quarta-feira, março 31, 2010

bolsa

na minha Suécia natal, até os catadores de lata são ricos...

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Família de catador de latas sueco briga por herança milionária

A família de um sueco que havia passado as três últimas décadas de sua vida catando latas vazias nas ruas da cidade de Skellefteå, no norte da Suécia, acabou tendo que brigar na Justiça para dividir uma inesperada fortuna deixada por ele, informou a imprensa sueca.

De acordo com os jornais suecos, Curt Degerman, conhecido como "Burk-Curt" ("Curt da Lata", em tradução livre) pelos moradores de Skellefteå, era uma figura solitária, que circulava pelas ruas em uma bicicleta velha, recolhendo latas e garrafas das latas de lixo da cidade.

Mas quando morreu em 2008, aos 60 anos de idade, os familiares descobriram que ele tinha deixado uma herança de mais de 12 milhões de coroas suecas (aproximadamente US$ 1,4 milhão).

O que ninguém sabia era que, quando não estava vasculhando as latas de lixo, Curt ia à biblioteca da cidade para ler o noticiário financeiro dos jornais e estudar o mercado de ações.

"Ele ia à biblioteca todos os dias, porque não comprava jornais", disse um primo de Curt, Torgny Tjernlund, ao jornal sueco Expressen na época de sua morte. "Ali ele lia o Dagens Industri (o principal jornal financeiro da Suécia). Ele sabia tudo sobre as ações da bolsa", acrescentou.

"Curt da Lata" usou o que aprendeu no noticiário do mercado de valores para transformar as modestas somas que juntava, vendendo suas latas e garrafas, em um portfólio de ações e fundos mútuos avaliados em mais de 8 milhões de coroas suecas.

Além disso, ele comprou 124 barras de ouro estimadas em 2.6 milhões de coroas suecas. No banco, tinha quase 47 mil coroas suecas. Curt também tinha casa própria, o que elevou o valor total de sua herança para 12.005.877 milhões de coroas.

Em seu testamento, Curt Degerman deixou toda a sua fortuna para Torgny Tjernlund, o primo que costumava visitá-lo regularmente em seus últimos anos de vida.

Mas ao tomar conhecimento da surpreendente herança, um tio de Curt decidiu contestar nos tribunais o direito do primo de herdar a fortuna sozinho. Pela lei sueca, o tio tinha de fato direito de herdar o dinheiro do sobrinho.

A briga foi parar então na corte distrital de Skellefteå. Mas esta semana, o tio e o primo de Curt finalmente chegaram a um acordo extra-judicial para dividir a herança.

Depois de aproximadamente duas horas de negociações, os dois concordaram em dividir a fortuna - mas nenhuma das partes revelou o teor do acordo.

O tio de Curt, Gunnar Karlsson, de 92 anos, foi representado no tribunal por seu filho, Stig Karlsson.

"Estamos satisfeitos com o acordo. Felizmente isto acabou", disse Stig Karlsson, segundo a TV sueca SVT.

"Também estou satisfeito com o acordo. As duas partes ganharam, e ninguém perdeu", disse à SVT Torgny Tjernlund, o primo mencionado no testamento de Curt.

De acordo com o jornal Expressen, Curt Degerman foi, segundo familiares, uma criança inteligente, que no entanto abandonou a escola na adolescência em virtude de uma crise pessoal e optou por um estilo de vida alternativo.

Mesmo depois de se tornar um homem rico, acrescenta o jornal, Curt nunca gastava dinheiro: chegava a comer restos de comida das latas de lixo de restaurantes.

"Curt da Lata" morreu de um ataque cardíaco enquanto dormia, em outubro de 2008.

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terça-feira, março 30, 2010

quero muito

esse travesseiro em forma de fuzil AK-47 aqui.

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vencemos

e o dia começa com uma notícia de tirar o fôlego...

Superacelerador de partículas colide prótons e recria o 'Big Bang'

Genebra - Os cientistas do Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (Cern) conseguiram pela primeira vez nesta terça-feira, 30, colidir feixes de prótons dentro do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) a uma energia de 7 Tev (trilhões de eletronvolts), recriando uma situação similar a dos instantes posteriores do 'Big Bang', o início do Universo há 13,7 bilhões de anos.

O resultado, que se obteve após de duas tentativas frustradas, abre portas para uma nova fase da física moderna, pois permitirá dar respostas a diversas incógnitas do Universo e da matéria, segundo os cientistas do Cern.

Poucos minutos depois das 13h00 de Genebra (08h00 de Brasília), os quatro detectores gigantes do acelerador de partículas Cern, espalhados em pontos distintos do túnel de 27 km de extensão que forma o superacelerador, registraram os choques dos feixes de partículas lançados em direções opostas.

O diretor-geral do Cern, Rolf Heure, expressou muita alegria e excitação com o que classificou de "início de uma nova era para a física moderna", em declaração transmitida por videoconferência do Japão, onde está de passagem.

"Esta experiência abre um horizonte para obtermos novos conhecimentos do Universo e dos microcosmos, porém isso não será imediato", afirmou Heure.

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segunda-feira, março 29, 2010

linear

essa Heloísa tinha mesmo razão...

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domingo, março 28, 2010

pacífico

oi, tudo bem? não marquei muita presença por aqui esse final de semana, um tanto atípico e que coroou uma semana também atípica. como disse uns dias atrás, decidi que iria usar os dias úteis para fazer algo da minha vida social, e dedicar os finais de semana para dormir, comer e ler, nessa ordem.

sexta-feira rolou a festa de aniversário do Ricardo Henrique, uma comemoração em sua penthouse, na 315 norte: com uma sala enorme e duas banheiras (!!!), sendo que em uma cabem quatro pessoas (!!!), o apartamento será devolvido daqui a uns dias, então a festa também foi uma despedida do lugar. cheguei às onze, ao lado do João Paulo e de uma garrafa de rum prata Bacardi, encontrando uma série de gente conhecida e uma outra de gente desconhecida. meu plano era ficar até duas e meia da manhã, para ver o treino da Fórmula 1, mas saí de lá três horas depois disso.

e aconteceu muita coisa legal:

