sábado, fevereiro 28, 2009

antítese

em meio às compras de hoje à tarde, a Sabrina viu os meus esforços para acertar a postura e, antes de me irritar falando de como preciso desesperadamente de um personal trainer, apontou que eu andava chutando para fora, e que por isso a minha pisada seria invariavelmente torta e prejudicial à postura. então ela me falou para andar com a pisada reta para frente, para que a musculatura posterior das pernas se acostumasse e se endireitasse.

isso, somado ao fato de sempre ter de olhar reto, com o peito estufado, os ombros relaxados e a barriga contraída, é muito complicado, e ainda estou andando muito duro, tipo o David Byrne com o figurino Talking Heads. mas, de tão complicado e de tão artificial que a boa postura me soa, eu me sinto a Gisa quando estou andando assim, pelo menos por enquanto.

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injeção

essa moça deve ser fã da Dido...

*

Chinesa 'aluga' a própria vida pela internet
do G1, em São Paulo

Cansada de tomar decisões, a jovem chinesa Chen Xiao resolveu oferecer sua vida para quem estiver disposto a pagar. Pela internet, ela deixa que as pessoas escolham o que ela fará a cada dia, em uma loja virtual aberta para os milhões de internautas chineses.

"É seu direito escolher o que Chen Xiao fará, e é minha obrigação atendê-lo", afirma a jovem em sua página na rede. A loja virtual foi aberta em dezembro, depois que Chen chegou à conclusão de que sua vida em 2008 havia sido "um desastre". Sua cidade natal foi devastada por uma tempestade, seus amigos se divorciaram e a loja de roupas que ela possuía foi à falência.

"Sempre que eu tinha um plano, ele não se concretizava. Então decidi que se deixasse as pessoas tomarem as decisões por mim, talvez eu encontrasse algo interessante", afirmou a moradora de Pequim à rede americana CNN.

Ela cobra o equivalente a cerca de R$ 7 por hora para quem quiser alugar sua vida, e já foi obrigada a realizar tarefas como entregar ração para cães e gatos e almoçar com um mendigo. "Algumas tarefas simples me deixaram muito feliz."

A jovem não sabe até quando vai atender os pedidos cibernéticos, mas afirma que, no momento, a solução cai como uma luva nos tempos de crise financeira.

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sexta-feira, fevereiro 27, 2009

BDSM

na quarta sessão de judiaria RPG, a coisa ficou tão feia pro meu lado que fiquei com vontade de que a instrutora tivesse um chicote e outros instrumentos de tortura, já que eu olhava para minhas pernas suspensas e não via muita diferença pra um bondage anunciado.

mas é bom esclarecer que nem por isso fiquei eufórico, tampouco observei qualquer agitação hormonal de duplo sentido.

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quinta-feira, fevereiro 26, 2009

!!!

a notícia mais bizarra do ano. e que vai fazer o país ser motivo de chacota lá fora por um bom tempo, podem ter certeza. os cretinos do Correio Braziliense deviam tomar cuidado com o que escrevem... "arma de fogo e três facas"???

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estilo

(para o Jonas)

O pseudo-estudante (galeroso) Ronilson Moraes Rodrigues, 19, foi totalmente ticado por uma galera nada amistosa que não estava se amarrando muito no jeito dele. A bronca toda aconteceu na noite de ontem no bairro do Zumbi 2. Ronilson estava na santa paz de Cristo, fumando sua pasta-base de cocaína e planejando um pequeno roubo, seguido de estupro, enfim, um dia normal, quando foi perseguido pela horda demoníaca. Encurralado, Ronilson implorou pela misericórdia divina, mas não teve brecha, porque Deus não tinha intimidade com o vagabundo. Ele foi bater no [pronto-socorro] João Lúcio.

que eu sou fã do Maskate, um tablóide manauara que jorra sangue quando é espremido, todo mundo sabe. mas olha essa frase sublinhada, que primor de jornalismo literário...

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vontade

abri ficha na Loc Vídeo, na 104 sul. apesar do nome medonho, é a melhor locadora de Brasília, com uma boa seção de filmes antigos, uns lançamentos que fogem do óbvio e várias caixas de séries legais. hoje foi só para abrir a conta mesmo, mas devo voltar lá no final de semana, aí conto de coisas legais que por lá achei.

só achei estranho que a loja mantém uma geladeira da Coca-Cola para vender refrigerantes. até aí tudo bem, mas o impressionante é que só tinha Fanta Uva. não tinha nada de nada de nenhum outro refrigerante, e de repente umas vinte latas do detergente da bebida. não sei se é uma preferência dos cinéfilos ou um enorme encalhe, mas seria bom que o Craudio providenciasse umas latas do guaraná Jesus para combinar com um filminho.

*

chegou meu ingresso pro Radiohead. achei a entrega demorada, parece que é por uma empresa de entregas bem underground, mas pelo menos chegou, e inteirinha. obviamente, meus colegas de trabalho que curtem esse tipo de música me sacanearam, dizendo que eu só estava indo por causa do Loser Manos, um disparate sem tamanho. apenas ri, e qualquer dia conto a eles o real motivo - que não é o Radiohead, por supuesto.

*

fazia tempo que não via o Failblog, também, e esta semana eles estão especialmente inspirados. só não ri mais porque já tinha tido um ataque de riso no início da tarde, por um motivo bizarro... tão bizarro que ninguém riu comigo, uma pena.

*

comecei a ler "A serviço do povo", mais um livro que o Marcio me deu. quatro capítulos até agora, e é bem legal. mais um daqueles livros descompromissados e leves feitos para o meu cérebro retomar o ritmo da leitura, que andava tão perdido e que agora tem que voltar, e back for good. vamos ver quanto tempo levo até mandar literatura mais pesada para ele digerir...

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quarta-feira, fevereiro 25, 2009

2205

no médico, hoje:

"- você está trabalhando normalmente?"
"- estou."
"- acho que quero você de atestado."
"- acho que não vai dar."
"- por quê?"
"- porque acho que não quero estar de atestado."

*

no trabalho, mais tarde:

"- ué, você está aqui?"
"- acho que sim."
"- você não viajou no Carnaval?"
"- não, não consegui quem me arrumasse um lança. pra falar a verdade, nem bêbado fiquei."

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capitania

a partir de daqui a pouco:

- fazer a barba
- levar os ternos pra lavanderia
- ir até o banco com um comprovante de residência novo e solicitar mudança de endereço
- fazer a mesma coisa no Detran (provavelmente vai ficar pra amanhã, conheço aquilo)
- retorno no médico, dez pras duas
- almoçar
- atualizar o Geólogo
- procurar algum projeto que precise de um parecer mais detalhado e aproveitar a paciência da semana para fazê-lo
- aproveitar que estou com o comprovante de residência e abrir conta na locadora da 104 sul (pode ser à noite)

o condomínio está pago, acabei o "31 canções" agora cedo. não posso esquecer que, graças aos problemas na coluna, é melhor deixar os Adidas de lado e usar os tênis com amortecimento que só uso na academia. e é de bom tom arrumar uma boa história pra contar nesse blógue, ao invés de usá-lo como uma listinha de coisas a se fazer :)

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terça-feira, fevereiro 24, 2009

granada

continuando a discussão sobre carrinhos de supermercado, o Gabriel indica uma matéria do Guardian com algumas sugestões de uso para os tróleis recolhidos dos leitos d'água ingleses. eu adoraria descer uma ladeira dentro de um...

