digressão
Na calçada preta e branca da praia, um vai-e-vem de príncipes, ladrões, banqueiros, pederastas, estrangeiros que puxam cachorros, mulheres de vida fácil ou difícil, vendedores de pipocas, milionários, cocainômanos, diplomatas, lésbicas, bancários, poetas, políticos, assassinos e book-makers. Da guarita do Forte do Leme à guarita do Forte de Copacabana, de sentinela a sentinela, são 121 postes de iluminação, formando o "colar de pérolas" tantas vezes invocado em sambas e marchinhas. Cada edifício tem uma média de 50 janelas, por trás das quais se escondem, estatisticamente, três casos de adultério, cinco de amor avulso e solteiro, seis de casal sem bênção e dois entre cônjuges que se uniram, legalmente, no padre e no juiz. Por trás das 34 janelas restantes, não acontece nada, mas muita coisa está por acontecer. É só continuar comprando os jornais e esperar.
textinho do Antônio Maria, na década de 1950, descrevendo a Copacabana de então e mostrando como se faz um texto apaixonante. essa pérola foi resgatada pelo Joaquim Ferreira dos Santos em "Um homem chamado Maria" (página 66).
textinho do Antônio Maria, na década de 1950, descrevendo a Copacabana de então e mostrando como se faz um texto apaixonante. essa pérola foi resgatada pelo Joaquim Ferreira dos Santos em "Um homem chamado Maria" (página 66).
Etiquetas: bronze
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