domingo, novembro 09, 2008

delírio

e então o final dessa semana foi assim:

- sexta-feira à noite: fui pra academia e as máquinas de ski cross estavam todas ocupadas no momento em que eu precisava esquiar. sem alternativas, fiquei na esteira, correndo, e bati meu recorde de corrida ininterrupta: quatorze minutos, à velocidade 10,1. nunca tinha corrido tanto na minha vida, e ainda corri mais seis minutos no final da série. em seguida, fui com o Lelo comer alguma coisa no bar medieval, mas não havia muito o que se comer por lá. acabamos indo àquela barraquinha de lanches na 409/10 norte, onde tem o sanduíche Mike Tyson. ao chegar lá, presenciamos uma reca: uma menina barraqueira ficou com raivinha porque um cidadão pediu para que o primo dela, um boca-suja, parasse de falar palavrões. até o garoto viu que se excedia no vocabulário, mas a prima achou ruim e queria partir pra cima do autor do pedido, que era coberto de razão por todos os presentes.

aí chamaram a polícia e a moça acabou tendo que se explicar na delegacia, não sem antes usar do "você sabe com quem está falando?", de tentar agredir o rapaz com uma cadeira (quase que sobra para mim, nessa hora - eu estava perto da mesa de onde ela tirou a arma de plástico branco). foi uma cena patética, e a barraqueira deve ter dito dois mil palavrões durante toda sua atuação - Lelo e eu achamos que ela devia estar louca de pó. mas teve seu lado triste: se homem falando palavrão já é algo desagradável, mulher é triste. não que elas não tenham o direito, mas porque é triste ver que pegam a pior parte dos homens, abdicam de sua feminilidade e tal, como já disse aqui algumas vezes. e depois dessa, comi meu sanduíche e fui pra casa dormir.

*

- sábado: a idéia original era almoçar e, em seguida, assistir "Quantum of solace". fui comer no Xique-Xique, mas depois não fui ao cinema, não animei. como não estava animado para o programa da noite: uma pizza com o pessoal da Telerj. mas que fique claro: era uma pizza com todos que trabalharam numa área da Telerj desde 1998, ou seja, eu não conhecia de 80 a 90 por cento das pessoas que iriam. como era na casa da chefe, meno male, mas enfim... era um daqueles compromissos que eu normalmente pagaria para não ir, mas eu tinha que ir.

armado de três latas de guaraná Jesus, aportei no Lago Norte e fiquei lá, sem assunto por um tempo, até que alguns amigos contemporâneos apareceram e a conversa fluiu. pouca coisa sobre trabalho, algumas sobre carreira, umas tantas sobre frivolidades. não foi tão ruim, devo admitir. aliás, perto do que eu esperava, foi bem razoável, apesar de um susto no final da noite. mas esse medo foi uma nova prova da teoria de que festinhas de trabalho são sempre constrangedoras.

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- domingo: queria comer galeto, acabei no McDonalds. e com um sorvete horrível da Kopenhagen, que eu recomendo vivamente que não comprem - até porque, pasme, é mais caro que um Häagen-Dazs. logo depois, "Quantum of solace", sozinho. alguém aqui já ficou com os olhos brilhando por causa de um filme que você ainda está assistindo? eu fiquei assim desde os primeiros segundos do novo 007 até o final de sua abertura. e mesmo depois, ainda estava entusiasmado.

aos fatos: o novo James Bond é nota 8,5, contra os 9,5 do "Casino Royale". e não perde por ser pior, mas por ser exagerado. os efeitos visuais nas cenas de ação são exagerados, as tramas do roteiro exageram na confusão, há um desequilíbrio na participação das Bond girls no filme - há muita Olga Kurylenko e pouca Gemma Arterton. mesmo assim, vale muito a assistida. como também está valendo esse "Meu novo amor", um filminho watersugar com a Mandy Moore que estou assistindo agora. quem sabe depois eu fale mais do 007... enquanto isso, boa noite, tenham todos uma boa semana.

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