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numa só

hoje o dia foi simples, as coisas eram todas simples. tanto eram que acabei de pensar se não tive um momento Alberto Caeiro. li cem páginas do "31 canções" e só parei porque dormi, naturalmente. amanhã cedo dou conta das outras 50. quando acordei, nunca tive tanta certeza do que fazer: buscar um milk-shake de Ovomaltine, certeiro.

todos os problemas - as dores físicas, as contas por vencer, a falta de coisas legais para assistir etc - eram tão pequenos, tão ínfimos. senti até que, se quisesse dominar o mundo, bastaria eu estender a mão e, hélas, eu conseguiria. mas tudo que eu quero hoje é um beijo seu, e ouvir uma boa notícia qualquer, por menor que seja. é que hoje as coisas foram todas simples, então quero manter tudo assim.

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trote

uns anos atrás o Gomez lançou uma compilação de raridades chamada "Abandoned shopping trolley hotline". tanto quanto o conteúdo do disco, que tem aquela belezinha chamada "Flavors", me chamou a atenção o nome do disco: "disque-carrinhos de compras abandonados". pelo visto, não chamou apenas a minha atenção: o Rogério me escreve pra dizer que a British Waterways acabou de lançar um serviço telefônico pelo qual você pode informar se algum desses tróleis caiu em sua malha aquática.

gostei tanto da ideia que gostaria de sugerir à Caesb que faça algo semelhante em Brasília.

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morcego

já ouviu alguma musiquinha dark e pra cima ao mesmo tempo? eu já: "Lovesong", do Cure, mas é de vinte anos atrás. mas acabei de descobrir uma menina que fez uma música assim. o nome da banda dela é Bat for Lashes, e a música se chama "What's a girl to do", é de 2007.



mas ouvindo essa música também aparece a impressão de que um zumbi abduziu a Lulu (a do "To sir with love"). não?

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literal

não sei se tentaram fazer uma superquadra em Usinsk, na Rússia, mas não deu certo de qualquer forma: a 305 sul, por exemplo, é bem mais bonita.

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segunda-feira, fevereiro 23, 2009

aloha

armei de improviso uma reuniãozinha da galera aqui em casa, pra que eles conhecessem o apartamento e que a gente assistisse a uma das sazonalidades da noite de domingo. podia ser o Carnaval, mas por unanimidade decidimos que seria o Oscar, e sem o Rubens Ewald Filho com suas boiolagens. não prestei muita atenção nos prêmios, preferindo me concentrar em sacanear o Tiago e seu gosto por "O senhor dos anéis", que como todos sabem é o "Sítio do Pica-pau Amarelo" anglo-saxão, com o Frodo sendo a Emília local.

além disso, desandamos a falar mal de tudo: a possibilidade de catfight entre a Jennifer Aniston e a Angelina Jolie, que infelizmente não se concretizou; o lobby sodomita ainda na ativa em Tinseltown, com o "Milk" levando uns prêmios no sistema de cotas; o porre que é assistir a tantas categorias técnicas, a nota zero para o indiano que compôs a trilha do "Slumdog millionaire" etc. tudo com duas pizzas da Baco por cima.

foi uma delícia, e tão gostoso quanto foi ler o texto do João Pereira Coutinho sobre a cerimônia.

*

mais tarde, quebro o voto de ficar em casa e, depois de almoçar no restaurante chinês da 114 sul (cuja análise fica para outro dia), pego o carro e dou um longo rolê pelo Lago Sul, descobrindo mais uma obsessão: as quadras de 4 a 8 no SMDB. gente, o que é aquilo? pode deixar, eu mesmo respondo... aquele trecho ali é um pedaço do estado de Vermont dentro do Lago Sul. tem as folhas cor-de-rútilo no chão, tem umas casas com inspiração da arquitetura colonial da Nova Inglaterra, tem vastos espaços pra criançada correr e jogar bete... tem uma vista linda pro Lago Champlain Paranoá... é sensacional. tão sensacional que daqui a uns dias vou dedicar duas horas para procurar terrenos e casas por lá e pensar na minha vida daqui a dez anos.

e depois que as duas horas acabarem, de volta pro trabalho, pra conseguir tudo isso em menos tempo ainda.

*

a ideia de férias na Croácia continua de pé, mas ganhou uma forte contendora: alugar uma casa de campo na Nova Zelândia com os amigos, percorrer vinhedos, ir a praias desertas, jogar golfe nos campos locais, estalando de novos. meu passaporte novo fica pronto em alguns dias, e já há uma viagem programada para antes. mas a segunda vai ser do jeito que quero: atípica, real (no sentido de realeza) e bem longe daqui.

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domingo, fevereiro 22, 2009

disque-sexo

por não ter um microfone externo, nunca havia utilizado o Skype aqui no meu notebook. mas hoje eis que a Aline me adiciona no Gtalk e puxa uma conversa telefônica, para testar o iChat dela. olhando para a TV bem na hora em que o Cagliari chuta contra o gol do Milan, mando um "uh, quase!" e ela escuta.

pronto, depois de dois anos eu tenho um computador com microfone integrado. valeu Apple, te amo.

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ecologia

oi, tudo bem? ainda estou aqui, apesar de dois dias sem escrever nada. estou aproveitando o Carnaval para descansar o corpo, ando precisando demais. como alguns aqui sabem, estou fazendo RPG e tomando painkillers para a coluna, na esperança de tratá-la de forma definitiva. ontem fiz uma sessão de acupuntura, eletrochoques e lâmpadas de calor na Academia da Coluna, e vou fazendo alguns exercícios também.

mas perdi alguns dias da minha vida quando comecei a tomar um remédio chamado Feldene: ele me foi receitado pela médica da Telerj, e me causou todos os efeitos colaterais possíveis. sorte que a coisa foi identificada quando tinha tomado apenas quatro comprimidos, ou o estrago poderia ser ainda maior. agora, tomando uma medicação mais específica e tratando-me dos efeitos colaterais, além das dores originais, espero encerrar o feriado sem a mesma dor. é só uma pena que eu tenha atrasado os textos do Portal do Geólogo e perdido o churrasco do Pipe, além do meu próprio open house... maldito Feldene.

