poliestireno

meu disco preferido do Radiohead, de uns três anos para cá, é o "Pablo honey", como já deixei claro algumas vezes. mas dia desses eu saí para passear ouvindo o "The bends" e me encantei por algumas músicas dele. de "Bulletproof... I wish I was" eu já tratei aqui, mas acabou que voltei a amar "Fake plastic trees".

sempre gostei dessa música, em especial do verso "but I can't help the feeling, I could blow through the ceiling". além da sonoridade das palavras (note como você solta a primeira frase de forma bem esparrada e depois enche a boca para soltar a segunda), tem essa coisa da letra: "explodir pelo telhado". é uma imagem forte, mas ao mesmo tempo um pouco artística, se você não pensar em pedreiros, lajes e coisas de construção civil em geral. quando eles tocaram em São Paulo, três meses atrás, morri de vontade de cantar esse verso como se fosse o último dia da minha vida, mas tive vergonha e abri a boca para cantá-lo apenas moderadamente. uma pena.

mas a coisa com "Fake plastic trees" não acaba por aí: logo depois o Thom Yorke canta "if I just turn and run it wears me out", com uma pausa no meio do período. imagino que sejam takes diferentes de voz, mas o fato é que ele canta a segunda parte de forma diametralmente oposta à explosão de emoções dos versos anteriores: ele é frio, comedido, como se soubesse que de nada adianta gritar. e a forma como começa a dizer "it wears me out" diz que, além de saber de tudo isso, e que esse comportamento o cansaria e o desgastaria, ele já se adaptou à situação, num ritmo quase que bipolar.

e por fim tem outra frase que me martela a cabeça de vez em quando: "if I could be who you wanted, if I could be who you wanted all the time". esse "o tempo todo" muda o sentido dela por completo e dá mais uma beleza à canção, mas nesse caso o fato é que as duas frases andam presentes na minha vida. eu não posso ser quem você queria, eu não posso ser quem você queria o tempo todo. e também não dá para falar mais do que isso.

(atualização em 2 de julho: Tomás escreve para dizer que o vocal é obra de um take só, o que torna a elasticidade do sr. Yorke uma coisa assustadora. e linda)

impedimento

estou com a boca anestesiada. espero que você goste de mim do mesmo jeito enquanto isso.

bairrismo

descolei uma bandeirinha do Distrito Federal para adornar minha mesa e lembrar que sou desta terra. agora só falta uma, bem maior, para colocar na janela do apartamento.

ecoturismo

de ontem para hoje me ocorreu de escrever tudo, mas tudo mesmo, aquilo que precisava lembrar ou fazer. meu monitor virou um varal de post-its, minha lista de compras no supermercado, ontem à noite, tinha instruções para passar à dods hoje cedo, minha mesa está com um leque de cartões de visita de pessoas para quem preciso ligar, com as devidas instruções.

não que tenha parado de confiar na minha memória, mas algum motivo superior, que ainda desconheço, me compeliu a sair tomando notas... e até agora tá dando certo.

mantra

agora há pouco tentei colocar uma música do Oasis no meio de uma notícia sobre minério de ferro. não consegui, mas um dia vai.

virtual

ainda essa semana:

- o dia em que escrevi tudo
- a gripe
- falsas árvores de plástico
- um sistema de castas
- Koop

e muito mais. permaneça neste canal, as coisas estão só começando...

cópia

minha cabeça se sente como se de férias estivesse. o coração o que diz?

take me with you

só levanto da cama por 10 mil euros, só escrevo sobre música quando me dá vontade. com um disco tão lindo como o The Night na minha frente, eu não podia deixar os dez anos da morte do Mark Sandman passarem em branco, então fiz um texto aqui, que vem com um bônus: uma pérola do Fabio Sooner (cadê você, meu jovem?) sobre o "Bootleg Detroit". leia, ouça o disco, agradeça por esse cara ter existido e feito coisas tão lindas, tão leves, tão bem-humoradas.

flora

como este blógue também é post-it, escrevo aqui para não esquecer: tenho consulta médica amanhã, ao meio-dia e quarenta, no ortopedista. tomara que eu não esqueça.

senóide

oi, tudo bem? desculpe-me pela falta de notícias durante o final de semana. fui ali em Pirenópolis com o Chico e o Craudio, passear um pouco, esquecer daquilo que o Plano Piloto não me deixa de lembrar, respirar o ar das montanhas, espirrar em meio às montanhas etc. ainda não conhecia a cidade, um lugarejo simpático pra caramba a menos de duas horas daqui da capital do cinismo. em linhas mais ou menos retas, foi assim:

- um almoço delicioso no sábado;
- uma tarde dividida entre ver a felicidade da Sthefany ao ganhar um CrossFox do Luciano Huck (!!!) e mais de mil goles de Bohemia no centro da cidade;
- uma noite cheia dos assuntos mais interessantes da vida (política, carros, mulheres etc) e mais de mil goles de Bohemia no centro da cidade e no bobódromo-trottoir local, embora nada tenha acontecido nesse sentido, e no outro dia estávamos de volta.

na cabeça de todo brasiliense Pirenópolis é um choque de proporções: das largas pistas do Eixão e do Eixo Monumental, você é jogado para as ruelas itálicas da cidadezinha goiana e tem que esperar a vez de subir ou descer, já que a rua mal dá para dois carros lado-a-lado e algum goiano estacionou em um dos lados. toda hora eu ficava me imaginando a bordo desse novo Fiat 500, subindo e descendo na maior moleza... e sim, esse carro virou minha obsessão. assim como voltar a Pirí e descobrir melhor essa cidadezinha, se é que tem mais algo por ser descoberto lá.

pirataria

le problème n'est pas savoir s'il y a, mais où il y a.

!!!!

Ricardo Henrique me manda a coisa mais inacreditável da semana: isso aqui.

sério, olha o printscreen. tá lá, o africano dizendo "isso aqui não é São Paulo", uma das minhas frases preferidas e que só é repetida por uns maconheiros do Plano Piloto.

que morte do Jacko o quê: "this is not São Paulo" é o que me choca, e tenho dito.

21

ia colocar aqui um texto sobre como meu cérebro derreteu hoje. mas, diante da morte do Jacko (você pode ler umas piadas de humor negro no twitter da minha irmã), amanhã eu escrevo algo aqui, tá?

