domingo, julho 23, 2006

uma pergunta
ai deus, rola de me dar dez por cento da inspiração do Neil Hannon?

sábado, julho 22, 2006

sexta-feira, julho 21, 2006

informe
o sistema de comentários não está funcionando. alguém sabe mexer nele?
objetivo nenhum
exercício mental num intervalo de aula do cursinho:

all neon like
all neon like
all neon like
all neon like
all neon like...
damn
cof gasp
hey
are you here?
aren't we all?
can you give me details?
can we start again?
end
end
... end
... end
do it all over again
play the waltz again
make-over
startup
ready
steady
go
just go
leave me here
leave me here
just go away
Tagus
um dia eu ainda deixo esse oceano para trás e vou conhecer essa Lisboa (na verdade, Portugal por inteiro):

No histórico bar A Brasileira, em Lisboa, o fantasma de Fernando Pessoa toma um licor de cerejas

Michel Braudeau

No decorrer de séculos de guerras e de rivalidades, o chamado Velho Continente forjou-se em volta do Mediterrâneo, cercou-o de portos e de cidades admiráveis, de Veneza a Atenas, de Marselha a Barcelona, os quais lhe abriram as portas do Oriente, construindo sua potência, sua prosperidade comercial e, quase à sua revelia, sua unidade política.

Trilhando o oceano, os seus navegadores conquistaram o mundo, e, do cabo Norte ao estreito de Gibraltar, talvez não exista um "finistère" ("fim de terra", nome dado a certas regiões e cidades à beira-mar) mais bonito do que Lisboa, com a sua ponta de rosa e de aço mergulhada em direção ao coração do Atlântico.

Sem dúvida, esses tempo já vão longe. O Mare Nostrum (Nosso Mar) tornou-se estreito e convulsivo, e embora o hino português ainda reze: "Heróis do mar, nobre povo, / nação valente e imortal, levantai hoje de novo / o esplendor de Portugal!", foi movido por uma ironia cruel que ao retornar de Angola, António Lobo Antunes (64 anos, um dos escritores que surgiram com a revolução dos Cravos) intitulou um dos seus romances "O Esplendor de Portugal".

Portanto, um país associado ao esplendor e à melancolia. O caso não é isolado na Europa, longe disso, onde não raro se tem a impressão de que a vida escapuliu, que "as coisas acontecem em outro lugar"; até recentemente na América do Norte, amanhã na China. Em Portugal, um país exíguo que outrora era o mestre de um império desmedido, o sentimento difuso da perda conduz por vezes à esquizofrenia, processo este que Lobo Antunes analisa com tanta argúcia em sua obra, mas raramente à amargura.

Lisboa cultiva a suave loucura dos gigantes que tudo perderam, mas sem nenhuma arrogância; basta andar de navio no Tejo e voltar-se para a cidade para ver com quanta doçura materna ela oferece ao viajante a grande Praça do Comércio, como se esta fosse um berço colocado sobre o estuário. Quando ele contornou o cabo de Boa Esperança, em março de 1498, para alcançar o porto de Calicut, na orla de Malabar, Vasco de Gama (1469-1524) não tinha como objetivo dominar politicamente a região imensa do oceano Índico, e sim desviar em direção a Lisboa o fluxo das mercadorias que transitavam pelos portos muçulmanos do Mediterrâneo oriental.

Contudo, a frota portuguesa, que dispunha apenas de algumas dezenas de navios, não resistiu por muito tempo aos negociantes otomanos, iemenitas e mongóis. Antes deles, os ingleses e os holandeses conseguiram cultivar o café nas suas colônias indianas e indonésias.