*

bom, nem tudo é ruim:

- estou pensando em férias em Korcula, na Croácia, só falta convencer os amigos a alugar uma villa comigo;
- meu relógio biológico está se adaptando ao horário de inverno, depois de passar uma semana ainda acreditando estamos a apenas duas horas de Portugal;
- o Flamengo tomou um chocolate do Resende, numa das piores partidas do Obina em toda a história, e estou rindo disso. só uma pena que o Corinthians tenha ganho do Guaratinguetá, mas era o tipo do jogo que eu gostaria que terminasse com derrota dos dois lados;
- revi "Amor ou amizade" na sexta-feira. nem lembrava que já tinha visto esse filme... só voltou à memória pelo fato de que o personagem do Freddie Prinze Jr. tinha mania de ficar pensando na vida enquanto olhava a ponte Golden Gate, em São Francisco - mais ou menos como eu faço com o lago Paranoá;
- concluí que se as ruas de Taguatinga fossem menos estreitas, eu teria a impressão de estar no Kentucky, ou em algum outro estado do interior dos EUA - o que, para qualquer efeito, é maravilhoso.

agora com licença, vou ali arrumar a casa. já falei da minha vontade de estar hoje na praia?

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quinta-feira, fevereiro 19, 2009

pai, mãe, quero ser popstar

tenho a impressão de que o painkiller que estou tomando para a lesão está acabando com o meu senso de humor. que ele me deixa com sono o dia inteiro não é segredo, mas o humor só fui perceber hoje. mesmo assim, enquanto voltava pra casa ouvindo a Executiva FM (o cd player do carro engoliu meu cd do Super Furry Animals, vou ter que levá-lo numa oficina aqui pra liberar), tocou uma música que diz tudo que queria pra minha vida agora:

 Joao Penca e seus Miquinhos Amestrados - Popstar


(...)

acho que ninguém me entende.
me dizem que eu sou new wave demais.
eu vou na onda que mais longe me levar, me levar
me levar...

a sua mãe diz que eu sou vagabundo
e o seu pai é tão esnobe:
"esse garoto não combina contigo,
a gente arranja pra você bom partido."
mas, quando eu virar um astro,
com a minha guitarra e uma prancha do lado,
eu quero ver na hora do jantar,
o seu pai sentado à mesa ao lado de um pop star.

e o neto dele também vai ser new wave,
filho de popstar, popstar é.
e vamos todos morar no Hawaii,
tocar guitarra às três da manhã.
e a vizinhança de cabelo em pé.
e da maneira que a gente quiser.

*

pois é, "Popstar", João Penca & seus Miquinhos Amestrados safra 1986, a música com o instrumental mais Talking Heads do mundo (ouça e chore, Pedruxo). liguei pro Alexandre e falei pra ele "cara, me salva, cansei de ser funcionário público, quero ser popstar". talvez isso passe depois que a dor na perna passar, ou quando o trabalho ficar ainda mais emocionante do que está agora. mas se hoje à noite eu estivesse lá fora tocando guitarra até não poder mais, era tudo que queria.

e te encontrar depois do show, pra gente comer a melhor pizza da cidade e ir dormir às três da manhã, honey.

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quarta-feira, fevereiro 18, 2009

cranberry

então chega de batizar posts com o nome da mesma fruta em línguas diferentes. hora de escrever um pouco, não?

só que eu tenho escrito no mínimo dez textos por dia, entre notícias do Portal do Geólogo, relatórios pra Telerj e outras coisas. estou trabalhando muito? não. apenas fico com menos a escrever em outros lugares, mas prometo reverter a situação.

*

enquanto isso, um pouco das coisas que andam rolando: fui com a chefe ao posto avançado de batalha, para fazer uma média com os aliados de primeira hora e saber de fofocas; assinei na última sexta-feira a minha transferência de área, mas não, não troquei de setor outra vez... é que eu fiquei nove meses como "provisório", numa gambiarra sinistra; voltei a caminhar, assim que chego do trabalho, e me faço andar oito quilômetros, saindo da minha quadra e indo até a 316 sul, aquela obra de arte.

*

alguém ensine o time do Fluminense a chutar a gol, por favor?

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fenberge

tenho a impressão de que esta semana inspira cuidados. não, não tem nenhuma ameaça por perto - muito pelo contrário -, mas a partir de sexta-feira a ordem é descansar um pouco e voltar à força total depois do feriado.

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terça-feira, fevereiro 17, 2009

veenbes

esse Obama é um chato de galochas. quero o Bush de volta.

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tõzegáfonya

uma piscina ia bem hoje, hein?

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segunda-feira, fevereiro 16, 2009

zurawina

que coisa, acabei de descobrir que vou ganhar um irmãozinho.

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canneberge

sobrevivi às duas primeiras sessões de rpg. meu corpo aguentou bem o tranco de cada exercício, o problema maior foi com o meu cérebro: como cada manobra exige atenção em cinco, seis pontos de uma só vez, tornava-se virtualmente impossível de executá-las de forma perfeita, sempre faltava alguma coisa. aí a fisioterapeuta me catracava pelo detalhe faltante e, lá pela décima vez, tive um ataque de riso - isso tanto na primeira sessão quanto na segunda. vou pedir às responsáveis pelas sessões para que me mostrem, de preferência no Youtube, um vídeo de alguém fazendo esses exercícios de forma perfeita, porque é impossível que isso exista.

*

ontem o Gabriel, paulistano da gema, veio me contar que graças à insistência de um muy amigo que mora em Deprelândia ele se arrastou até lá - na companhia do mané, claro - para o Baile do Havaí, mas não sei se é do Itaguará, do Gordo ou do Três Garças. tivesse ele me contatado primeiro, eu diria para fugir; na impossibilidade, para que adotasse a tática de ficar num canto comendo abacaxi e sem dirigir palavra aos locais. mas agora ele já sabe porque o lugar se chama Deprelândia: uma cidade onde seus habitantes chamam "festa" de "baile" é caso para Prozac.

*

já hoje a Lisa me veio com o casal do ano: Ryan Adams e Mandy Moore. olha só que dois fofos. sério, uma ex-adolescente-prodígio e o cara que escreveu "Enemy fire", vocês não têm noção do quanto isso é maneiro, sem ironia. parece que os dois já se pegavam desde o ano passado, o que deve explicar a altíssima qualidade do "Cardinology", último disco do rapaz... a cada vez que ele se enrosca com uma famosa dá algo bom. faço votos de que o casal seja muito feliz mas que uma vez por ano quebre o pau de forma violenta, por mais ou menos uma semana, para que seis meses depois saia mais uma obra-prima.

*

além do "I'm your man", assisti "The republic of love" nesse final de semana. é um filme canadense beeeeem watersugar, baseado num livro de 1992. achei o roteiro bem fraco: falta conflito aos protagonistas, mas aí o filme tem uma proposta tão anódina que você nem se irrita com isso, assiste até o final e esquece dele antes de chegar no carro. mas, para um domingo de manhã, caiu bem, e não nos esqueçamos que o nome do canal em que ele passou é Telecine Light.

*

comprei um risoto desses de saquinho por 5 reais, dia desses, absolutamente descrente de seus dotes gastronômicos. mas fi-lo ontem no almoço e o danado ficou bom, embora nenhuma obra-prima. não havia queijo ralado em casa, mas o resultado final, acompanhado de um filé de frango, ficou bem gostoso. olha só, já sei cozinhar, que beleza... e se não souber cozinhar alguma coisa, também já sei onde encomendar uma comida maneiríssima. bora?

