domingo, novembro 30, 2008

mola

algumas impressões sobre "Day & age", novo dos Killers:

- tem que ser comprado hoje e ouvido hoje. porque é delicioso hoje, mas já sei que daqui a um ano vai ser uma porcaria;
- parece uma coletânea "Back to the 80s": cada momento lembra alguma coisa tipo Styx, Sade, Pet Shop Boys, Foreigner, "A night like this" do Cure... e até "La vie en rose", da Grace Jones;
- a segunda música, "Human", vai ser o centro do debate filosófico em 2009: centenas de filósofos de balada vão se perguntar, em ambientes escuros e movimentados: "are we human or are we dancer?". desnecessário dizer que, quanto mais bêbados estiverem, menos human serão.

enfim, o disco é bem legal, merece uma nota 8 ou 9. mas tem prazo de validade e eu duvido que daqui a dois anos ele seja levado a sério...

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sábado, novembro 29, 2008

go, trasher

passei ali na Livraria Cultura, atrás de um pouco de cultura (duh). voltei para casa com o disco do Last Shadow Puppets e com o DVD do "Ano passado em Marienbad". o primeiro, como já disse aqui, era uma necessidade, já que algo tão doce e orquestrado não podia ficar de fora da minha coleção. o segundo, que alguns devem conhecer apenas como inspiração para o belo clipe de "To the end", do Blur, é um filme que, confesso, me dava um certo medo de assistir.

mas medo por quê? bem, metade dos meus amigos odeiam o filme, que é francês e data de 1961. a outra metade mantém com ele uma relação de ódio... e amor. as duas coisas na mesma medida, e as duas coisas em grande medida. com um retrospecto desse, é de se assustar. pois levei-o e coloquei-o no tocador de DVD para saber logo qual era a do filme.

e agora, pouco depois de tê-lo visto, posso dizer: "Ano passado em Marienbad" tornou-se um dos meus filmes favoritos. à medida em que sua ação nada linear, sua chatice cênica e sua paranóia fazem com que se sinta vontade de abandoná-lo pela metade, as surpresas em cada corte, o belo trabalho de figurino e cenografia e a paranóia fazem com que você se apaixone, na mesma medida em que se quer largá-lo. e é aí que surge o divisor das coisas: todo mundo vê o lado ruim, e apenas alguns enxergam o lado bom junto. isso faz com que metade das pessoas o odeie e metade o ame, ainda que essas pessoas que o amam não saibam explicar o motivo.

para complicar ainda mais as coisas, percebe-se que o filme traz ligações com as idéias do movimento surrealista, por você não saber até que ponto aquilo é um sonho - se é que é um sonho - e a partir de onde aquilo é realidade. e com essa mistura do real com o surreal, "Ano passado em Marienbad" torna-se qualquer coisa de apaixonante. lindo mesmo. entrou para o meu top 10 de filmes em todos os tempos, e se alguém me perguntasse o motivo eu não saberia explicar.

a lamentar, apenas uma coisa: a edição brasileira do filme é muito mal-feita, com uma capa horrorosa, erros grosseiros de concordância na sinopse, uma breguice nos menus, enfim, triste mesmo. o problema é que um filme desse precisa ser visto com legendas em português, já que não é tão digerível de imediato.

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sexta-feira, novembro 28, 2008

Ingolstadt

já faz um tempo que repito aos meus amigos que a Audi no Brasil se tornou um grande fracasso. a "Exame" desta semana constatou isso e fez uma matéria a respeito, de onde se pode tirar que eles estão nadando e andando para o fato de que tudo está ruim.

vejamos: a marca ficou fora do Salão do Automóvel, um evento de 600 mil pessoas, para fazer uma exposição dos carros no subsolo da Bienal, para 7 mil. alguém há de ponderar que é proporcional à quantidade de gente que efetivamente poderia comprar um Audi... só que nem todos que vão à Bienal têm dinheiro: metade ali é gente afetada e mal sobrevive fazendo arte. outra parte significativa foi lá só pra poder ver o R8, o esportivo da marca. no final das contas, mal daria pra vender 100 carros para essas 7 mil pessoas - e dos 100 compradores em potencial, 80 já têm Land Rovers, BMWs, Mercedes.

depois você vê a outra "estratégia" do marketing da Audi Brasil: patrocinar feiras de iates, mostras de arte e desfiles de moda. o erro é o mesmo da Bienal, embora em proporções ligeiramente distintas. ao promover o carro num desfile de moda, por exemplo, o máximo que vai acontecer é que duas patricinhas vão pedir um A3 Sportback aos pais ou ao cônjuge. aí tem a frase do diretor-financeiro da empresa, que também é presidente interino: "A Audi prefere trabalhar com mais lucratividade, menos concessionárias e isso significa menor volume de vendas".

traduzindo, percebe-se que esse tal Jan Ebersold fala merda: um Audi A4 3,2, que é um carro do segmento D, custa R$ 230 mil, enquanto um Volvo S80 3,2, um carro do segmento E (maior, mais luxuoso, mais espaçoso), custa... R$ 199 mil. não dá nem para botar a culpa no motor, porque os dois carros possuem limitador de velocidade a 250 km/h. não dá nem para comparar com Mercedes-Benz e BMW: para quem não tem dinheiro para comprar nenhuma das três marcas, elas estão no mesmo patamar. e qualquer pessoa com grana para um sabe que a Audi está um degrau abaixo de ambas, no nível da Volvo - uma é a VW de luxo, a outra é a Ford de luxo.

desse jeito, é claro que a Audi vai continuar vendendo pouco, seus carros usados vão depreciar como se coreanos fossem, sua manutenção será cada vez mais onerosa, e toda aquela aura dos tempos da Senna Import vai se perder - até porque agora que o Bruno Senna está com um pé e meio na Fórmula 1, sua família não está mais comandando as operações da marca das quatro argolas no Brasil.

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fulereno

oi, tudo bem? sei que as atividades por aqui não andam muito movimentadas, mas estou trabalhando, já há dois dias, em um post explicando tudo. domingo deve estar por aqui... tudo em câmara lenta, como diz o nome do lugar. me perdoa?

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quinta-feira, novembro 27, 2008

Oremburgo

Ich möchte hier unheimlich ein paar Worte schrebien, aber kann leider nicht. Nur wenn du nicht immernoch am lesen bist.

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quarta-feira, novembro 26, 2008

paládio

um dia de alguma movimentação
algumas mãos apertadas
o surgimento de uma questão vetorial a respeito de algumas esperanças
tempo bem aproveitado
um texto que surgiu a partir de nada, e que sexta-feira vai se tornar alguma coisa
chocolate em doses homeopáticas
as solas do sapatos gastas no corredor
e a vontade de voltar para Vênus, ou pelo menos ir até depois do Plano Piloto.