Foi preciso esperar até 1727, em decorrência de um caso galante entre a mulher do governador da Guiana francesa e um sedutor oficial português, para ver plantas de café serem introduzidas de maneira fraudulenta no Brasil. Além disso, em 1755, Lisboa foi devastada por um terremoto e um maremoto que deixaram a Europa estupefata - essa catástrofe foi narrada por Voltaire em "Cândido" -, e ela foi redesenhada tempos depois pelo marquês de Pombal. Em conseqüência disso, os mais antigos estabelecimentos onde se podia tomar café na capital lusa e da existência dos quais nós temos indicações seguras, datam do final do século 18, de 1782 ou 1784, dependendo dos historiadores. Um deles foi o Martinho da Arcada (então batizado de Casa da Neve), sob as arcadas da Praça do Comércio.

Os cafés se desenvolveram em Lisboa - o Nicola, o Rossio, o Montanha, o Brasileira, o Versailles, e muitos outros - no decorrer da segunda metade do século seguinte, tão rapidamente quanto na Espanha, e se tornaram os pontos de encontro dos estudantes, dos artistas e dos intelectuais tidos como "jacobinos" pela "Gazeta de Lisboa".

Um decreto da rainha Maria 2ª havia instaurado em 1846 um círculo oficial das figuras as mais notáveis da sociedade liberal, o Grêmio literário, equivalente do Ateneu de Madri, que reunia homens de letras, dirigentes políticos e personalidades da aristocracia, no palácio Loures. Com a sua biblioteca, os seus salões opulentos, o seu restaurante e o seu jardim sobre o Tejo, o Grêmio continua sendo até hoje uma das academias as mais distintas da Europa.

Mas os escritores, tanto em Lisboa como em outros lugares, nem sempre são pessoas ricas nem origem ou de educação diferenciadas, e a maioria dentre eles acabou se reunindo espontaneamente e sem protocolo nos cafés do Chiado ou da Baixa, para trocar entre si reflexões e conversas sediciosas demais para o Grêmio, e ainda praticar jogos clandestinos ou se embebedar com método.

Num café, os horários são maleáveis; qualquer um pode sentar-se a uma mesa, ler o jornal, beber e falar livremente, sem precisar revelar sua identidade nem trajar uma gravata, ou ainda, ao contrário, para aproveitar-se do anonimato que ele oferece e esconder-se no meio da multidão cinzenta. Ao menos, em princípio, é o que costuma ocorrer. Isso porque numa cidade do tamanho de Lisboa, os poucos cafés onde a oposição se refugiou durante a ditadura militar, de 1926 até a "Revolução dos Cravos" de 1974, foram tanto abrigos quanto armadilhas para os intelectuais, que eram ao mesmo tempo tolerados e vigiados.

O escritor Júlio Moreira recorda-se daquele tempo: "Em certos cafés que eram freqüentados pelo pessoal de esquerda, policiais bem vestidos se misturavam no meio do público. De vez em quando, eles levavam simplesmente um intelectual até uma rua próxima, para torturá-lo. Era assim que essas coisas aconteciam na época de Salazar [regime que durou de 1932 a 1970]..."

Portanto, era mesmo difícil passar praticamente despercebido durante 48 anos. Contudo, um poeta, que não era o mais perigoso entre todos, aparentemente, logrou esse feito, possivelmente em virtude apenas do seu nome, Fernando Pessoa (1888-1935).

A lenda é bonita demais para ser questionada. Quando eles fundaram a cidade de Lisboa, os gregos lhe teriam dado o nome de Olissipo, derivado de Ulisses (nome que teria se transformado em Olisipona, e depois em Lisapona, até fixar-se em Lisboa). E todos conhecem o episódio da Odisséia no qual Ulisses e seus companheiros, prisioneiros dos Ciclopes antropófagos, são trancados dentro de uma caverna pelo mais forte desses monstros, Polifemo, que empreende devorar dois marinheiros por dia. Quando este já havia engolido o quarto marinheiro, Ulisses decidiu então oferecer vinho a Polifemo, que o agradeceu prometendo-lhe comê-lo por último e lhe perguntou o seu nome.

