segunda-feira, fevereiro 26, 2007

além-mar

vi o clipe de "Lucky", do Radiohead, pela primeira vez. vi também uma montagem do "Matrix reloaded" com "Airbag" e legendas em castelhano.

procurando mais um pouco, achei uma outra montagem, dessa vez com o "Romeu e Julieta" do Zefirelli e "Exit music (for a film)".

cláusula

uma reunião hoje cedo, e meu futuro pode mudar.

um projeto um pouco longe daqui (mais perto se a reunião der certo), e meu futuro também pode mudar.

uma resistência aqui - não tenho o que dizer a ela - e as coisas não mudam.

uma espera também por perto - nada a declarar - e aquela coisa do binômio espera/esperança me machucando o coração.

estou falando em código? desculpe. não tenho mesmo o que dizer.

domingo, fevereiro 25, 2007

bar Italia

então eu fui, com vários casais, ao bar que foi considerado pela Veja o "melhor bar para ir a dois" de Brasília, mas eu estava sozinho.

acho que sou masoquista.

mas havia ontem, no tal melhor bar para ir a dois, uma menina muito parecida com ela, de rosto pelo menos. era mais alta e mais pesada, mas o rosto, à exceção do nariz, era muito como o dela. e eu, que não devia dar a mínima atenção, acabei dispendendo uns vinte minutos olhando de leve para esta cover - que estava, claro, acompanhada. fiquei quietinho e esperei que a cópia fosse embora.

para então ficar pensando na original.

sem fio

existe algo que se possa esperar de um dia como hoje?

sábado, fevereiro 24, 2007

experiência

já tive, mais de uma vez, a impressão de que não ligo para as pessoas, de que não estou nem aí para elas.

deve ser verdade, a julgar pelo que minha apatia acabou de fazer com uma menina que trabalha comigo: por ela convidado a sair "de galera", declinei. sinto muito, não estou interessado em confraternizar. acho que não estou interessado em nada.

(nota: primeiro post escrito em meu notebook)

por favor

se alguém aqui se considera meu amigo: me dope, me coloque sentado nesta cadeira, pegue as três correntes que estão aqui do lado e me amarre bem. imobilize meus membros e passe o cadeado. eu não posso fazer essa besteira.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

I

(...)

Seja o que for, era melhor não ter nascido,
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.

(...)


Álvaro de Campos, nas Ficções do Interlúdio

checklist

- televisor
- aparelho de DVD
- notebook
- sofá 2 lugares
- mesa de refeições, quatro cadeiras
- mesa de apoio
- rack
- fogão com grill
- geladeira com degelo facilitado
- depurador de ar
- máquina de lavar roupas
- liquidificador
- George Foreman Grill

tudo isso já vai fazer parte da minha casa. mas calor humano, infelizmente, ficou de fora.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

omicron

reinicialização

meu cérebro travou depois de cinco páginas daquele estudo, vou ali no help desk tirar umas dúvidas com o chefe. pelo menos foi depois da metade...

Kansas

um dos poucos políticos que eu ainda admiro, o presidente dos EUA, George W. Bush, vem fazer uma visita a Brasília no próximo dia 8.

não consegui armar nada da outra vez em que ele esteve por aqui, mas dessa vez não vai ter jeito: quero expressar o meu apreço por ele de alguma maneira. quem tá nessa comigo? Chads? Marcio? Marcelo? Victorhmmm?

genialidade

não vou perder tempo com coisas pessoais neste blógue. melhor sair pela tangente e verificar a genialidade do Pedro Mexia sobre esse tipo de coisa:

Já que fui condenado à prisão, optei pela «solitária». Cumpro o castigo à mesma e sempre se desespera mais depressa.

IDH

o mundo seria um lugar muito melhor se não houvesse ringtones.

forthcoming

caiu nas minhas mãos uma apostila que eu preciso devorar e decorar e saber tudo dela. não vão exigir tudo de mim, mas é tudo que eu posso dar.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

a única frase do dia

as maiores mudanças - e as que vêm de verdade - são aquelas que não se anunciam.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

epístola

há um pintor trabalhado no rodateto do meu novo apartamento no exato momento em que escrevo essas linhas, ainda no velho. o último inquilino decidiu que as paredes eram brancas e lisas, menos uma, azul e áspera. e pintou o rodateto no mesmo tom de azul em todos os lados... o resultado foi horrível, e meu apuro estilístico não permite esse tipo de coisa: tudo branco, e para já.