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terça-feira, novembro 25, 2008

Rostov-on-Don

a Lisa me disse que ela fica um pouco frustrada de ter nascido para ser acadêmica e dar aulas, ao invés de para ser empresária. eu me sinto assim também, com a diferença de que nasci para ser assessor. o tragicômico da história, mais do que não ter nascido para isso, é saber dessa condição. mesmo assim, ela acredita que vai ser feliz, e eu tenho essa certeza – tanto para a vida dela quanto para a minha.

daí ela me falou da vontade que tem de, depois de encher as burras de grana com tecnologia, de investir em um determinado setor e, com o tempo, abrir um banco de microcrédito na Ásia. pelo sim, pelo não, já estou mandando meu currículo para ela, caso o banco abra filial em alguma república russa.

*

aniversário do Victor hoje: liguei para dar os parabéns e ele soube em primeira mão da minha dor no braço esquerdo, fruto de algum exercício mal-feito na academia durante a sessão de ontem. a resposta dele foi, de certa forma, um consolo: no pain, no gain, disse ele, evocando o Arnold Schwarzenegger em "Pumping iron". espero que a situação do braço melhore de verdade até o final da tarde, para que eu esteja lá cumprindo isso à risca.

se não der para o braço, paciência: há uma esteira ergométrica ali para isso. e, voltando ao assunto original, parabéns ao Victor.

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undici

palandi diz:

Lúcio, eu gosto de uma música do phil collins

palandi diz:

uma só, juro

palandi diz:

de zero a dez, quanto é isso em vexame?

lucio diz:

11

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segunda-feira, novembro 24, 2008

Arkhangelsk

o dia começou a ser ganho ontem, quando vi no Correio Braziliense que aquele frio gostoso permaneceria até quarta-feira. aquela atmosfera cinza me animou a ir para o trabalho e me deixou concentrado nas coisas, focado no que era preciso melhorar, bem-disposto pra caramba. e, embora o dia não tenha sido um primor de produtividade - até porque a minha área precisa acompanhar um outro órgão, cuja vontade de trabalhar é alheia aos nossos interesses - foi bem legal.

quando o céu começou a se abrir e o sol apareceu já era tarde para me desanimar. espero que amanhã e quarta tenhamos mais gun metal skies, quem sabe até com um pouco de chuva.

*

esses dias eu estava namorando um casaco Marc Jacobs que estava por apenas 80 dólares na Saks Fifth Avenue, até que de ontem para hoje acabaram as peças do meu tamanho. foi uma pena, mas por outro lado o meu bolso agradece: acabei ficando com o plano B, uma Levi's 501 que sai por míseras 36 doletas na Amazon - sorte que não haverá gastos pro meu laranja de confiança buscá-la.

já ontem me deu uma vontade arrasadora de comprar o disco do Last Shadow Puppets e o último do Interpol. fui até à Fnac, que não tinha um e cobrava uma punhalada pelo outro... e não levei nenhum. mas a vontade ainda não passou. o certo é que tenho de colocar uma coisa na cabeça: enquanto não comprar meu iPod, não posso comprar nenhum cd. só assim para eu aprender a priorizar as coisas certas.

*

coisas atrasadas: cortar os cabelos, levar o terno para a lavanderia, almoçar com o pessoal da XP. tem que dar tempo nesta terça. tem que dar. de quebra, visito a corretora e lembro que o lugar do meu dinheiro é na Bovespa, e não em um apartamento no Cruzeiro Novo. trabalhando na Telerj, o risco de perder o cargo é quase nulo, então um viva à possibilidade de correr riscos, enquanto não boto o bloco na rua da iniciativa privada.

*

you're so young, so sweet, so surprised
you look so young
like a daisy in my lazy eyes


ah sim, é por isso que quero o último do Interpol :)

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domingo, novembro 23, 2008

C.

descobri mais um belo disco lançado esse ano, desses que provavelmente só eu vou acabar gostando. não importa: logo logo escreverei mais sobre ele.

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Lajtabánság

final de semana cheio de aventuras para o paladar. começou com o Wrap and Roll na sexta-feira: é tudo o que você quer de um restaurante moderno, mas ainda não sabe. tem wraps deliciosos (recomendo o de salada caesar), tem risotos (que eu não provei), saladas (que eu também não provei), smoothies reforçados - o de doce de leite é um, com o perdão do trocadilho, um deleite.

a decoração é meio boate, meio consultório odontológico: móveis modernos e muito branco, mas nada que macule a qualidade da cozinha, que ainda tem sodas italianas, que eu adoro. finalizando, fica em um dos melhores lugares de Brasília: a QI 11 do Lago Sul, ao lado do showroom da Audi. é perfeito para um lanche sem compromisso, merecendo aí uma nota 9 - só não leva 10 porque a decoração deixou o ambiente artificial, porque a comida realmente é 10.

*

no sábado, a bola da vez foi o Gendai, um novo japa na 403 sul - que já conta com o Nippon, que ainda não provei. o ambiente de lá, ao contrário do Wrap and Roll, é ótimo: mesas aconchegantes, climatizador na potência certa, iluminação que cria clima. trata-se de um rodízio on demand, mas que também tem pratos à la carte. no primeiro caso, você diz o que quer e lhe vão trazendo à mesa, sem que você precise desfilar na passarela dos pratos. uma salva de palmas para o formato e para a rapidez com que a comida, muito boa, chega até você. contra o Gendai, algumas coisinhas pequenas: primeira delas, os garçons falam demais, sugerem demais, têm textos decorados demais. segunda, é de uma rede de restaurantes, o que tira alguma coisa da espontaneidade, embora você pouco vá descobrir até o final. e o temaki de salmão com cream cheese é de comer ajoelhado. nota 8, porque me senti um tanto pesado após sair de lá - e olha que nem comi tanto. mas ainda é o bastante para um empate técnico com o Haná como meu restaurante nipônico preferido em Brasília.

*

e hoje, domingo, foi a vez do La Chaumière, aquele pequeno restaurante francês da 408 sul: apenas sete mesas, participação direta dos proprietários na confecção dos pratos e no serviço, cardápio enxuto e sem concessões a modismos. certa vez o João Pereira Coutinho disse, a respeito do Sujinho (em São Paulo), que a bisteca do lugar deveria figurar no Smithsonian com a legenda "assim se comia bem no século XXI". apesar de concordar com o cronista sobre esta, creio que deveria convidá-lo a conhecer o filé à Bérnaise do La Chaumière, que merece no mínimo a mesma láurea.

pois o pequeno restaurante, há vinte e dois anos figurando no Guia Quatro Rodas, tem ainda um pão de alho de entrada que é qualquer coisa de soberbo, um serviço de primeiríssima e o ambiente mais gostoso em que me meti durante todo esse mês. fiquei curioso pela sobremesa mas, abalado pelo delicioso filé (acompanhado de batatas sauté q.b.), não consegui arrumar espaço para um doce ao final. não importa: a boa impressão do La Chaumière já estava indelével em mim. nota 9,5, e uma posição entre meus três restaurantes preferidos no DF.