"Oudéis", respondeu Ulisses, ou seja, "Ninguém". Assim que Polifemo foi tomado pelo sono da embriaguez, Ulisses furou o olho único do gigante com uma estaca. Polifemo acordou dando urros, os outros Ciclopes acorreram imediatamente e lhe perguntaram: "Quem o feriu?" Polifemo lhes respondeu: "Ninguém". Os seus colegas, considerando que ele estava demente, o abandonaram. Na manhã do dia seguinte, o cego Polifemo empurrou a pedra enorme que tapava a caverna para levar seu rebanho até as pastagens. Os gregos então se agarraram debaixo do ventre dos carneiros e retornaram até o seu navio.

Vale notar que em francês, a palavra "personne" pode significar tanto pessoa como ninguém. Em português, pessoa significa também "personne" e este foi o verdadeiro nome de Fernando António Nogueira Pessoa, nascido sob o signo de Gêmeos, em 13 de junho de 1888, em Lisboa, na cidade de Ulisses. É verdade que isso se deveu ao acaso, mas este caso teve conseqüências inegáveis sobre a trajetória deste sujeito. Após a morte do seu pai, Fernando acompanhou a sua mãe e o seu sogro, em viagens para Durban, na província do Kwazulu-Natal, na África do Sul, onde ele completou sua escolaridade e retornou em 1905 a Lisboa, que ele nunca mais deixou.

Ainda muito novo, ele começou a inventar para si heterônimos, que eram interlocutores com os quais ele correspondia. "Quando criança, eu já tinha tendência a criar em volta de mim um mundo fictício, a cercar-me de amigos e de conhecidos que nunca haviam existido".

A ciranda das máscaras adquiriu a amplidão de um sistema infinito em 8 de março de 1914, durante uma crise de exaltação na qual ele se sentiu realmente submerso por "outros que ele", e imbuído da missão de dar voz a outros escritores que habitavam dentro dele de maneira autônoma (foram recenseados 72 desses "outros"). Estes lhes inspiraram diversas obras, as quais ele publicou sob diversos "heterônimos", entre os quais Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares, António Mora.

Ao longo da sua vida, Pessoa assinou seu próprio nome apenas numa plaqueta e em artigos publicados em revistas. Ele vivenciou um breve amor não correspondido, levou uma vida regulada de modesto empregado numa agência de importação-exportação, e gostava de "subir" até o Chiado no final do dia para beber, no café A Brasileira, um drinque de licor de cerejas - um ou vários, já que uma crise hepática lhe tirou a vida em 1935. Quando ele morreu, foi descoberta uma mala que continha 27.543 textos inéditos, manuscritos ou redigidos em folhas esparsas, um quebra-cabeça do qual o autor havia levado a chave.

Evitaremos aqui evocar mais precisamente a possível herança psíquica da sua avó Dionísia, que morreu num sanatório. Os supostos vínculos que podem existir entre a loucura, a infância e o gênio são geralmente tolices cômodas que só servem para tranqüilizar pessoas tão pateticamente normais que são estas que deveriam ser isoladas. Deixaremos também cada leitor abordar a sua obra como bem entende, pois este não é o nosso objeto. Mas é evidente que o caso da assombração plural e semi-lúcida de Pessoa está muito distante da astúcia de Ulisses. O ardil da História vem do fato que este campeão do anonimato reina hoje sobre a literatura moderna, muito além das fronteiras de Portugal, em todos os lugares onde as noções de obra e de autor são questionadas. Antonio Tabucchi (63 anos, escritor italiano, professor de literatura portuguesa na universidade de Pisa) prestou-lhe homenagem em inúmeras oportunidades, com admiração e ternura, dialogando com ele no final de "Réquiem", fantasiando os "Três últimos dias de Fernando Pessoa", e publicando suas obras completas em italiano.

