quinta-feira, dezembro 31, 2009

up

estou com dois posts na minha cabeça, quase prontos, mas vão ficar para o ano que vem. então é isso, gente, apertem os cintos e feliz 2010 para todos nós.

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é tendência

na chamada para o "Moda & Música", programa da Fashion TV que tenta traçar um paralelo entre as duas coisas mostrando a moda criada e adotada por cada movimento musical, dá para ver, sob uma trilha sonora de "Smells like teen spirit", e intercalado por imagens de várias dezenas de clipes, trechos dos clipes de "She's in fashion" e "Saturday night", do Suede.

tá, mas quem se importa com isso? eu, oras.

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sabichão

Só dois combustíveis movem os meus textos: água e Coca-Cola light - a light, não a Zero. - Reinaldo Azevedo, mostrando que sabe qual é a melhor Coca-Cola.

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quarta-feira, dezembro 30, 2009

Zacateca

eu também! RT @tsadam Alguém mais achou que 2009 foi excelente? Eu gostei tanto e tá todo mundo reclamando...

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fubanga

decidi mexer com drogas pesadas hoje: estou ouvindo "First impressions of Earth", o terceiro disco dos Strokes. dá para resumir o LP no seguinte:

- eles tentam de todo jeito imprimir energia nas três ou quatro primeiras músicas, mas você sente a vontade da banda toda querendo bocejar;
- "Ask me anything" é o Julian Casablancas tentando reescrever "Eleanor Rigby", dos Beatles: falha miseravelmente;
- "Evening sun" começa querendo ser "New test leper", do REM, e termina querendo ser "Tonight, tonight" dos Smashing Pumpkins.

mas o disco melhorou um pouco, de nota 2 passou para 3,5. será que se eu continuar ouvindo ele chega a 6?

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bocada

também na segunda eu voltei para a academia, depois de três semanas suspenso por conta da coluna. depois de quatro dias sem dor alguma, liguei para o treinador e falei que poderíamos tentar o retorno, e ele achou por bem fazer séries com menos peso e mais repetições. não senti dor na hora, mas estou com aquela "dor reflexa", que não me mata mas fica a todo tempo me lembrando que tenho uma coluna enferma.

ontem repeti a dose, fazendo ad nauseam os mesmos poucos exercícios e aguentando trinta e cinco minutos de bicicleta ergométrica, divididos em três vezes. antes de começar as atividades de terça, decidi me pesar, para mensurar a destruição causada por vinte dias sem poder treinar mais uma semana de alimentação irresponsável em Deprelândia. e deu que, na verdade, estou mais leve do que antes, 300 gramas.

é bem verdade que perdi alguma coisa de massa magra, mas comemorei o resultado: só de não engordar eu já estou muito no lucro.

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maloca

peguei o carro na revisão, segunda-feira. a folga no câmbio diminuiu graças à troca da bieleta, mas houve alguns efeitos colaterais: a embreagem (embraiagem, se você estiver em Portugal) está pesadíssima, e o comando de subida dos vidros na chave não está funcionando. liguei na Champion e vou levar o carro lá para ver que p**** é essa.

no meio disso, a vontade de ficar com o 307 até 2013 e tentar trocá-lo num CLC esmoreceu. primeiro por causa desse incidente, e segundo porque descobri que o volante do CLC não é nem revestido de couro. pode parecer pequeno, mas um carro de R$ 120 mil (preço promocional) não ter isso é... uma pena. mas ainda tem muita água para cair até o prazo para troca do meu carro (a partir de 5 de agosto de 2011) chegar.

e se eu pegasse um raro (e feioso) Saab 9000 1991/92 + um Smart?

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terça-feira, dezembro 29, 2009

gostei

(visto no Brainstorm #9)

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dica

além dos blógues da Exame que uso no meu trabalho ou no controle das minhas atividades na bolsa, gosto muito do blog da Carolina Meyer, o 4P, extremamente bem escrito e ilustrativo de coisas que encontramos por aí. vale a lida.

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insetos

it is extraordinary, think about it... in South America there are no elephants, kangaroos, lions, hyaenas, honey badgers, there's nothing interesting at all, it's all just insects designed to make you have a debilitating, agonizing death.

Jeremy Clarkson, aos 28'40" desse vídeo aqui.

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nacional

esse esforço para ver a Saab viva e produzindo carros nas mãos de outro grupo, ao invés de ser fechada, continua sendo a coisa mais apaixonante do mundo. como vocês podem saber, só vieram uns poucos Saabs para o Brasil, acho que 20 ou 30, no final de 1991. nunca vi um pessoalmente por aqui, só na Europa, e no entanto me sinto completamente envolvido e torcendo para que a fabricante sueca sobreviva.