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sábado, novembro 22, 2008

em casa

consegui achar o guaraná Jesus de 2 litros. seis reais por uma garrafa de refrigerante? de vez em quando é pra pagar, com gosto e sem reclamar. e a sensação de comprar algo tão outsider é legal demais.

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sexta-feira, novembro 21, 2008

Norman Bates

tá aí um filão não explorado: o de antidepressivos veterinários. tem algum farmacêutico lendo este blógue?

Morte de dono leva papagaio a tomar antidepressivo

Um papagaio-cinza tem sido medicado com antidepressivo depois que o seu proprietário morreu na Inglaterra, há nove meses, informa o The Sun. De acordo com o jornal, Glum Fred estaria deprimido com a perda do seu dono, o britânico George Dance.

O animal passou a arrancar as penas do pescoço e a balançar a cabeça para cima e para baixo, sintomas possíveis de trauma psíquico.

Especialistas acreditam que Glum Fred entrou em profunda depressão e não consegue entender os motivos do desaparecimento de George, que o cuidou desde filhote. Segundo veterinários, as aves tropicais são muito emotivas.

"Ele está neste estado desde que o meu marido morreu. Fred e George eram muito próximos", afirmou a viúva, Helen, ao The Sun. No entanto, o animal apresentou uma melhora depois que começou a tomar duas doses diárias de antidepressivo líquido.

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Királyháza

tem algumas histórias que parecem absurdas demais, mas existem. estou lendo alguma coisa aqui sobre a cidade de Uzhhorod, no oeste da Ucrânia. a cidade começou o século XX como parte do Império Austro-Húngaro e, em 1919, depois da primeira guerra mundial, a Tchecoslováquia anexou o estado da Zacarpácia, onde fica Uzhhorod; em 1938, a cidade foi transferida à Hungria, permanecendo com os magiares... por sete anos, até que, com o final da segunda guerra mundial, foi incorporada à União Soviética. com a derrocada dos comunistas, em 1991 a Ucrânia proclamou independência e levou Uzhhorod, uma cidade cuja população é 77,8% de origem húngara.

entendeu ou quer que desenhe?

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quinta-feira, novembro 20, 2008

blindness

o Ricardo está indo pros EUA no mês que vem. só pedi duas coisas a ele: um par de óculos escuros e um removedor de manchas em roupas. parece que nenhum removedor nacional as tira a contento, e vi uma boa recomendação de um produto americano. espero que ninguém na alfândega encha o saco quanto ao conteúdo.

*

incrível como um Sonho de Valsa pode te fazer ser bem melhor tratado. descobri isso essa semana, e daqui pra frente será assim. isso me faz lembrar de uma história: quase três anos atrás eu conheci um amigo que tinha um problema de saúde um tanto curioso: ele tinha tanto hipoglicemia quanto diabetes. ou seja, estava entre a cruz e a espada na hora de comer, e por isso nem podia consumir bebidas alcoólicas, pelo que me lembro.

eu sou uma pessoa doce, mas tento sempre lembrar do caso dele e não abusar da minha doçura - tampouco deixá-la cair em mãos erradas.

*

comecei a assistir "Separados pelo casamento" e, apesar da Jennifer Aniston, não consegui suportar tamanha chatice. levou vinte e cinco minutos para que eu mudasse de canal, mas bem antes disso eu já estava com a cabeça em Vênus: o filme é ruim demais. tô vendo que esse final de semana terei de comprar o DVD do "Casino Royale" e começar a andar com ele para cima e para baixo...

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quarta-feira, novembro 19, 2008

rútilo

às vezes uma pequena mudança na rotina traz grandes efeitos. ontem precisei tomar um táxi para buscar meu carro na concessionária, onde ele estava para corrigir um pequeno problema, que eu mesmo causei. no caminho, o motorista falava do trânsito em Brasília, e quando contei o caminho que fazia para voltar da Telerj para casa, ele me deu uma sugestão: andar por baixo mais um par de quadras, antes de subir ao Parque da Cidade.

segui a sugestão dele. saindo da 304, passei pelo caminho indicado, e vi um monte de árvores floridas num canteiro central e, do lado direito, os alunos de uma escola saindo da aula. e me senti bem vendo aquela cena, por pior que o trânsito pudesse estar - estava um pouco mais lento que o normal. a paisagem daquele pequeno trecho entre a 304 e a 904 sul, que bem poderia estar em alguma cidade de médio porte dos EUA, me fez lembrar, mais uma vez, que eu amo essa cidade. na semana passada o Craudio disse, como se eu tivesse alguma dúvida, que Brasília é a cidade. e eu só concordei.

enquanto isso, no tocador de cds do meu carro rolava o primeiro do Interpol, uma pequena obra-prima. desde o final de semana passado estou com "Hands away" na cabeça, sem motivo aparente. gosto daquele clima de flutuação que fica durante toda a música, coisa das guitarras, aquela sensação de que a música te leva a flutuar, mas com uma sensação tensa, apesar do seu corpo relaxado. dizendo assim é estranho, mas não é porque sentimos algo que existem palavras para definir a sensação.

e de alguma forma, o disco, a paisagem, a direção do carro e a sensação causada por uma pequena mudança fizeram com que eu me sentisse feliz naquele momento e tivesse consciência disso.

*

pouco depois, decidi adiantar minha ida à academia. além de pegar menos gente lá dentro (academia boa é academia vazia, mind it), saí de lá bem na hora do poente. e foi gostoso voltar pra casa enquanto a luz natural se apagava, enquanto pensava que estou mais forte do que ontem. de qualquer forma. e essa mudança de horário, tão banal, também foi boa. se vou adotar o hábito é outra coisa, mas é bom saber que continuo me sentindo bem com essas coisinhas frívolas...

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Auburn Hills

o herói do dia:

Noel Gallagher salva Bond Girl de furto em Londres

Noel Gallagher mostrou seu lado heróico e evitou que o cachorro de Caroline Munro, que interpretou a Bond Girl do filme 007 - O Espião que me Amava, fosse furtado em Londres, segundo o site Female First.

O cantor é vizinho da atriz e estava passeando pelo bairro quando viu jovens tentando roubar o labrador de Caroline, que estava dentro de um supermercado e tinha deixado o cachorro amarrado do lado de fora.