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domingo, fevereiro 15, 2009

Moosbeeren

ontem à noite passou o "I'm your man", documentário sobre o Leonard Cohen gravado há alguns anos. apesar de as performances, em especial as do Rufus Wainwright, serem muito boas, obviamente os grandes atrativos são as falas do homenageado, as histórias a seu respeito, os depoimentos de cada participante do tributo. até porque as músicas do senhor Leo Conha são todas em formato de história. uma pena que nenhuma palavra tenha sido pronunciada a respeito do meu disco preferido dele, o "New skin for the old ceremony", nem da minha música preferida, "Diamonds in the mine", a do vocal mais cheio de ódio da história.

pensando bem, pra que falar de ódio mesmo? fizeram foi bem de não falarem.

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sábado, fevereiro 14, 2009

bicoine

aproveitando uma dica antiga do Thales, fui até a Livraria Cultura e comprei um "Extraordinary machine", da Fiona Apple, por 14,90 dólares brasileiros. como desgraça pouca é bobagem, acabei achando outros dois discos bem interessantes por um preço ainda mais interessante (13,90 cada): o "Born in the USA", do Bruce Springsteen, e o "Tropicália", o disco-manifesto regido pelo Rogério Duprat que é tão bom que até mesmo as músicas do nosso ex-ministro da Cultura prestam.

bem que eu queria parar de comprar cds, mas tá difícil.

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isokarpalo

a Lanvin lançou uns tênis lindos em sua última coleção. eles não são só lindos, eles são de matar. assim como os preços...

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oxicoco

sabe qual é a comercial mais bonita de Brasília? se você respondeu que é a da 304/5 sul, acertou. ela pega um pouco das vibrações de Ipanema e mistura a alguma coisa do centro de Londres, mas tem identidade própria. não está cheia de lojas de produtos caros, luxuosos e que vendem pela etiqueta - no máximo, há uma ótica muito boa -, nem tem restaurantes caros. mas tem três coisas ali que fazem com que nenhuma outra comercial no Plano Piloto seja tão bonita.

primeira delas, as vitrines são caprichadas: a maioria das lojas tem grande área envidraçada, boa iluminação, distribui bem as cores de seus produtos. não sei se as boutiques femininas de lá são das melhores em Brasília, alguma leitora talvez possa dizer (Gabi?). mas são muito boas para se ver, mesmo que do lado de fora, enquanto se vai a algum outro lugar.

segunda delas, a topiaria de suas árvores: todos os arvoredos dos dois lados têm poda geométrica e semelhante, e o resultado é bom - reforçado pela proteção das plantas, feita por muretas em tijolinhos vermelhos. você não precisa se desviar de nada, ao mesmo tempo em que sente um quê a mais de organização, por mais afetado que isso possa ser. num país em que o paisagismo é tão maltratado, dá gosto ver que alguém pensou nisso em meio a um centro comercial.

terceira delas, e mais irrelevante de todas: os guarda-sóis da Heineken instalados nos restaurantes do Grupo Jera, dos dois lados da comercial. experimente ficar ali bebendo alguma coisa em um dia quente: tirando pelos carros horrorosos estacionados, é bem capaz que você se sinta em algum ponto do litoral espanhol - o do lado mediterrâneo, ressalte-se. não sei se é por causa da relativa rareza de guarda-sóis da cervejaria holandesa, ou se as plantas também influenciam aqui. mas é legal demais.

obviamente a comercial não é perfeita, e o ponto negativo vai para a colcha de retalhos que são suas calçadas. se todos os lojistas decidissem padronizar o piso, nivelando-o e dando o mesmo acabamento, seria até covardia em relação às outras entrequadras do Plano Piloto. mas como sou elitista, aristocrata e a favor de nivelar as coisas por cima, dou o maior apoio - só falta saber a quem devo encaminhar essa sugestão...

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sexta-feira, fevereiro 13, 2009

juventude

enquanto isso, a molecada em Brasília segue inventando formas de driblar o tédio. só fui descobrir hoje:

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abdominal

enquanto eu falava ao telefone com a moça da Ingressofácil (ver abaixo), o Antonio, carteiro da Telerj, apareceu com uma encomenda para mim: as irmãs Cacace, Andrea e Giulianna, me enviavam dois discos, o "Our love to admire", do Interpol, e o "La marcha del golazo solitario", dos Fabulosos Cadillacs.

o primeiro era uma encomenda minha feita em 2005, que elas compraram quando foram à sua Buenos Aires natal. e o segundo, que eu ia comprar da Giuli, acabou saindo de graça, como "pedido de desculpas" por não terem mandado o primeiro antes. o "La marcha del golazo solitario", lançado em 1999, tem "C.J.", a música em castelhano que mais gosto, enquanto o disco do Interpol é uma prova de como uma banda pode se reerguer após um desastre (o "Antics" é ruim demais, cruzes). voltei do trabalho ouvindo ele no carro e me perguntei como não o ouvi com mais carinho quando saiu, dois anos atrás: rolam umas progressões de acorde maneiríssimas.

e é bom que isso deu uma agitada na tarde. agora preciso agradecer às duas, que não lêem isso aqui...

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reforço

estou aqui redigindo um email, toca o telefone:

"- Telerj, boa tarde."
"- por favor, gostaria de falar com o senhor Luís Eduardo."
"- pois não?"
"- aqui é Fernanda, da Ingressofácil. estou ligando a respeito da compra de um ingresso para o show do Radiohead."

é, eu comprei.

"- ah, sim, quer que confirme o endereço?" (o endereçamento brasiliense é uma armadilha para quem não se familiarizou com ele ou não conhece a cidade)

"- isso, pode confirmar?"
"- é Rua da Assembleia, número 10"
"- você já morou em Deprelândia?"

ah, se não gelei na hora...

"- já. meu passado me condena?"
"- é que consta o endereço de Deprelândia na nossa base de dados. pode confirmá-lo, por favor?"
"- Rua dos Bobos, número zero."
"- isso mesmo. você já morou em Cruzeiro?"
"- AHN?"
"- Cruzeiro, Distrito Federal."

Cruzeiro é como aquele lugar de onde saí no mês passado se chama para os Correios. mas como é que a galera sabia?

"- morei. não recomendo, viu?"
"- pode me confirmar o endereço de lá?"
"- tive dois. o primeiro é Rue de l'amertume, 200, e o seg..."
"- é esse mesmo que está cadastrado. obrigada."
"- ôôô Fernanda, diz uma coisa... vocês estão montando um dossiê a meu respeito?"

risos meigos e abafados do outro lado da linha

"- não, senhor. a gente confirma os endereços por motivo de segurança, e esses são os que constam em nosso banco de dados."

"- é, mas agora eu é que fiquei inseguro."
"- a sua compra foi aprovada, agora segue um email com detalhes do pedido. a Ingressofácil agradece, tenha uma boa tarde."