últimas notícias

- dormi bem pra caramba (obrigado, laboratórios farmacêuticos)
- comi pizza amanhecida no café
- com oito textos para fazer em uma hora e meia, botei o "Walls and briges", do John Lennon, depois o "Axis: bold as love", do Hendrix, e agora o "We are fuck you", do Finger (a espetacular banda punk do Ryan Adams)
- tudo está estranho
- acabou o assunto

azeite

um dia, ou melhor, uma tarde de muitas surpresas: três, todas com desdobramentos futuros. ainda não posso falar, mas a que mais importa é a segunda, porque pode ser uma mudança de rumos histórica no trabalho. a primeira é uma frivolidade, enquanto a terceira, pelo menos por enquanto, não é nada.

uma quarta surpresa: chego em casa e descubro que meu chá branco com lichia congelou. agora ele está lá no mármore da cozinha, suando para descongelar. parece que se eu colocar qualquer vasilhame com líquidos na primeira prateleira abaixo da gaveta de congelamento rápido, o líquido congela. só sei que não gostei de ver o iceberg dentro do Tetra Pak, e que agora tenho que reverter esta joça.

*

noite passada eu acordei às quinze para as seis, sem sono. tinha dormido à meia-noite, e quando durmo tão pouco é óbvio que o dia não rende. tem coisa de um ano que não tomo um remédio pra dormir sequer, mas hoje não tem jeito, e acabei de tomar: escrevo essas linhas em meio a mil bocejos, e espero dar um duplo twist carpado na cama dentro de alguns minutos. eu preciso dormir, eu preciso dormir. posso?

*

hoje a Volvo anunciou oficialmente o que você, que lê este blógue, sabe já há vinte dias: o C30 na versão 2 litros tem agora câmbio automático de seis marchas como opcional. a única coisa que o comunicado oficial adiciona é que a transmissão é a fabulosa Ford Powershift, de duas embreagens, que funciona assim: você está em primeira marcha, o câmbio já pré-engata a segunda. quando você passa a segunda, ele já pré-engata a terceira, e o resultado é que não existem trancos na mudança de marchas. e você só não soube desse fato antes porque perguntei para o vendedor da Calmac Brasília e ele disse que não era um câmbio de dupla embreagem, o que me levou a crer que a Volvo acoplara ao carro a Ford Durashift, uma transmissão mais das antigas.

mas o que você precisa saber de tudo isso é: eu quero um C30. boa noite, vou lá sonhar com um.

ilha de Caras

o Portal do Geólogo também sabe fazer sensacionalismo.

nanquim

tem um belíssimo post no Auto Entusiastas sobre a Rolls-Royce. mesmo sendo petrolhead, eu nunca tinha pensado nisso, e é algo tão óbvio...

lararara

(aviso: post extremamente caipira e que não esconde o deslumbramento com um poder que na verdade não é mais do que porra nenhuma)

até a sexta-feira passada eu nunca tinha recebido, direto no meu ramal, um telefonema dos chefes supremos. ao contrário dos meus amigos da XP, que têm acesso direto ao semideus que criou a empresa, na Telerj o esquema é parecido com a sociedade indiana e conheço gerentes que mal tiveram contato com os cinco até hoje.

aí na quarta-feira passada eu troquei idéinha com um dos cinco, pessoalmente, e dois dias depois ele me ligou, querendo saber detalhes. não digo que fiquei emocionado, mas pelo menos bem surpreso, quando atendi ao telefone e era a secretária dele, dizendo que o chefe estava na linha e queria falar comigo.

ontem, em uma reunião, ficou definido que eu acompanharia um outro chefe em uma outra reunião, que aconteceria hoje. mandei uma mensagem para ele, informando-o e me colocando à disposição para levantar material ou para auxiliar de qualquer forma que ele precisasse. e dez minutos depois ele me ligou direto, sem secretária, para pedir umas coisas.

fiquei impressionado com o fato de que dois chefes haviam me ligado em dois dias consecutivos de trabalho, e levantei o material em vinte minutos - incluindo aí a procura por um decreto tão velho e ineficaz que não consta da base de dados da Presidência da República, tendo eu que recorrer a umas quebradas para conseguir o maldjíato. ele gostou, e a secretária depois perguntou se eu não gostaria de ir à reunião com ele em seu Astrão, ao invés do Gol-bomba no qual o resto da Telerj tem de se deslocar.

no caminho, ele foi falando de uns assuntos e me fez algumas perguntas. por incrível que pareça, respondi tudo e sem titubear, até com uma linguagem bem clara. por alguns instantes, me senti o assessor mais bem preparado do mundo, e não teve sentimento no mundo que pagasse isso. durou uns cinco minutos e não quis dizer nada, mas foi bom demais.

na volta, um recado em um post-it: a mais importante das subchefes queria que eu ligasse a ela e contasse sobre o resultado da reunião. e dar boas notícias é a coisa mais fácil do mundo, o que facilitou meu trabalho de dizer que o chefe foi muito bem, seguiu à risca o script, foi assaz elogiado e quem tomou bronca foi o lado "contrário", que nem se dignou a dar as caras.

caramba, ela não conseguia sequer esconder que estava radiante. e eu, um pouco mais feliz de saber que minha área continua fazendo um bom trabalho e que isso nos traz, pouco a pouco, ótimos dividendos.

boa!

uma boa notícia vindo de São Paulo:

Justiça de SP derruba parte da lei que proíbe fumo em locais fechados

Liminar da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo derrubou nesta terça-feira, 23, parte da lei sancionada no começo de maio pelo governador José Serra, que proibiu o fumo em locais fechados no Estado, como escolas, museus, restaurantes, bares e empresas.

A decisão foi tomada pelo juiz Valter Alexandre Mena, em mandado de segurança da Abresi (Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo), e suspende a proibição da existência de fumódromos nos estabelecimentos.

Além disso, a Justiça decidiu suspender a obrigação de o empresário fiscalizar o fumante, assim como confeccionar e distribuir gratuitamente formulários de denúncia. Ele também não poderá sofrer sanções caso descumpra a lei.

eu só fumo uma carteira de cigarros por ano, para não me viciar. mas não é preciso ser um fumante recorrente para ver que essa lei é uma caça às bruxas, já que proíbe até a confraternização de quem fuma, em ambientes separados. espero que a decisão prospere em caráter definitivo, e que o governador Serra, antitabagista que levou seu ódio pessoal às últimas consequências, se f***...

tíquete

alguém aí tem o telefone da Aeroflot? depois dessa, eu tenho que agilizar a ida pra Rússia...

detetive

videozinho com fotografia bonita.

Pantone

estou todo de azul hoje. mas acabei de pensar em algo aqui que me deu vontade de voltar pra casa e trocar de roupa, ficando de preto da cabeça aos pés.

mas daqui a pouco passa.