- o X-Factor foi para a cozinha preparar coquetéis, e estavam todos muito bons, à exceção de um cor-de-rosa, que carregava suco de oxicoco e era a coisa mais doce já feita desde a capa do "Loveless", do My Bloody Valentine;
- na sala, a tevê passava um filme emendado no outro, todos sem áudio. o único que consegui reconhecer foi "Pierrot Le Fou";
- o som era colocado em um volume mais baixo que a conversa dos presentes, para não importunar os outros moradores. não me lembro de nenhuma das canções executadas, mas me lembro de várias discussões;
- Lauro Montana negava a todos os presentes que sairá candidato a deputado distrital, a despeito de ser o cara que mais conhece pessoas em toda Brasília;
- no quarto do anfitrião funcionava um chill-out lounge movido a uma lista aleatória do Windows Media Player, com um pufe e a cama servindo para recosto dos presentes. se você chegasse lá e visse menos de cinco pessoas na cama de casal, alguma coisa havia de errado;
- logo na entrada, um cartaz dava as boas-vindas aos convidados e explicava, em três linhas, como se portar na festa. na linha de baixo, um aviso em garrafais advertia: "ISSO AQUI NÃO É A LANDSCAPE";
- notório ladies' man, Ricky Henrique encarregou-se de garantir um belo visual feminino, e eu conhecia menos da metade das moças presentes.

daí que, como estou acostumado a acordar às 6:30 da manhã, não a dormir a esse horário, dei umas três dormidas no volante na volta do Lago Norte - fui levar o JP lá e quase me dei mal voltando no Eixão norte. felizmente, nada aconteceu. perdi o sono bem cedo no sábado de manhã, e fui almoçar com meu sócio nesta farra no Zuu. nunca tinha ido lá, e gostei:

- no couvert da entrada, a manteiga com ervas tem o mesmíssimo gosto do... cheeseburger do McDonald's. eu juro;
- o entrecôte com fritas do prato principal é sensacional, e não lembro de ter comido um molho tão gostoso quanto o desse prato;
- de sobremesa, um sensacional picolé de chocolate aerado. em outras palavras, é como tomar um Suflair a dez graus negativos, mas como se a consistência dele fosse a de um chocolate a quarenta graus positivos.

mais tarde, fui ao Ateliê de Confeitaria com a Luciana, mas não fui além de um (pequeno) pedaço de torta de chocolate crocante. foi tudo muito bom, mas eu não tinha as mínimas condições físicas de fazer mais nada no final de semana - exatamente como havia planejado :)

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Spiegelsaal

(para o aniversariante do dia)

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sábado, março 27, 2010

Ivan de pista

um americano comprou por US$ 500 uma BMW 1991 na Craigslist, maior página de classificados do país. com mais uma graninha, tipo US$ 3 mil, modificou o carro para deixá-lo de acordo com as especificações exigidas pela FIA para participar do WRC, o campeonato mundial de rali. arrumou um co-piloto (navegador) na hora, sem nem o conhecer, e os dois foram disputar uma prova no México, sem uma equipe de apoio - o carro era consertado pelo próprio dono, por meio de gambiarras, nos intervalos da participação.

ficaram em terceiro lugar em sua categoria, e se estivessem competindo na categoria principal teriam ficado em 23º entre 25 carros, pelo tempo cravado. ou seja, num esqueminha completamente Ivan de pista e sem treinar, ganhariam de dois competidores usando máquinas de US$ 400 mil. mas sério, quão sensacional é participar de um campeonato da FIA nesse esquema? o público soube da história e o piloto ficou três horas dando autógrafos depois que a corrida acabou.

a história completa tá no Jalopnik, para quem se interessou. e qualquer hora eu falo mais sobre "Ivan de pista", o apelido mais maneiro já cunhado na história.

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alvissareiro...

... é acordar no sábado, depois de uma festa e tanto, e dar de cara com essa notícia, devidamente deschavada pelo Reinaldo Azevedo aqui.

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sexta-feira, março 26, 2010

cruzamento

(para o mestre Felipe Chad)

Warren Buffett vestido de Axl Rose. nem na minha mente criminosa esta combinação poderia ter acontecido.

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dilema

estou aqui me arrumando para ir a uma festinha e eis que me surgiu um dilema: fui pentear meus cabelos e eles estavam extremamente cool na bagunça em que se encontravam. durante cinco minutos, pensei em sair à rua assim, mas o bom senso prevaleceu...

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101

cheguei agora há pouco para trabalhar e ali no começo da quadra o trânsito estava interditado, com quatro viaturas do Esquadrão Anti-Bombas na frente de uma repartição pública. claro que não tem bomba nenhuma, até porque já se passou meia hora e eu não explodi, mas achei legal... pelo menos houve alguma movimentação.

*

esqueci de comentar que ontem foi um dos melhores dias da minha vida. não foi só pelo fim de um problema em casa ou pela volta da Saab à produção, mas pelo simples fato de que deu tempo de tudo, mesmo eu tendo chegado em casa à uma e meia da manhã, vindo da balada. consegui dormir por três horas antes de ir à aula, e nela um dos professores passou o documentário "Sob a névoa da guerra", sobre o ex-secretário de Defesa dos EUA, Robert McNamara, e as lições das batalhas.

virei fã do cara, falecido ano passado. republicano, começou servindo a um governo democrata, o de John Kennedy, tendo renunciado à presidência da Ford para ir ao governo. não foram poucas as vezes em que vi nele, durante o documentário, um Roberto Campos da Defesa, e vou procurar material sobre o cara. a quem tiver a oportunidade de assistir, que o faça: vale muito a pena.

*

são raras as vezes em que lembro dos meus sonhos... tive um pesadelo hoje, envolvendo pessoas do passado e o trabalho. e que, único detalhe que posso revelar aqui, substituía nossas mesas de trabalho por outras que não passavam de carteiras escolares, daquelas de dupla que vemos nos filmes americanos, e colocavam essa pessoa para sentar-se comigo na carteira. foi horrível, mas felizmente acordei antes do final, que nem imagino como seria.

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quinta-feira, março 25, 2010

emocionei

e pela segunda vez no dia (a primeira foi com o assunto de família do post retrasado), meus olhos ficaram vermelhos.