phedra

o prezado Victor Bicudo conta uma piada das boas:

um homem resolve levar seu filho de 4 anos ao psicólogo e explica a ele o problema do garoto:

"- doutor, meu filho tem quatro anos e até agora só aprendeu a falar uma palavra: 'TRUCO'."
"- só isso?"
"- é, pode fazer um teste."

o psicólogo vira-se para o garoto:

"- qual o seu nome?"
"- truco!", responde ele.
"- por favor" - dirigindo-se ao pai - "deixe-me ficar um pouco a sós com ele."

o pai se retira e o psicólogo retoma a conversa:

"- quantos anos você tem?"
"- trucoooo!"
"- o que você fez hoje antes de vir pra cá?"

o garoto dá dois tapas na mesa e grita "TRUCOOOOOO!!!". o psicólogo abre a porta do consultório e encontra o pai do garoto sentado.

"- então, doutor, o que o meu filho tem?"
"- olha, pela convicção, ou é zap, ou é copas."


HAHAHAHAHAHAHA, LINDA ESSA...

camomila

ainda hoje:

- achados e perdidos
- uma noite memorável
- CELEBRITY PROFILE: DR. GUSTAVO
- pinturas artísticas em rodatetos

e muito, muuuuuito mais. stay tuned.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

alvíssaras

tirando o atraso da leitura, agora há pouco, deu-me a impressão de que precisava ler mais poesia.

sim, preciso ler mais poesia.

donne





viva as mulheres.

p.s.: sim, no primeiro clipe é a Feist cantando. valeu, Fábio.

p.p.s.: sim, a Donna Matthews é muito mais bonita que a Justine Frischmann. deve ser culpa do cabelo dela, igual ao do Brett Anderson em 92/93...

138

o Rodrigo tem blógue. de novo. o que é sempre muito bom...

abaixo, uma amostra da ginga estilosa deste fã do Obina:

Com a experiência que só mais de 350 dias carregam, hoje conto vinte e um e sei que não se escreve em português como Nelson Rodrigues. Fosse ele inglês e criasse o Sobrenatural Hughes, a slut goat e o Ceguinho fã do Arsenal, eu me viraria de maneira a tornar-me bretão. Só Nelson Rodrigues me liga ao Brasil.

reprografia

ó Victor, pode ficar tranqüilo: eu me lembrei, na sexta-feira, de ligar pra minha avó. e agora, procurando informações sobre a cidade dela, onde os açorianos se estabeleceram e ficaram até a geração do meu pai, descobri que a bandeira paraibunense é bem parecida com a mexicana.

*

por falar em México, ontem rolou um almoço cincstrela no El Paso, Texas da 404 sul: nachos, fajitas, tacos al pastor, molho picante de queijo, batatas bravas com cheddar, um cardápio de primeira. e duas Coca Light pra rebater, claro: ninguém sai impune (leia-se "sem comer muita pimenta") de um restaurante desses.

temperado

ontem rolou aniversário do enteado do Buff, o Emiliano, que completou doze anos. e ele decidiu que o aniversário seria comemorado com umas rodadas de truco! ótimo. lá fui eu para a 210 norte, armado de umas garrafas de Schweppes Citrus, ganhar dos patos. disputei quatro partidas, fazendo dupla com três pessoas diferentes, e ganhei as quatro partidas. esse ano, aliás, estou invicto no esporte. alguém aí disposto a ser desafiado?

sedici

uma das minhas palavras preferidas, em qualquer língua, é "sedici" ("dezesseis", em italiano). gosto da pronúncia, do encaixe das sílabas, a impressão de que estamos falando qualquer coisa, menos um numeral - cujo valor, em si, não quer dizer nada pra mim.

*

dois meses e meio depois de ir a uma boate pela última vez, lá vou eu encarar um ambiente escuro de novo; desta vez a coisa era diferente: uma boate de playboys, no Lago Sul, e eu sóbrio, a barba por fazer, aquele clima de "não tô nem aí". e o final, desta vez, foi mesmo diferente, longe do arrependimento de certas coisas que fiz na incursão noturna de dezembro: não rolou culpa de alguém, não rolou nada além do que devia rolar. mas dessa vez foi legal, melhor do que esperava, coisa de carnaval mesmo. sem contar que ver aquelas patricinhas subindo no palco pra dançar axé valeu a noite, e me deu idéia para começar uns dois livros - além de uma idéia do que fazer durante dois anos, todo final de semana.

domingo, fevereiro 18, 2007

interurbano

saiu hoje o primeiro livro da minha querida Mariana. ele é parte da coleção Mojo Books, onde vários autores recontam algum disco. baseada nisso, ela decidiu criar uma história sobre "Dressed up like Nebraska", primeiro disco do Josh Rouse, lançado nove anos atrás. o livro está disponível em PDF na página da coleção, gratuitamente - basta se cadastrar. já baixei o meu aqui. parabéns, Mari. que seja o primeiro de uma série... :)

sábado, fevereiro 17, 2007

plâncton

trilha sonora recomendada: o "Astral weeks", do Van Morrison.