Os bandidos correram quando Gallagher chegou gritando. "Noel foi valente. Eles podiam estar com uma faca, mas ele não ligou", disse uma fonte que presenciou a cena.

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terça-feira, novembro 18, 2008

peixe

Um dia desses meu amigo Bradock conheceu uma gostosa; ela para ele: “Parabéns teu perfume é gostoso” e ele para ela: “que isso, é impressão tua, são seus olhos”.

pois é, agora O CARA tem blog.

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Murmansk

alguém pediu ao meu chefe uma missão que não era exatamente para a nossa área. meu chefe pediu para uma amiga fazer o serviço. ela estava ocupada, eu fiz. em meio a portas que não se abriam, à lama que a chuva formava, à exigüidade do tempo - e tudo isso sem metáforas, apenas o sendo literal. encerrada a prospecção da missão, vou lá debatê-la com o chefe e ele tece um elogio ao trabalho.

naquele momento era tudo que eu precisava. ele sobe para discutir com o chefe dele - que é o número 1 na hierarquia - e o chefe do chefe manda mais um elogio ao trabalho, que me é retransmitido às sete e quarenta da noite, depois de uma vigília necessária, na minha baia.

provavelmente a gente faz um bom trabalho todos os dias, mas é bom quando alguém lembra disso.

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doppia vita

non si dimentichi di una cosa, amore mio: io non sono nato ieri.

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segunda-feira, novembro 17, 2008

Vologda

acabei de voltar da academia... o instrutor me passou as séries 8 e 9. toda vez que começa uma nova série eu penso "agora meu corpo vai pedir arrego". mas, que nada: eu respiro fundo, sem reclamar, e começo a fazer a série até meu corpo pedir arrego e para que pelamordedeus eu me arraste até em casa. o que eu realmente faço, mas só depois do dever cumprido. e hoje, antes de me dizer que a próxima série será mais leve, "porque seu corpo não pode trabalhar a 100% o tempo todo", ele pediu para que eu evitasse, durante esta série, deslizes na alimentação.

sorri amarelo e pensei numa saladinha de carpaccio. fi-la assim que cheguei em casa e não ficou ruim, embora eu ainda tenha um longo caminho até virar o Craudio e começar a fazer coisinhas saborosas. mas uma hora aprendo, fazendo errado até dar certo.

*

vontade de escrever poemas, de voltar a estudar em italiano (e a escrever metade deste blógue em italiano), de ter um projeto com começo, meio e fim. de consumir mais alface americana, tomar açaí no café da manhã, aprender a nadar, escrever mais um livro - quem sabe dos poemas que eu fizer. de viajar a Portugal, alugar uma ponta de picolé no Lago Norte, passar um mês inteiro usando roupas azuis e brancas - e mais nenhuma cor. de mandar flores pra ela, beber lambrusco. é muita vontade, é pouco para mim, mas eu vou atrás de tudo isso: pode me cobrar, meu amor.

*

"depois dos bananas de pijamas, o laranja de pijama" - Rafinha Bastos, sobre o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta - que está processando o Estado por permitir que fosse fotografado algemado, em um pijama.

*

bem, já que ainda pode haver alguém lendo, vai uma dica de página a visitar: eu tenho uma queda por construções abandonadas, especialmente as industriais, e vi no English Russia a página do projeto Abandoned, de várias edificações russas cujas construções foram interrompidas. acho que a maioria das pessoas não gosta ou não se interessa, mas eu sinto uma certa tranqüilidade quando vejo esses prédios. e a sensação de que o tempo parou e que, em alguns casos, isso não é nem um pouco ruim.

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Krasnoyarsk

dia desses eu contei a um amigo que, dependendo do nome de algumas meninas, dá para se adivinhar a idade dela, ou pelo menos chegar perto. tivemos aqui no Brasil uma série de ondas de nomes femininos durante a década de 1980, bem definidos, então a previsibilidade é das grandes. por exemplo: se você cruzar com uma Pamela ou uma Suellen, ela tem entre 25 e 28 anos. culpa do seriado "Dallas", que a Globo passou a exibir aqui a partir de 1980, e que contava com uma Pamela e uma Sue Ellen.

entre 1981 e 1985, o país viveu um boom de Dianas, evidentemente motivado pelo casamento do príncipe britânico. por conta da pronúncia do nome, temos hoje uma profusão de Daianas e Daianes, sendo que 95% delas nasceram durante esses quatro anos. entre 1983 e 1986, houve uma profusão de Carolines e Stephanies, graças às princesas jet-setters de Mônaco - Stephanie era a porralouca que gravava discos e Caroline teve mais um casamento de princesa; por tabela, as Carolinas, com "a" no final, também tiveram um pequeno impulso nos registros em cartórios de pessoas naturais.

outro nome que teve uma onda nos nascimentos, e que hoje tem várias representantes entre os 20 e os 23, é Jaqueline. não consegui identificar o evento que deu origem a essa explosão, e as minhas suspeitas sobre Jackie-O não bateram - afinal de contas, a ex-primeira-dama dos EUA só esteve em evidência no ano final desta febre, 1988, quando sua enteada Christina Onassis morreu. provavelmente existem outros nomes por aí que são frutos de uma época da história das revistas de fofoca, mas imagino que tenhamos vários casos de meninas de dez anos chamadas Sasha e de outras, recém-nascidas, chamadas Ivete.

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domingo, novembro 16, 2008

rise up

e eis que um grupo de forró chamado Cangaia de Jegue pegou "Rise up", uma farofa eletrônica do Yves La Rock que foi sucesso no ano passado, e fez uma versão em português, chamada "Dança do ice". tirando pelo remix do Born Ruffians para "Keep cooler", da Nancy, essa aqui é a melhor música do ano no Brasil.

(atualização às 21:29): o Craudio gentilmente me passou um link onde dá para ouvir a versão de estúdio da música:

 Cangaia de Jegue - Dança do ice

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listinha

campeonatos de futebol mais legais de serem assistidos na tevê:

1. Champions League (Liga dos Campeões européia)
2. FA Cup Premier League (campeonato inglês)
3. Bundesliga (campeonato alemão)
4. campeonato brasileiro
5. Serie A (campeonato italiano)

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sábado, novembro 15, 2008

garapa

ontem eu pensei seriamente na idéia de tomar sol. é, pegar um bronze, tostar um pouco, essas coisas. e confesso que a idéia ainda não saiu da minha cabeça por completo. mas meninas, por favor, continuem branquelas ou, se possível, num degradê de branco. o mundo agradece.