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galeria



o Paulo Octávio já saiu do governo tem um tempo, mas nem por isso removeram esse pinxo, colocado numa placa na UnB.

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riqueza

(esse post se chamaria Camp David mas, ao contrário daquela vez, as negociações deram certo)

meu pai e minha irmã brigaram no final de setembro do ano passado. ela queria viajar para a Irlanda e tentar um emprego lá, morar na Europa etc. como fora uns estágios durante a faculdade ela nunca trabalhou, e como foi para lá sem fazer contatos na própria área, meu pai se opôs à viagem e cortou todas as formas de financiamento dela, que gastou todas as economias para ficar três meses por lá e depois voltar sem ter conseguido um trampo.

na época eu disse a ela duas coisas: primeira, que como meu pai a bancava, entendia a posição dele - o que não quer dizer que concorde com isso. segunda, que não me opunha à viagem mas, pela experiência profissional dela, não acreditava que fosse dar certo. dei uma ajuda financeira, dentro do que podia, e falei "vá lá e prove que eu estou errado". mas infelizmente eu estava certo.

ela voltou ao Brasil no início de janeiro, mas nada de voltar a falar com ele. orgulho ferido dos dois lados, cabeças com grau 9 de dureza na escala de Mohs, uma confusão que só... e zero diálogo. tentei, durante muito tempo, fazer as coisas saírem desse ponto, mas nada acontecia.

tem uma música do Morrissey de 1994 chamada "Hold on to your friends". apesar de já fazer uns dez anos que não acho que ele seja o cara, continuo levando muito a sério o que ele diz nessa letra, em especial a parte que diz "there are more than enough to fight and oppose, why waste good time fighting the people you love, who would fall defending your name?". é isso. e já faz uns anos que não brigo com meus pais, com as minhas irmãs, com os meus amigos.

lidar com o meu pai nem sempre é fácil, já que ele não tinha, em 1965 e na zona rural de uma cidade com 5 mil habitantes, a mesma abertura que os filhos têm para conversar com os pais hoje... mas depois que peguei o jeito, a coisa flui numa boa. enfim, encurtando a história: depois de um esforço diplomático dos grandes, envolvendo a esposa do meu pai, o meu tio Valmir, a minha mãe, a Ana Paula e eu, os dois voltaram a se falar ontem à noite, depois de seis meses. fiquei sabendo disso uns minutos atrás, e ganhei meu dia. esse post é só para contar do alívio que estou sentindo por conta.

(atualização às 13:25 - minha irmã acabou de colocar no MSN a frase "nunca mais deixo de ouvir meu pai")

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Banana Republic

Essa discussão é importante porque a internet traz muitas possibilidades para o consumidor e, a cada dia, surgem fatos para catalisar as relações de consumo. Há novos arranjos produtivos, além do uso da internet na educação e na democratização da cultura. Com tudo isso há uma potencialização das trocas simbólicas e já há uma sinalização da internet como serviço essencial.

(...)

A gente acredita que é o momento de se ter como base a criação de um novo paradigma para prestação do serviço de banda larga.


as falas acima são de um tal Guilherme Rosa Varella, pesquisador do Idec, em uma audiência pública ontem, na Câmara dos Deputados. e vai para ele o prêmio "Diarreia Verborrágica" do mês de março, já que o cidadão emendou uma platitude na outra e não disse nada.

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quarta-feira, março 24, 2010

voadora

é tão bom quando você quer dizer uma coisa e descobre que o Herbert Vianna já disse, melhor do que você, vinte e seis anos atrás...

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terça-feira, março 23, 2010

tipologia

fazia quarenta e oito horas que não ligava a tevê. estou emendando uma coisa na outra (daqui a quarenta e poucos minutos, aniversário da Mariana) e achando deveria aproveitar melhor meu tempo.

mas está divertido: teve a apresentação do Franz Ferdinand no domingo à noite (meu relatório completo está no blog do Thiago), um concerto maravilhoso no que diz respeito à banda. faltam-me palavras para descrever a diversão que foi. de lá, ficamos no bar até duas da manhã, e foi ao bar que voltamos na noite de ontem, depois que matei aula para assistir à colação de grau do Raposo.

parênteses: um professor dele aproveitou o discurso para atacar o modelo neoliberal. senti ganas de quebrar-lhe todos os dentes e depois partir para algo envolvendo motoserras, mas ele é velho, caquético e vai morrer logo... espero apenas que nenhum de seus pupilos o tenha levado a sério.

pelo menos saí mais cedo do bar, depois de apenas uma água com gás, já que tinha de acordar cedo hoje para ir ao BDSM à RPG, e de lá para o trabalho e de lá para a academia. no meio disso, cansei-me de ter as camisas manchadas e demiti a dods, depois de chamar a atenção dela várias vezes.

como amanhã e quinta-feira eu tenho aula, estava contando com a noite de sexta para dormir direito, mas Ricardo Henrique me convidou para um coquetel em sua casa, e vou passar o final de semana lendo os textos da pós enquanto estou acordado e sem nada na boca - com tanta agitação durante os dias úteis, meus sábados e domingos têm sido dedicados a comer e dormir...

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segunda-feira, março 22, 2010

arquiducado

Brasilia looks amazing, like the set of a science fiction movie. My crystal turned black a long time ago and it's time to Run.

Alex Kapranos, do Franz Ferdinand, sobre a cidade. lembrando que três anos atrás o Brian Molko disse na MTV que Brasília era "o cenário do Laranja Mecânica". (via Luciana)

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malemolência

a Bovespa abriu hoje em baixa, e a OGXP3 seguiu a queda. como ela já vinha de uma série de baixas (despencou 10% em coisa de dez dias), aproveitei e virei sócio do Eike Batista. agora é só esperar chover fato relevante na minha horta.

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domingo, março 21, 2010

frase do dia

"a abóbora tá dando um baile em mim" - Mayara, cozinheira bissexta, tentando fazer alguma coisa com um jerimum e que não sei o que é. (via Talita)

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dono-de-casa

tem um restaurante ali na 304 sul, o Armazém do Jera, e ali tem uma comida boa. não digo maravilhosa, mas pelo menos honesta, por mais que eu deteste esse adjetivo para definir coisas - só pessoas, por favor. e apesar de a comida ser bem razoável, é um lugar horroroso. hoje almocei ali, na parte da calçada, já que hoje faz um calor satânico no Distrito Federal. e em meia hora veio um palhaço (sim, palhaço, vestido a caráter e tudo mais) pedindo dinheiro e quatro pivetes vendendo DVD. mas as pessoas que comiam nas mesas ao lado pareciam, todas elas, emitir más vibrações.

diante disso, agora só como no Armazém do Jera se for por delivery.

