quinta-feira, março 04, 2010

brinquedo

(daquelas coisas que só acontecem comigo...)

fui ontem com o João Paulo à Toranja, no Balaio Café. não podia ficar lá por muito tempo (a festa vai até três da manhã), já que tinha de estar na Telerj às oito, então pedi ao JP que me levasse em casa por volta de meia-noite. a festa estava muito legal, contando com a presença do Márcio, do Tiago, do Thiago e de mais gente boa, até que, por volta de meia-noite e meia, já estourado o meu tempo de permanência, quando passou uma menina e me deu uma encarada top-bottom, dos meus cabelos até a ponta do meu tênis.

como àquela altura eu já estava sonhando com a minha cama, fiquei apenas impressionado, mas me mandaram ir atrás da moça na pista de dança, que fica no subsolo. como assertividade não é meu ponto forte, chegaram a me empurrar até a beira da escada, para que eu fosse lá. desci, mas ia só ver quem era a moça, no máximo cumprimentá-la - preciso ter algumas informações extras antes de passar desse ponto.

problema: eu sou um péssimo fisionomista. sou bom para datas (sei a da minha formatura do colegial e a do meu primeiro beijo, por exemplo), para números e decorebas em geral (ainda sei a tabela periódica de cor, à exceção da série dos lantanídeos depois do gadolínio). mas para rostos, sem chance.

dito isso, é claro e evidente que não lembrei da cara dela quando cheguei lá. mas ela não tinha me comido dois minutos atrás? tinha. só que eu nem prestei muita atenção. sem saber quem abordar, achei melhor enrolar mais dois minutos antes de subir. não vi ninguém na pista de dança e fui perguntar ao Ivan, organizador da Toranja e DJ residente, se era ele quem estava lá.

e o Ivan estava na pista, conversando com uma menina. como a conversa parecia séria, não quis interromper e fiquei ali do lado aguardando a minha vez. depois de um minuto, perguntei a ele quem estava dando som. enquanto isso, a menina me olhava com cara de "e agora, babaca, vai fazer o quê?", como se querendo tirar satisfação comigo. não dei bola, já que há gente mal-humorada em qualquer canto, e subi ao nível da calçada depois que obtive resposta do Ivan.

quando estava subindo as escadas caiu a ficha: a mal-humorada é uma menina com quem tive um rolo absurdo há coisa de cinco anos, coisa que nem vale a pena lembrar - mas que ela lembrou em janeiro e me procurou, querendo uma massagem no ego. quando li aquilo, disse logo que não tinha vontade nem interesse de falar com ela, e depois de três dias me azucrinando ela finalmente parou.

aí ontem eu simplesmente não a reconheci. não foi soberba minha, mas nem se fosse teria dado um resultado tão bom. contei a história para a Carol, agora cedo, e ela não acreditou, acha que estou mentindo porque a moça "é marcante demais" e não se parece com nenhuma outra conhecida nossa. pode até ser, mas minha capacidade de percepção fisionômica é nula e, melhor de tudo, estou me sentido o máximo por isso... hahahahahahahaha...

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