terça-feira, novembro 27, 2007

hoje eu não estou pra você, meu amor

mal-estar súbito: não existem manhãs de tédio no trabalho, por isso a falta do que fazer, hoje cedo, fez soar o alerta laranja na minha cabeça: esse oceano Pacífico vai virar uma tsunami logo logo. até agora nada, mas o surfista aqui já está de sobreaviso.

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então tentei me manter distraído, enquanto a grande onda não vem: fui almoçar naquele restaurante semi-vegetariano aqui perto. hambúrguer de soja, iscas de tofu, quiche de espinafre, banana ao molho de mostarda com mel, arroz integral, broto de feijão, uma colher de linhaça por cima de tudo.

caso eu bata as botas hoje à tarde, vocês já sabem de quem é a culpa.

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o problema é que tinha um sushizinho bem do mequetrefe ali no meio, e isso fez soar o alerta amarelo: estou com vontade de comer sushi. algum dos meus amigos gastrônomos topa? hein? hein?

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(frase censurada). ou seja, é hora de me mobilizar e mudar essa situação.

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"Strangeways, here we come", é o quarto disco dos Smiths, um lançamento póstumo. ele já estava pronto quando a banda acabou, e foi lançado um mês depois, de forma até acelerada, talvez para que o Morrissey pudesse começar logo sua carreira solo. na época, nem foi tão bem avaliado, mas, de uns cinco anos para cá, começou o culto. é o disco mais bem produzido da banda, tem três videoclipes (ou dois: a gravadora utilizou as mesmas imagens para os clipes de duas músicas), piano em várias músicas, um saxofone em "I started something I couldn't finish".

já ouvi por aí que é um disco conceitual sobre amor, já que começa dizendo "oooh I think I'm in love" e termina com uma música chamada "I won't share you", sem contar as coisas que se ouve entre essas duas. pode até ser, mas pra mim o "Strangeways...", até pelo título, é um disco sobre estar perdido. de amor, talvez. mas de um monte de outras coisas. "Strangeways" é um bairro de Manchester, onde se localiza um antigo presídio. liberdade? coisas estranhas? tudo isso faz parte. ou não, já que se está perdido.

dia desses mesmo o Pedro Mexia, numa incrível coincidência, falou de uma música desse disco, que vem tocando todo dia no meu carro. preciso admitir, no entanto, que acho o lado 1 dele muito superior ao lado 2. mas muito mesmo. e eu, que comecei esse texto sem saber como poderia terminar, estou perdido até agora, então fim de texto.

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"politicamente, você está morto". ai!

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eu acho insuportável quando você encontra com alguém, especialmente quem não vê há uma pá de tempo, e ao perguntar como a pessoa está, ela responde "ah, na correria". correria? como assim? você tem tanta coisa pra dizer e responde "na correria"? ah, francamente, que babaquice. e normalmente quem diz isso é porque pode correr mais. pode até ser que não ache tempo, mas tem - e pode fazer mais. porque quem realmente não tem tempo não tem nem tempo de dizer que está na correria: arruma logo um assunto melhor.

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