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segunda-feira, dezembro 28, 2009

curto e grosso

palandi says: (23:05:03)
e aí, curtindo a vista de SP?
V says: (23:05:57)
não aguento mais
V says: (23:06:06)
cidade aborrecida da porra
palandi says: (23:06:11)
UFA, ALGUÉM ME ENTENDE

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sintoma

talvez você se lembre do que escrevi aqui, um mês atrás, quando comecei a preparar uma vingança. não quis dar detalhes à época, para não prejudicar o andamento da coisa.

aconteceu o seguinte: já fiz, até agora, cinco trabalhos em grupo na escola de lobistas. em quatro deles eu me responsabilizei por mais da metade da execução, acompanhei de perto cada etapa - em dois eu fi-lo todo, só botei os nomes dos colegas junto e entreguei.

aí no quinto, com uma dessas colegas, eu travei. não tinha a mínima inspiração, não conseguia fazer, tava de matar. pedi para que ela tomasse a frente, levantasse uma bibliografia, e começasse a escrever, para quem sabe depois eu poder ajudar mais. ela conseguiu umas coisas, eu fiz umas poucas revisões no texto, que estava muito bom, e o trabalho foi entregue.

alguns dias depois, o professor pediu para que a monitora nos informasse que havia sido detectado plágio no trabalho. sim, plágio: havia cópia descarada de períodos do texto vindo de páginas na internet, e a bibliografia que a colega havia colocado não batia. desesperei-me, e fui perguntar quais seriam as saídas. a monitora informou que o professor determinou que, se não provássemos onde foi usada cada referência bibliográfica do texto, teríamos de fazer um novo trabalho - e a nota máxima seria a média.

liguei para a colega, exigindo explicações, ela disse que trataria disso com o professor. uns dias depois eles conversaram, e ela não conseguiu mostrar UMA citação relacionada sequer. resultado: um novo trabalho pela frente, podendo no máximo passar na matéria. ela pediu desculpas algumas vezes, eu disse que ela tinha f***** tudo - lembre-se, eu a carreguei quando ela não pôde participar, e ela me retribuiu com plágio. falei que até perdoaria, mas que nunca mais confiaria nela.

daí ela se emputeceu e falou que eu estava fazendo drama demais, porque não era um problema de saúde, não havia uma morte. e eu respondi que se eu tivesse plagiado alguém, teria a decência de ter-me dado um tiro no peito logo depois. até hoje ela diz que eu estou "estranho" com ela, e na primeira vez que eu ouvir isso em 2010 vou responder apenas "não estou estranho, só parei de confiar em você".

fiz o trabalho sozinho, sobre outro assunto (com o consentimento do professor) dentro da disciplina. e a parte vingança mesmo. a vingança desse caso foi coisa limpa, limpíssima: era apenas fazer o melhor trabalho que ele leria em toda a turma. pesquisei, baixei o texto do autor (as "Confissões" e a "Cidade de Deus" de Santo Agostinho) em inglês para ler e, tivesse eu algum conhecimento de latim, língua original dos escritos, tê-lo-ia lido no original. puxei análises de teólogos, de cientistas políticos e até de gente que mexe com aquela coisa desprezível chamada direito. reescrevi tudo quatro vezes, até ficar um negócio de sete páginas que em breve pretendo disponibilizar aqui.

enfim, não foi uma vingança má, e eu consegui o que queria: hoje soube que obtive a nota máxima, que se transformou na média mínima para aprovação, como ele havia dito. estou completamente aliviado e aprendi a lição: assim como Santo Agostinho defendia a imperfeição da política terrena e que a vida perfeita só seria atingida na Cidade de Deus, eu defendo que você considere a imperfeição dos seus colegas vagabundos e só conte com Deus na hora de fazer trabalhos acadêmicos...

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azulão

de volta à civilização, morrendo de sono, acabadaço. parece que a última vez que dormi foi de 13 para 14 de setembro, alguém me confirma isso?

*

ainda não peguei o carro na revisão, vou fazê-lo daqui a pouco. janeiro será um mês longo para ele: a nova bieleta no câmbio instalada, os pneus que serão trocadas, quem sabe alguma coisa a mais - que não vou colocar aqui senão serei cobrado. e já estou com vontade de dirigi-lo, mas muita vontade mesmo: por mais que o Civic do meu pai seja zero-quilômetro e infinitamente superior ao meu 307 em vários aspectos, ele não é meu número.

*

como o carro não está aqui, vim trabalhar de metrô. é o caminho usado por gente civilizada em países desenvolvidos, mas aqui em Brasília a coisa beira o precário. mas foi legal, especialmente porque nessa época do ano a cidade está vazia e, por consequência, os vagões também. eu fui o único a embarcar na minha estação, e um dos três que desceram na da 102 sul, a mais próxima da Telerj.

mesmo com vontade de dirigir, é capaz de eu vir para cá de metrô nos próximos dias, deixando o carro para quando realmente for o caso de botar um sorriso no rosto levantando poças d'água ou dando 140 na zona rural do Lago Norte.

*

as coisas estão vindo desordenadamente à minha cabeça. será pedir muito pedir para dividir tudo em vários posts?

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quinta-feira, dezembro 24, 2009

tablete

Ana Paula me mandou na lata, hoje: eu me tornei uma pessoa amarga, e isso aconteceu especialmente esse ano. e foi o tipo da mudança que nem percebi que estava rolando. acho que felizmente não cheguei ao nível Clarice Lispector da coisa, um poço de ressentimento escrevendo mal (detesto a obra dela). mas de toda forma vou tomar todo cuidado do mundo para não chegar a esse ponto.

quanto ao meu amargor atual, é puro medo de quebrar a cara. não sei se tem cura, e se alguém souber se tem, por favor, deixe um comentário dizendo o que é. conto com a ajuda de vocês para ser uma pessoa menos amarga daqui para frente, de preferência ainda em 2009.