*

sem nada pra fazer, fui até o final do Eixo Monumental e voltei, dei 140 km/h na L4 Norte (não façam isso, crianças) e voltei. no meio disso, fiquei com vontade de ouvir o "Favourite worst nightmare", dos Arctic Monkeys, e vi que era hora de comprá-lo. esse Alex Turner, vocalista deles, é um Jeff Tweedy malaco, embora fale um pouco menos de relacionamentos e um pouco mais das outras coisas da sua vida, tipo o Thom Yorke dos dois primeiros discos. esse segundo disco é especialmente bom porque foi nele que o Alex aprendeu a cantar, e o Josh Homme ainda não tinha aparecido para goianar a produção.

se isso não for o bastante, o disco tem duas sequências antológicas: a das cinco primeiras músicas e as duas últimas. a Lisa gosta bastante da segunda metade dele, e eu confesso que ainda não ouvi as faixas 6 a 10 com a devida atenção. mas se ela diz, e se o resto do disco é de um nível altíssimo, não tenho nem que contestar.

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saindo da Livraria Cultura, onde peguei o cd, passei na Tool Box e tive meu momento dono-de-casa: comprei um faqueiro para substituir o meu, um chinês sem-vergonha que comprei no Wal-Mart, uns anos atrás, e que já está se desintegrando; copos para uísque, que eu vergonhosamente ainda não tinha; e uma caneca escrito "moo!" - acho mó legal a interjeição bovina. mas nem vou colocar Ovomaltine dentro... vai Coca-Cola Light Plus mesmo.

aliás, olha que coisa aristocrática: nome composto e sobrenome duplo. esses refrigerantes de hoje em dia...

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sábado, março 20, 2010

pergunto:

oops oh my

ontem, por volta de onze da noite, escutei uma sirene, e ela ficava cada vez mais intensa, até o ponto em que parecia estar a uns cinquenta metros de casa. abri a porta, fui ao corredor do bloco e vi que havia um carro dos Bombeiros parado ali embaixo, com gente entrando e saindo pela porta de serviço.

não entendi o que era mas, como não vi labaredas subindo até o sexto andar, tampouco meus vizinhos devem saber o que é gás mostarda ou ácido cianídrico, voltei para dentro e continuei a vida. hoje cedo perguntei ao porteiro o que tinha acontecido, e era realmente um vazamento de gás... mas o de cozinha. coisa leve, ninguém desmaiou. "nem sei porque os Bombeiros fazem tanto barulho para esse tipo de coisa", disse ele.

essa história não tem nada de mais, mas na hora eu fiquei boladão.

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minha camiseta do Ladytron, tamanho G, ficou grande demais. qual a solução? deixar de usar a única camiseta de banda que já usei em toda a minha vida? nah, comprei uma tamanho M. quem sabe a maior não vire pijama...

junto com a camiseta, uma segunda cópia do primeiro disco do Suede, já que a minha desapareceu misteriosamente e, como todo mundo sabe, não ter todos os álbuns deles é uma falta grave.

*

esqueci de falar do a-ha, não é? pois bem: foi uma bela apresentação, apesar de o Patrick Swayze Morten Harket estar com a garganta inflamada - coisa pela qual ele se desculpou e pediu ajuda à plateia para cantar. como já sabia de antemão, o setlist foi em contagem regressiva, começando com o último disco e tocando as músicas do "Hunting high and low", o primeiro, no bis.

as músicas novas são surpreendentemente boas, fiquei com vontade de ouvir os discos que ignorei. mas na hora em que começou "The blood that moves the body" - a primeira da fase clássica -, senti um arrepio. que se estendeu por "Crying in the rain", cuja letra eu não sabia que sabia, "The living daylights", com um arranjo que misturava as duas versões, e por aí foi.

mas a minha grande satisfação foi ver que tenho razão em uma coisa: enquanto "Hunting high and low" entrou com três músicas e "Stay on these roads" entrou com duas e meia*, o meu disco preferido deles, "Scoundrel days", entrou com SEIS. achei fantástico, e olha que ainda deixaram de fora "The soft rains of April" e "Maybe, maybe", que foi hit na... Bolívia.

tinha tudo lá: fãs fanáticos, presença de palco, sucessos que minhas filhas vão cantar em 2035. mas o principal da noite foi lembrar como é bom uma banda com repertório: os três primeiros discos do a-ha são uma aula de como fazer pop. e, como eu disse uns dias atrás, nenhuma outra banda de pop eletrônico da década, nem mesmo o New Order, tem um disco como "Scoundrel days" - só o Depeche Mode, e só com o "Violator", tem as manhas de chegar perto.

não à toa, quando a Warner lançou os primeiros cds no Brasil, em 1987, não escolheu um campeão de vendas de seu catálogo, como o Frank Sinatra, tampouco um artista nacional consagrado, como o Gilberto Gil: eles foram de a-ha. e, com os noruegueses, foi a última vez em que o Brasil (a massa) gostou de pop internacional de qualidade.

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será que eu aguento cinco semanas da nova fase da dieta? God give me strength...