*

querendo ter na coleção o primeiro do REM, estive agora há pouco na Fnac e peguei o "Murmur" para consultar o preço. quase não acreditei ao passar no visor e ler "DE 32,99 POR 32,90". nove centavos de desconto, meu deus, é muita generosidade. fiquei tão emocionado que pensei, por um momento, em mandar o gerente da loja tomar naquele lugar mítico. certamente seria mais legal do que economizar nove centavos.

*

fechei a porta do carro em cima da minha carteira e, resultado, o cartão de um dos bancos empenou e a porta não abre por fora. inferno astral depois do aniversário?

*

alguém aí tá servido de um pastel de belém?

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sexta-feira, novembro 14, 2008

atlas

pelas contas do Instituto Eduardo Palandi, o pior país do mundo é o Azerbaijão. esta pequena república banhada pelo mar Cáspio bateu concorrentes como a Coréia do Norte, o Djibuti, a Bolívia e o Iêmen, simplesmente porque faz fronteira com a Rússia (ao norte), o Irã (ao sul) e a Geórgia (a oeste). além disso, o pequeno litoral do país é poluidíssimo, com extração de petróleo desregulada por todos os lados e, diz o livro mundial da CIA, rola uma corrupção endêmica por lá. para piorar, até menos de vinte anos atrás o negócio por lá era o socialismo. que droga!

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quinta-feira, novembro 13, 2008

recuo da bateria

primeiro uma grande notícia: a Nancy levou o prêmio HTTPSOM, do Instituto Sérgio Motta. um pequeno grande passo para o Lago Norte. parabéns à banda, nota dez.

*

pensei em redigir uma carta à General Mills, agradecendo pela existência do Häagen-Dazs sabor cheesecake de morango. eu sei, há sorvetes artesanais muito melhores lá fora. mas mesmo assim, como desprezar esse aqui? o fato é que amanhã vou comprar uns. de mirtilo ou de tapioca, de creme com castanha ou de Bailey's. e vai ser isso que vou comer à noite, ponto.

*

adiantei umas coisas na Telerj hoje para trocar os limpadores de pára-brisa do carro, cujo desgaste natural aconteceu - ele chegou a 40 mil quilômetros na semana passada. às vezes pareço preocupado demais em trocar meu carro, mas eu o adoro e estou aproveitando bastante o que ele tem. pensei até em botar os bancos de couro nele, o que vocês acham? adoraria ouvir uma opinião nos comentários.

*

prometi a mim mesmo, uns dias atrás, que acompanharia a nova temporada de "Gossip girl". falhei miseravelmente. alguém sabe a que horas passam as reprises dos finais de semana, por favor?

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quarta-feira, novembro 12, 2008

fi

parecia que eu tinha uma tonelada de assunto para colocar aqui. cheguei na frente do computador e não saiu nada. contei até dez, comi um pedaço de chocolate, contei até vinte, li uns outros blógues... e nada. me perdoa?

*

passei pelo Conjunto Nacional agora à tarde. umas lojas novas por lá: M. Martan, L'Occitane, Alfaiataria Paramount. curiosamente, todas de perfil mais caro, todas grandes; é estranho que tenham se instalado por lá. mas eu gostei, e devo voltar lá na hora certa. enquanto isso, passei na Zara e me atualizei, com duas camisas novas.

*

o Roissy foi a Toronto e de lá voltou com mais um post antológico, que vale muito ser apreciado. até coloquei um link pro blógue dele, além de um para a página da Nancy - entre lá e ouça o remix que o Born Ruffians fez para "Keep cooler" - é lindo.

*

bom, por hoje é isso. se você lembrou que hoje é meu aniversário, obrigado - esse ano muita gente lembrou e eu fiquei bastante surpreso com isso. se você não lembrou, não tem problema: aniversário é como um dia qualquer, nem especial nem o fim do mundo :)

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coisas que eu nunca te disse #36



todos os dias, antes de dormir
lembro e esqueço como foi o dia:
«sempre em frente, não temos tempo a perder»


(Legião Urbana, "Tempo perdido", 1986)

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terça-feira, novembro 11, 2008

on the wall

graças à Heloísa (que precisa atualizar o blog, assim como o esposo) eu descobri a Design Sponge, uma página sensacional sobre decoração - a melhor que já vi até hoje. e não resisti a comentar aqui do concurso que eles estão promovendo: o do travesseiro (ou almofada) mais feio. tá aberto ao voto popular até o dia 18, hahahaha. eu já vou escolher um aqui...

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nadie

frase do dia: "family is not a word, it's a sentence". a Lisa viu essa frase na boca de alguém de "Os excêntricos Tenembaums". assino embaixo.

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Mambucaba

resumo das atividades desenvolvidas hoje:

- um chá de camomila me deixou com sono;
- o Otto veio com a teoria de que "funcionários públicos podem ser playboys", ao passo em que eu acredito exatamente no contrário: trabalhar pro governo, a menos que você seja embaixador nomeado por questões políticas, é excludente de playboyzismo;

- o "The three EPs", da Beta Band, me deixou com sono;
- aquele parecer de sete páginas que fiz na sexta-feira passada ganhou um pouco mais de corpo, e quase chegou a oito. o que eu não sabia é que nosso interesse em ver as coisas mudarem é marginal, ou seja, posso ter escrito muito para tão pouco interesse da Telerj. mas vai saber...

- estou precisando de duas mãos para tapar o rosto durante os bocejos, de tanto sono que me deu;
- hoje é aniversário deste blógue, que completa seis anos. quanto tempo será que dura?

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segunda-feira, novembro 10, 2008

107%

não acredito. hoje deu tempo de tudo. vamos ver:

- academia, com 20 minutos de corrida: meu recorde era de 14? não é mais;
- farmácia (vitaminas, antigripal, bloqueador solar);
- supermercado e padaria: torta de maçã, pão recheado de muçarela de búfala e tomate seco, refrigerante Mate-Couro sem açúcar, coisinhas outras por aí;
- fiz a atualização do Portal do Geólogo em tempo recorde, mesmo sem uma pauta preparada.

mas tudo isso com uma reunião de SEIS HORAS no meio. das dez da manhã às quatro da tarde, sem pausa sequer para o almoço, sem direito à condicional. mas deu tempo e deu tudo certo. vitória!

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noir

domingo, novembro 09, 2008

tetrationato

em tempo: "Quantum of solace" me deixou com ainda mais vontade de ir pra academia ficar forte e resistente. essa semana os 14 minutos na esteira vão virar 20. e tenho dito.