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referência

e se um dia eu sair de Brasília, o maior motivo é esse (continua aqui).

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quarta-feira, dezembro 23, 2009

homem do dia



olhem só para a cara dele. tá aí um cara que gosta do que faz. gosta não, ama. que não conseguiu ficar aposentado curtindo a família, e que tem uma esposa que sabe o quanto ele ama o que faz - tanto sabe que o liberou para voltar, depois de três anos.

mesmo sabendo que pode ser patético. mesmo sabendo que o emprego dele não é qualquer emprego, e que envolve, literalmente, arriscar o pescoço. mas enfim, ela liberou, e olha só o sorriso do figura. willkommen zurück, Michael. e pode ter certeza que vou me lembrar, no começo da próxima temporada, do quanto você ama aquilo ali. e que, antes disso, vou lembrar disso na minha própria vida.

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Bonn

(post nascido de uma impressão tida em Deprelândia, conforme abaixo)

às vezes eu me acho um alienado. que vivo em um mundo à parte. e não, não tem nada a ver com Deprelândia: é uma mistura em partes equânimes entre uma novela do Manoel Carlos, um ambiente de funcionalismo público graduado e um show de uma banda indie qualquer (para exemplificar, tomemos os XX, atuais queridinhos da mídia). em uma cena, era como se eu tomasse café com a Romy Madley-Croft, vocalista da banda, na confeitaria Praliné, na 205 sul, enquanto falo do meu trabalho e nem reparo no ar-condicionado do lugar.

interessou? é até legal, mas tem um problema: não é real. viver no Plano Piloto faz com que a gente se esqueça que aquilo é, com o perdão da expressão, uma Bras-ilha da fantasia, algo que não guarda a mínima semelhança com a forma que as coisas no Brasil são. e eu não vou dizer que basta sair da parte central de Brasília para perceber que as coisas não são assim: nas minhas duas semanas entre Portugal e Espanha, no meio do ano, era como se fosse um spin-off da minha vida brasiliense, como se ela continuasse ali. tudo cinemático, tudo lindo, tudo maravilhoso.

mas aí eu vim parar aqui e vi como funciona: trinta e três graus à sombra, ruas entulhadas de carros, o velho tédio vazio envolvendo pessoas planas. isso parece bem mais próximo de como as coisas são do que a minha vida, isso tem jeito de ser mais tangível do que aquilo que me cerca... mas pode ser que eu esteja falando besteira.

sinto como se tivesse tido um sobressalto daquela doença que me acometeu no final do ano passado, e da qual não me sinto curado até o momento. mas como é que se resolve isso?

*

entre um e dois meses atrás eu andei pensando muito em Bonn, a ex-capital da Alemanha. tenho amigos que moraram lá, e que já me disseram que a cidade é um bom lugar para criar as crianças.

é bem verdade que eu não ando com vontade nenhuma de conversar com eventuais candidatas a mãe das minhas filhas (talvez essas, mais do que qualquer outro grupo de pessoas, e tem a ver com a doença de 2008), mas achei importante reter essa informação, e agora estou com muita vontade de conhecer Bonn. alguém aí pensando em férias para 2010?

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quick Deprelândia news

os últimos acontecimentos do lugar onde nada acontece, reunidos em um só post.

*

depois de passar três dias aqui, constatei que a única coisa mais ou menos divertida, mesmo assim apenas se você tem paciência para trafegar em vias movimentadas, é encher o tanque do carro e ficar dirigindo, sem parar e sem fazer questão de ter para onde ir, ou mesmo descer do carro. em três dias eu já gastei dois tanques de gasolina fazendo isso, e, tirando umas poucas horas em Campos do Jordão, eu nem desci do carro.

*

outra descoberta importante desse período é que eu não ando com vontade de falar com ninguém, sobre nenhum assunto. não estou com raiva de nenhuma pessoa e também não me sinto incomodado com qualquer papo, mas tirando aí as visitas anuais às pessoas que tenho que visitar, fico trancado no meu antigo quarto ouvindo música e/ou dormindo, protegido do calor e da luz (o índice de luz natural aqui anda insuportável).

já vinha notando, nos últimos dois meses, essa falta de vontade de falar com os outros, à medida em que ia cada vez mais pensando no trabalho, que ficava quieto e no meu canto na pós, que não saía mais. e agora que admiti isso, até para mim mesmo, continuo sem vontade de falar com as pessoas. por mais que seja necessário e que isso possa me prejudicar pessoalmente. acho que isso tem a ver com um problema diagnosticado no final do ano passado, e que até hoje não superei.

*

falando em diagnóstico, suspendi a oxicodona para a coluna. ao invés de dois comprimidos por dia, tomei apenas um nos últimos dias, e hoje nem isso. tenho apenas seis comprimidos e, menos por medo de me viciar do que por querer de usar os últimos com sabedoria, decidi parar de tomá-los na base originalmente indicada pelo médico. e não tem nada a ver com a proibição de ingerir bebidas alcoólicas enquanto estivesse sob os efeitos dessa coisa... até porque não ando nem com vontade de beber.