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sonho

não parece, mas gosto de relógios. mais do que deveria, inclusive. e de todos os relógios das grandes marcas, existem três que me deixam especialmente fascinados, todos muito simples: o Explorer I, da Rolex; o Calatrava, da Patek Philippe; e o Português, da IWC. cada um com sua história (praticamente todos os grandes relógios têm uma história interessante por trás de si) e com seus valores - em qualquer sentido que isso possa ter.

mas a Rolex havia abandonado o Explorer I, um de seus modelos mais clássicos. fazia aí umas duas décadas que ele era vendido sem nenhuma alteração, nem mesmo de tamanho. e enquanto a Omega se dava bem com seu Seamaster em três tamanhos e várias cores, sua rival tinha apenas duas ofertas para quem quer um relógio razoavelmente barato e que servisse para qualquer momento: o Submariner e o Explorer I em tamanho único, muito pequeno.

e todos esses fabricantes de relógios lançam seus modelos novos em uma única época do ano: a feira da Basileia, entre março e abril. eis que entro na página da Rolex agora cedo e tá lá: novo Oyster Perpetual Explorer I em tamanho 39mm, três a mais que o atual e mais de acordo com os relógios modernos.

parece até que ouviram meus pedidos. o relógio mais simples e direto, da marca mais confiável do mundo, agora no tamanho certo. que vontade de sair daqui e comprar um...

ah, a história do Explorer I? ele estava no pulso do Tenzing Norgay, que ao lado do Edmund Hillary foi um dos dois primeiros homens a chegar no topo do Everest.

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sexta-feira, março 19, 2010

habitat

hoje não tem nada, estou acabado. podemos deixar para amanhã?

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quinta-feira, março 18, 2010

classificados

a Popbitch de hoje reporta a existência do emprego dos meus sonhos:

Mercedes-Benz employs a full-time sniper. It has an armoured car division, with one shooter to test various bits of armour and bulletproof glass.

passar o dia atirando em Mercedes, para depois ir embora dirigindo a minha, intacta. não é perfeito?

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moleza

ontem subi a 202 Sul logo atrás de um feíssimo e raríssimo (no Brasil) Ford Tempo. do lado direito da via, um Chrysler 300C estava parado em fila dupla, enquanto do lado esquerdo, na mão contrária, um manobrista cuidava de um BMW série 7.

adoro ver banheiras exóticas ao mesmo tempo.

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volátil

ligaram na TV Câmara, aqui do lado, para ver se um projeto de lei que nos interessa será votado hoje, depois de dois anos de chove-não-molhas. enquanto ele não é liberado, sobe um parlamentar atrás do outro à tribuna e rola uma diarreia verborragica. ouvi dois minutos e fiquei de mau humor, aí botei um dEUS para relaxar, nos fones de ouvido.

*

você já teve a sensação de que está tão cansado que as tarefas mais comuns parecem que estão saindo/acontecendo por pouco, tipo se você fosse desabar logo depois? tive disso ontem, e foi estranho. pelo menos deu tudo certo... e hoje está tranquilo.

*

alguém a fim de fechar um bonde para almoçar na Fogo de Chão, esse final de semana? tô com uma vontade sinistra de voltar lá, tem uns dois anos que não vou... Ivens, você vai estar aqui pelo Planalto?

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quarta-feira, março 17, 2010

bandeirada

terça-feira, março 16, 2010

tenso

oi, tudo bem? passei aqui para dizer que admito, numa boa, que estou sendo negligente com este blógue.

que faltam textos mais desenvolvidos, além de notícias absurdas e notas curtas, e que a gente quer é sangue. concordo plenamente, assino embaixo.

infelizmente não será hoje que vou escrever um texto mais desenvolvido, porque daqui a pouco vou para a apresentação do a-ha (o nome deles é grafado em minúsculas). mas esse show pode render um post legal depois, ainda mais pela minha expectativa.

assim como o Ferrorama, o Nescau e o Escort XR3, o a-ha faz parte da minha memória afetiva. mas, deixando isso de lado, dá para dizer uma coisa: os caras são bons. "Scoundrel days", o segundo disco (isso é 1986), é uma das melhores coisas de pop eletrônico já lançadas. é como um Depeche Mode sem a depressão, ou um New Order suave. coisa de classe, de gente que sabe da importância da sutileza.

sutileza nos leva ao vídeo abaixo, que não é do a-ha, mas de um projeto lounge chamado Blue States. a música se chama "Your girl", e foi descoberta agora há pouco, ouvindo a Lounge Radio suíça. uma letra simples e dita com leveza, mas pesadíssima e sem rodeios. então, até mais tarde, e comportem-se.

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segunda-feira, março 15, 2010

arre

só para não deixar passar em branco: hoje, oficialmente, a Nova República completa vinte e cinco anos. um quarto de século desde que Figueiredo não passou a faixa para Ribamar.

e tudo parece como dantes... mas qualquer dia falamos a fundo sobre isso.

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urrú

e a notícia do dia acaba de chegar: depois de um intenso leilão para ver quem levava seu passe, Talita foi contratada pelo Itaú BBA, provavelmente para deschavar a compra do Banamex, ensaiada ano passado. boa!

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fuzil

a edição do "Maskate" de hoje está imperdível. vejamos um destaque da seção "Boletim de Ocorrência":

O bom partido

Sendo macho, viril, inteligente (para o nível dos toscos), engraçado e ainda provedor, o lavador de carros, José Francisco Souza Gomes, 29, é considerado um partidão e por isso foi tão difícil sua separação na tarde de ontem, no bairro São José, zona Leste. Ao chegar com sua patroa e dizer “Não te quero mais”, José não esperava deparar-se com o próprio Satã na terra, em quem sua mulher se transformou na hora. A desocupada e cachaceira, Lohane Costa Carvalho, 26, tentou trucidar o maridão no meio da rua com um singelíssimo terçado. Policiais militares acabaram tendo que recolher os infelizes e conduzi-los até o 9º Dip, onde contaram toda sua história de amor ao delegado, que estava achando tudo uma grande idiotice.

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domingo, março 14, 2010

grembiule

(um cara e uma menina bonita conversando, agora há pouco)

"- e a mudança?"
"- ah, tô faz seis meses no apartamento novo, tá legal demais. você me disse que também ia mudar e vir aqui pra perto..."
"- pois é, tô esperando vagar, vai ser no final desse mês. é bom que é perto do trabalho, vou poder vir à pé, estudar mais, quem sabe até curtir um cachorro..."
"- cachorro?"
"- é. eu tenho vontade!"
"- não fale isso muito alto por aqui."
"- por quê?"
"- senão uns dez clientes aqui vão começar a latir."