*

é bom ter poderes. poder de acordar, dar "bom dia" para o mundo e sair por aí, fazendo o que bem entender, por exemplo. poder de resolver dormir até a hora que quiser (inclusive desligando os telefones da casa, para garantir a paz pública). quando rola um certo poder bancário, então, nem se fala.

aproveitei uma maré de coisas boas nesse sentido e fui lá em busca da minha nova casa - dessa vez, da parte de dentro dela. acordei mais tarde e fui à feira dos importados pegar meu computador. e não escrevo essas linhas nele por pura preguiça, ele está ali do lado, dobradinho, aquele preto lacado que até dói de tão bonito. não deu para comprar um Apple desta vez, mas esse HP promete dar conta de tudo. rápido, seguro, esteticamente correto - só não digo que morreria por um porque ainda estou vivo, hihihihi.

almocei sushi com o Felipe (nota mental: não comer sushi nos próximos três meses, de tanto que comi hoje), que também estava comigo lá na feira. assistimos à chuva do século, pelo menos se o século começasse ontem e terminasse daqui a duas horas. e depois voltei para casa, garimpando coisas para a cozinha: fogão, refrigerador, depurador de ar, liquidificador, George Foreman Grill (artigo de primeira necessidade, tá?), purificador de água e uma máquina de lavar para a área de serviço. em quantas vezes eu quero pagar? em quantas você puder me vender. doze? opa, formou. e lá vou eu confirmar tudo antes que seja tarde...

mas não acabou por aí: Carol passou aqui em casa com uns presentes, tipo uma mesinha simpática (que com um verniz vai ficar nota dez), separador de talheres, balde de gelo... essas coisas que a gente não pode viver sem. tenho vários amigos que dizem que deus está nas pequenas coisas; todo mundo aqui sabe que, para mim, deus não existe, mas a cada vez que vejo uma pequena coisa dessas e a diferença que elas fazem no final, acho que eles têm alguma razão. e eu ficava com um sorriso no rosto, uma continuação do que estava nos meus lábios ontem, à hora do almoço - daqui a pouco escrevo sobre isso.

levamos os presentes para o novo apartamento e fomos procurar móveis para a sala. logo na primeira loja encantamo-nos com um sofá de chamois, cor de café, e com uma mesa de jantar com tampo de vidro bisotado. recebemos por elas uma boa proposta, e logo em seguida o vendedor rogou uma praga: "sinto que, depois dessa oferta aqui, vocês só vão bater perna". e assim fizemos: foi um périplo por umas quinze lojas e não achamos nada tão interessante - de volta à loja, impusemos algumas condições (a Carol é uma ótima negociadora) e levamos o sofá e a mesa.

depois de muita negociação e muitas pernadas, totalmente cansado, constatei que a casa tá ficando linda. falta muita coisa ainda, eu sei, mas não vejo a hora de vê-la toda pronta.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

movies of myself

tenho alguns filmes na cabeça. no momento, o que mais me aparece é aquele clipe de "A lady of a certain age", do Divine Comedy: ele nunca existiu nem existirá, mas para mim é como se vivo fosse. a música conta a história de uma senhora que teve uma vida passada no jet-set, na altíssima sociedade, etc... e eu imagino que há uma atriz no mundo que pudesse fazer o papel dela no clipe: Lauren Bacall. mesmo sendo americana (na música, diz-se que a mulher é inglesa).

quero um dia conseguir descrever a vivacidade desse clipe aqui na minha cabeça. sério. é como se eu já o tivesse visto milhões de vezes.