*

andei pensando seriamente em passar minhas próximas férias por aqui, indo para o Rio de Janeiro e para Paraibuna, depois voltando. mas com o ritmo das coisas nessa região, cancelei - e preciso falar com o Alê sobre isso. estou contando os minutos para voltar a Brasília, e são quatro dias até que isso aconteça.

por falar em Brasília, estar aqui me deixou uma impressão diferente da cidade, a ser descrita no próximo post.

*

para encerrar: uma visita recorrente (vinte vezes por dia) é à página Saabs United, que traz todos os fatos e boatos envolvendo a fabricante sueca que ainda não foi vendida para os chineses - e que, espero, logo estará em mãos holandesas. nem sabemos se a marca sobreviverá, mas eu continuo sonhando em ter uma perua 9-3...

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horrível

enquanto eu estava preocupado com a Saab, a Ford foi lá e acabou com a Volvo, vendendo-a a um grupo chinês.

sinceramente, eu posso estar muito errado, mas aposto que não vai dar certo. uma coisa é a Tata, uma empresa indiana mundialmente conhecida e uma gigante siderúrgica, comprando a Jaguar e a Land Rover - em dois anos de administração, já estamos vendo coisas legais surgindo. outra coisa são xinglings desconhecidos pegando uma marca que foi desnaturada pela Ford: a segurança continua lá, mas o C30 é um Focus, o S60 é um Mondeo, o C70 é um grande nada.

que a Geely mostre que eu estou errado, mas eu não acho que isso vá acontecer.

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terça-feira, dezembro 22, 2009

engenharia

acabei de mandar um email para o Ed Whitacre, presidente da GM, pedindo para que ele não desista de vender a Saab. quero a marca viva, para que um dia eu possa ter um 9-3 com tração integral, câmbio manual e um seis-em-linha com turbo, feito para fazer motoristas sorrirem.

e estou torcendo loucamente para que a Spyker leve a Saab. torçam comigo.

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segunda-feira, dezembro 21, 2009

básico

oi, tudo bem? estou em Deprelândia, terra de minha família, passando muito calor e tentando entender como é viver em uma cidade chata, com ruas estreitas, gente feia e coisas sem sentido, tais como esquinas. é estranho, é muito estranho. mas sorte que acaba no próximo domingo.

vou dar um rolê com Craudio e Pedro Cohen agora, ia escrever mais por aqui mas não vai dar tempo. só para deixá-los com água na boca, informo que hoje almocei num dos melhores restaurantes de Deprelândia. chama-se McDonald's, alguém conhece?

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quinta-feira, dezembro 17, 2009

calor

o ar-condicionado da minha área aqui na Telerj não funciona há umas duas semanas. ontem eu liguei na área que cuida da manutenção e perguntei se era impressão minha ou meu andar tinha virado uma sauna hetero. a pessoa confirmou, dizendo que o aparelho tinha pifado. falei que a situação estava insuportável e perguntei quando ela seria normalizada. ouvi que não havia previsão, porque a Telerj está sem contrato com a empresa que dá manutenção.

ai.

com essa informação e com o fato de que não teria nenhum encontro com parlamentares nesta quinta, pedi à minha chefe para vir trabalhar à paisana e aqui estou hoje, de camiseta e jeans.

mas parece que o calor aumentou. multiplicou-se por dez.

parece até que "Disco 2000", do Pulp, que estou ouvindo nos fones de ouvido e que é uma música tristíssima, está ainda mais triste. meu cérebro já virou o recheio de um pastel de Belém, já bebi quatro copos de água e uma lata de Coca Light desde que cheguei aqui. e como estou adiantando trabalho de amanhã, vou ter que suportar isso por mais tempo ainda.

ai.

p.s.: não vim trabalhar de bermuda porque não é permitido, só por isso.

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vontade 2

"Eu quero o Santos campeão de tudo. Até no cara e coroa, para escolher o campo. Quero cultivar a minha utopia do Santos sempre campeão de tudo" - Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro, novo presidente do meu time, ontem, durante sua posse. coloquei aqui porque o Santos precisa de gente assim.

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quarta-feira, dezembro 16, 2009

flanela

eu estou devendo muitas coisas
uma ressonância magnética para minha coluna
um email para o Gabriel
dez emails para a Lisa
o presente de aniversário do meu pai
uns textos neste blógue
e eu vou pagar. mas posso dormir um pouco, antes disso?

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terça-feira, dezembro 15, 2009

kilowatt

incrível como usamos pouca capacidade do nosso cérebro, não? e como um pouco de disciplina ajuda bastante na hora de usar um pouco mais. estou começando dois projetos novos, sobre os quais (ainda) não posso falar aqui. e o fim das dores nas costas vai me permitir voltar em poucos dias à academia, o que é bom demais.