Rybinsk

I’ve always been fascinated by the jet set and if I had the chance to come back as anyone, at any time in history, I wouldn’t want to be Warren Beatty on the set of Shampoo in 1975 or even a hippie on the corner of Haight and Ashbury in 1967. Nope. I’d want to be Gianni Agnelli on a Riva speedboat in Juan-les-Pins in 1959.

em um texto do ano passado, o Jeremy Clarkson adiciona mais uma coisa à minha wishlist: um barco Riva. de preferência o Aquariva Super, o mais barato da marca, a julgar pelo porte dos outros.

atualização: achei o preço do Aquariva Super (R$ 1,35 milhão, diga-se). parece justificar cada centavo.

então

sei lá, mil coisas...

cissiparidade

oi, tudo bem? estou completamente sem assunto, então esse post aqui tá saindo no improviso, como se fosse pra dar uma satisfação. o que tenho pra dizer é o seguinte:

- a cobertura do meu dente que está sendo tratado saiu, o que quer dizer que terei de voltar à dentista antes do previsto, que era a próxima quinta-feira;
- o Bruno me passou essa lista aqui. o problema é que eu já sei da maior parte dos itens e usei-os de forma consciente num passado recente, então sei lá;
- alguém já baixou isso aqui? é favor compartilhar;
- coisa errada na cabeça? não sei, mas fiquei com vontade de comprar um BMW E39 (a série 5), com quase 15 anos de uso, para usar aos finais de semana. e por que eu faria isso? bem, embaixo do capô da versão V8 existem 286 motivos;
- se estou indo pra Portugal mês que vem e quero encarar um Panamá em 2010, a próxima viagem internacional, em 2012, tem que ser absurda. esdrúxula. não fazer sentido nenhum, a não ser na minha cabeça. depois de pensar em conhecer umas cinco ou seis repúblicas da Federação Russa, apareceu outra ideia: atravessar a Romênia de carro. mas por quê? porque a Romênia está lá, oras;
- perdi um quilo na semana que se encerrou ontem. a meta para a que começa hoje é a mesma, como preparativo para o projeto Bahuan 2010. e é isso.

homem da semana

Pedruxo, disparado. foi lá no gramado do Sintusp com mais uma galera que não quer saber de greve e ficou por ali, pacificamente. foi o bastante pros cretinos chegarem dando porrada e chamando todo mundo de "filho de banqueiro", "filho de industrial", "burguês" e outras coisas que para mim são elogios. parabéns, Pedruxo. o Brasil está orgulhoso da resistência de você e dos outros 79 mil estudantes da USP que querem estudar de verdade.

francoatirador

(agora não tem mais hífen)

lucio says: (12:54:45)
defina o gutter twins nas suas palavras, que eu boto na folha de sao paulo sem mexer uma virgula
bahuan says: (12:55:55)
uma versão suja das noites que o morphine cantava. cru, no sentido de presunto cru (refinado e saboroso)
bahuan says: (12:55:56)
HAHAHAHAHAHA
lucio says: (12:56:27)
é. bem boa, mas assim não rola pro jornal. só pro meu blog
lucio says: (12:56:43)
que na verdade eh mais importante

atonal

talvez eu não devesse fazer isso, mas montei a lista de coisas que quero trazer da viagem. faltam dois meses, e daí? planejamento é sempre bom.

importante

eu quero isso. eu quero muito. ai.

enquanto isso, baixei aqui esse disco aqui. eu sei, é velharia, mas... eu nasci em 1981! hahahaha...

Saransk

ficar até mais tarde na quinta-feira, como tenho feito, tem seu lado bom: são quatro da tarde e o trabalho acabou, a menos que (toc toc toc) surja alguma emergência. semana que vem, assim como até meados de julho, tem mais porrada. mas podem vir todas, que dá-se um jeito aqui.

*

tenho falado demais sobre trabalho, devo estar provocando bocejos em geral que lê. desculpe, gente. nem falei que meu chefe acabou de entrar dançando aqui na sala, e que eu, ouvindo nos fones de ouvido "Don't get me wrong", do Pretenders, nem quis saber qual era o motivo da dancinha dele, levantei e imitei. se desse algum problema, diria que tratava-se de mera subordinação hierárquica.

ele disse estar possuído, aí peguei meu copo de água, disse que o conteúdo dele era bento e me ofereci pra jogar no chefe, o que ele recusou. aí ele entrou dançando na sala dele e as coisas por aqui voltaram ao normal (???). mudei pra um Gonoreggae e a vida seguiu.

*

enquanto isso eu voltei a pensar em cidades russas. minha cabeça oscila entre a França e a Rússia a todo momento, como se o resto do Ocidente fosse um saco. não é, mas por enquanto está sendo. e o que tem na Rússia? provavelmente um grande e gelado nada, mas é para lá que eu quero ir. e no meio do nada quem sabe eu não ache algo para mim...

zero quinze

me deixa sonhar contigo essa noite?

não precisa me dizer nada amanhã nem em qualquer outro dia. só quero sonhar com você hoje. sério.

19

esse aí é o heliponto da Telerj, ou melhor, um dos dois helipontos. subi lá hoje pela primeira vez, e achei bizarro: não tem uma mureta sequer para evitar que pessoas despenquem doze andares abaixo, nem mesmo fora da plataforma de pouso. deixa os emos saberem disso, e nenhum deles vai usar o Pátio Brasil como cenário de suas mortes...

óptica

a gente planta notícias na imprensa
pega pelo braço, na saída da garagem, o responsável pelo que é importante para a gente
liga em cantos obscuros do Legislativo sugerindo desfechos
reescreve o que está mal escrito quantas vezes forem necessárias até ficar bom
passa rasteira em quem planeja nos passar rasteira
põe a honra na frente de tudo
compra uma briga por dia
fica o tempo que for preciso para se resolver as coisas
e ainda ri de tudo.

caramba, que delícia.

bico

oi, tudo bem? eu estou bem, a despeito da guerra que se trava por aqui no momento. as coisas estão acontecendo de forma tão rápida que não dá para quantificar vitórias e derrotas, mas a cada dia em que uma decisão oficial não é tomada é como se avançássemos um pouco. se fosse possível procrastinar até o final do ano, seria perfeito, mas será difícil. fora isso, a casa está arrumada, mas o carro e a mesa no trabalho estão duas bagunças. prometi a mim mesmo organizar esta bazófia ao final desta semana, e espero concretizar isso.

já volto, só um minutinho...

coisas que eu nunca te disse #50

fell asleep again in front of MTV
God I'm down at the bottom
no one's singing songs for me
I can't wait for tomorrow

when you're gone and rain starts falling
I just sit here by the phone
don't deny me call me back
I'm so alone

(Röyksopp, "The girl and the robot", 2009. achei que era sobre uma menina literalmente apaixonada por um robô mas não, é sobre a paixão por um workaholic. música do ano, fácil)

confirmado

In one of the most unlikely pairings in automotive history, the tiny sports car firm of 45 staff is expected to take over a company that employs around 3,400 staff, a cherished Swedish brand that became a national icon for stability and reliability.

atualização com notícia engraçada: In a weird twist of fate, if Koenigsegg completes the purchase of Saab from General Motors, Volvo will also become a small stakeholder in its native rival. Koenigsegg, which has reportedly signed a letter of intent with GM to acquire Saab, gave Volvo 3,750 shares back in 2000 to pay for the use of its wind tunnel.