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quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Quai d'Orsay

a história do dia foi encaminhada pelo Rogério: um texto da BBC sobre a abordagem matadora do presidente francês, Nicolas Sarkozy, junto à Carla Bruni. é inacreditável. se realmente foi assim, é de se cair o queixo.

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plantinha

semana passada o governo dos EUA limitou o salário dos executivos de empresas que estejam recebendo socorro oficial a US$ 500 mil anuais. lembro de ter ouvido dúzias de vozes saudando a medida, e até um ou outro cretino querendo algo parecido por aqui - mesmo que o governo mandioca não tenha injetado grana em nenhuma empresa, pelo menos não dessa forma direta e paternalista que fizeram no hemisfério norte.

aí soube de uma reportagem no infame New York Times que mostra que, para uma família de classe média-alta em Nova Iorque, o centro financeiro dos EUA, US$ 500 mil anuais não são nada: o custo de vida na Grande Maçã é altíssimo. não estou defendendo que isso seja mudado, ou que não seja, mas gostaria de saber se a limitação salarial levou em conta esse fator ou se foi apenas uma goiabice dos Democratas locais.

*

há um link para esta casa no AnarcoBlog, tocado pelo grande Anarcoplayba. agradeço a conexão e penso que alguma coisa certa eu fiz - ou alguma coisa muito errada eu fiz, vai saber.

*

achei uma academia bem baratinha do lado da minha casa, e devo fazer pelo menos um mês por lá, em caráter emergencial, enquanto não acho uma que tenha natação. quero cair na piscina e aprender a nadar, não é segredo, mas parece que toda academia da Asa Sul que tem a modalidade tem também algum empecilho para mim. mas não é por isso que vou desistir, certo? :)

*

existem seiscentas e setenta e seis possibilidades de registrar-se um domínio na internet que tenha duas letras e mais nada (o número é o quadrado das 26 letras do alfabeto inglês). é curioso ver que algumas marcas não têm os seus: a Louis Vuitton, por exemplo, perdeu o leilão do lv.com para outra empresa interessada. a American Airlines, obviamente, pleiteou o aa.com e conseguiu. algumas tiveram de pagar caro a algum flanelinha digital para conseguir, outras se anteciparam - a General Electric, por exemplo, registrou seu domínio em 1986 (!!!).

e existem ainda três domínios de uma letra só: eles foram registrados antes que a NIC, entidade que cuida dessas coisas, proibisse o registro de endereços assim: o q.com pertence à Qwest, operadora de serviços de telecomunicações; o x.com pertence ao Paypal e o z.com pertence à Nissan. gostou das coisinhas? ler sobre elas me alegrou a tarde, e dá pra ver alguns dos domínios de duas letras bem aqui.

*

ah, mais uma coisa: alguém aqui usa ou já fez uso do Listerine Whitening? estou curioso para usá-lo, mas ouvi algumas críticas sobre um aumento da sensibilidade dos dentes durante o uso do produto, embora o Victor tenha ponderado que todo e qualquer mecanismo de clareamento, mesmo os de consultórios odontológicos, deixe os dentes mais sensíveis - mas isso é algo que também não sei se é verdade.

mas se tiver alguém aí que já usou, gostaria de uma opinião.

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varejo

leio no Glamurama que a H&M tem um novo presidente do conselho, um sujeito chamado Stefan Persson. segundo a página, o novo ocupante do cargo "é neto do fundador do grupo britânico". só que o grupo é sueco - o que até o nome do cara sugere. clico no "envie-nos sua opinião", para alertá-los de que a H&M é sueca, mas me surge um formulário pedindo data de nascimento, endereço completo e telefone para que eu possa mandar minha mensagem. aí não, Glamurama. vai ficar errado mesmo.

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quarta-feira, fevereiro 11, 2009

coisas que eu nunca te disse #44

this is the first day of my life
I'm glad I didn't die before I met you.
but, now I don't care, I could go anywhere with you
and I'd probably be happy


(Bright Eyes, "First day of my life", 2005)

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flanco

ontem foi aniversário da Carol, e lá fomos nós ao El Paso, Texas para comemorá-lo. a coisa estava bizarra: a parte da frente do restaurante estava em reformas e a parte de trás, a de fumantes, estava cheia de gente queimando tudo até a última ponta. embora eu habitualmente defenda quem aprecia um cigarro, ontem a coisa estava incômoda. mas apertamo-nos ao meio da casa mexicana, cercamo-nos de crianças - duas que valem por duas dúzias - e o resto foi aquela alegria. só uma pena que, por conta dos painkillers, não pude beber.

na volta, descobri que qualquer musiquinha assoviável com vocal feminino agrada ao Otto, depois que ele disse pirar em "All good things (come to an end)", hitzinho da Nelly Furtado. quando contei a história do NXZero estragando a música em uma versão especial para o Brasil, ele não acreditou.

*

aliás, os leitores deste blógue já sabem, mas vale a pena reiterar: quando você ler a expressão "especial para o Brasil", especialmente em notícias sobre carros, pode saber: é porcaria. aí é melhor consumir algo 100% nacional ou 100% importado.

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terça-feira, fevereiro 10, 2009

telhado

estou grógue. a prescrição de um comprimido pela manhã e outro à noite para diminuir a dor na perna não fez efeito, então tomei dois extras às onze da manhã, e agora eles fazem algum efeito, embora não me livrem por completo do incômodo. mas os efeitos colaterais estão surgindo: estou levemente tonto, bem devagar e ainda bem que não há uma cama na Telerj, ou do contrário eu dormiria até sábado. também estou errando as letras no teclado, tendo que ir e vir desse texto para corrigir tudo o que produzo involuntariamente.

vai passar? sei que vai. confio nisso e faço o que o médico me pedir. mas ultimamente a dor tem sido insuportável, a ponto de não saber o que é que preciso fazer para que isso passe. acabei de ler a bula de um dos painkillers e não há casos conhecidos de superdosagem, apesar de eu já saber o que acontece com quem toma uma cartela inteira de Benflogin e joga uma cerveja por cima. sei e não vou fazer isso, claro. ao invés disso, joguei comida por cima, estava com muita fome. como disse, a dor diminuiu, mas ainda existe. vou agendar um retorno com o médico na quinta-feira e cantar a o refrão de "The drugs don't work", do Verve, trocando o pronome "you" por "me", e vamos ver no que dá.

enquanto isso segue o estado letárgico...

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segunda-feira, fevereiro 09, 2009

lapela

respiração ok. alimentação ok.
as dores na perna de sempre. fui ao RPG hoje e foi só exames, pouco de exercícios. segundo a fisioterapeuta, eu tenho solução. mas continua doendo.
Otto voltou para o trabalho e o trânsito voltou a ser o que era. fomos até a 316 sul, aquela visão do paraíso, para descobrir que não havia apartamento a se alugar.
deixei umas Vogues e Elles de presente pra Carol - que de fato aniversaria amanhã
estou um pouco impaciente com o compasso do trabalho ultimamente, pouco para fazer
ouvi um "o que você tem feito para emagrecer tanto?" e durante um minuto achei que fosse verdade
esqueci de ir à academia resolver minha situação, mas de amanhã não passa
e foi isso.
(pressão provavelmente em 12 por 7, coluna tentando ficar ereta, as vírgulas nos lugares certos das orações)

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germânio

eu adoro essa sensação de estarmos em julho quando ainda é fevereiro.