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delírio

e então o final dessa semana foi assim:

- sexta-feira à noite: fui pra academia e as máquinas de ski cross estavam todas ocupadas no momento em que eu precisava esquiar. sem alternativas, fiquei na esteira, correndo, e bati meu recorde de corrida ininterrupta: quatorze minutos, à velocidade 10,1. nunca tinha corrido tanto na minha vida, e ainda corri mais seis minutos no final da série. em seguida, fui com o Lelo comer alguma coisa no bar medieval, mas não havia muito o que se comer por lá. acabamos indo àquela barraquinha de lanches na 409/10 norte, onde tem o sanduíche Mike Tyson. ao chegar lá, presenciamos uma reca: uma menina barraqueira ficou com raivinha porque um cidadão pediu para que o primo dela, um boca-suja, parasse de falar palavrões. até o garoto viu que se excedia no vocabulário, mas a prima achou ruim e queria partir pra cima do autor do pedido, que era coberto de razão por todos os presentes.

aí chamaram a polícia e a moça acabou tendo que se explicar na delegacia, não sem antes usar do "você sabe com quem está falando?", de tentar agredir o rapaz com uma cadeira (quase que sobra para mim, nessa hora - eu estava perto da mesa de onde ela tirou a arma de plástico branco). foi uma cena patética, e a barraqueira deve ter dito dois mil palavrões durante toda sua atuação - Lelo e eu achamos que ela devia estar louca de pó. mas teve seu lado triste: se homem falando palavrão já é algo desagradável, mulher é triste. não que elas não tenham o direito, mas porque é triste ver que pegam a pior parte dos homens, abdicam de sua feminilidade e tal, como já disse aqui algumas vezes. e depois dessa, comi meu sanduíche e fui pra casa dormir.

*

- sábado: a idéia original era almoçar e, em seguida, assistir "Quantum of solace". fui comer no Xique-Xique, mas depois não fui ao cinema, não animei. como não estava animado para o programa da noite: uma pizza com o pessoal da Telerj. mas que fique claro: era uma pizza com todos que trabalharam numa área da Telerj desde 1998, ou seja, eu não conhecia de 80 a 90 por cento das pessoas que iriam. como era na casa da chefe, meno male, mas enfim... era um daqueles compromissos que eu normalmente pagaria para não ir, mas eu tinha que ir.

armado de três latas de guaraná Jesus, aportei no Lago Norte e fiquei lá, sem assunto por um tempo, até que alguns amigos contemporâneos apareceram e a conversa fluiu. pouca coisa sobre trabalho, algumas sobre carreira, umas tantas sobre frivolidades. não foi tão ruim, devo admitir. aliás, perto do que eu esperava, foi bem razoável, apesar de um susto no final da noite. mas esse medo foi uma nova prova da teoria de que festinhas de trabalho são sempre constrangedoras.

*

- domingo: queria comer galeto, acabei no McDonalds. e com um sorvete horrível da Kopenhagen, que eu recomendo vivamente que não comprem - até porque, pasme, é mais caro que um Häagen-Dazs. logo depois, "Quantum of solace", sozinho. alguém aqui já ficou com os olhos brilhando por causa de um filme que você ainda está assistindo? eu fiquei assim desde os primeiros segundos do novo 007 até o final de sua abertura. e mesmo depois, ainda estava entusiasmado.

aos fatos: o novo James Bond é nota 8,5, contra os 9,5 do "Casino Royale". e não perde por ser pior, mas por ser exagerado. os efeitos visuais nas cenas de ação são exagerados, as tramas do roteiro exageram na confusão, há um desequilíbrio na participação das Bond girls no filme - há muita Olga Kurylenko e pouca Gemma Arterton. mesmo assim, vale muito a assistida. como também está valendo esse "Meu novo amor", um filminho watersugar com a Mandy Moore que estou assistindo agora. quem sabe depois eu fale mais do 007... enquanto isso, boa noite, tenham todos uma boa semana.

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Bregenz

uma resenha de um filme de ação no Portal do Geólogo? claro que tem!

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sábado, novembro 08, 2008

epifania

Ich habe zwei Fragen hier. aber ich denke, dass niemand mir die Antworten geben kann.

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mínimo de consolo

o novo filme do James Bond, "Quantum of solace" (em tradução aproximada, "mínimo de consolo") estreou ontem nos cinemas brasileiros. para marcar a data, o Alê botou no ar um texto que fizemos à época do "Casino Royale" sobre o que se pode aprender com James Bond. pena que não tá atualizado, mas enfim, é inédito.

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sexta-feira, novembro 07, 2008

rima

então a coisa no meio da semana foi assim:

- quarta-feira à noite: Carol, Lara, Érico e eu fomos a uma festinha na 201 norte, quadra que bem poderia ser conhecida como "Acrópole", pela quantidade de escadarias mal-planejadas na comercial: elas são um convite para tropeços, tombos, torções e outras coisas que comecem com T e tenham a ver com equilíbrio. o lugar da festa, um barzinho chamado Balaio, tem uma decoração horrorosa. no nível da rua, velhos magros - aqueles que se acham artistas, sabem? - tomavam Bohemia e faziam pose para câmeras imaginárias, enquanto riam alto de comentários ensaiados em casa. ninguém ali se vestia de modo satisfatório, mas pensando bem era todo mundo feio mesmo. assim que vi aquilo, mandei uma mensagem pra ela, dizendo que a festinha era uma fria.

no subsolo, a pista de dança recebia cerca de nenhuma pessoa, situação que se agravou quando o DJ mandou "Psycho killer", dos Talking Heads - não estamos mais em 1983 e ninguém mais sabe que é pra fazer fafafaf no refrão. a música continua boa, é fato, mas se no andar de cima só tinha quarentão, no andar de baixo só tinha gente de quatorze anos. o pior foi a mesa de pingue-pongue que colocaram no ambiente ao lado da pista de dança: tinha uma molecada que trouxe de casa as próprias raquetas, e realmente se empolgaram com a idéia de que havia uma festinha com tênis de mesa num ambiente mal iluminado. como só havia sofás nas duas extremidades desse ambiente, arrumamos um para nos espalhar, mas irremediavelmente éramos bombardeados por bolinhas de gente grossa no esporte e que nem tinha idade para estar ali.

com o Detran de Brasília ainda em greve, vi que era uma boa idéia ficar bêbado e me encaminhei até o bar, onde um botafoguense com rabo-de-cavalo e um ser com cara de estivador faziam caipirinhas. demorou quinze minutos para a minha ficar pronta, mas pelo menos ficou boa. engolida em minutos pela galera, nem mesmo as propriedades alcoólicas do coquetel fizeram com que a festa se tornasse algo agradável. Érico sumiu, e nós voltamos para o andar de cima onde discutimos gente branquela e goianos antes de irmos embora, NA CHUVA, cada um pra sua casa. eu não vou dar nota para a noite, então cada leitor que chegar aqui que se decida sobre quanto vale o show.