*

voltei no nutricionista na sexta-feira, para ver os resultados do primeiro mês. foram 30 dias de dieta, tomando suco de argila duas vezes ao dia, malhando pra rachar com whey protein na sequência. deu resultado: quatro quilos menos, 3,6% de gordura a menos no corpo.

mas não, o chumbo grosso não acabou. parece que está só começando, inclusive. só que, como todo sábado é dia de sair da dieta, ontem fui comemorar os resultados da minha fazendo o máximo de estrago possível. adoro fazer isso, pena que eu nem aguente mais.

*

acordei cedo para ver a Fórmula 1. ia dar Vettel, mas deu Alonso, só que o mais importante foi ver que o Felipe Massa está recuperado do acidente. esse ano ele será campeão, podem anotar. afinal de contas, é o melhor piloto brasileiro pós-Ayrton Senna, sem qualquer possibilidade de contestação, e merece demais.

*

Sempre sonhei em dizer "Eu que ganhei o prêmio, não o Brasil. Não comemorem, vocês aí." - Lord Ass, contando o que diria caso ganhasse o Oscar. se um dia eu levar um, ou então o Nobel, juro que digo o mesmo.

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sábado, março 13, 2010

nota dez

queria ter esse tipo de raciocínio. o cara deve ter pensado "já estou ferrado mesmo, vou ter prazer"...

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repasto

não que ande faltando tempo para escrever. isso eu tenho de sobra. o problema é que eu não estou sabendo como escrever. e parafraseando Jeff Tweedy, quando esqueço como falar, eu posto vídeos.

o primeiro é esse do She & Him, para o primeiro compacto do disco novo da dupla, “Volume Two”, que será lançado semana que vem. a música se chama “In the Sun” (nota 7), e o clipe é um grande High School Musical com bambolês. mas o que mais me revolta nesse clipe é como a Zooey Deschanel consegue ser tão indecentemente linda.

(post do Gabriel. como eu não estou sabendo como escrever, publico o que os outros escrevem, ainda que eles também digam que não estejam sabendo)

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sexta-feira, março 12, 2010

sagu

vi um Lamborghini Gallardo conversível, branco, ontem à noite, na 407 sul. além de seu desenho bastante chamativo, que me faz pensar em "origamis de metal feitos para pessoas que querem sair por aí com melancias penduradas ao pescoço", o carro chamava atenção por estar na cor que mais ressalta seus traços, o branco.

mas confesso que fiquei mais interessado mesmo foi nesse novo kebab da 208 sul, já que a decoração é igualzinha às casas de churrasco turco na Europa: placas enormes com fotos dos pratos, um corredor estreito para receber os clientes e aquelas divisórias enormes de vidro entre você e os mestres kebabeiros. de quebra, o lugar tem um drive thru alentejano: você estaciona em fila dupla na comercial da quadra e faz o pedido. um funcionário te cobra ou leva a máquina do cartão de crédito, enquanto o pessoal de terra da companhia processa sua encomenda e depois te leva o pacote no carro.

não sei se acho isso genial ou uma afronta ao trânsito na Asa Sul.

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quinta-feira, março 11, 2010

deslize

essa matéria pergunta: estilo ou gafe? por um lado, é bom registrar que cerimônias oficiais pedem discrição, por isso gafe. por outro, é a Carla Bruni, então gafe seria não deixá-la ser Carla Bruni, ou seja, cheia de estilo. então é as duas coisas ao mesmo tempo.

e olha a cara dela, na segunda foto, de quem vai aprontar assim que voltar pro hotel...

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haplodiplobionte

Heloísa me diz que eu parei de comer frango porque isso, inconscientemente, é canibalismo, já que meu signo do horóscopo chinês é galo.

por isso é que eu adoro meus amigos.

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quarta-feira, março 10, 2010

greed is good II

Não existem dados infalíveis que comprovem ou desmintam o aquecimento global. Tampouco que esse mesmo aumento nas temperaturas acabará causando uma sequência apocalíptica de fenômenos naturais destrutivos. Mas as diferenças entre os sismos do Chile e do Haiti – e, sobretudo, entre suas consequências – dão espaço para reflexões. Alguns propõem paredes feitas de bambu. Eu proponho um pouco mais de ganância.

Tomás Adam, concluindo um belo texto sobre o terremoto do Chile, com um terceiro parágrafo daqueles que eu teria dado um rim para ter escrito.

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terça-feira, março 09, 2010

esfoliante

(...) Olho ao meu redor entre a apresentação de Sebastian Bach e a do Guns N’Roses: apesar de vários técnicos judiciários, analistas administrativos e caixas do BRB darem as caras por ali, também tinha muita molecada. Gente que ainda não havia nascido quando saíram os dois volumes de “Use Your Illusion”, ou então estava nas fraldas. Fiquei me perguntando se avançamos algo nesses vinte anos: em 7 de março de 1990 o presidente era Sarney, que passaria a faixa para Collor dias depois. Hoje o alagoano retornou triunfalmente ao Senado, enquanto o maranhense é senador há exatas duas décadas. Vendo a devoção da garotada ao hard rock farofa daquela época, tenho minhas dúvidas se a redemocratização e o avanço no IDH do país de lá para cá não passam de caô.

fiz um texto para a Popload falando do concerto do Guns n'Roses que rolou anteontem, já está no ar (veja no final do post de hoje, 9 de março).

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permafrost

ainda bem que curiosidade não mata. senão eu já estaria há alguns dias duro e gelado no chão.

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segunda-feira, março 08, 2010

Ócsa

- três horas de sono
- uma barba feita
- café da manhã seguindo a dieta, com um suco de argila pouco depois
- uma pauta organizada
- três consultas atendidas
- almoço seguindo a dieta
- a sensação de ser um zumbi, por causa da noite mal-dormida
- uma reunião chatíssima (mas razoavelmente importante) na Câmara
- um plano do mal pensado pela chefe
- correspondência lida
- o retorno às aulas
- uma palestra muito boa
- oito textos redigidos em uma hora.

no meio de tudo isso, algumas sensações ruins, mas que passam. nada irremediável, felizmente, e um oceano de coisas ainda por serem descobertas. por mais que o copo tenha passado o dia meio vazio, a jarra continua meio cheia.

