quinta-feira, maio 15, 2008

crédito

ontem eu bati meu recorde de permanência no trabalho: fiquei na Telerj até dez para as nove da noite. mais de doze horas trabalhando. é o suficiente? não. não fiquei mais porque não foi preciso desta vez, mas, se um dia for, estarei lá. horas e horas, até que a vista comece a doer.

*

e hoje rolou uma greve-relâmpago: entre noventa e noventa e cinco por cento dos funcionários da Telerj aderiram, pelo que vi. eu, pra variar, furei isso. nunca fui a favor de pessoas fazendo greve, por quê eu faria? eu quero aumento, quero melhores condições de trabalho, mas não vou descontar isso em quem me paga (o povo, no caso). não rola. nada contra quem vai lá e protesta, como fizeram vários amigos meus, mas eu tô fora.

tem ainda uma outra coisa: toda greve tem manifestantes profissionais, aquela gentinha que chama os outros de "companheiros", falam de "mobilização", defendem o governo atual, gritam, berram, esperneiam, dizem que temos "direitos adquiridos", falam em "pequenas contribuições para o sindicato" e em união. como eu me sinto um aristocrata, ainda que minha família não detenha um título de nobreza, jamais poderia me juntar a essa gente sem educação em um protesto. é por esse motivo, mais até do que o do parágrafo de cima, que eu não faço greve: não imagino um duque, um conde ou mesmo um embaixador filiado a um sindicato de trabalhadores, bradando palavras de ordem em um volume nada palatável aos ouvidos. aliás, eu não imagino nem o Jorge Paulo Lemann ou o Eike Batista fazendo greve, então eu entraria nessa por quê? sem chance.

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1 Comments:

Anonymous Anónimo declarou...

Furar greve é uma das coisas que mais me fazem feliz. Vamos ver o que a USP promete nesse semestre.

Em 2007, eu fiquei desolado por não ter conseguido furar o único dia de paralização da Matemática (como decidido pelos alunos). Infelizmente, eu não estava matriculado em nenhuma matéria com aulas no dia da semana em questão.

Enfim, concordo. Fazer greve é coisa da ralé.

sábado, 17 maio, 2008  

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