sábado, março 20, 2010

oops oh my

ontem, por volta de onze da noite, escutei uma sirene, e ela ficava cada vez mais intensa, até o ponto em que parecia estar a uns cinquenta metros de casa. abri a porta, fui ao corredor do bloco e vi que havia um carro dos Bombeiros parado ali embaixo, com gente entrando e saindo pela porta de serviço.

não entendi o que era mas, como não vi labaredas subindo até o sexto andar, tampouco meus vizinhos devem saber o que é gás mostarda ou ácido cianídrico, voltei para dentro e continuei a vida. hoje cedo perguntei ao porteiro o que tinha acontecido, e era realmente um vazamento de gás... mas o de cozinha. coisa leve, ninguém desmaiou. "nem sei porque os Bombeiros fazem tanto barulho para esse tipo de coisa", disse ele.

essa história não tem nada de mais, mas na hora eu fiquei boladão.

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minha camiseta do Ladytron, tamanho G, ficou grande demais. qual a solução? deixar de usar a única camiseta de banda que já usei em toda a minha vida? nah, comprei uma tamanho M. quem sabe a maior não vire pijama...

junto com a camiseta, uma segunda cópia do primeiro disco do Suede, já que a minha desapareceu misteriosamente e, como todo mundo sabe, não ter todos os álbuns deles é uma falta grave.

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esqueci de falar do a-ha, não é? pois bem: foi uma bela apresentação, apesar de o Patrick Swayze Morten Harket estar com a garganta inflamada - coisa pela qual ele se desculpou e pediu ajuda à plateia para cantar. como já sabia de antemão, o setlist foi em contagem regressiva, começando com o último disco e tocando as músicas do "Hunting high and low", o primeiro, no bis.

as músicas novas são surpreendentemente boas, fiquei com vontade de ouvir os discos que ignorei. mas na hora em que começou "The blood that moves the body" - a primeira da fase clássica -, senti um arrepio. que se estendeu por "Crying in the rain", cuja letra eu não sabia que sabia, "The living daylights", com um arranjo que misturava as duas versões, e por aí foi.

mas a minha grande satisfação foi ver que tenho razão em uma coisa: enquanto "Hunting high and low" entrou com três músicas e "Stay on these roads" entrou com duas e meia*, o meu disco preferido deles, "Scoundrel days", entrou com SEIS. achei fantástico, e olha que ainda deixaram de fora "The soft rains of April" e "Maybe, maybe", que foi hit na... Bolívia.

tinha tudo lá: fãs fanáticos, presença de palco, sucessos que minhas filhas vão cantar em 2035. mas o principal da noite foi lembrar como é bom uma banda com repertório: os três primeiros discos do a-ha são uma aula de como fazer pop. e, como eu disse uns dias atrás, nenhuma outra banda de pop eletrônico da década, nem mesmo o New Order, tem um disco como "Scoundrel days" - só o Depeche Mode, e só com o "Violator", tem as manhas de chegar perto.

não à toa, quando a Warner lançou os primeiros cds no Brasil, em 1987, não escolheu um campeão de vendas de seu catálogo, como o Frank Sinatra, tampouco um artista nacional consagrado, como o Gilberto Gil: eles foram de a-ha. e, com os noruegueses, foi a última vez em que o Brasil (a massa) gostou de pop internacional de qualidade.

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será que eu aguento cinco semanas da nova fase da dieta? God give me strength...

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