*

hoje foi um grande dia. a Telerj começou a ganhar um rumo melhor no campo macro. no micro, no que me diz respeito, continua perdida, mas temos tempo para resolver. minha chefe me mandou hoje um balanço do que fizemos pela Telerj durante esse ano, e não foi pouco. tanto é que hoje, na saída de uma missão no Senado, fomos interpelados pelo presidente de uma das maiores empresas do país. uns meses atrás, fizemos um negócio no qual eles eram diretamente interessados, mas que também tínhamos interesse. e em nenhum momento nós pensamos em fazer algo por eles, embora soubéssemos do quanto era importante pros caras.

aí hoje ele abordou a minha chefe, na minha frente, e agradeceu pela força, dizendo que nós tínhamos ajudado muito. e falou com o maior respeito, sem um pingo de ironia, reconhecendo mesmo o nosso trabalho. e olhando o balanço - no qual esse episódio é uma das grandes vitórias, mas não está entre as três maiores -, vi o tamanho do negócio. tudo isso será coberto pelas areias do esquecimento da burocracia, forgotten and absorved into the Earth below. mas antes disso, servirá para resolver nossos microproblemas, eu tenho certeza.

*

depois de fechar o ano com chave de ouro na Telerj pela manhã, entreguei os dois últimos trabalhos da escola de lobistas à tarde. e não foi de outra forma que não com um grande alívio, um longo suspiro, e mais uma vez a sensação de dever cumprido. essa primeira parte do curso foi bastante teórica, e eu tenho limitações de entender, por exemplo, qualquer coisa da filosofia que ultrapasse conceitos básicos: sei apenas o suficiente para não ser enganado por muito tempo. em outras ciências humanas, a mesma coisa, então a entrega desses trabalhos, com a antevisão de um semestre mais relacionado à parte prática da coisa, me deixa mais animado para o que vem por aí.

mas pera lá, tem uma monografia no meio do caminho.

*

fim de ano, fim de post, dá pra esperar mais alguma coisa? de mim? dá. mas não hoje, vou para a cama. boa noite, e que amanhã seja ainda mais produtivo que hoje.

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reflita

"Do not resent growing old. Many are denied the privilege." - um provérbio irlandês, enquanto não escrevo nada por aqui. mais tarde, pode ser?

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segunda-feira, dezembro 14, 2009

eeeeeh

dezoito pras onze da noite e eu consegui.

- atualizei o Geólogo e deixei metade das notícias de amanhã engatilhadas
- fui o único a fazer algo em tempo real sobre um assunto que nos interessava no Senado
- escrevi três páginas para o último trabalho da escola de lobistas, a ser entregue amanhã
- já arrumei tudo para sair cedo de casa, só falta botar o notebook na pasta
- minha coluna está bem melhor, com as dores ainda se concentrando na perna - meio caminho andado para melhorar. logo vou fazer a ressonância magnética e saber melhor o que está acontecendo

essa semana vai ser difícil, como foi a semana passada. mas depois as coisas ficam mais leves até fevereiro. são três dias e meio até um pouco de descanso, outros ares.

*

eu estou no meio de um furacão, e estou feliz. não daquelas felicidades de sair pulando como a Björk no clipe de "It's oh so quiet", mas algo resignado. como se eu saísse em um dia bem frio com meu casaco cor de Fanta uva, com as mãos no bolso, encolhido de frio, com um sorriso bem leve no rosto. como se eu não tivesse pressa nenhuma, obrigação nenhuma. como se de repente eu tivesse dezesseis anos de novo - não, eu não quero ter 16 anos de novo, apenas me senti assim de repente.

tenho várias regras doidas, mas uma que meus amigos bem conhecem tem a ver com cigarros: eu fumo um maço por ano. vinte cigarros em doze meses. e hoje, depois de resolver quase todos os problemas da vez, comi um pedacinho de chocolate, tomei um grande copo d'água e resolvi fumar o oitavo cigarro do ano... eu merecia. e a cada puxada que dava no Marlboro Lights, mais eu me sentia bem, mais eu me sentia adolescente de novo. só faltou ouvir "La cienega just smiled", do Ryan Adams, mas nem esse pequeno detalhe vai me tirar o sorriso do rosto essa noite.

e amanhã cedo começa tudo de novo. ai ai...

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domingo, dezembro 13, 2009

segunda

direto de Andermatt, onde pretende passar o Natal e o ano novo esquiando, Gabriel escreve para dizer que, antes de viajar, viu a nova edição da "Homem Vogue" no aeroporto de Guarulhos e comprou uma. sugiro a vocês que façam o mesmo, prestigiando minha matéria sobre o BMW série 3 que foi publicada nesta edição. a capa é essa aqui:

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tempestade

oi, tudo bem? eu estou me sentindo um pouco acabado. mas, como disse a um amigo hoje de madrugada, não acredito que as coisas tenham chegado ao fim, ou que eu já era, muito pelo contrário. apenas que já estive em dias melhores, e que a eles voltarei.

por enquanto é o seguinte:

