sexta-feira, novembro 27, 2009

iota

saindo da academia, o corpo se sentindo bem e a alma melhor ainda, desci a 307 sul admirando a beleza desse lugar. quando atravessei a rua, lembrei de um pensamento recorrente desde que saí do Sudoeste e vim para a Asa Sul: não tem um dia que eu passe sem sentir vontade de deitar de bruços no chão, com os braços abertos, com vontade de dar um abraço nessa cidade. acho que não precisava mais dizer o quanto gosto de Brasília, mas às vezes eu ainda me surpreendo com isso.

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por falar em amor à cidade, gosto muito da administração do atual governador, mas ele precisa saber uma coisa: segunda chance a gente até dá, terceira chance não tem como. o que me entristece é saber que, caso essa treta revelada hoje se mostre verdadeira, é meio caminho andado para o Roriz voltar. e se ele voltar será o caos.

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mesmo assim eu ando com vontade de ir à praia, ficar de frente para o mar com uma lata de Neutrogena Fresh Cooling FPS 70 na cara e bebendo água de côco. depois almoçar camarão, ler alguma biografia maneira e não arredar o pé da areia até que o sol se ponha. mas tem que ser numa praia que tenha no máximo quatro pessoas a cada cinco quilômetros e água quente no mar. bora?

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eu gosto do AC/DC, aquela banda que o Papa, quando ainda era "apenas" o cardeal Ratzinger, disse que o nome significava "anti-Christ / death to Christ", mas que na verdade é aquele adaptador de tomada que diz "corrente alternada / corrente continuada". mas, por algum motivo, não me senti animado o suficiente para ir até o inferno assistir os caras ao vivo.

em compensação, no meio de janeiro tem uma ótima maneira de eu me torturar naquela cidade horrorosa.

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já que falei de música, um negócio curioso: enquanto eu bombava com força total na academia, fazendo cara feia e blasfemando, o som ambiente tocava... "Champagne supernova", do Oasis. e eu ia fazendo os exercícios enquanto cantava e achava aquilo o cúmulo do bizarro. foi estranho que só, mas me ajudou a suportar a pena série ministrada pelo treinador.

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