Volvo's stake in the exotic carmaker is very small, worth only about 8,000 Swedish kronor (€760 or $1,022 USD according to current exchange rates). Nevertheless, Volvo is on the books as part owner of Koenigsegg, and if the sale of Saab goes through, it will become a stakeholder by association – unless it divests itself of its Koenigsegg stock.

thallos

a Peugeot lançou um tom de cinza muito bonito para a linha 2009 dos modelos 206+ (conhecido no Brasil por 207) e 307. se você olhar de perto, vê que ele é meio esverdeado. cinza-esverdeado? hummmmm... isso me fez lembrar do tálio, um metal pesado cujo nome vem do grego thallos, que significa "espectro verde". isso porque ele é cinza mas ao redor você percebe aquela coloração esverdeada no espectro de emissão de radiação eletromagnética. olhem a dele e comparem com as dos outros elementos: só o molibdênio e o tungstênio têm espectro verde, e nenhum é páreo pro do tálio.

mas ok, deixa eu trabalhar um pouco.

uhlala

ela voltou. mais longe, mais climática, mais charmosa. aaaaah, que beleza.

xadrez

uma briga grande é difícil de administrar, mas temos dado conta. duas, e com a segunda tendo efeitos imediatos de magnitude ainda maior, é uma missão impossível. mas também acreditávamos que a primeira era uma dessas, e olha só nossas pequenas vitórias que levarão a algo ainda maior no final.

não pedimos para a coisa ficar desse tamanho e com essas ideias ridículas, mas ela ficou. só nos resta destruir tudo isso e continuar respirando.

épico

esse é o convite de casamento mais fera que já vi (achado no DesignSponge):

reverberação II

e ali, vendo aquele vai e volta de maquiagens e gravatas e sorrisos intermináveis feito um mar de coisas, uma velha pergunta se impôs à minha frente, sem que eu ainda tivesse uma resposta para ela. ou simplesmente que eu não queira aceitar a primeira coisa que disseram a respeito. mas não há nada a fazer sobre o assunto, de qualquer forma.

reverberação

oi, tudo bem? acabei de voltar do casamento da Nathalia e do Rafael. foi a festa do ano, sem dúvida alguma: a organização impecável, os detalhes impecáveis, o cerimonial impecável mas, acima de tudo, esses dois merecem. eu só posso ficar feliz de ter presenciado tamanha alegria em tão bela festa; todo o resto, como as cinco doses de uísque, o buffet (pronuncia-se "buféti") delicioso, eu dançando clássicos do panqueroque ao lado do noivo, o ambiente, as boas notícias ouvidas aqui e ali, são só detalhes para me fazer feliz.

joelheira

a Heloísa voltou a escrever. o Fabiano também.

o mundo está 12,76% melhor.

pira?

um dos meus blógues preferidos, A Pira, voltou, sabe-se lá por quanto tempo - vocês conhecem o Ricardo, ele é um gênio mas infelizmente não dá continuidade no que faz. e hoje o cara já mandou uma resenha que eu daria um braço pra ter escrito: no caso, uma crítica feita "ao vivo" de uma bandelha californiana aí, um tal de Ganglians. baixei aqui, qualquer hora ouço. mas a resenha é para já.

apicultura

hoje o Bruno me contou ter visto "Bonecas russas", que eu lhe indiquei, definindo o filme como "o melhor forever". como já disse, eu nunca vou falar desse filme aqui, esse post é só pra dizer que eu ainda não entendi a morte da Lucy Gordon e que provavelmente nunca vou entender.

livro azul

(aviso: post musical viajante)

soa dor de cotovelo falar isso no dia em que dizem por aí que é o dos namorados, embora o certo seja o dia de São Torpécio (14/02), mas o disco da manhã foi o "Loveless", do My Bloody Valentine. puta clássico, todo mundo já escreveu coisas sobre ele e a frase definitiva veio da resenha de um cara da Amazon: too much beauty can hurt. eu só estou escrevendo sobre ele aqui porque gosto de falar maiblóde, que é o jeito como me refiro à banda.

gosto de chegar e perguntar "aí, tu curte um maiblóde?", como se eu fosse íntimo do senhor Shields e tal. é um lance meio Alexandre Petillo, embora esse gordo não curta um maiblóde (vacilão). mas mesmo assim ele é um bom sujeito, bem como meu outro grande amigo Kevin Shields.

*

mas a manhã já acabou e eu decidi ressuscitar o "Bubble and scrape", do Sebadoh. um disco que na verdade eu nunca ouvi inteiro, mas lembro que baixei ainda na faculdade porque alguém falou que era bom e eu, que mexia os braços igual o Kurt Cobain e queria ser inglês, acreditei.

hoje eu sou sueco, trabalho na Telerj, tenho pouco ou nada a ver com aquela vida, mas as mp3 baixadas continuam por aí, então tenho que ouvir pra justificar, quem sabe, o trabalho que tive naquela época.