*

- quinta-feira: uma reunião de líderes (no caso, eu e meus pares) decidiu que eu não precisaria ir a um evento que era bem desnecessário. quer dizer, o Victor foi no meu lugar, mas continuou desnecessário. em compensação, eu estava escalado para um trabalho que tinha tudo para ser chato, no final da tarde, e que foi bem interessante, a despeito de uma falta de organização aqui na Telerj, que conseguiu enviar DUAS equipes representando a empresa, sem que uma soubesse que a outra ali estaria. mas foi bom, e no final das contas até deu para extrair umas informações importantes para a minha vida pessoal, além de trocar idéinha com gente que eu não conhecia.

chegando aqui, uma recarga no desodorante e lá vou eu para o coquetel de inauguração da nova sede brasiliense da XP Investimentos, a melhor corretora do Brasil. me dá muita alegria ver que o pessoal saiu, em menos de dois anos, de um escritório acanhado na 504 do Sudoeste para um espaço de primeira classe no Brasília Shopping, com uma infra-estrutura que nenhuma outra corretora presente no DF - e poucas filiais da XP no Brasil - possuem. palmas para eles, por favor. pelo esforço, pela dedicação, pelo trabalho que fazem com os clientes. nem vou mencionar detalhes como o delicioso buffet (pronuncia-se "buféti"), um oferecimento Trattoria Gatto Nero ou a palestra que o Mário ofereceu, mas de toda forma, alto nível o tempo todo. faltei à academia, já que cheguei em casa tarde, e vou passar boa parte da minha vida me torturando com isso. ou seja, semana que vem ainda vou me lembrar. mas hoje eu não posso deixar de ir pro pumping iron.

*

- sexta-feira: três semanas atrás eu estava pronto para fazer um trabalho extremamente desgastante, um megaparecer a respeito de um Projeto de Lei. estralei os dedos e, quando fui pegar a pasta com a tramitação do dito cujo, me falaram que eu teria de aguardar a atualização da pasta antes de fazer qualquer coisa. como me entregaram a pasta sem ninguém ter levantado essa questão, fiquei levemente possesso. demoraram uma semana para fazer a atualização, e quando terminaram o trabalho eu estava indo para São Paulo. como a Telerj não tem plano de emergência e deixou um estalinho virar um míssil Scud, a água chegou à cintura de geral nessa semana e resolveram ir atrás do responsável pelo parecer. e o único dia que eu tinha para fazê-lo era hoje, quando não teria nenhum compromisso, nenhuma reunião, nenhum rabanete a ser toureado.

cheguei mais cedo, liguei o computador, peguei a enorme pasta que havia sido montada e comecei a ler duas opiniões, feitas por duas pessoas, de duas áreas diferentes, e que precisavam ser conciliadas em torno de algo legível. levei quatro horas e meia para produzir sete páginas - falta apenas um parágrafo para concluir a missão, e ele só está pendente porque a área pediu para falar comigo na segunda-feira. estou muito aliviado. tão aliviado que escrevi esse post batendo cabeça ao som de um cd de dance music que acaba de chegar ao seu ápice: "In my arms", da Kylie Minogue. essa música é do c******, e agora fico pensando que o DJ da quarta à noite deveria ter colocado ela pra tocar, ao invés de achar que era uma boa idéia voltar vinte e cinco anos no tempo. alguém vai dizer que não é uma boa idéia tocar coisas da Jovem Pan FM - rádio onde a Kylie impera -, mas eu iria pra pista na mesma hora. e daqui a pouco tem "Harder, better, faster, stronger", do Daft Punk, para me dar a mesma sensação.

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give love

oi, tudo bem? desculpem-me pela falta de notícias por aqui esses dias. vou tentar colocar a casa em ordem, mas não reparem na bagunça, tá?

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quinta-feira, novembro 06, 2008

anedotário

ontem eu liguei no 0800 da Mercedes-Benz, para saber se já haviam precificado o novo modelo de entrada da marca, o B170. apesar de não ser nada cool, eu gosto do carro, e acho que ele fica bem atraente quando pintado de azul-claro por fora. por R$ 90 mil, até estaria disposto a comprar um - daqui a dois anos, entenda-se. depois de a moça dizer que ainda não havia preço sugerido para o carro, pediu para que preenchesse um cadastro e um representante da concessionária me ligasse. fiz isso e hoje cedo ele me ligou, tentando vender um. primeirou tentou me empurrar o B200 (R$ 125 mil), mas logo cortei esse embalo, dizendo que o preço era muito para o que o carro oferecia. depois ele falou que o preço extra-oficial do B170 era de R$ 99 mil (ai, facada) e me perguntou quando eu estaria disposto a fazer a compra.

respondi que estava na dúvida entre o B170 e o Volvo C30, e, como carros são "investimentos" e "ativos" no Brasil, mais do que em qualquer outra parte do mundo, ele veio apelando para um argumento: o de que a revenda dos Volvo era complicada, se não inexistente. ou seja: um cara que defende um carro que emplaca quinze unidades por mês falando que há pouca liquidez de um outro que emplaca quarenta. ao contrário de antigamente, eu não gosto de humilhar vendedores por telefone, mas tive que dizer-lhe que não havia mercado para nenhum Mercedes-Benz de tração dianteira no Brasil - que se ele quisesse falar isso do Classe C para cima, tudo bem, mas que não viesse com essa pra cima de mim. aí ele admitiu isso, dizendo que "agora o Classe B estava vindo pra ser a sensação do mercado". ah é, gente boa? então por quê demorou dois anos e meio? e nisso por sorte a Carol me ligou, bem na hora em que ele começava a tentar me vender um consórcio de 100 mil reais - lembrando sempre que eu ainda não tenho grana para uma coisa dessas.

meu deus, eu fico com medo de alguém cair nessas argumentações.

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quarta-feira, novembro 05, 2008

maçaneta

parece que tem um evento social no começo da Asa Norte, daqui a pouco. vou lá para assistir. até já.

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terça-feira, novembro 04, 2008

1x0

o Santos deu um passo importante em direção a algum profissionalismo e às ambições para 2009: vão renovar o contrato do Márcio Fernandes, treinador da equipe. isso é ótimo. ele é "funcionário de carreira", sabe diagnosticar os problemas do time, conhece os atletas etc. só falta, agora, contratar um meia armador e um volante, para servir de capitão e orquestrar a defesa. no máximo, mais um lateral, porque de resto o time pode ter crescimento orgânico (se você joga Elifoot, é mais ou menos como ir de 30 para 40).

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privatize já

O Bradesco e o Santander são muito diferentes para pensarem em uma fusão, e a Caixa e o Banco do Brasil têm muito a ganhar, mas não o farão. São duas instituições de vocações quase idênticas, voltadas para o varejo nacional, têm o mesmo acionista controlador - o Tesouro Nacional -, operam em escala nacional e teriam sinergias consideráveis se operassem como uma só. O porquê da não-fusão e da fusão é mais um reflexo do setor público amarrado no passado e o privado focado no futuro.