Oma, bitte kommen!

esqueci, nessa semana que passou, de ligar para minha avó. de hoje não passa.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

genealogia

dia desses eu baixei "Please", do Chris Isaak, mas acabei esquecendo de ouvi-la. hoje vi a música na minha lista de mp3 e fui lá escutar o topetudo quebrando tudo, o que é sempre uma delícia. aí constatei que estou desabastecido de coisas do pai espiritual dele, o Roy Orbison. resultado: baixei "You got it", minha música preferida dele, e não consigo mais parar de ouvir...

anything you want you got it
anything you need you got it
anything at all you got it
baaaaaaaby


esse sabia das coisas.

despertador

tudo conspirava a favor de uma segunda entrada nesse blógue hoje, menos a inspiração. aí é melhor dormir, ou fazer qualquer outra coisa...

vá lá

oi, tudo bem? hoje foi um dia e tanto. para quem achava que a vida não estava com muita ação ultimamente, como eu achava, foi uma quinta-feira para entrar na história, de tanta ação. senão, vejamos:

- transitar em alta velocidade pelos corredores da Telerj enviando fax, pegando comprovantes, subindo e descendo andares com o mínimo intervalo de tempo para pensar onde tenho que ir: die Mensch Machine total;

- transitar em baixa velocidade pelos cartórios do Venâncio abrindo e reconhecendo firma, perdendo três vezes mais tempo em fila do que fazendo o serviço em si, e depois ainda descobrir que nenhuma empresa é capaz de despachar um documento para Deprelândia pro dia seguinte;

- meu chefe de fora da Telerj me ligou às três, assim que eu havia acabado de sair da frente do computador, para me passar um serviço... para as sete. fi-lo todinho em uma hora, e entreguei às seis e meia;

- meu chefe da Telerj (que não, não se chama Paulo Zé e nem pega viadinho na linha) convocou uma reunião para a tarde e gostou da minha participação. ufa. nem tenho um mês de Telerj - completo no sábado - e consegui meu primeiro elogio: é sinal de que vou longe;

- um périplo por Sam's Club, Extra e Ponto Frio, em busca de preços para os eletrodomésticos de casa. já fechei questão em torno da máquina de lavar roupa e do microondas, falta agora decidir os demais. é curioso isso de sair às compras para levar coisas da linha branca: queria comprar tudo de uma só marca mas já percebi que é impossível;

- emiti o primeiro talão de cheques da minha vida. nunca gostei, sempre achei desnecessário, sempre fui atraído por cartões de crédito e débito. mas vou precisar para buscar umas coisas que quero, então não teve jeito. o legal é ver que é o cheque número um e, logo abaixo, aquele "cliente desde 02/1999". minha conta é do século passado, que maneiro. agora é só treinar para não mandar cheques-bumerangues, aqueles que vão... e voltam.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

o post número 6 mil

bom, esse aqui é o post número 6 mil. tive de recomeçar o blógue em fevereiro do ano passado (ainda busco uma maneira de disponibilizar os arquivos anteriores, caso alguém se interesse), quando cheguei em 5 mil entradas - aparentemente, o máximo que o antigo Blogger tolera.

seis mil coisas a dizer, ou seis mil motivos para matar tempo, depende de como se vê. seis mil polaróides das coisas, seis mil vezes você, seis mil possibilidades diferentes.

bom, é isso. e que dure uns seis mil dias, pra variar.

falou e disse

"We hear the Indian fans are very loud and into their metal."

Bruce Dickinson, sobre fazer a rota das especiarias.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

ele lê

"eu sempre achei seu blog um dos lugares mais divertidos pra se perder tempo. dá pra rir, se emocionar, te mandar a merda e gritar 'Palandi é deus', tudo ao mesmo tempo"

Jonas Lopes, leitor desta coisa desde muito tempo atrás. amanhã, a grande festa do post número 6 mil - exatamente um ano depois do 5 mil, coideloco...

história natural

as roupas pegas na lavanderia, o cartão de crédito pago, a GQ do mês - com suplemento automotivo - adquirida, um DVD alugado, o estômago sem ter do que reclamar, a casa miraculosamente arrumada. são poucos dias até a mudança, até outros quartos, até outras paredes. não vou sentir saudades daqui, porque o mais importante vai comigo.

*

mesmo assim, aquela preguiça de ir pro novo apartamento. faxiná-lo, pintá-lo, reformá-lo. ênclises em profusão e eu nem assinei o contrato, embora isso deva rolar já amanhã. logo em seguida, uma máquina de lavar e um wok, para minhas visitas se sentirem na Tailândia.

