terça-feira, junho 23, 2009

lararara

(aviso: post extremamente caipira e que não esconde o deslumbramento com um poder que na verdade não é mais do que porra nenhuma)

até a sexta-feira passada eu nunca tinha recebido, direto no meu ramal, um telefonema dos chefes supremos. ao contrário dos meus amigos da XP, que têm acesso direto ao semideus que criou a empresa, na Telerj o esquema é parecido com a sociedade indiana e conheço gerentes que mal tiveram contato com os cinco até hoje.

aí na quarta-feira passada eu troquei idéinha com um dos cinco, pessoalmente, e dois dias depois ele me ligou, querendo saber detalhes. não digo que fiquei emocionado, mas pelo menos bem surpreso, quando atendi ao telefone e era a secretária dele, dizendo que o chefe estava na linha e queria falar comigo.

ontem, em uma reunião, ficou definido que eu acompanharia um outro chefe em uma outra reunião, que aconteceria hoje. mandei uma mensagem para ele, informando-o e me colocando à disposição para levantar material ou para auxiliar de qualquer forma que ele precisasse. e dez minutos depois ele me ligou direto, sem secretária, para pedir umas coisas.

fiquei impressionado com o fato de que dois chefes haviam me ligado em dois dias consecutivos de trabalho, e levantei o material em vinte minutos - incluindo aí a procura por um decreto tão velho e ineficaz que não consta da base de dados da Presidência da República, tendo eu que recorrer a umas quebradas para conseguir o maldjíato. ele gostou, e a secretária depois perguntou se eu não gostaria de ir à reunião com ele em seu Astrão, ao invés do Gol-bomba no qual o resto da Telerj tem de se deslocar.

no caminho, ele foi falando de uns assuntos e me fez algumas perguntas. por incrível que pareça, respondi tudo e sem titubear, até com uma linguagem bem clara. por alguns instantes, me senti o assessor mais bem preparado do mundo, e não teve sentimento no mundo que pagasse isso. durou uns cinco minutos e não quis dizer nada, mas foi bom demais.

na volta, um recado em um post-it: a mais importante das subchefes queria que eu ligasse a ela e contasse sobre o resultado da reunião. e dar boas notícias é a coisa mais fácil do mundo, o que facilitou meu trabalho de dizer que o chefe foi muito bem, seguiu à risca o script, foi assaz elogiado e quem tomou bronca foi o lado "contrário", que nem se dignou a dar as caras.

caramba, ela não conseguia sequer esconder que estava radiante. e eu, um pouco mais feliz de saber que minha área continua fazendo um bom trabalho e que isso nos traz, pouco a pouco, ótimos dividendos.

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