Roberto Luís Troster, ex-economista-chefe da Febrabran, comentando na "Folha de São Paulo" a reação dos outros grandes bancos à fusão Unibanco-Itaú.

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segunda-feira, novembro 03, 2008

coisas que eu nunca te disse #35

I left my job, my boss, my car and my home
I'm leaving for a destination I still don't know
somewhere nobody must have duties at home
and if you like this, you can follow me
so let's go

follow me
and let's go
to the place where we belong
and leave our troubles at home
come with me
we can go
to a paradise of love and joy
a destination unknown


(Alex Gaudino & Crystal Waters, "Destination Calabria", 2006. clipe bem aqui, cortesia do Lelo)

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cacife

aproveitando que ando com vontade de escrever desde o texto do Ladytron, fiz um para o Boteco Vanguarda, sobre a decisão da Fórmula 1 em 2008. dêem lá uma olhada, e também na resposta do Craudio ao texto, bem aqui.

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Bloomberg

uma salva de palmas para o Pedro Moreira Salles e o Roberto Setúbal, presidentes do Unibanco e do Itaú, pela magnífica fusão entre os dois bancos. não vai faltar quem critique a operação, especialmente pelo temor (justificado e provavelmente real) de demissões ou, ainda, pela grande concentração do varejo bancário brasileiro.

mas numa crise dessas, ver um negócio assim é gratificante. mudando de assunto, alguém aí sabia que o Roberto Setúbal curte Talking Heads, Echo & the Bunnymen e New Order? juro!

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lunar

palpite do dia: peguei um lote de preferenciais da Vale (VALE5) para brincar, enquanto a faca estava caindo. os papéis da mineradora caíram na sexta-feira, depois do anúncio de cortes na produção e férias coletivas, e achei que o mercado já tinha absorvido TODO o impacto da bomba. peguei a R$ 24,77 e, nesse momento, estou vendo a brincadeira dar certo em 4%. para completar, tem entrevista do presidente da companhia às três da tarde, e eu sinceramente não creio em duas bombas sendo despejadas em quatro dias - pelo menos não em uma empresa séria como a Vale. o mais provável é que as notícias sejam neutras, mas, se vier alguma boa notícia, estarei no Pontão sábado, às cinco da tarde, tomando uísque doze anos.

e se tudo der errado, sempre dá para manter o papel e vender umas opções de vez em quando: o risco dessa belezinha brasileira tende ao zero.



atualização (19:40): vendi o lote por R$ 26,32, perfazendo pouco mais de 6% de lucro bruto. vou recomprar a VALE5 mais pra frente, mas preferi esvaziar as posições por causa das eleições americanas, amanhã. VAI MCCAIN!

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domingo, novembro 02, 2008

é...

por pouco, Massa, por pouco. por menos do que todo mundo esperava.

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sábado, novembro 01, 2008

doze anos

almocei com o Lelo no Faisão Dourado hoje, saudoso que estava do rango de lá. no final, sentamo-nos ao balcão e ficamos assistindo ao treino da Fórmula 1. a uma certa altura alguém começou a falar das eleições nos EUA, que vai dar Obama, e um senhor olhou pra mim como se quisesse ouvir a minha opinião.

falei "vai dar McCain", e ele quis saber o motivo. disse que ele é herói de guerra, bem preparado, com diálogo na oposição, com grande experiência legislativa, aquilo tudo que estamos calvos de saber. ele chamou o dono do bar e disse "Luís, tá aqui um cara que concorda com você. e o administrador do Faisão disse que havia apostado dez caixas de uísque doze anos na vitória do McCain, aí pediu a atenção dos amigos pra dizer que mais alguém ali sabia das coisas, haha.

espero que, assim que ele ganhar a aposta, me sirva uma dose do scotch.

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facial

e esse Hoffenheim, hein? tô adorando ouvir sobre eles na Bundesliga. se forem campeões alemães nessa temporada vai ser a melhor surpresa do futebol em muito tempo...

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guillemets

duplo aprendizado: hoje descobri que as aspas verticais («») na verdade se chamam «guillemets» e que, para acessá-las em meu teclado, devo digitar option + \ para abrir e option + shift + \ para fechar.

eu bem que poderia finalizar esse post com uma citação, mas estou sem uma. alguém poderia, por obséquio, registrar alguma frase de efeito nos comentários?

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rotativa

coisas que andam me despertando interesse:

- Federação Russa
- arquitetura construtivista
- arquitetura, arte e desenho durante os anos da Guerra Fria (como nesta exposição no museu Victoria & Albert, em Londres, que eu estou sonhando em ver)
- Império Austro-Húngaro
- livros de mesa sobre os assuntos supra mencionados
- kebab
- Volkswagen Jetta (cinza ou branco, por favor)
- pomada para cabelos
- óculos escuros
- varandas, sacadas e outros espaços onde você possa ficar fora de casa estando dentro dela
- o jeito como ela canta "Erotica" "Waiting", da Madonna, enquanto dirige
- Kraftwerk
- coisas precisas
- câmeras Leica tirando fotos em preto-e-branco
- tipografia
- a coleção 2009 da Zara

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Tsentrosoyuz

bem, então havia esse evento em São Paulo, para o qual fui designado. em todas as suas edições anteriores ele era aberto ao público visitante, mas nesta decidiram fechá-lo a quem quisesse desembolsar umagrana para ir e assistir palestras, encontrar geeks, saber mais sobre os negócios no setor em que a Telerj atua, coisas do tipo. eu trabalho de segunda a quinta-feira com ternos, e já disse aqui que uma das minhas preocupações é a de ser o cara mais bem vestido da área. mas decidi ir de camiseta e calça jeans para o evento.

sinceramente, era apenas um grupo de palestras. havia gente importante da Telerj por lá, assim como de fora também. mas era apenas para assistir palestras e aprender alguma coisa: não havia muitos contatos a se fazer, tampouco a minha área imediata tinha alguma relação. sendo assim, era preferível ir mais confortável. e eu fui e me senti bem sem terno, e ainda consegui me destacar dos 97% de yuppies presentes ao evento, que envergavam os seus. mas o terno preto já está separado para segunda-feira, e os bregas que se cuidem.

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2009

o novo comercial do Ford Focus, criado pela JWT, é maravilhoso. lindo. só não me arrancou uma lágrima porque eu sou uma pessoa extremamente insensível. veja abaixo:



e, se você gostou, pode conferir um clipe de "Happy together", dos Turtles, que é a música do anúncio:

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