*

Tailândia me lembra o Oriente, que me lembra a China: pedi ontem o frango agridoce do China in Box, no afã de conseguir dois rolinhos primavera como brinde. eles vieram e estavam muito bons, mas o frango agridoce é horrível.

sério: fazia tempo, muuuuito tempo, que eu não comia um prato nota ZERO. e fica até chato dar uma nota tão boa assim para o tal frango agridoce, mas veja bem: eu gosto de frango e eu gosto de agridoce, então tinha tudo para que eu gostasse. mas aí vem aquela velha história de que, para certas pessoas, é só colocar abacaxi que já se tem algo agridoce - teoria que o sanduíche de pernil do Cervantes implode à primeira mordida, numa feliz combinação.

agora fiquei ressabiado com o China in Box: será que só vale a pena pedir yakisoba ou carne com legumes? pelo sim, pelo não, vou dar pelo menos um mês até pedir de novo (essa foi só a terceira vez que comi lá em dois anos de Brasília).

*

a maior preocupação no trabalho hoje foi ler um texto de cinco páginas; a segunda maior foi decidir qual o chá que eu tomaria às quatro da tarde (ganhou o de carqueja, e sem açúcar). às vezes adoro a Telerj por isso, às vezes detesto pelo mesmo motivo.

*

tem horas em que vou à banca com um determinado intuito programado (ex: comprar a GQ portuguesa, como hoje) mas, por conta de uma capa, acabo ficando muito mais tempo por lá, sem conseguir me mover. aconteceu uma vez no ano passado, em que duas revistas colocaram na capa, num curto período de tempo, a Isabeli Fontana sob fundo rosa - uma combinação a que é humanamente impossível de se resistir.

rolou de novo hoje, dessa vez com a Aline (com um N só, vai) Moraes na capa da "Boa Forma". vendo aquela foto, fiquei impossibilitado de fazer qualquer coisa. mein Gött, isso definitivamente não se faz.

caso você se interesse em perder pelo menos duas horas da sua vida olhando para uma foto, clique aqui e boa sorte.

nothing really ends

Don't say goodbye
let accusations fly
like in that movie
You know the one where Martin Sheen
waves his arm to the girl on the street
I once told a friend
that nothing really ends
no one can prove it
So I'm asking you now
could it possibly be?


só por essa música o Tom Barman já é o cara.

gatinho



seis anos hoje. parabéns, Anita: a gata mais fofa do planeta. saudade sua, sua mal-humorada ranzinza e carente...

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

lanterna

escreveram o post do ano num outro blógue aí. gostei tanto que salvei no meu computador e disse para o autor que cortar-lhe-ia uma parte do corpo caso ele fosse removido do ar. ele disse que não fará isso, mas pediu para que eu não divulgasse o endereço.

isenção tributária

e agora, depois do almoço, comecei a experimentar uma sensação de calma. como se a Terra tivesse parado, como se nada fosse problema, como se nenhuma nuvem estivesse lá por cima agora, como se tivesse saído da melhor refeição da minha vida, como se... etc, ad nauseam.

domingo, fevereiro 11, 2007

notepad

"poema jurídico"

se os direitos reais
incluíssem a posse dos seus olhos cor-de-tempestade
haveria uma guerra sem fim por eles
antes que meu desforço imediato
usucapisse a superfície do teu coração
e sem causa impeditiva nenhuma
estabelecesse lá uma servidão.

(jul/2006)

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

"Bonde do Rolê with lasers"

dá vontade de dar um pescotapa no Rodrigo por batizar o nome do disco da banda dele com esse nome.

por outro lado, tem esse disco da Feist, que é uma maravilha, uma loucura, um tudo-de-bom...

piscina

duas horas e quarenta minutos de reunião, onde o idioma foi, durante quase o tempo todo, o economês.

língua complicada, não?

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

untitled #3

encerra-se hoje o programa de ambientação aqui na Telerj. em nove dias, tivemos cerca de quarenta e cinco palestras, das quais quatro foram interessantes: a do órgão onde quero trabalhar, a de um que não gostaria de trabalhar mas que foi uma grata surpresa, a de um órgão que está nas mãos de um cara que esbanja empatia e uma que não leu nada-nada-nada de texto legal e apenas falou do futuro do setor, de tendências de mercado.

à tarde tem a do meu chefe, que também espero que seja bem interessante. mas eu não vejo a hora de voltar aqui para o meu departamento e poder trabalhar.

untitled #2

e depois de algumas horas trabalhando sem parar, eis que a segunda parte da tradução está completada. falta pouco, amanhã acabo. e olha, ficou bem boa...