*

voltando a falar em maiblóde, das últimas 7 mil vezes que ouvi a Françoise Hardy cantar "Comment te dire adieu" (ou seja, de um dia pra cá), senti que preciso montar uma banda só pra fazer uma versão maiblóde dessa música. alguma garota disposta a cantar?

briófita

no Plano Piloto existem duas quadras que eu considero proibidas. não entro lá, não falo sobre, não quero saber se explodiu ou qualquer outra coisa. mas aí o Otto, nessa obsessão de comprar imóvel, ficou me pentelhando pra ver um apartamento em uma delas, e lá fui eu vê-lo agora cedo, na Asa Norte.

chegando lá, a surpresa: a sala é bem grande. mas ao custo de, na cozinha, só caber ou a geladeira, ou o fogão, e ainda não haver espaço para pendurar as roupas, já que área de serviço é um conceito custoso a quem projetou esses apês. e apesar de o preço ser relativamente barato (eu disse "relativamente"), minha calculadora mental já ia pensando no quanto gastaria para colocar aquilo nos eixos, e se valeria a pena. no final das contas, não consegui concluir se aquilo era viável, então continuo morando na Asa Sul por enquanto.

toivo

a grande notícia do dia: a Koenigsegg, fabricante sueca de carros insanos e de altíssimo desempenho, comprou a Saab, conterrânea que é arquirrival da Volvo e que pertencia à falida General Motors. a notícia é boa porque com isso a Saab deve, a médio prazo, deixar de ser uma mera repetidora de carros da Opel e voltar a fazer veículos com características próprias. mais do que isso, ao se tornar "independente" ela tem boas chances de ser vendida de verdade no Brasil, onde só esteve presente com 200 carros trazidos entre o final de 1991 e início de 1992.

o lema deles nos EUA é "nascido dos jatos", já que a companhia, no início, era um megagrupo que fazia desde os caças Gripen (esses que a FAB pode comprar daqui a um tempo), os caminhões Scania (que a Volkswagen comprou uns anos atrás) e os carros, negócio que há 20 anos foi comprado pela GM. conhecendo a excentricidade do novo dono, um doente (no bom sentido) chamado Christian von Koenigsegg, só posso esperar coisas boas. e que elas incluam o país da mandioca...

otimismo

(para o Gabriel)

parece que o verão chegou na Rússia. e então, bora pra lá?

saboroso

e mesmo exausto de várias batalhas, veterano de várias guerras, com o corpo pedindo arrego e a alma dizendo "chega", eu não teria como lhe dizer que estou cansado, meu amor. e a cada vez em que pensasse em desistir, a mera ideia de continuar no front valeria a pena só de imaginar o seu abraço pondo termo a tudo que não importa, inclusive o inimigo.

geladinho

lembra daquele pepino digerido na semana passada? hoje recebemos uma quase confirmação sobre a parte que ficara em aberto, dizendo que as coisas devem se encaminhar da forma que queremos. e fora isso, recebemos uma ajuda inesperada de um figurão da República, movido sabe-se lá por quais intenções. de toda forma, já vamos mexer pauzinhos aqui para compor com o cara e virar o jogo a nosso favor. e ao dele também, claro.

fogo

isto é uma ameaça: se minha perna deixar (repetindo: se minha perna deixar), eu prometo que até o final do ano viro o Bahuan da novela.

c'est plus pareil

ontem, de volta da fisioterapia, subi na bicicleta ergométrica e pedalei por quinze minutos: não senti nenhuma dor. não que eu não tenha ficado cinco meses sentindo dor a cada momento, mas estou sem a mínima confiança para voltar a me exercitar. vou repetir a dose essa noite, e aumentá-la aos poucos, e espero voltar à rotina de pumping iron em agosto.

hardtalk

comecei este texto num tom para cima, acabei me perdendo em divagações meio desesperançadas. as coisas não andam fáceis, espero que você me entenda.

Álvaro, eu te entendo.

paulada

do informativo interno da Telerj vem a notícia: MÚSICA CALMA PARA PESSOAS NERVOSAS.

O sistema de som ambiente da sede começará a funcionar amanhã, com a execução de música erudita internacional de renomados compositores. A iniciativa do projeto é da **********, em mais uma ação voltada à melhoria do clima organizacional na Telerj.

Recentemente, o sistema passou por equalização sonora para correção de ruídos e distorções e ajuste do volume para uma reprodução suave, que não interfira nas atividades dos funcionários (...) Todas as músicas serão de domínio público para que não haja necessidade de pagamento de direitos autorais. A programação terá início com peças de compositores clássicos, como Handel, Mozart, Beethoven, Vivaldi e Chopin.

juro que não sei o que pensar disso. mas meus fones de ouvido já estão a postos, caso seja preciso ouvir AC/DC, Radiohead ou qualquer outra coisa que me mantenha acordado. e não, não quero dizer que música clássica seja um porre: mas e o medo de tocarem aquelas versões estilo caminhão de gás?

autolimpante

tá no MSN do Victor: "que fase...", seguido de um emoticon triste. eu vinha voltando pra casa hoje, à pé, às quatro da manhã, pensando a mesma coisa, quando tive uma epifania: a última vez em que me senti assim era junho de 2007. aquele foi um mês difícil, e terminou com uma tragédia que me fez repensar a vida. foi uma das poucas vezes em que acreditei estar diante de um sinal divino, mas pode ser que eu tenha dado importância demais à coisa.

em todo caso, como não quero passar por aquilo de novo, já entendi o recado e agora começo a colocá-lo em prática. vou botar a cabeça no lugar e não me preocupar demais com o maior dos problemas, vou segurar a língua, não vou deixar as coisas se partirem. não é tão fácil como parece, mas uma hora consigo.

*

o dia foi de pausas, silêncios e alguns sentimentos esparramados. depois de um silêncio causado por uma corrida anódina na Fórmula 1, assisti ao Roger Federer ganhando Roland Garros, aquele que lhe faltava. catorze títulos de Grand Slam, gente. e no final ele chorando, extasiado, explodindo. foi legal demais. aí fui pro Wal-Mart comprar risoto e chocolate, e fiquei em silêncio até umas quatro da tarde, quando me ligaram para fazer alguma coisa. e depois de novo às sete.

ufa, se não fossem meus amigos eu teria passado o dia todo calado, e não seria nada legal.

*

na volta para casa, agora há pouco, uma ideia fixa na cabeça: comportamentos reais para sentimentos imaginários. eu não sei se tenho motivo real para dirigir como um louco, o que tenho feito bastante por esses dias, mas eu faço a coisa mesmo assim, como se um sentimento imaginário me compelisse. e ao mesmo tempo tenho aquela saudade portuguesa do que não conheço, do que não conheci, do que viria pela frente mas que por algum motivo já ficou para trás.

não que buscar explicação para essas coisas seja necessário, tampouco que seja bom. mas ando com vontade de escrever sobre isso... e não sei como fazer.

lambada

fui caçar bruxas, volto amanhã. boa noite!

djenial

frase da tira 1293 dos Malvados: no final da Segunda Guerra, os russos transformaram Berlim em Piauí.

adoro o poder de síntese do André Dahmer. sem ironia.

instrumento

cinco coisas legais de se ter no café da manhã:

- suco de laranja
- pão integral
- queijo
- açaí com granola
- pain au chocolat avec amandes da Boulangerie (106 sul). só provei hoje, e é a melhor coisa de lá. nota 11.