A monumental "Foto-biografia" de Pessoa escrita por Maria José de Lancastre e publicada (na França) pela editora Christian Bourgois, mostra do poeta adulto a imagem pouco heróica de um pequeno funcionário agasalhado no seu impermeável, qualquer que seja a estação, com o seu chapéu mole, seus óculos, seu bigode. De uma banalidade finalmente assombrosa. Mesmo se o seu rosto fosse apagado, esses atributos imutáveis bastariam para identificá-lo, assim como a bengala e o chapéu-coco de Carlitos. De tanto apagar-se, de tanto dedicar-se a não ser ninguém, Pessoa tornou-se todo mundo e a sua silhueta é a mais célebre de Lisboa.

Apesar do incêndio que destruiu uma parte do Chiado em 1988 e da concorrência das discotecas, muitos são os cafés antigos que subsistem, e que não são reservados à terceira-idade nem aos turistas. É o caso do Bénard ou do Nicola, cuja decoração interna foi renovada com tino. Enquanto o Versailles, pomposo e antiquado, se mostra sonolento em meio às suas confeitarias, os fregueses continuam se embriagando bravamente no British Bar, onde eles podem também contemplar a curiosidade local, um relógio dinamarquês cujos ponteiros giram em sentido contrário, na contramão do tempo. Os fervorosos admiradores de Pessoa, após terem visitado sua casa natal e seu túmulo, não deixarão de sentar a uma mesa do venerável Martinho da Arcada, que ele costumava freqüentar. Lá, o que mais se vê é o nosso escritor "invisível", em azul em retratos sobre azulejos, em preto e branco em fotos de jornais ampliadas: a sua caneta, o seu cachimbo, a sua carteira de identidade, em artigos que lhe dizem respeito, nos quais os mestre discute com um confrade, escritos neste templo que lhe é inteiramente dedicado.

O Martinho, infelizmente, não passa de um restaurante medíocre e deserto que é aconselhável evitar. A decoração do café A Brasileira pouco mudou e ele continua sendo muito freqüentado, sem nenhuma nostalgia. Mas, se por um milagre o tímido Pessoa retornasse entre nós, é bem provável que um detalhe de peso o impediria hoje de entrar neste estabelecimento e o obrigaria a dar uma extensa volta, passando perto dos muros. Isso porque acharam por bem honrar sua memória instalando no terraço uma estátua de bronze, de tamanho natural, que representa o poeta sentado a uma mesa, diante de um copo tão vazio quanto o seu olhar pensativo. À sua esquerda, uma cadeira de bronze permite que todos aqueles que nunca leram seus livros e ignoram até mesmo seu nome, possam posar em sua companhia, ao menos durante o tempo necessário para bater uma foto.

Os portugueses dizem que o único que poderia sentar-se sem parecer ridículo nesta cadeira é Antonio Tabucchi. Mas é muito difícil imaginar esta cena. Além disso, Tabucchi já conhece de cor e salteado o número de telefone secreto do seu amigo no além.
cronômetro
foram os melhores seis décimos de segundo da minha semana. tão bons que parece que eu cronometrei com essa exatidão e os aproveitei como se fossem seis dias. ai ai, caminhando nas nuvens...
então...
hoje as coisas começam de novo.

quinta-feira, julho 20, 2006

assaz pertinente
Reinaldo Azevedo sobre a empulhação que é a obrigatoriedade de se ter um diploma de jornalismo para exercer a profissão. bem aqui.
Brasília
a cidade mais linda do mundo. quem conhece não se arrepende.
say "hello"




minhas duas novas aquisições. eBay, como sempre, 47 reais (juntos). digam oi para o Bill Evans Trio e seu "Sunday at the Village Vanguard", de 1961, e para "Quiet is the new loud", do Kings of Convenience, lançado quarenta anos depois. ambos são território livre de guitarras, porque essa história de rock and roll já era. não ouço mais rock, detesto pessoas que "são o rock", estou resmungão, velho e não vou à Landscape. agora dá licença que eu vou ali na hidroginástica e depois no INSS.
tesoura
acabei de voltar do Terraço Shopping, onde fui cortar o cabelo. por uma dica do Felipe, cortei com o Ita, cabeleireiro master do salão.