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domingo, fevereiro 08, 2009

mélange

pensei em ir ao cinema este final de semana assistir "Foi apenas um sonho". não fui: fiquei em casa e assisti uns filmes que estava com vontade de ver. no sábado assisti ao "Garota da vitrine", um bom filme. não morro de amores pelo Steve Martin, embora ele seja um cara legal. sobre a Claire Danes, lembro que achava-a linda nos tempos do "Romeo + Juliet", daí o Leonardo DiCaprio virou o gostosão da bala Chita no ano seguinte e ela sumiu; acho que o único filme com ela que vi desde então foi o "Mod squad", bem fraco. o legal do "Garota na vitrine" é algo que ao menos não parece intencional: os silêncios. existem muitos espalhados por todo o filme, e são cruciais para o desenvolvimento da história, que não vem bem amarrada mas até que termina bom bons resultados.

hoje foi a vez de rever "Ladrão de casaca" pela manhã, por preguiça de algo melhor, mas nada a declarar. à tarde vi "Minhas noites de mirtilo", cujo título no original é "My blueberry nights" e saiu aqui com o nome horroroso de "Um beijo roubado". é o último filme do Wong Kar-Wai, todo mundo sabe, e é muito bom. o negócio desse aqui é o seguinte:

- no começo também pensei que os silêncios fossem parte importante do filme, mas não são. o importante é a questão de confiar nas pessoas;
- a mesma fotografia que me encantou no "2046" está lá, belíssima;
- Jude Law é o cara;
- a pronúncia correta do sobrenome da Rachel Weisz, em inglês, é "vice". vendo-a tão linda no filme, o "vice" ganha outro sentido.

na última edição da "Poder", o Arthur de Matos Casas fala, a respeito de um livro (não lembro qual), que nós lemos um livro pela primeira vez para conhecê-lo, e a partir da segunda vez é para conhecer-nos. acho que o "My blueberry nights" também pode se encaixar nessa definição.

logo depois de um filme tão denso, precisava de alguma coisa mais leve, e estava passando "Picardias estudantis", que inacreditavelmente eu nunca tinha visto. resolvido: Sean Penn brilhando como surfista maconheiro, a Phoebe Cates na cena mais antológica da década de 1980, aquele roteiro do Cameron Crowe levado de forma marota, aquele clima que definiria as comédias do John Hughes anos depois e moldaria o nosso caráter (é, o seu também).

enfim, nota 5 pro "Garota da vitrine" e 8,5 tanto para o "My blueberry nights" quanto para o "Picardias estudantis". e no sábado que vem, caso eu não arrume alguma coisa pra fazer, tem o "I'm your man", o documentário sobre o Leonard Cohen, às dez da noite.

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rapidinho

ah, claro: considerando o histórico de sobremesas abaixo, mas principalmente o meu comportamento desde o início do ano, fico satisfeito em ver que minha meta de me tornar uma pessoa mais doce está sendo plenamente cumprida.

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edaz

a Tati reclamou que havia muitos posts sobre comida neste blógue, então resolvi ficar dez dias sem escrever sobre o assunto. o problema é que com a mudança para a Asa Sul a minha dieta foi levemente alterada, e continuo descobrindo maravilhas gastronômicas a menos de dez minutos de caminhada a partir do meu bloco, ao mesmo tempo em que umas coisas novas invadem as gôndolas dos mercados do Plano Piloto. então, até para que eu fique mais dez dias sem escrever sobre comida, vai um compêndio das minhas descobertas:

- um mês atrás, a primeira-dama da Popload escreveu sobre a melhor granola do mundo, que para ela é uma chamada Tia Sônia. o único ponto negativo, segundo a Alê, é que é bem difícil de achar a dita cuja em São Paulo. pois nesta semana, comprando ali no Oba (109 sul), encontrei a Tia Sônia numa das gôndolas, e em vários tamanhos: peguei a de 500 gramas, para ver se ia com a cara.

gente, eu nunca imaginei que uma granola pudesse ser tão boa. essa aqui, além dos ingredientes tradicionais de uma granola, leva rapadura, côco e melaço de cana, que fazem uma triangulação saborosíssima, fica inacreditável. até agora eu só abri o pacote para provar pura, mas não vejo a hora de jogar no açaí ou comer com banana. se alguém aqui tiver dificuldade em encontrá-la, posso fazer o papel de drug dealer. e continuo curioso pela granola da Biovita, que a Lisa disse que é campeã.

- outra compra feita no Oba da Asa Sul foi a do novo sabor temporário da Häagen-Dazs: manga com maracujá. seguindo a tradição dos sabores efêmeros, que nos deu maravilhas como o Caramel Apple Crumble e o Apricot & Cream, a marca americana (sim, americana!) nos brinda com mais uma experiência sensorial sob forma de creme gelado. o problema é que é o melhor sabor de Häagen-Dazs que já provei na minha vida, é espetacular. extremamente cremoso, doce na medida certa, sem que o sabor de uma fruta se sobreponha ao da outra. já viu um sorvete mudar vidas? esse aqui mudou a minha para melhor. mas se não for efetivado no plantel de sabores - o que não deve mesmo acontecer - vai deixar muitas saudades por aqui na Asa Sul.

- Empório Sírio Libanês: da última vez em que falei de comida por aqui, contei da minha decepção com a mercearia de produtos árabes da minha entrequadra. e não é que existe uma outra casa especializada em comida árabe, e que é maravilhosa e que ela está pertinho de mim? o Empório Sírio Libanês, sem o hífen mesmo, fica na 304 sul (e tem uma filial em Goiânia, o que lhe dá mais 2 mil pontos comigo) e é responsável pela melhor coalhada seca que provei na minha vida, com uma textura única, além de um delicioso antepasto de chicória. só peguei as duas coisas na minha visita, ontem à tarde, mas identifiquei pelo menos quatorze coisas que ainda serão provadas, todas a seu tempo. só não leva dez por não ter pão sírio integral, mas isso eu consigo em outro lugar, néam?

- Amor aos Pedaços: a doceira paulistana tem uma filial na mesma 304 sul do empório supra citado, e eu nunca tinha percebido. na verdade, só descobri a Amor aos Pedaços porque parei na 304 para conhecer o Sírio Libanês, mas acabei parando na loja de sobremesas porque eles têm sorvete. o meu foi uma fatia bem fina de pavê de nozes, mas talvez fosse o caso de trocar o gelado por um pedaço de cheesecake, ou então por um sorvete Romeo & Juliet. mal conheci, já tomei uma dura decisão: só vou lá uma vez por mês, para não comprometer a forma física. paciência, paciência.