*

comecei a ler a biografia do Chet Baker, avançando cinquenta e seis páginas; um número pequeno, não chega a 15% do total. mas terminá-lo em dois ou três finais de semana não será nenhum demérito, certamente, e o livro é muito gostoso de se ler. lembro que li o primeiro capítulo no apê do Alexandre, em São Paulo, seis anos atrás, e desde então fiquei com vontade de ler tudo - o que finalmente farei agora. e que coisa, o jovem Chet também era um petrolhead.

*

assistir ao resgate do espólio do voo 447 da Air France é algo bastante triste. mas não é por isso que vamos parar de voar, certo? hoje tem um debate na "Folha de São Paulo", com o Nelson Ascher dizendo que tem medo de avião, enquanto o Ronnie Von (que é piloto), diz não ter. obviamente a discussão não fica no plano racional, afinal de contas é o medo. mas há bons argumentos dos dois lados e, de qualquer forma, eu continuo me sinto mais seguro no ar do que em terra.

*

depois daquela vitória conquistada no trabalho, na quarta-feira, uma surpresa: tudo foi colocado a perigo por gente que não deveria agir desta maneira. não deveria, mas a índole das pessoas é capaz de tudo. até de má índole, como é o caso. e antes que me acusem de não tolerar opiniões contrárias ou algo assim, esclareço: eu espero certas coisas sim, mas não de certas pessoas que, até pela posição que ocupam, têm o dever de se posicionar do nosso lado.

ontem a chefe me atualizou sobre essa lamentável manobra e, ao final do relato, disse que vencer essa queda-de-braço havia virado questão de honra para ela. já tinha virado para mim, meses atrás, mas não me surpreendi com a fala dela ontem. esse tipo de postura não costuma fazer bem à saúde, mas se bem a conheço, vai nos ajudar de alguma forma com a questão, que pode ter mais um lance importante até a próxima quarta-feira. novamente, cruzem os dedos e torçam pela gente.

*

minha mãe andou me dizendo para não estabelecer metas rígidas para a minha vida. bem que eu gostaria de ouvir, e até não as faço para certas coisas que não dependem só de mim, mas é bom ter um certo planejamento ou, no mínimo, um "onde quero estar". mas é bom lembrar que nunca é tarde para certas coisas. Leonard Cohen lançou o primeiro disco aos 34, o Tasso Jereissati entrou para a política aos 36, um chefe meu só foi dar o grande salto (para cima) no padrão de vida aos 47. como dizia Renato Russo, que não faz parte dessa galera porque alcançou o estrelato aos 26, "somos tão jovens"...

V6

a letra de "Ford Mustang", do Serge Gainsbourg, é uma tremenda bobagem. mas uma bobagem deliciosa, e ando realmente viciado nesta música já tem um tempo. começou no mês passado, depois que a ouvi em um filme, e se acentuou nesta semana: ao deixar minha mãe no aeroporto, terça-feira, vi um Mustang parado perto do meu carro no estacionamento.

desde então eu fico sonhando com esse carro que é a antítese do racional: tem um motor pouco eficiente, um acabamento nada refinado, bebe que só, não é trazido oficialmente ao Brasil e custa caro. mas ai, meu coração dispara quando vejo um e isso é suficiente para me imaginar ao volante dele, cortando o Eixão Norte rumo a algum lugar desconhecido.

reverendo

alguém aí sabe se esse twitter do Liam Gallagher é verdadeiro?

sussurro

coisas a se fazer no final de semana:

- (finalmente) começar a ler a biografia do Chet Baker
- dormir até tarde no sábado e até a Fórmula 1 no domingo (e dormir mais à tarde)
- torcer contra a seleção brasileira (pra quem você vai torcer, Fabiano?)
- cortar os cabelos. mas cortar menos os cabelos;
- levar o terno preto pra lavanderia
- descobrir o que diabos está acontecendo com o meu Virtua (descobri, era o programa de torrents)
- passar os discos do Tom Waits e do Jarvis Cocker pro iPod
- não fazer nenhuma conta
- comprar cera líquida e coisas pra comer no supermercado
- estudar uma forma de evitar um fogo amigo na Telerj
- ler a GQ Portugal que me chegou na semana passada e mal foi aproveitada até o momento
- prometer a mim mesmo que não faço nenhuma lista desse tamanho pro final de semana que vem

coisas que eu nunca te disse #49

left bank I'm waiting for someone
someone to be my friend
outside traffic's running slowly
I hear it from my window

(...)

it's raining
love is not around me
how can it get so cold

(Air, "Left bank", 2007)

escale à Portofino

- a empresa do Victor faz a besteira, a Telerj tem de ir lá explicar. aí a Telerj dá o pelé na galera, e todos os presentes deixam de criticar a empresa do Victor para descer o sarrafo na Telerj. e você lá no fundo, quietinho, enterrado atrás do notebook anotando tudo. e sem almoço, já que a coisa foi até perto das duas da tarde.
- você volta à Telerj às duas e cinco, liga para o delivery de comida e, surpresa, eles só funcionam até duas horas. na mesma hora o colega está pedindo um McDonalds, mas justo hoje o Ronald está atrasado e seu almoço só chega três e meia.
- cinco horas você tem uma consulta no final da Asa Sul, então você sai correndo que nem um doido, sabendo que vai ter que voltar à Telerj depois que a dra. Jacira Bicudo der um jeito nos seus dentes de Shane McGowan (tá, tô exagerando). e sai de lá dirigindo feito um animal na W3, cujo limite de velocidade aparentemente diminuiu de 60 km/h para 40 km/h e não trocaram as placas - mas tá todo mundo andando assim na sua frente.
- aí, um pouco antes, você lembra que esqueceu de tomar o remédio para a coluna porque ele é pra ser tomado depois do almoço e hoje você só foi se dar a esse luxo às quatro da tarde. qual a saída para não esquecer? ligar para a colega de Telerj e pedir para que ela coloque um post-it no seu monitor para, assim que você voltar lá, lembrar de tomar o remédio, o que você faz junto com a segunda chávena de chá Príncipe de Gales do dia, porque agora é fácil de achar e você pretende ter uma overdose de cafeína até o final de junho.
- de volta à Telerj, você tem: o Geólogo sem atualizações, oito páginas de relatório pro comando da Telerj a serem escritas, sua mesa com a maior bagunça do mundo maaaais dois potinhos de mostarda extraforte que o McDonald's mandou de graça, e um blógue que teve vinte posts ontem sem ter nenhum por hoje. o que fazer? colocar "Jeanne", parceria do Air com a Françoise Hardy, para tocar (no fim desse post tem), terminar de tomar o chá... e escrever. muito. furiosamente.