- depois de muito adiar, comprei o DVD do "Casino Royale". não é a edição de luxo, com três discos e uma embalagem bonitona, mas uma dupla em que se lê "edição de colecionador" e o disco 2 traz documentários sobre a escolha do Daniel Craig, sobre as cenas de ação e sobre as Bond girls. já vi os dois primeiros e gostei bastante;
- ontem foi a confraternização da minha área da Telerj, realizada na Portal Grill, churrascaria anexa ao infame Barril 66. o buffet (lê-se "buféti") da casa é bem simplezinho, mas a parte de carnes é bem boa. e entre as sobremesas há um gostoso sorvete de pistache, artigo raro e sempre bem-vindo.
- minhas dores diminuíram um pouco entre ontem e hoje, quando comecei a combinar o Oxycontin receitado pelo último ortopedista que consultei com o Celebra prescrito pelo penúltimo ortopedista que consultei. esse coquetel Molotov já interferiu na minha sinapse, no meu sono e na temperatura do meu nariz, e agora está prestes a destruir minha pele. triste, mas necessário;
- estou fazendo os últimos trabalhos para encerrar o primeiro semestre na escola de lobistas. às vezes, respondendo as perguntas colocadas, sinto-me a pessoa mais redundante do mundo, escrevendo cem vezes, de cem maneiras diferentes, a mesma coisa, meio que em uma enorme burocracia. será normal?
- aquela ideia perigosa de comprar um Subaru Impreza para xunar voltou a me rondar a cabeça. eu colocaria essas rodas aqui. ai, meu Deus, que vergonha de pensar nesse tipo de coisa...
- "Chora, me liga", da dupla João Bosco & Vinícius, é até agora a melhor música nacional em todo o ano de 2009. se você ouviu coisa melhor, por favor, deixe um comentário apontando qual música é superior a esta, que você confere no vídeo abaixo:

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quinta-feira, dezembro 10, 2009

absurdo

tô abismado.

quando saí de casa, meia hora atrás, para vir à Telerj, vi o céu mais cinza da minha vida. um cinza-chumbo lindo, maravilhoso, por todos os lados - e para o lado da Asa Norte, então, mais ainda. uma névoa densa cobria os últimos andares do Banco Central, e a chuva era bem fraquinha. a iluminação pública ainda estava acesa, mesmo faltando poucos minutos para as oito da manhã, e a maioria dos carros, inclusive o meu, andava com faróis ligados.

mais parecia um sonho. por favor, não me belisquem nem me acordem, eu queria que todo dia fosse assim, dez meses por ano. mas é um sonho.

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quarta-feira, dezembro 09, 2009

nota dez

essas marcas asiáticas estão bombando no Brasil, o que tem de carro feio na rua... desde quando coreano entende de design? - Craudio, mandando uma verdade universal.

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democracia

o Scream & Yell levou pro ar hoje a eleição prepotente e megalômana dos melhores discos da década. como sempre, o mau gosto predomina, apesar de a lista internacional do Jonas ser muito boa. mas no geral, como eu ia dizendo, o gosto de geral é um lixo, tão lixo que eu nem cheguei a ler: vi a minha, a do Jonas, a do Boca e a do Jardel, que eu sei que são boas. ah, e a do Lúcio, ele tem um mau gosto enorme mas é meu amigo :)

e a minha tá aqui. eu esperava que ela fosse ilustrada com a capa do disco do Bruno & Marrone... mas acabou sendo o Kent. pena.

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terça-feira, dezembro 08, 2009

R$ 205,43

o remédio mais caro que já comprei na minha vida. acabei de tomar o primeiro, e espero que minha coluna compreenda que eu quase tive de vender uma costela... e se recupere logo.

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pasto

o Guilherme manda uma dica engraçada: "Postare, o blogare", um blógue que mostra que, quando a inspiração falta, geral recorre à língua italiana. FAIL.

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segunda-feira, dezembro 07, 2009

coisas que eu nunca te disse #59

I wake in the morning
and try to be brave
but it's hard to move on
when the ghost of you stays


(Tears, "The ghost of you", 2005)

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dor nas costas

pior que a peste de Camus, minha radiculopatia (CID m54.1) voltou a atacar hoje. dormi com uma leve dorzinha nas costas, acordei duro e praticamente incapaz de me mover. basta uma tossida e eu morro de dor; preciso me apoiar na bancada da minha baia para conseguir levantar; e nem uma sessão de RPG caprichada fez com que o pesadelo desaparecesse.

desconfio que a baixa temperatura que faz em Brasília (ontem tive que usar moletom dentro de casa) tenha ajudado, já que os discos da coluna se comprimem por qualquer vento frio. com isso, tive de cancelar a academia e reforçar a preocupação com a alimentação, fechando mais a boca na hora do almoço. amanhã tenho uma consulta médica e parece que vou passar um tempo fazendo fisioterapia de novo. enquanto isso, minhas costas mandam um abraço.

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implacável

você sabe que um filme é f*** quando entra na página da Aston Martin procurando um veículo usado para chamar de seu e, no meio da lista, existem várias opções de um modelo cuja cor é o nome do próprio filme.

mas ainda assim eu preferiria um V12 Vanquish verde, com interior beige. e se houvesse um daqueles de quase trinta anos atrás, então...