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

untitled #4

tudo bem na imobiliária, vi o apartamento. precisa de umas pequenas reformas, uma pintura numa das paredes da sala, novos puxadores nos armários, alguma padronização em armários e estantes. uma bela limpeza, novas persianas, o que era rack fazendo as vezes de aparador. vai ficar bonito, vai ficar do jeito que eu quero.

*

Portugal bateu o Brasil. enquanto houver o Scolari, ganharemos dos brasileiros, não adianta. adoro ver a seleção canarinha perdendo, ontem não foi diferente. e podia ter sido de quatro a zero, numa boa. ontem Portugal e Brasil estavam no mesmo nível de futebol, hoje ou amanhã a coisa pode estar diferente. de toda forma, a vitória da metrópole sobre a colônia deixou a mim, um monarquista de carteirinha, sonhando com o dia em que os dois países serão, de novo, um Reino Unido. com capital administrativa em Brasília e sede do poder em Lisboa, claro.

*

tomei um banho de chuva para voltar ao trabalho, depois do almoço. felizmente, a lã fria já estava seca uma hora depois, até antes dos meus cabelos. e a tarde continua, sem trompetes nem trombones - muito menos atropelos.

*

música da tarde: "Back for good", do Take That. sincera, direta, hit da Antena 1. tudo que eu preciso para voltar pra casa - seja essa ou a nova - com um sorriso no rosto.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

untitled #1

você tem coisas atrasadas: sacar dinheiro para pagar a dods, abastecer o carro, fazer a barba. e decide deixar tudo para a manhã seguinte, colocando o alarme do celular para as 6:05 (os cinco minutos são para resistir à tentação do "só mais cinco minutos, vai..."). você ainda não acordou.

você então acorda na hora. arrasta-se até o Pão de Açúcar, onde tem o caixa eletrônico, e saca a grana. volta pra casa, faz a barba com água quente, separa a camisa lilás que, a exemplo da azul de ontem, também deixa seu terno cinza um ar-ra-so duplo twist carpado, toma uma vitamina C e se manda. pára no posto de sempre, põe mais de meio tanque e pega o Eixo Monumental ouvindo a CBN. mas você ainda não acordou.

então a rádio veicula um comercial de cursinho preparatório para o Exame da Ordem. você, que não quer nem ouvir falar dessas coisas, troca para o cd player, sem nem lembrar o que está ali dentro - afinal de contas você não ouve música no carro desde a ida ao Lago Norte, domingo. e você ainda não acordou.

e os alto-falantes do seu carro começam a tocar "I got you (at the end of the century)", um country rock da época em que o Wilco fazia country rock. aquele um de abrir porteira, de levantar a galera, de fazer sentido em qualquer estrada de terra do interior do Brasil. começa a cantar junto: "it's the end of the century and I can't think of anything except you", porque é mesmo o fim do século. mas aí já era: você acordou, e nem o fato de descobrir que esqueceu o crachá em casa lhe tira o sorriso dos lábios.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

emoção

uma pena que a Telerj (onde eu trabalho) não tenha uma Superintendência de Ovações. do contrário, ela teria um funcionário fenomenal: o Otto. desde o começo do período de ambientação, na segunda-feira passada, ele vem se preocupando em puxar as palmas para todos que vão lá palestrar. na sexta ele fechou a semana com um score de respeitáveis treze palmas, antes de todo mundo. e como se isso não fosse o bastante, só hoje ele conseguiu SEIS CONSECUTIVAS. é impressionante. nove pessoas falaram durante o dia, ele puxou palmas para seis. e eu, de minha parte, puxei uma e fui cúmplice dele noutra (ele bateu a primeira, eu bati a segunda, logo depois o auditório nos alcançou).

pois é, galera, vocês pagam esse tipo de gente com seus impostos :)

sem chance...

Funcionária inclui resumo de novela em processo do TJ por engano
da Folha Online

Um trecho de um resumo de novelas foi parar por engano entre os registros de um processo do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo. O erro ocorreu no momento da transferência dos dados para o sistema de consulta on-line. Em vez de incluir o andamento, a funcionária responsável incluiu a descrição de um episódio da novela "O Profeta", da Rede Globo.

O resultado da falha entrou no ar e divertiu as pessoas que receberam a notícia do erro, por spam. Leia como ficou o registro:

"Aguardando Publicação do despacho de Em 'O Profeta', Clóvis abre um sorriso e se diz muito feliz com o filho. Quando fica sozinho, esbraveja e faz ameaças a Marcos. Lindomar encontra o colar na bolsa de Joana. Rúbia grita o nome do filho na beira do poço. Marcos desce no poço. Joana não fala nada no seu depoimento e acaba presa. Clóvis leva Sônia e Amadeu à delegacia e diz que eles são testemunhas de que Marcos tentou raptar Analu."

