domingo, junho 07, 2009

autolimpante

tá no MSN do Victor: "que fase...", seguido de um emoticon triste. eu vinha voltando pra casa hoje, à pé, às quatro da manhã, pensando a mesma coisa, quando tive uma epifania: a última vez em que me senti assim era junho de 2007. aquele foi um mês difícil, e terminou com uma tragédia que me fez repensar a vida. foi uma das poucas vezes em que acreditei estar diante de um sinal divino, mas pode ser que eu tenha dado importância demais à coisa.

em todo caso, como não quero passar por aquilo de novo, já entendi o recado e agora começo a colocá-lo em prática. vou botar a cabeça no lugar e não me preocupar demais com o maior dos problemas, vou segurar a língua, não vou deixar as coisas se partirem. não é tão fácil como parece, mas uma hora consigo.

*

o dia foi de pausas, silêncios e alguns sentimentos esparramados. depois de um silêncio causado por uma corrida anódina na Fórmula 1, assisti ao Roger Federer ganhando Roland Garros, aquele que lhe faltava. catorze títulos de Grand Slam, gente. e no final ele chorando, extasiado, explodindo. foi legal demais. aí fui pro Wal-Mart comprar risoto e chocolate, e fiquei em silêncio até umas quatro da tarde, quando me ligaram para fazer alguma coisa. e depois de novo às sete.

ufa, se não fossem meus amigos eu teria passado o dia todo calado, e não seria nada legal.

*

na volta para casa, agora há pouco, uma ideia fixa na cabeça: comportamentos reais para sentimentos imaginários. eu não sei se tenho motivo real para dirigir como um louco, o que tenho feito bastante por esses dias, mas eu faço a coisa mesmo assim, como se um sentimento imaginário me compelisse. e ao mesmo tempo tenho aquela saudade portuguesa do que não conheço, do que não conheci, do que viria pela frente mas que por algum motivo já ficou para trás.

não que buscar explicação para essas coisas seja necessário, tampouco que seja bom. mas ando com vontade de escrever sobre isso... e não sei como fazer.

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