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razão

(não queria fazer mais um post sobre música, mas saiu)

a coluna do Álvaro Pereira Júnior na "Folha de S. Paulo" de hoje está maravilhosa, por motivos que eu me nego a comentar aqui mas que vieram à minha cabeça na noite de ontem, assistindo o Guns n'Roses (sim, eu fui, mais tarde escrevo algo sobre).

segue um trecho revelador:

Fico mal com toda essa animação pela volta do Pavement, banda indie dos anos 90. Sempre que organizo meus CDs, fico espantado com a quantidade absurda de discos que tenho desses caras.

Porque, na boa, o Pavement não tem nem três músicas boas. Sempre foi fraco ao vivo. E é, se não me engano, de Stockton, Califórnia, um fim de mundo em que a única coisa a fazer é fugir o mais rápido possível.

Voltei no tempo uns mil anos, quando, entusiasmado, eu escrevia para a Ilustrada uma reportagem sobre a série japonesa "Ultraman". Um sujeito ao meu lado, pouco afeito ao pop, fuzilou: ""Ultraman'? Incrível como qualquer porcaria, depois de uns anos, vira cult".

Hoje, o Pavement me fez dar razão para o cara.


tive uma professora de inglês nascida em Stockton. pelo sotaque hillbilly dela, e pelo jeito como falava da cidade, é assim mesmo. e as músicas boas do Pavement realmente são três: "Here" (melhor na versão dos Tindersticks), "Serpentine pad" e "Cream of gold", que é a única espetacular.

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domingo, março 07, 2010

vácuo

e o rei dos pregos, Mark Linkous, conseguiu se matar (da outra vez que tentou, em 1996, ressuscitou depois de dois minutos). uma pena, e como disse a Isabela, 2010 tá f***. vai abaixo o vídeo da minha música preferida do Sparklehorse, "Gold day".

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sábado, março 06, 2010

falhamos II

na falta de um bom filme nos Telecines, coloquei na Fashion TV. em um desses programas de abordar transeuntes na rua e perguntar o que estão vestindo, pararam uma menina em São Paulo e perguntaram a uma menina sobre o que ela usava naquele momento, e a primeira frase dela foi "eu tô aqui na Oscar Freire de férias mas na verdade eu moro em Londres..."

te perguntaram onde você mora, minha filha? te perguntaram em que rua você está? não. parece um negócio banal, mas juro que senti vontade de jogar uma bigorna no meu televisor. ainda mais porque logo depois disso ela falou que metade das coisas que ela usava naquele momento eram da Zara.

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Hércules

estou torcendo aqui pela Ana Paula e pelo Otto, que nesse final de semana têm provas importantes pela frente. e convoco vocês para torcerem por eles, como torcemos pelo Jonas uns dias atrás. vamos lá, galera: vai dar tudo certo.

*

mês passado rolou mais uma edição da Integra, a gincana envolvendo os estudantes de engenharia da Poli, da USP. até onde sei, é uma habilitação contra a outra, não tenho certeza.

mas o que importa é que todo ano a comissão organizadora monta uma lista de tarefas tão hercúleas quanto estapafúrdias e impossíveis de serem cumpridas. meu caro amigo Fábio pôs as mãos na lista desse ano e me enviou (parte 1, parte 2, parte 3 e parte 4).

*

a Lisa colocou um vídeo de "505", do Arctic Monkeys, no blógue dela. até o mês passado eu achei que era o único a gostar muito do final do "Favourite worst nightmare", mas primeiro descobri que o Lúcio toca "Old yellow bricks", agora essa. e o disco é realmente bom.

*

roupinhas de bebê do Bill Murray (aqui e aqui)? ótimo. nunca é cedo demais para que as crianças tenham as influências certas.

*

uma hora atrás, quando comecei a atualizar o blógue, estava preocupado com a falta de assunto, que parecia um problema crônico. agora estou olhando o tamanho que os posts ficaram e constatando que não ficou mal. essa semana recomeçam duas coisas: as aulas na escola de lobistas e o trabalho de verdade (de fevereiro até agora foi só aquecimento).

mas nem por isso os trabalhos aqui serão diminuídos. ao contrário, eu quero escrever mais. é por essa vontade de escrever mais que não consigo ter um twitter, é por essa vontade de escrever mais que não vejo a hora de ter uma ideia para o segundo livro - uma hora ele fatalmente sairá. por ora, cá estamos.

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505

oi, tudo bem por aí? meu corpo está cansado, por isso não tenho escrito aqui como deveria. esse "deveria" quer dizer posts grandes e de conteúdo próprio, mas para fazer isso eu não posso estar cansado, e ainda por cima preciso viver, já que tem que ter assunto.

mas bem, como hoje é sábado, vamos escrever um pouco. as novidades, por enquanto, são as seguintes:

- meu treinador passou uns abdominais laterais na segunda-feira, e eu os fiz. já são cinco dias de dor e, achando que era minha tradicional dor lombar, tomei uma oxicodona. depois vi que não era, mas aí já era;
- aproveitando o dia livre na dieta, fui comer uma feijoada com @futebolamanha, @contosdagabi, @claudiochad e @franciscopenna no Carpe Diem. tradicionalmente boa, mas a companhia é ainda melhor;
- saindo de lá, me deu vontade de dirigir sem rumo, e fiquei oitenta quilômetros nesse esquema, sem sair de Brasília e me divertindo, como numa ultrapassagem sobre um furgão, no lado externo do Lago Norte. uma delícia, ainda que meu carro não seja nem de longe um esportivo;
- caiu mais uma daquelas chuvas sinistras aqui: tão oblíqua que parecia cair de lado. foi pouco depois que parei o carro embaixo do bloco, o que é uma pena: adoro dirigir na chuva, mesmo só tracionando duas rodas. tirei umas fotos da chuva, mas não parecem ter ficado muito boas. alguém quer ver? posso colocar aqui, se for o caso;
- semana passada coloquei a capa do "There is love in you", do Four Tet, e comentei que o nome do disco e a capa eram os melhores do ano. ótimo. só que por ora o disco do ano é o "IRM", da Charlotte Gainsbourg. não tem nada a ver com o anterior, "5:55", e mesmo assim consegue ser maravilhoso.
- e por falar no "5:55", um dos cinco melhores discos dessa década, só agora fui prestar atenção na beleza de "Morning song", essa pérola aqui de baixo:



so tell your lie to me
how in the morning everything will be alright
yeah but to get to the morning
first you have to get through the night


já volto, meu amor. promete que vai ficar bem?