Na inserção seguinte, feita três dias depois, o registro do andamento aparece completo. Os dados do site do TJ não têm efeito legal. De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, um procedimento interno investigará o caso e, enquanto isso, a funcionária não poderá registrar processos.

gs

esse meu terno cinza é um arraso. com a camisa azul-clara que estou envergando agora, ou com a lilás que usarei amanhã... fica um duplo arraso.

domingo, fevereiro 04, 2007

preto e branco

The band are in the final stretch on the new record, which they're calling "Sky Blue Sky". It's scheduled for worldwide release (Nonesuch Records) on 15 May. Some of the 18+ plus tracks recorded and being considered for inclusion are "Impossible Germany", "Shake it Off", "Glad it's Over", "Side with the Seeds", "Walken" and "Either Way". Watch this space for more updates and maybe even some music soon(ish).

valeu, Wilco. para quem acha vocês a melhor banda em atividade hoje e ouviu "Walken" ao vivo, dois anos atrás, só dá para dizer que espero ansioso pelo disco.

axioma

será que esse Chevrolet HHR vem para o Brasil? mais, será que vem barato?

caught beneath the landslide

fiquei até meia-noite trabalhando na tradução do contrato e terminei a primeira parte, de dezenove páginas. agora tenho uma de dez e outra de treze pela frente. mandei-a para o chefe e, surpresa, ele me respondeu em vinte minutos. o que é que a gente faz no computador na noite de sábado, trabalhando? foi um momento nerds unlimited, demais.

*

antes disso passei o dia com o casal Otto e Carol, procurando apartamentos em Clearwaters para investir (o nome original dessa entrada no blógue seria "Fairytale in Clearwaters", mas decidi mudá-lo). vimos alguns legais, mas ainda não sei se compensa investir em imóveis, a despeito da Selic mais baixa desencorajar a renda fixa. pedi para o chefe me indicar umas opções no nosso obscuro nicho de mercado, espero que role...

*

depois disso estive com os Porto no Parkshopping, onde eles compraram tênis e eu tomei um top sundae de maracujá no McDonald's (o de amora era mais gostoso). vi um notebook que me deu vontade de comprar, e olha que ele nem é Apple - mas será estudado quando for conveniente. porque, nesse exato momento, conveniente é voltar para a cama e dormir mais um pouco: amanhã tem mais umas cinco palestras e eu não quero dormir sentado outra vez.

*

apesar dessas palestras, a semana promete fortes emoções. a conferir...

sábado, fevereiro 03, 2007

terminologia

te cuida, Fábio de A. Spalding: acabei de cunhar a expressão "filho duma lambeceta" para designar "pessoa sortuda".

nectarina

o dia começou com boas notícias. bem que eu falei que essa parte ainda desconhecida vai trazer coisas legais...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

cem

a anos-luz de casa
descascando uma laranja para o jantar
olho para os lados e não vejo nada se movendo
mas no céu, ah, no céu,
quantas estrelas para me dar boa noite
quantas luzes emitidas num passado remoto,
quanta vontade de estar com você.

pressão

agora há pouco, ao telefone, ela disse que me sentia tenso. que parecia pressionado. tentei explicar-lhe dessas coisas que resolveram rolar na minha vida ao mesmo tempo. ela fez uma voz sorridente e me passou um esporro, antes que pudesse pensar que estou com medo. na verdade, o meu está sob controle, passando uma temporada no telhado. no décimo andar é que ele não se atreve a aparecer. e quanto ao medo da decepção, expressado aqui uns posts atrás, já não é nada que me mate. na verdade, foda-se.

danke schön

paciência é uma virtude, já diziam os japas de outros tempos. hoje, comendo sushis e niguiris, não me dei conta do quanto isso é importante. e talvez não tenha aproveitado a noite da forma como devesse.

*

realmente aconteceu de ter uma descarga de adrenalina: dormi sentado durante uma palestra, hoje à tarde, e o fato de ter acordado de sobressalto fez com que meu coração disparasse e uma grande carga desse hormônio fosse produzida em um curto período de tempo. cheguei a pensar que estava enfartando, mas felizmente não era nada disso.

