um pouco custoso para mim, como disse acima, e porque eu quero ter um Volvo.
a outra correspondência, da Heloísa, será publicada ainda hoje. mas só depois daquela reunião à tarde onde só eu vou levar cartões de visita.
Etiquetas: bronze
4 Comments:
não fui eu, não. mas foi um comentário realmente interessante.
Pelo jeito foi mulher.
quanto a iniciativa particular, pelo que tenho visto dos outros é puxado.
Obrigada (isso mesmo, obrigadA, ou seja, elimine todos seus amigOs possíveis deste comentário, e também não te conheço, só por leitura mesmo e que já diz muito sobre...). Agradeço o fato de ter lido e respondido meu comentário.
Quanto ao trabalho, acho incrível sua relação e sua forma de percepção. Eu, que trabalho na Telesp (é uma alusão como a sua, só que privada) e vejo tantos obstáculos, tantas dificuldades para que as coisas aconteçam, imagino que você também os encontre... e como estou em busca de realizações é sempre bom ter o bom exemplo de alguém que consegue seguir em frente...
Bom, o comentário está virando maior do que post. Continue escrevendo. Eu acompanho.
ahn. e você não tem nome não, moça da Telesp?
e o que você faz na Telesp? você é a locutora daquele "chamada a cobrar, para aceitá-la continue na linha após a identificação"?
passei tempo demais pensando numa resposta criativa e engraçada para dar, mas confesso que é meio complicado. Não sei até que ponto estaria forçando a barra para criar uma amizade virtual (eu não tenho problemas com isso,e vc? não te conheço né?!) Caso queira deixar seu msn, adiciono e podemos conversar sobre a Telesp.
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