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domingo, dezembro 06, 2009

Mengão

este blógue gostaria de saudar os novos campeões brasileiros, que nos salvaram de aguentar um novo título do infame São Paulo:



(dica do Pedrivo)

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toalha

precisei ir ao Parkshopping hoje e foi desagradável: demorei quase uma hora para resolver o problema que me levou até lá, muito embora tenha conseguido plenamente e não vou voltar lá tão cedo. quando saí da loja, eram três da tarde e eu não tinha almoçado, então achei por bem pegar comida lá.

no caminho até a praça de alimentação, só deprê: gente feia, plana, que eu aposto uma barra de chocolate que leva uma vidinha medíocre. na praça de alimentação, pior ainda: crianças chorando, gente andando na diagonal (você quer cortá-las, elas te fecham), rostos feios, o caos. e o cheiro de comida subia junto de todos os restaurantes, me embrulhando o estômago.

arrastei-me até o fim da praça de alimentação e pedi um wrap - para comer em casa, já que o que meus olhos viam era o inferno. depois de driblar o povaréu e sair da parte de comidas, fiquei com vontade de chorar; eu tenho meus motivos, mas não posso decliná-los aqui.

aí decidi voltar pela ala mais nova do Parkshopping, e ainda bem que fiz isso: fiquei namorando a vitrine da Trousseau e lembrando de como as coisas podem ser boas. do lado dela, no meio do corredor, tinha uma Mercedes-Benz CLC 200 em exposição. frágil como estava, pedi à moça que estava cuidando do carro para entrar nele. deixei minhas sacolas do lado de fora, entrei, fechei a porta e os olhos, e tudo pareceu melhor. abri os olhos, fiquei meio minuto ali dentro, agradeci e fui embora.

sociabilidade pode ser um negócio horrível, você não acha?

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sábado, dezembro 05, 2009

bruxo

na quarta-feira, passando pelo início da L2 Sul, vi na placa das obras do novo viaduto que ligará a L4 ao Setor Comercial Sul o primeiro pinxo, a primeira manifestação pichográfica da crise que se abateu sobre o GDF: algum prego pichou um singelo "FORA ARRUDA" na placa.

já é sábado e eu não sei se a pichação continua por lá, mas agora há pouco, caminhando pela minha quadra, tropecei em mais uma manifestação sobre a crise:

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sexta-feira, dezembro 04, 2009

envio

tenho bastante coisas por fazer neste final de semana. mas hoje não vai rolar, estou com sono. por isso mesmo, amanhã e domingo a coisa vai pegar fogo, o que é tudo que eu não queria para o meu final de semana.

mas quem disse que dá para escolher como serão todos os nossos dias?

*

esqueci de mencionar ontem que, no test-drive do Fiat 500, mal eu saí do pátio da concessionária e arranquei com o carro, uma moça dirigindo um Celta no sentido oposto (era uma rua de mão dupla na cidade do automóvel) passou bem devagar e me comeu com os olhos. de imediato tirei uma conclusão sobre o carro: como dizem os goianos, elas gosta.

*

não lembro se já mencionei aqui, mas adoro comer caviar. sério. especialmente o preto, uma delícia que só. mas um vidrinho de caviar, que já é caro em países de respeito, é ainda mais aqui na terra da mandioca. não sei quanto tá saindo um do vermelho na Bellini (nunca vi o preto à venda em Brasília), mas ontem estava ali no Oba e vi um vidrinho de patê de salmão por oito reais. na hora eu pensei "queria que fosse caviar", peguei um e trouxe para casa.

e estou comendo como se caviar fosse.

*

parece que o mané do técnico brasileiro disse que a selecção de Portugal é um "Brasil B". o Carlos Queirós, que é um treinador para o qual torço o nariz e que nunca fez um bom trabalho à frente da equipa portuguesa, deu uma resposta extremamente fina e respeitosa ao comentário do Dunga: "é bom lembrar que muitos brasileiros são filhos e netos de portugueses. então poderia ser mesmo um jogo entre Brasil A, B, C e D". a imprensa daqui tratou a coisa como ironia. eu já acho que foi 1x0 para Portugal. e espero que no jogo entre os dois países, esse aqui tome uma surra do tamanho do Atlântico que nos separa, embora tudo indique o contrário.

*

três quilos e meio perdidos em um mês e meio de malhação. eu esperava perder quatro quilos e meio nesse período. isso é grave, doutor?

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quinta-feira, dezembro 03, 2009

girolanda

ontem à tarde dirigi o novo Fiat 500. gostei dele, é bastante estiloso, tem uma direção elétrica que é a coisa mais leve do mundo (dá para manobrá-lo parado usando dois dedos), bem equipado e tudo mais. outras coisas legais dele são o teto solar, que ocupa quase todo o teto, e o câmbio de seis marchas, que faz o motor rodar a 1.450 giros quando se está a 60 km/h na última marcha. ou seja, o consumo é comedido até não poder mais.

mas tem alguns pontos negativos: o motor poderia render mais, já que o peso do carrinho é bem baixo, e eu senti um pouco de falta de espaço dentro, mesmo tendo perdido uns quilos desde outubro. talvez eu me acostume com isso, e talvez o motor 1,4 ainda não tenha sido amaciado da forma que deveria. em todo caso, gostei.

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quarta-feira, dezembro 02, 2009

milho

You have enemies? Good. That means you’ve stood up for something, sometime in your life.

Winston Churchill, mostrando como as coisas têm de ser. via Impossible Cool, um oferecimento do Tomás.

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cama

a edição japonesa da "Numéro" vem com um editorial de moda estrelando a Carol Trentini. não passa nem perto de mostrar alguma parte mais reservada da moça... mas ainda assim é de cair o queixo.

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pescaria

"They’re really fun to drive, but you don’t wanna be in one for more than an hour. You can’t see out the back and you can’t move" - Lou Reed, que eu não sabia que se interessava por carros, falando sobre o novo Mini Cooper.