quando cheguei lá, cinco minutos antes do meu horário, ele estava podando o cabelo de uma dona que havia tingido de amarelo (loiro, só o natural. qualquer falso é amarelo) pouco antes. quando cheguei, o cabelo dela estava horroroso, ridículo, pavoroso, terrível, (insira sua expressão de paúra favorita aqui). a medida em que ele foi intervindo na cabeça da dona, a coisa foi melhorando. até que, no final das contas, ela se transformou numa jeitosa, formosa, ajeitadíssima e simpática velhota. se o Sudoeste fosse um pântano, a tia seria forte candidata a sapa master do brejão.

fiquei animado. ele pegou um cabelo que era um lixo... e transformou em algo factível.

com trinta minutos de atraso, começaram as minhas tesouradas. corta daqui, apara dali, poda aqui, sobe isso, fora com os pêlos da nuca... meu cabelo estava indo muito bem na metade do serviço. daí em diante... puro declínio. ele terminou o serviço e eu parecia ter trinta e quatro anos de idade. ficou extremamente avant-garde, exatamente como eu pedi para ele não fazer. ou seja, ao contrário da batráquia que me antecedera, o Pinot Noir virou água do pântano na minha cabeça.

por sorte ele não deu tesouradas radicais, de modos que amanhã mesmo a minha franja, esse establishment que me faz a cabeça já há cinco anos, estará de volta. e esse topete de velho, qual um Morrissey fase "Maladjusted", cairá fora. xô, topete: não gostei de você.
mané, demasiado mané
Homem compra sal pensando ser cocaína no MT

A Polícia Rodoviária Federal de Campo Verde, no Mato Grosso, prendeu um homem portando cerca de quatro quilos de uma substância que acreditavam ser cocaína, na quarta-feira, na BR-070. Após análise, a Polícia Federal constatou que a suposta droga era sal de cozinha. Salvador Saraiva e Silva, 58 anos, disse que comprou o produto em Cáceres e pagou R$ 24 mil pelos quatro pacotes. Ele iria vender a droga em Sobradinho, cidade satélite de Brasília.

O acusado foi detido em um ônibus que fazia a linha entre Cáceres e Goiânia, no Posto da PRF em Campo Verde, por volta das 11h da manhã. No início, ele ainda tentou enganar os policiais dizendo que carregava rapadura, dento da caixa, e que estaria levando para familiares.

Os pacotes de sal estavam embalados em sacos pretos, como se realmente fossem cocaína. Havia apenas um grama de pasta base escondido em uns dos pacotes, provavelmente utilizado para enganar Saraiva. A pasta base foi colocada em um dos pacotes para que fosse visualizado pelo comprador, que acabaria acreditando que o resto da mercadoria também se tratava da droga.
null
Gas says:
tu ja entendeu a Billy Holiday?
eple says:
não se entende uma mulher
eple says:
ainda mais uma que cheira

sexta-feira, julho 14, 2006

dois em um
1. este blógue poderá passar uns dias fora do ar, graças à troca do hospedeiro. o endereço continuará o mesmo, as férias continuarão até quando eu não me sentir mais cansado de mim mesmo, etc. meu atual hospedeiro me manda quatro avisos de cobrança por dia, e olha que a fatura só vence na segunda-feira. cansado disso, é hora de enfiar dois dedos no cu dessa gente e arrumar outro lugar para abrigar o palandi.com. cansei.

2. existe como a gente sentir falta de algo que nunca teve? ou melhor, que teve mas não teve, ao mesmo tempo?

quarta-feira, julho 12, 2006

nota
a Mariana é emo.

domingo, julho 09, 2006

não
este blógue continua suspenso. porque eu também preciso de férias.
top top
a MTV fez, dia desses, um "Top top" sobre os fãs mais chatos. vi e achei legal, mas a minha lista é um pouco diferente:

1. Weezer / Loser Manos (é a mesma banda). ganham porque, além de cultuarem demos de música, assimilam a estética perdedora desses lixos sob forma musical.