- Estação do Guaraná: na sexta-feira à noite eu não queria nada além de uma salada, e foi com essa intenção que fui à comercial da 105/6 sul: comer uma salada pasteurizada do Giraffas. à pé, passei pela Estação do Guaraná, na 106, e o ambiente me pareceu bem agradável. resolvi entrar e vi que eles ofereciam a opção de montar a própria salada, anotando os ingredientes numa comanda. escolhi, coloquei molho de mostarda com mel, pedi um suco de laranja com cenoura... e gostei demais. principalmente do suco, já que é o único jeito de eu comer cenoura.

no outro dia, resolvi almoçar um wrap por lá, de frango com queijo e abacaxi apimentado, igualmente bom. falta agora provar todos os outros wraps - cada um parece melhor que o outro - e o açaí local, que dizem por aí que é o melhor da Asa Sul.

bem, então por ora é isso. até que eu queria ter mais assunto do que comida, mas esses rangos têm me chamado a atenção e respondem pela maior parte das novidades que eu posso contar por aqui. as outras (segredos de trabalho, a vontade de conhecer as quedas d'água no rio Reno, problemas de coluna e a busca por um Audi, por exemplo) não são tão interessantes assim. quer dizer: são, mas não posso contar mais :)

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sábado, fevereiro 07, 2009

kalos kai agathos

o melhor comercial da história?

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sexta-feira, fevereiro 06, 2009

quorum

boa notícia do dia: Lucia passou na prova da Federal do Rio e é a mais nova professora da instituição. além do grego clássico, vai ensinar aos alunos que nem todo professor universitário é um cretino-esquerdista e que existe gente legal que sempre morou em São Paulo. parabéns a ela, arrasou.

*

esta foi a primeira semana do ano com trabalho de verdade. apesar de os deslocamentos ainda não terem começado, deu para sentir a tônica deste ano: novo organograma, novas tarefas, redução do combate aos incêndios, aumento da prevenção e uma sobrancelha levantada em direção aos colegas: quem faz aquilo ali somos nós, e estamos fazendo bem. assim sendo, já dizia algum filósofo grego cujo nome não me lembro agora: cada um no seu quadrado.

pensando bem, foi a Sharon Axé Moi quem disse isso, mas continua válido.

*

em julho passado eu escrevi uma notícia, sobre as mineradoras do ex-senador irlandês Richard Conroy: depois de dez anos sem achar um único diamante, uma júnior achou sessenta e sete deles e, na outra semana, a outra empresa encontrou uma enorme reserva de ouro. era uma história para que as pessoas não desistissem de ter foco e de acreditar. pois bem: agora o professor Conroy achou mais uma jazida de ouro, ainda maior que a do ano passado. é o tipo da notícia que faz a gente ganhar o dia, mesmo não sendo diretamente conosco.

*

agora com licença, hora de dormir. boa noite a todos, e até amanhã.

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quinta-feira, fevereiro 05, 2009

plano piloto

uma vez eu comprei um LP do Everything but the Girl chamado "Idlewild", da década de 1980, quando eles ainda faziam bossa nova. e no meio das músicas havia uma chamada "Oxford Street", que logo me chamou a atenção. primeiro porque é um dos poucos lugares em que estive em Londres dos quais me lembro do nome - e da loja da HMV, e da rua Berwick, e de andar à pé até Piccadilly e a praça Leicester também. quando li a letra impressa naquela capa interna, também em papelão, vi que era linda: tem uma melancolia que não é triste, um sentimento que é até gostoso, desde que não se pense - como eu penso - que sentir saudades é um mero atraso de vida. olha só um pedaço dela:

when I was seventeen, London meant Oxford Street.

where I grew up, there were no factories; there was a school and shops and some fields and trees, and rows of houses one by one appeared. I was born in one and lived there for eighteen years (...)

when I was seventeen, London meant Oxford Street. it was a little world; I grew up in a little world.


é de uma simplicidade linda, de uma sinceridade igualmente linda. e hoje, enquanto ia à pé até a 111 sul, lembrei da música porque senti a mesma coisa: a Asa Sul parece um mundinho, não no sentido pejorativo, e eu me sinto incrivelmente bem aqui dentro. as árvores, os blocos tão uniformemente coloridos e distintos, a cinética dos carros no Eixão e Eixinhos, os pequenos detalhes que fazem com que a arquitetura de cada quadra seja singular.

sinto muito, mas faltam as palavras (o que é melhor do que dizer que sobram sentimentos).

quando voltei da minha primeira viagem para cá, em 2000, meu pai perguntou o que eu tinha achado da cidade; respondi que estava apaixonado e que não via a hora de me mudar para a capital. ele comentou isso com o meu tio e disse que logo iria passar. voltei aqui de 2001 a 2004, mudei-me em 2005, e ainda não passou. meu pai não espera mais que vá passar, mas eu ainda fico impressionado com o quanto gosto de Brasília, e em especial a Asa Sul que fica entre o Eixinho L e a W2 - até estou baixando o "Idlewild" para pensar melhor no assunto.

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uzífuro

acabaram de me ligar do colégio Mackenzie (oi, Marcio):

"- senhor Luís?"
"- pois não?"
"- aqui é do colégio Mackenzie, gostaríamos de informar que já temos turma de natação para o Gabriel, a turma de seis anos de idade. começa hoje às dezoito horas."

"- ahn?"
"- aqui é do colégio Mackenzie, gostaríamos de informar que já temos turma de natação para o Gabriel, a turma de seis anos de idade. começa hoje às dezoito horas."

"- tem certeza que ligou pro cara certo?"
"- Luiz Cláudio de sdjkfnskfqekpwjrfoçqwj?"
"- não, meu nome é Luís Eduardo."
"- nossa, que coincidência!"
"- e isso porque eu estou procurando academia de natação e sei nadar tão bem quanto uma criança de seis anos de idade. ou pior."

"- nossa, coincidência mesmo!!!"
"- pois é, mas acho que não vou poder entrar nessa turma."

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hello sunshine, come to my life

a pergunta que não quer calar: por quê mais da metade dos aparelhos de jantar de hoje em dia são preto e brancos? cadê aqueles azuis da década de 1910, aquele anil colonial, os detalhes em laranja?

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quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Langley

voltei até a academia para me inscrever mas, surpresa, não há como me encaixar naquele horário, e voltam a me oferecer o pior horário possível. como se não bastasse, sugerem de fazer a natação na turma de meio-dia e dez. dou um sorriso irônico e digo "isso é hora de gente almoçar". e volto a buscar uma academia com piscina em que possa tomar caldinhos de cloro às oito da noite. com a Nadarte fora e a Júlio Adnet desinteressada em ter novos alunos, aceito sugestões - mas por favor, nada de sugerir Companhia Atlética ou outras muito frequentadas, quanto menos gente melhor.

*

60% da minha lista de coisas a se fazer já está resolvida. e dentre as pendências, nenhuma ali é pendência por minha culpa, mas obra do timing alheio. até que tá gostoso essa história de se organizar. as metas para o ano também vão bem, e já até pensei em uma para 2010.

mas não, eu não deveria pensar em 2010 até o próximo dia 1º de janeiro.