Jeanne (avec Francoise Hardy) - Air

Barnaul

lembra que eu disse aqui, semana passada, que quarta-feira seria um dia crucial no trabalho? pois então: descobri, minutos atrás, que aconteceu o que queríamos. quatro meses de murros em ponta de faca, discussões acaloradas, reuniões para medir quem tem o pau maior conversar de forma civilizada, dúvidas sobre a vida sexual competência dos envolvidos no processo, coisas feitas na surdina, mais murros em ponta de faca, atropelos, fogo amigo, promessas desfeitas, ódio gratuito e pago... mas a coisa agora começa a dar certo. e é uma delícia ler o resultado de algo grande e saber que aquilo começou porque a sua área, num cantinho qualquer da Asa Sul, viu a bomba ser armada e não a deixou detonar.

escrevo este vigésimo e último post do dia ao lado de um copo de Smirnoff Twist sabor maracujá. feliz, com vontade de chorar mas, ao contrário das últimas vezes em que senti isso, agora é de alegria.

novidade

(dica do mestre Felipe Chad)

quadro

você fez alguém sorrir hoje? eu fiz, e valeu a pena.

alívio

a dor de cabeça passou.

decantador

minha carteira de ações virou samba de uma nota só: comprei mais um lote de PETR4, e já vendi opções na PETRG34 para diminuir o preço médio da coisa. agora é só deixar o tempo passar e procurar alguma small cap para ir brincando, enquanto isso...

folha?

baseado no que o Pedriv colocou no Gtalk dele, aproveitei o horário de almoço e fiz um cartaz. imprimi cinco cópias e espalhei por aqui, dizendo que a Telerj está oferecendo vagas no evento para os funcionários. vamos ver se assim o bom humor predomina...

mirante

deu vontade de almoçar nesse restaurante aqui. alguém topa? enquanto isso, vou escolhendo os pratos...

vértebra

o trânsito fez com que minha sessão de RPG essa semana fosse transferida da manhã de segunda para a noite de terça. incrivelmente, os resultados imediatos duraram até a manhã de hoje, o que representa um período bem maior do que o normal. e hoje cedo tomei uma injeção de algum outro remédio que o doutor falou, mais um comprimido agora. falta só marcar a fisioterapia para os próximos dias.

é pedir demais, mas ainda espero que depois de uns dois anos fazendo essa operação de guerra, as dores passem e eu comece a andar igual à Gisa.

imposto único

um carro passa por uma blitz do Detran em frente à embaixada de Cuba, na QI 5 do Lago Sul. os policiais fazem sinal para o condutor parar, o que ele faz imediatamente e de forma polida.

"- boa tarde."
"- boa tarde."
"- o senhor está dirigindo sem o cinto de segurança."
"- estou? nossa." (olha para o corpo e vê que o cinto não está lá. surpreende-se)
"- o senhor está dirigindo assim por alguma razão?" (aponta para o cinto no braço do motorista, como se ele o tivesse desatado há pouco)
"- eu não percebi que estava sem o cinto."
"- e por que não percebeu que está sem o cinto?"
"- porque estou bêbado." (ar de seriedade)
"- o senhor bebeu?"
"- bebi."
"- a lei brasileira não tem mais uma tolerância de álcool, dirigir mesmo depois de pequenas quantidades é uma infração grave."
"- mas eu bebi muito."
"- bebeu?"
"- sim. pegue o bafômetro, eu lhe mostro." (antes surpreso, o policial começa a se irritar)
"- e o senhor não tem vergonha de ter bebido e dirigir assim? olha aqui..."
"- não tenho, e me desculpe, não sabia que era assim que devia me sentir" (o motorista faz uma cara triste)
"- olha, meu senhor, ninguém está aqui pra fuder [sic] ninguém. a gente tá aqui pra corrigir o que está errado, punir se for preciso. eu não vou ter outra escolha a não ser punir o senhor. vou ter que pegar o bafômetro e constatar isso, pra provar a sua embriaguez."
"- claro, com prazer."
"- Paranhos, traga aqui o bafômetro pro cidadão soprar."

(um minuto depois, chega o aparelho)

"- sopre aqui, por favor."
"- FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF" (o motorista sopra como se quisesse provocar um ciclone)
"- o senhor agora espere um minutinho que o resultado já vai sair."

(trinta segundos depois...)

"- o senhor está com algum problema?"
"- não. o que houve?"
"- zerou o teste. o senhor consumiu alguma bebida?"
"- não."
"- ENTÃO QUE PORRA É ESSA DE DIZER QUE BEBEU?" (o policial se emputece e faz com as mãos um sinal de que vai esganar o motorista)
"- nunca tinha feito o teste do bafômetro."
"- e como é que o senhor tinha tanta certeza de que iria fazer?"
"- porque desatei o cinto pouco antes de passar pela blitz."
"- E POR QUE O SENHOR TIROU O CINTO?"
"- porque queria ser parado."
"- E POR QUE O SENHOR QUERIA SER PARADO?"
"- porque eu estava me sentindo sozinho e queria falar com alguém. eu não aguento mais a minha vida." (o policial fica sem saber o que fazer, e com uma cara incrédula. vai até a viatura e volta depois de cinco minutos)
"- falei com o chefe, eu já tinha cumprido meu turno hoje. bora sair e encher a cara e irmos atrás da mulherada?"
"- bora. mas e se a polícia me parar?"
"- é só ficar com o cinto atado."

ciência

hmmmm, isso explica uma série de coisas que andei sentindo.

ripcord

não, eu não tirei férias nem estou procrastinando trabalho hoje, tanto é que já coloquei oito notícias no ar no .Portal do Geólogo e já participei de uma reunião com a minha chefe sobre as estratégias em dois projetos de menor monta. só que hoje, inexplicavelmente, acordei com ódio e preciso transformar isso em alguma coisa que não sejam dentes quebrados. sobrou pro blógue, coitado.

hidratante

no Gtalk do Pedro Ivo, uma frase que me fez abrir um pequeno sorriso: III Encontro Internacional de Placas Tectônicas - "Esse encontro vai abalar o mundo" - William R. Dickinson.

jardim

filme por filme, assisti "Os girassóis da Rússia" esse final de semana. não consegui pegar o começo do filme, mesmo assim entendi tudo o que aconteceu e gostei bastante, menos pela história do que pelo clima. Sophia Loren está lindíssima no filme, e as paisagens da União Soviética, tão feias, me deixavam aquela pergunta: por que o Antonio, personagem do Marcello Mastroianni, ficou no país depois que se recuperou dos ferimentos da guerra? não basta amor pra ficar ali, e confesso que acho que ele sentia mais gratidão do que amor pela garota russa que o salvou. estranho demais... mas bem, o filme é absolutamente recomendado e eu gostei muito do final, apesar de não ser nada mais do que um desfecho realista.