3. Radiohead. ninguém gosta da versão de "Like spinning plates", a do "Amnesiac". ninguém gosta de "Treefingers". ninguém continua achando o "The bends" o pop perfeito. ninguém.

4. Metallica / Iron Maiden. porque eles acham que se você escreve "Kirk Hammett" errado ou, pior, despreza a nova turnê do Paul Di'Anno, você não merece viver.

6. Oasis. se nem a banda gosta do "Be here now", por que é que os fãs deveriam gostar?

7. Sonic Youth. uma questão de valores: segundo os fãs do Sonic Youth, bom é ser "marginal", "perturbado", "maldito", e enfiar sete minutos de microfonia no final, já que não tem como enfiar uma instalação inteira de um artista multimídia em um disquinho de acrílico. na boa, eu prefiro ser "rico", "bem vestido" e "inteligente". e microfonia tá out desde o "Souvlaki", do Slowdive.

8. música eletrônica. porque cultuar DJ não tá com nada.

9. Surfjan Stevens. ninguém acredita que a meta dos 50 discos temáticos vai ser cumprida. só ouvem o disco porque tem alguém no Pitchfork que acredita, mas todo mundo sabe que não há como fazer algo sobre o Maine, o Iowa, o Kentucky.

10. qualquer banda da Matador ou que tenha o Damon Albarn no meio. vem cá, você escolhe bandas pelo selo? você acha que o Damon canta bem?

domingo, julho 02, 2006

Brasil, o fracasso
como não é segredo pra ninguém, torci contra o Brasil desde o primeiro jogo, como faço desde 1994. por não suportar os patriotas de ocasião, por não gostar da decoração e das musiquinhas, porque isso me equipararia ao Galvão Bueno. por vários motivos, que pode ter gente que os ache relevantes e ter outros que achem uma grande besteira.

era difícil de o Brasil rodar na primeira fase, como eu queria. com três times lixos e medrosos, só se poderia esperar três vitórias, ainda que duas delas tenham sido pouco convincentes. contra Gana, a mesma história. mas o jogo mudaria quando a seleção enfrentasse um time que não tivesse por ele o menor respeito (Argentina, Portugal, Itália, Holanda e França, dentre os que se classificaram para essa Copa). a Inglaterra tem medo do Brasil, e a Alemanha é pipoqueira de fases decisivas (basta ver a quantidade de vice-campeonatos que eles têm).

todo mundo já disse que o Brasil ontem foi fraco, não lutou, não fez nada. concordo. nada que eu não soubesse:

- da última vez em que a publicidade em torno dos jogadores era tão grande, em 1990 (o famoso episódio da Pepsi-Cola), deu merda;
- não tem como um time com o Adriano dar certo. faz quanto tempo o Flamengo e a Inter de Milão estão na fila mesmo? (a Inter, dezessete anos)
- dessa seleção toda, só tenho dó do Gaúcho e do Zagallo. por motivos distintos. e, para eles, sugiro aqui o clipe de "Boxers", do Morrissey, bastante elucidativo - eu pediria um autógrafo ao Zagallo, se o visse, e tiraria duzentas fotos com ele. adoro o cara.

fora isso, a derrota na Copa pode ajudar a derrubar o "presidente" que temos. que, assim como o Parreira, não merece segunda chance (nem terceira). fora, Lula. a gente não gosta de você.

*

este blógue ficará um tempo sem posts novos. porque eu também preciso de férias. e tenho o direito de ser egoísta de vez em quando. agora com licença, vou ali torcer por Portugal (como também tenho feito desde o começo da Copa e pouco me lixando para o que os brasileiros chatos - que não são todos - acham disso).