*

na hora do almoço tive uma consulta com o ortopedista. indicado pelo meu ex-chefe, o cara é bem tranquilo e pela primeira vez não me apontou como tratamento umas sessões de fisioterapia: segundo ele, o que preciso é de uma caixa de horse pills e de dez sessões de reeducação postural global, para eu aprender a viver de forma ergonomicamente aceitável. agora vai: logo essa dor será coisa do passado.

*

fiz uma limpeza nos cds que carrego no carro: fora com Elis Regina, Pink Floyd, REM e coletâneas do tipo "Endless love". vou passar a semana baixando coisinhas para ouvir no trânsito ou na Telerj, e sugestões são bem-vindas nos comentários. mas vamos manter o nível, néam?

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terça-feira, fevereiro 03, 2009

palito

li hoje pela manhã que a cidade russa de Krasnoyarsk, no sul da Sibéria, registrou temperaturas entre - 42 ºC e - 44 ºC durante esta terça-feira. e daí? daí que, se você olhar os dados sobre a temperatura de Krasnoyarsk na Wikipedia, vai constatar que o recorde negativo de temperatura para a cidade no mês de fevereiro é de -40,8 ºC. se essa temperatura entre - 42 ºC e - 44 ºC registrada hoje for confirmada, é um novo recorde negativo para a cidade. é pouco? pode até ser. mas é suficiente para calar a boca dos alarmistas e profetas que saem por aí propagando suas besteiras apocalípticas. até comentei isso no blog do Reinaldo Azevedo, que mencionou o acontecido. então é isso: desconfiar do apocalipse climático, sempre.

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Min Nan

enquanto não chega a hora de me consultar com o médico (é amanhã), as dores na perna direita se acentuaram. rastejei até uma farmácia próxima e pedi o painkiller mais pesado que me vendessem sem receita. o farmacêutico voltou com duas opções, cuja diferença de preços era de um centavo. como a fórmula de ambos era a mesma, tanto em princípios ativos quanto em suas dosagens, não havia um critério objetivo para escolher um ou outro, aí decidi apelar para a subjetividade: um dos remédios era produzido no Paraná, o outro em Goiás.

claro que eu escolhi o goiano.

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quebra tudo na Telerj: baixei o remix do Golden Filter para uma música do Peter Björn & John, o vocal é classe: "hey shut the fuck up boy, you are starting to piss me off, take your hands off that girl, you have already had enough". não ouvia algo tão direto e reto desde... 2004, quando o Felipe Dylon mandou "ô menina, deixa disso, quero te conhecer, vê se me dá uma chance, tô a fim de você". afinal de contas, indecisão estilo Winnie Cooper não dá. enfim, pena que esse remix tenha sete minutos, então hora de ouvir aquele hitzinho da Emma Bunton, a melhor coisa que uma Spice Girl já fez.

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dias de tédio na Bolsa: nenhuma oscilação violenta para cima, o que me permitiria caçar alguns manés para empurrar-lhes umas PETRB28 a 1 real e me divertir enquanto via a opção não ser exercida. infelizmente as duas últimas semanas foram um samba de uma nota só ao redor de 39 mil pontos (indo de mil pra mais a mil pra menos), coisa bem devagar. mas ainda há espaço para ocorrer alguma barbaridade até o vencimento da série, então dedos cruzados.

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algo me diz que vou ter uma ideia genial até sexta-feira: alguém aí a fim de apostar nisso?

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segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Santa Marinella

ah, claro: vi na televisão a nevasca que se abateu sobre Londres, e gostaria de estar lá com você agora, antes de irmos para a Escócia. vem comigo?

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Famagusta

a marmota foi tirada da toca e disse que teremos mais um mês e meio de inverno. teremos, mas ao norte. por aqui, calor e a sensação de coisas dando certo.

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fiz uma visita à Nadarte, ali na 904/5 sul, depois que o Ivens gentilmente me informou da localização exata da academia. gostei bastante do que vi por lá, embora a sugestão de se fazer um plano anual, que ficam me sugerindo por lá, seja assustadora - prefiro ir renovando a cada trimestre. mas, por três ou por doze meses, deve ser lá que vão me encontrar à noite, em busca de algo maior.

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a MTV mandou muito bem numa sequência agora há pouco: "O estrangeiro", do Caetano Veloso, "Bela Lugosi's dead" (YEEEEEEEE) do Bauhaus e "Mysterious ways", do U2. nessa última eu até liguei pro Alê, mas meu telefone tá com problemas: sabia que não era uma boa dar uma grana para a empresa do Victor...

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dez anos de ditadura Chávez e a Venezuela como está: revolução de verdade não tem a letra R na frente, mas um dos problemas de ser povo na América Latina é o imediatismo e a vontade de querer tudo na mão, como se não dependesse do esforço do indivíduo. do outro lado do mundo, o Irã comemora trinta anos de seu distanciamento da civilização: não à toa, os dois países têm estreitado os laços, unidos apenas pela produção de petróleo e pelo ódio aos EUA.

para os dois países eu só posso lembrar o dizer de Cláudio Bull: "o que nos une não é a amizade e sim o medo da solidão". não achei a original, mas a versão desplugada do Sestine dá para ser baixada aqui.

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ontem o mundo esportivo assistiu vitórias de Rafael Nadal, Liverpool FC, Ituano e Pittsburgh Steelers. eu estava torcendo por Roger Federer, Chelsea, Santos e Arizona Cardinals, e olha que a sexta-feira 13 é só na semana que vem, hahaha.

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meu pé esquerdo está descascando, Michael Phelps foi flagrado numa festa da Engenharia Florestal da UnB e eu não me lembro de nada do que aconteceu durante o trabalho hoje. não tenho maiores novidades, então por hoje é isso, boa noite.

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domingo, fevereiro 01, 2009

elite

hoje tem entrevista do Pedro Mexia no Jornal de Notícias. a segunda parte, sobre escrever, é maravilhosa. mas a primeira, sobre a vida dele à frente da Cinemateca de Lisboa, não deixa de ser bem interessante.

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assisti ontem à noite, no GNT, um documentário sobre o Marc Jacobs. ano passado alguém me disse que eu deveria estar trabalhando com moda, mas ver esse programa me convenceu de que não, eu não deveria estar trabalhando com moda: existem ali algumas pressões com as quais jamais gostaria de lidar. não é nem questão de talvez não conseguir, mas de não querer mesmo.

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há uma lista enorme de coisas para fazer esta semana. tudo será feito, mas a cada vez que olho para a lista um frio me corre a barriga, possivelmente porque algumas delas não dependem apenas de mim e não arrisco uma previsão do que vai acontecer: mas o negócio é levantar a cabeça, ir atrás e resolver tudo, sem deixar nem mesmo uma margem de dúvida quanto aos resultados.

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quando será que vai rolar um torneio de hipismo por aqui, hein?

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