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sexta-feira, março 05, 2010

falhamos

da coluna do Lauro Jardim, hoje:

Canal dos concurseiros

Assessores do STF reúnem-se hoje em São Paulo com representantes da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) para discutir detalhes da transmissão do segundo canal da TV Justiça nas emissoras por assinatura.

O novo canal, que se chamará “.jus”, estreará em 23 de março na TV Digital. A NET já concordou em transmitir a programação e outras operadoras também devem aderir.

O canal será voltado para os concurseiros, com programação focada nas aulas temáticas de cada um dos diversos ramos do Direito.


acho que é a coisa que mais me desanimou desde que li "Raízes do Brasil", cinco anos atrás.

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milhagem

Lufthansa dando um milhão de milhas para quem der o melhor nome para o novo Airbus A380. uma boa promoção. aí vem a observação: um milhão de milhas na primeira classe.

aí é a promoção perfeita.

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quinta-feira, março 04, 2010

come together

We have, in our first 100 days plan, incorporated a very strict outline covering "in which countries do we need to set up what?"

There are potentially mature markets like Canada that are currently not serviced. There is Brazil. India. China. Australia. There are so many areas where we have very little, or insufficient representation. In the first 100 days, we want to put that right. We want to use the momentum that is currently there for the brand. So many people have expressed interest in being our representatives in those countries. But we have to assess them carefully so as to avoid mistakes. Appointing a distributor that doesn't live up to your expectations can be worse than not having any representation because you have to un-do the damage that was caused by making the wrong appointment.

So there's so much we have to do in this respect. This is all part of the first 100 days plan.


Victor Muller, presidente da Saab, me fazendo abrir um sorriso no rosto só por saber que o Brasil existe e que ainda não tem representação da marca. cheguem logo, por favor!

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brinquedo

(daquelas coisas que só acontecem comigo...)

fui ontem com o João Paulo à Toranja, no Balaio Café. não podia ficar lá por muito tempo (a festa vai até três da manhã), já que tinha de estar na Telerj às oito, então pedi ao JP que me levasse em casa por volta de meia-noite. a festa estava muito legal, contando com a presença do Márcio, do Tiago, do Thiago e de mais gente boa, até que, por volta de meia-noite e meia, já estourado o meu tempo de permanência, quando passou uma menina e me deu uma encarada top-bottom, dos meus cabelos até a ponta do meu tênis.

como àquela altura eu já estava sonhando com a minha cama, fiquei apenas impressionado, mas me mandaram ir atrás da moça na pista de dança, que fica no subsolo. como assertividade não é meu ponto forte, chegaram a me empurrar até a beira da escada, para que eu fosse lá. desci, mas ia só ver quem era a moça, no máximo cumprimentá-la - preciso ter algumas informações extras antes de passar desse ponto.

problema: eu sou um péssimo fisionomista. sou bom para datas (sei a da minha formatura do colegial e a do meu primeiro beijo, por exemplo), para números e decorebas em geral (ainda sei a tabela periódica de cor, à exceção da série dos lantanídeos depois do gadolínio). mas para rostos, sem chance.

dito isso, é claro e evidente que não lembrei da cara dela quando cheguei lá. mas ela não tinha me comido dois minutos atrás? tinha. só que eu nem prestei muita atenção. sem saber quem abordar, achei melhor enrolar mais dois minutos antes de subir. não vi ninguém na pista de dança e fui perguntar ao Ivan, organizador da Toranja e DJ residente, se era ele quem estava lá.

e o Ivan estava na pista, conversando com uma menina. como a conversa parecia séria, não quis interromper e fiquei ali do lado aguardando a minha vez. depois de um minuto, perguntei a ele quem estava dando som. enquanto isso, a menina me olhava com cara de "e agora, babaca, vai fazer o quê?", como se querendo tirar satisfação comigo. não dei bola, já que há gente mal-humorada em qualquer canto, e subi ao nível da calçada depois que obtive resposta do Ivan.

quando estava subindo as escadas caiu a ficha: a mal-humorada é uma menina com quem tive um rolo absurdo há coisa de cinco anos, coisa que nem vale a pena lembrar - mas que ela lembrou em janeiro e me procurou, querendo uma massagem no ego. quando li aquilo, disse logo que não tinha vontade nem interesse de falar com ela, e depois de três dias me azucrinando ela finalmente parou.

aí ontem eu simplesmente não a reconheci. não foi soberba minha, mas nem se fosse teria dado um resultado tão bom. contei a história para a Carol, agora cedo, e ela não acreditou, acha que estou mentindo porque a moça "é marcante demais" e não se parece com nenhuma outra conhecida nossa. pode até ser, mas minha capacidade de percepção fisionômica é nula e, melhor de tudo, estou me sentido o máximo por isso... hahahahahahahaha...

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quarta-feira, março 03, 2010

#48

cadê todo mundo?

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resenhismo

a pedido do mestre Alexandre Petillo, minhas considerações sobre os filmes vistos no último domingo ("A fita branca", "Amor sem escalas" e "Educação") foram publicadas no Madrugada Vanguarda... então prestigiem.

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tô devendo email

tenho vergonha e vou pagar tudo hoje

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terça-feira, março 02, 2010

debate

if you had two heads, would you be twice as smart or twice as stupid?

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engraçadinho

agora há pouco, na abertura da transmissão do jogo da Irlanda com o Brasil, em Londres, a câmera da tevê focalizou a arquibancada; lá havia alguém segurando de forma bem visível um cartaz escrito "LSE SUCKS", em letras garrafais. estou na dúvida se a LSE em questão é a Escola de Economia de Londres, prestigiada instituição de ensino, ou se a Bolsa de Valores de Londres. e agora?

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malvegità

olhei para esse Lincoln MKS, que por fora é idêntico ao original mas foi preparado para render 435 cavalos, ante os 355 originais, e pensei: "esse aqui é pura maldade sobre rodas".

mas mesmo assim eu quero um.

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segunda-feira, março 01, 2010

projeção



ontem entrei no cinema às 16:15 e saí às 23:15, depois de ver esses três, praticamente um atrás do outro. mais tarde, algumas considerações sobre eles.

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