suspiro

acho que o pesadelo de hoje à noite está me fazendo mal. não queria mais pensar no que houve nessa história, não queria mais olhar pra trás, nem ficar procurando culpado. aí ontem à noite fui lembrado, por causa de uma banalidade que foi tratada como algo maior. na hora em que veio a primeira informação, senti meu coração desacelerando um pouco. mas logo depois não veio mais nenhuma, e eu não tive coragem de pedir pra que nunca mais me falassem nada sobre isso.

mas não adianta pedir isso aos outros se o inconsciente guarda as coisas e as vai soltando quando não temos como controlar. e assim eu, que poucas vezes lembro dos filmes que passaram pela minha cabeça durante a madrugada, lembro do de hoje com riqueza de detalhes e, infelizmente, sem poder mostrar o mesmo desprezo de certas personagens - que era assustadoramente o mesmo de quando tudo aconteceu. já era pra eu ter superado tudo isso há muuuuuuito tempo, mas parece que ficou algo atravessado, provavelmente por eu saber o que daria abrir a boca.

a arte do vacilo

eu adoro quando o Top Gear dedica linhas e linhas a destruir um carro. como diz o Jeremy Clarkson, "escrevendo um ensaio de mil palavras sobre o interior de uma bola de pingue-pongue". mas quando eles mandam na lata também é gostoso: acabei de ler a resenha do Phaeton, o modelo topo de gama da Volkswagen por lá (e um dos carros mais equivocados da história). na parte do cool factor a resposta é tão pequena quanto destruidora: it shows you have money, but also that you don't know how to use it.

só existe uma unidade desse carro no Brasil, e é do Luciano Huck.

Gales

a Aurora, importadora dos chás Twinings para o Brasil, passou a trazer o meu preferido, o Príncipe de Gales. antes só dava para consegui-lo naquela caixa com amostras de vários sabores, no qual ele é o único que presta. felizmente a situação mudou, e agora posso degustar essa maravilha produzida na China sem ter que esmolar aos amigos que viajam ao exterior. achei o meu na Casa Ouro, embora não dê pra comprar pela página deles.

nevrálgico

no porta-trecos da porta do motorista no meu carro, hoje cedo, havia os seguintes cds:

- "Pablo honey" e "The bends", do Radiohead
- "Love is hell", do Ryan Adams
- "In utero", do Nirvana
- "Like swimming", do Morphine
- "This is hardcore", do Pulp
- "First band on the moon", dos Cardigans
- uma coletâneazinha caseira que conta com "Kevlarsjäl", do Kent, "Broken heart", do Spiritualized, "So like Candy" do Elvis Costello e "Walking after you", do Foo Fighters, dentre outras

acho que por aí dá pra ter uma ideia de como tá a minha cabeça, né?

planador

isso aqui já deu o que tinha que dar. estou voltando para a Rússia.

coisas que eu nunca te disse #48

you've been trying to protect me
an insect living in your memory

(Ladytron, "Blue jeans 2.0", 2003. tem a ver com um pesadelo que eu tive essa noite)

quentão

Asa Sul rumo ao primeiro mundo. cinco graus menos e poderemos preencher a ficha de filiação à OCDE.

codificado

oi, tudo bem? não tenho atualizado isso aqui da maneira que deveria, eu sei. mas esses últimos dias foram um pouco atípicos, um pouco cansativos, um pouco demais para a minha cabeça. tem interesse de ouvir? então segure-se aí, que a coisa foi assim:

- minha mãe esteve aqui de sábado até hoje pela manhã, depois de dois anos sem colocar os pés no Distrito Federal. tive uma briga feia com ela no final do ano passado, por umas coisas desgastantes aí, e quero superar isso. nesse ponto, a visita foi muito boa - e nos outros também.
- com isso, meus horários e minhas prioridades foram viradas de cabeça para baixo, e uma overdose de coisas andou acontecendo no trabalho, no meu corpo, em outras áreas da minha vida. se já não tinha muita rotina antes, agora ela simplesmente deixou de existir.
- assisti alguns capítulos de "Caminho das Índias" e, com o perdão do termo, a novela é uma bosta. é uma séria candidata ao título de pior porcaria que já vi na TV aberta, e isso vai desde o "TV Fama" até o "Domingão do Faustão", passando pelas narrações do Milton Leite no SporTV e por aquela novela ambientada em Aparecida do Norte. salva-se, com louvor, a Marjorie Estiano, que tá linda com esse visual (e só eu acho isso), como aliás ela nunca fora (uh);
- o remédio novo para a perna tem as mesmas características dos outros: vai muito bem em certas horas e muito mal noutras. e desde ontem pela manhã estou convivendo com uma dor de cabeça insuportável e aparentemente resistente a qualquer coisa. Aspirina, Tylenol e Neosaldina não resolveram, e Anador não é remédio. alguém me sugere uma saída Bangu para essa dor?
- continuo apaixonado pelo Volvo C30, um prodígio sueco cuja linha de montagem fica na Bélgica. ganhei da chefe uma miniatura da XC90, banheirona sueca que também vi à venda na Calmac, para ficar ao lado da Ferrari 250 GT azul que adorna meu computador na Telerj;
- pior metáfora do mundo? deve estar entre as cinco piores, pelo menos;

tem outras coisas que ainda preciso dizer, eu sei; a maioria é de caráter pessoal. mas não lembrei delas e estou com sono, então podemos conversar amanhã? boa noite, vou apagar a luz.

emoção

pode dizer que você leu aqui primeiro, já que ninguém noticiou até agora: a Volvo tem uma grande novidade para a linha 2010 de seu modelo C30, que é a introdução do câmbio automático na versão básica que vem para o Brasil, equipada com motor de 2 litros. curiosamente, a caixa automática que equipa a novidade tem seis marchas e a possibilidade de acionamento sequencial, enquanto o câmbio automático das versões 2,4 e T5 tem apenas cinco marchas.

fiz um test drive no carro, ao lado da minha mãe e do vendedor da Volvo, e me lembro de, ao final da voltinha no SIA, ter dito quatro vezes "eu vou fazer uma besteira", de tão empolgado que fiquei - é lindo, relativamente barato, fácil de manter (plataforma e motor são do Ford Focus) e agora te poupa de usar o pé esquerdo. ah, claro: a novidade, segundo o rapaz da Coima, custa R$ 91.000,00. como já disse por aqui outras vezes, o meu será azul Barents com interior em couro cinza-claro.