*

o Blogger agora oferece opções de separar as entradas por assuntos. quando vejo o "etichette per questo post", aqui embaixo, sinto vontade de arquivar meus escritos por isso. mas nem acho que vá fazer diferença, pelo menos não daquelas significativas. então é melhor que eu me concentre no que realmente importa.

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tantos discos, tantos livros, tão pouco tempo dispomos: vamos ver se agora consigo conhecer de verdade a obra do George Gershwin, vamos ver se me sobra tempo para um sorvete amanhã, vamos ver. mais do que ver, vamos (vou) colocar as coisas em prática.

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com o novo trabalho, cada final de semana que chega é um pouco inacreditável. parece que as imagens do décimo andar, do lago Paranoá pela janela do departamento em frente e da 202 sul pela janela do meu lado são indeléveis, parece que terei de voltar em um átimo. só parece, calma.

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e na saída do trabalho, hoje, ainda coloquei o "Head music" para me chocar. lembro que a primeira música do Suede que ouvi, no final de 1999, foi "Electricity", que abre o disco. não gostei dela imediatamente, não me apaixonei por ela até hoje, mas lembro que senti uma curiosidade absurda, uma vontade louca de ouvir uma segunda música deles, qualquer que fosse. aí consegui baixar "Everything will flow" e a paixão estava concretizada. depois vieram "Savoir faire" e "She's in fashion", depois eu paguei trinta e nove reais pela edição estadunidense desse disco (a brasileira sairia três meses depois, sem conteúdo multimídia).

e "Everything will flow" hoje parecia apenas confirmar aquilo que eu sei que vai acontecer: vou pegar um novo apartamento legal, mobiliá-lo, comprar um notebook; vou mandar meu carro para a revisão dos vinte mil quilômetros, vou abrir outra conta, encher meu guarda-roupa de ternos e camisas sociais; vou voltar a levar a academia a sério, vou para um dos dois lugares onde quero ir, vou entrar no departamento que quero na empresa. and everything will flow.

quando "She's in fashion", esta pequena maravilha por todos subestimada, ganhou os alto-falantes (altifalantes, se você for português) do carro, eu já estava bem longe. em Goa. aliás, soube que um dos meus colegas na empresa é filho de um goês. e confesso que fiquei morrendo de curiosidade para perguntar ao pai dele como é Goa, o que ainda há de parentesco com o Brasil, e todas aquelas coisas que me interessam e acabarei por conhecer. estou em Goa, não volto hoje para o décimo andar: deixe sua mensagem.

ida

o copo está meio vazio. foi a impressão que me deu hoje, às vésperas de nada. estranho andar pra cima e pra baixo, apertando botões no elevador, sem ter o que fazer. e depois, mecanicamente, dizer para onde os outros devem se dirigir.

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por sorte o meu pedido de considerações já me rende algumas coisas fofas como a mensagem da Gabriela. sei lá, me escrevam, me responda. estou aceitando palavras, preferencialmente em português e em francês.

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se alguém tiver este filme disponível, por favor, me comunique. estou louco para assisti-lo. e parece, ao que tudo indica, que assisti-lo é uma necessidade e não um gosto.

enquanto não descolo uma cópia, vai aí o vídeo britpop do filme:



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nada neste blógue tem feito sentido? uma pena, na minha vida as coisas estão tomando outra forma. e não me sinto assustado com isso não - ao contrário: tenho a sensação de ver uma obra sendo criada na minha frente. melhor de tudo, posso dar opiniões e até mesmo interceder, afinal de contas é a minha vida.

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nenhuma palavra sobre as dez descargas de adrenalina que recebi hoje, nem sobre as três coisas que judiaram do meu corpo essa semana...

meditação

dia desses eu conversava com uma menina de catorze anos, que me dizia que tinha medo de que pudesse passar a vida toda encontrando pessoas que só iriam fazer por desapontá-la em todos os relacionamentos que ela vivesse.

do alto dos onze anos de diferença, tentei explicar que as coisas não eram assim. mas tive medo - ainda tenho - de que ela esteja certa.

time

ontem à noite, ainda que por um curto período de tempo, as coisas parecem ter começado a melhorar. espero que eu esteja certo e que não vá me decepcionar desta vez...

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

nada...

já começo a perceber que foi uma péssima idéia ter voltado com isso aqui.

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eu vi esse mesmo filme faz um ano e três meses

eu fiz de tudo para que não acontecesse de novo

eu não acredito que esteja acontecendo outra vez

eu juro que não acredito.