por aí
achei aí outro blog excelente, de fino trato e humor mais fino ainda: Elite Triste. provavelmente o Lulalol culparia o Elite Triste pelas mazelas sociais que aí estão...
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se o Pedro Mexia já fez aí uns cinco posts do ano no Estado Civil, o Pedro Sette Câmara fez um maravilhoso no Indivíduo. esse entra para a lista de coisas que eu gostaria de ter escrito.
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depois do almoço no Submore da 211 sul desci ao Lago Sul, para fazer a digestão e sonhar um pouco. entrei em todos os conjuntos da 6 e, ao fazer isso, constatei uma coisa nesta quadra: suas ruas são mais largas do que as outras. em compensação, o fundo de cada conjunto é mais estreito, embora de qualquer forma o espaço seja facilmente manobrável. num dos conjuntos eu achei uma casa perfeita para mim: térrea, amarelinha, de tamanho médio. imagino que ela valha algo em torno de 1,3 milhão enquanto escrevo esse post.
amanhã já devem ser uns cinqüenta mil a mais.
*
depois disso, passadas rápidas pela 5 e pela 7, antes de ir até a 15 e mergulhar na minha preferida: a doze. já fui ter com essa quadra umas tantas vezes, mas sempre parece que é a primeira: o encanto é o mesmo, eu continuo boquiaberto como sempre estive - até mais, se bobear.
passo em frente às casas dos mandatários do Legislativo: a quadra é o dia do meu aniversário, o conjunto é o mês. bato em retirada antes que pensem que quero um favor de alguém ali. o pior é que quero algo deles mesmo, mas não é um favor: quero apenas forças para morar ali por perto. mas chega de papo, e volto ao backbone da quadra, para deslizar até o seu finalzinho.
(longo respiro)
eu não sabia que existia um parque na doze. não sabia mesmo, juro. pista para caminhadas e corridas, pequenos bancos de areia entre a grama e a água do lago, alguns deques antigos invadindo o Paranoá. vou caminhando, sem pressa e com meu protetor solar FPS 45 como anjo da guarda.
paro no único deque sem mais ninguém, feito em pedra. sento-me, tiro os tênis... e coloco os pés nas águas do lago pela primeira vez na minha vida. à minha frente, a ponte JK, de perfil, parece ainda mais fluida e simples do que é. ao meu lado esquerdo, um barco da Escola de Vela faz manobras silenciosas, e às minhas costas o sol me torra a nuca, tendo a ponte Costa e Silva como testemunha, lá bem atrás. estou descalço e parece que estou no topo do mundo. penso, então, que Brasília é a cura para algumas dependências, algumas depressões e algumas desilusões: aquela vista cristalina merecia uma foto, uma nota, um copo de água geladíssima. seria bom ter um bloco e caneta à mão, e talvez um pouco menos de sol, mas isso é pouco para me atrapalhar ali.
e não, meu amor, não queria que você estivesse ali. queria estar sozinho e assim estava mesmo.
depois de uns quinze minutos ali, sentado à beira do lago, levanto-me e continuo a caminhar pela pista asfaltada para ver onde o parque acaba. e são dois quilômetros de extensão, que beleza... perto da placa em que marca esta última distância eu vejo uma outra com uma dica: "ande descalço".
dia desses eu estava pensando em "Walking barefoot", do Ash, e não deu outra: tirei os tênis e caminhei um quilômetro da volta com os pés diretamente no chão. tornei a calçar meu tênis depois, mas, no carro, os pés começaram a reclamar e eu dirigi meu carro descalço, pela primeira vez desde que o tenho. eu estava queimado de sol, com os pés começando a doer, mas extremamente feliz, e praticamente por nada. voltei para casa, mas continuo com o Lago Sul na cabeça: hora de me mudar.
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se o Pedro Mexia já fez aí uns cinco posts do ano no Estado Civil, o Pedro Sette Câmara fez um maravilhoso no Indivíduo. esse entra para a lista de coisas que eu gostaria de ter escrito.
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depois do almoço no Submore da 211 sul desci ao Lago Sul, para fazer a digestão e sonhar um pouco. entrei em todos os conjuntos da 6 e, ao fazer isso, constatei uma coisa nesta quadra: suas ruas são mais largas do que as outras. em compensação, o fundo de cada conjunto é mais estreito, embora de qualquer forma o espaço seja facilmente manobrável. num dos conjuntos eu achei uma casa perfeita para mim: térrea, amarelinha, de tamanho médio. imagino que ela valha algo em torno de 1,3 milhão enquanto escrevo esse post.
amanhã já devem ser uns cinqüenta mil a mais.
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depois disso, passadas rápidas pela 5 e pela 7, antes de ir até a 15 e mergulhar na minha preferida: a doze. já fui ter com essa quadra umas tantas vezes, mas sempre parece que é a primeira: o encanto é o mesmo, eu continuo boquiaberto como sempre estive - até mais, se bobear.
passo em frente às casas dos mandatários do Legislativo: a quadra é o dia do meu aniversário, o conjunto é o mês. bato em retirada antes que pensem que quero um favor de alguém ali. o pior é que quero algo deles mesmo, mas não é um favor: quero apenas forças para morar ali por perto. mas chega de papo, e volto ao backbone da quadra, para deslizar até o seu finalzinho.
(longo respiro)
eu não sabia que existia um parque na doze. não sabia mesmo, juro. pista para caminhadas e corridas, pequenos bancos de areia entre a grama e a água do lago, alguns deques antigos invadindo o Paranoá. vou caminhando, sem pressa e com meu protetor solar FPS 45 como anjo da guarda.
paro no único deque sem mais ninguém, feito em pedra. sento-me, tiro os tênis... e coloco os pés nas águas do lago pela primeira vez na minha vida. à minha frente, a ponte JK, de perfil, parece ainda mais fluida e simples do que é. ao meu lado esquerdo, um barco da Escola de Vela faz manobras silenciosas, e às minhas costas o sol me torra a nuca, tendo a ponte Costa e Silva como testemunha, lá bem atrás. estou descalço e parece que estou no topo do mundo. penso, então, que Brasília é a cura para algumas dependências, algumas depressões e algumas desilusões: aquela vista cristalina merecia uma foto, uma nota, um copo de água geladíssima. seria bom ter um bloco e caneta à mão, e talvez um pouco menos de sol, mas isso é pouco para me atrapalhar ali.
e não, meu amor, não queria que você estivesse ali. queria estar sozinho e assim estava mesmo.
depois de uns quinze minutos ali, sentado à beira do lago, levanto-me e continuo a caminhar pela pista asfaltada para ver onde o parque acaba. e são dois quilômetros de extensão, que beleza... perto da placa em que marca esta última distância eu vejo uma outra com uma dica: "ande descalço".
dia desses eu estava pensando em "Walking barefoot", do Ash, e não deu outra: tirei os tênis e caminhei um quilômetro da volta com os pés diretamente no chão. tornei a calçar meu tênis depois, mas, no carro, os pés começaram a reclamar e eu dirigi meu carro descalço, pela primeira vez desde que o tenho. eu estava queimado de sol, com os pés começando a doer, mas extremamente feliz, e praticamente por nada. voltei para casa, mas continuo com o Lago Sul na cabeça: hora de me mudar.
Etiquetas: bronze
1 Comments:
Caríssimo,
Muito obrigado pela indicação.
A cada acesso que chega ao meu blog via o seu, uma criança sobrevive na África.
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