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terça-feira, dezembro 01, 2009

obediência

ia sair de casa hoje cedo com uma gravata azul-marinho combinando com meu terno cinza-escuro e minha camisa cinza-clara. aí me lembrei da cena do "Casino Royale" em que o Daniel Craig e a Eva Green chegam a Montenegro para a partida de pôquer, e ele estava com um terno cinza-escuro, uma camisa cinza-clara... e uma gravata preta.

adivinha qual a cor da gravata que estou usando agora?

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ambiente

aquecimento global? João Pereira Coutinho, sempre ele, acaba com as dúvidas e põe os ecochatos na pior:

Santos e pecadores

Sou altamente suspeito. Aquecimento global? Talvez exista. Cientistas vários garantem que o mundo aqueceu 0,5ºC desde 1975. Não duvido. Como não duvido que o mundo arrefeceu entre 1940 e 1975. Como não duvido que aqueceu entre 1920 e 1940. Como não duvido que arrefeceu, e arrefeceu brutalmente, entre os séculos 17 e 18. Como não duvido que aqueceu no século 11, proporcionando um período de verdadeira explosão demográfica, econômica e técnica na Idade Média que só seria repetida com a Revolução Industrial. E daí?

Variações climatéricas fazem parte da nossa história na Terra. Aliás, da nossa Pré-História. A questão está em saber se o aquecimento global é produto da ação humana e, em caso afirmativo, se repousa nas mãos dos homens a chave para salvar a nossa vida coletiva. Acompanho os debates. Leio com interesse. Pondero. Uma única certeza: não existem certezas. E é literalmente impossível avaliar a real contribuição do homem para as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera (a natureza, por exemplo, é responsável pela maior parcela de emissões).

A juntar a tudo isso, alguns cientistas garantem que a atividade solar, variável em sua intensidade cíclica, tem uma palavra sobre o assunto. E não é de excluir que a estabilização da temperatura desde o início do presente século (um desconfortável mistério que tem dividido a comunidade científica) seja resultado direto dessas variações. Que fazer? Um conselho: não transformar o aquecimento global em nova religião da humanidade. Não é fácil, eu sei: com o declínio das teologias tradicionais no Ocidente cristão, os homens sempre se apressaram a preencher o vazio ideológico com causas redentoras.

O marxismo foi uma delas, com a sua promessa de substituir o reino de Deus pelo reino do Proletariado. Com a falência da utopia vermelha, veio a utopia verde. E com vantagens: o aquecimento global oferece, em linguagem "científica", algumas das pragas bíblicas mais entranhadas na consciência comum. Basta ouvir os catastrofistas para imaginar glaciares que derretem, águas que sobem. Só falta mesmo Noé e a arca.

O meu conselho final seria deixar para a ciência uma discussão que é sobretudo científica. Acontece que a ciência dá sinais de manipulação e fraude. No momento em que o mundo se prepara para discutir o futuro do clima em Copenhague, o sistema informático da Universidade de East Anglia foi atacado por "hackers" que divulgaram na internet cerca de mil e-mails e 3.000 documentos da reputada Unidade de Pesquisa do Clima. Esclarecimento prévio: a Unidade de Pesquisa do Clima de East Anglia é o centro nevrálgico da discussão climatérica atual. É com base nas suas "pesquisas" e "projeções" que o aquecimento global entrou na agenda política das Nações Unidas e dos 192 países que se irão encontrar na capital da Dinamarca.

Infelizmente, as revelações são assustadoras (para dizer o mínimo). Lendo os e-mails, cuja autenticidade não foi desmentida, encontramos "cientistas" que, em nome da sua "cruzada" (uso o termo no sentido próprio), manipulavam os dados para garantir um quadro de indesmentível aquecimento; que recusavam o acesso de outros cientistas às suas investigações (alegando, por vezes, perda ou destruição de dados); e que conspiravam para impedir a publicação de ensaios "céticos" sobre o aquecimento global em revistas da especialidade.

Todos sabemos que os cientistas não são santos, como dizia Marcelo Leite nesta Folha. Fato. Mas existe uma diferença entre não ser santo e pertencer à família Soprano. E agora? Agora, o mundo prepara-se para reunir em Copenhague e garantir uma redução de 50% nas emissões de CO2 até 2050, tendo como referência os valores anteriores a 1990.

Não vale a pena repetir as consequências econômicas desastrosas que uma medida dessas teria para todos os envolvidos, e em especial para os países em vias de desenvolvimento: o uso de energias mais caras e "limpas" condenaria largas parcelas da humanidade a novos ciclos de pobreza, fome e doença. O problema é mais básico e urgente: confrontados com um escândalo científico dessa proporção, qualquer decisão política e econômica sobre o aquecimento global antropogênico não pode ser tomada com base em falsidades. Antes de limpar o mundo, o mundo deveria exigir que os cientistas limpassem as suas cabeças primeiro.

P.S. O colunista vai de férias em dezembro. Regressa dia 5 de janeiro.

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subconsciente

reformatei e expandi um texto colocado aqui umas semanas atrás, sobre o "Honky Château", do Elton John, e tá lá no Scream & Yell. leia e prestigie, mas, acima de tudo, ouça esse disco... sua vida vai ficar 5,4% melhor.

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