lítio
uma vez o Alexandre Matias escreveu sobre o "Summerteeth", do Wilco, e fez um comentário sobre as personagens das músicas que ficou um bom tempo martelando minha cabeça: segundo ele, "os personagens que choram suas tristezas pela voz de Tweedy não sabem porque estão falando aquilo. simplesmente dizem".
tenho dito e feito umas coisas, ultimamente, desta mesma maneira: sem saber o motivo - eu apenas digo ou faço e assim as coisas seguem. mais tarde é que vou descobrir se me orgulho ou me envergonho da minha fala ou da minha atitude. e quando digo "mais tarde", pode ser que leve semanas, meses, anos... ou ainda eu posso nunca saber. mas nunca vou ficar indiferente a tudo isso.
não estou me referindo a nenhum acontecimento em particular, até porque minha vida não está com uma tsunami a cada dia, uma revolução a cada dia. não preciso viver dez anos em dez meses. apenas preciso aceitar que minha vida é um pouco diferente das pessoas que me cercam, em alguns - repetindo: alguns - aspectos, e que para estas coisas não há um referencial tão próximo, razão pela qual é um pouco mais difícil viver. mas longe de ser impossível, e longe de representar qualquer perigo à minha calma.
*
quando vejo um lixo como "O ano em que meus pais saíram de férias" ser o indicado brasileiro ao Oscar, sinto uma enorme vergonha de ser brasileiro. vergonha, com vê maiúsculo. vergonha de ver um embuste esquerdista nos representar em um evento importante assim.
hão de ponderar: mas "Bowling for Columbine" não ganhou o Oscar? desde "The bodyguard" o prêmio não passa de uma grande pieguice? lixos como "Titanic" e "O senhor dos anéis" não receberam onze Óscares cada? sim, de fato. mas o impacto é o mesmo de chegar vestido de Evo Morales numa festa black-tie, ou seja: não é porque os outros vestem farrapos que você vai de mendigo.
sobre o assunto, tem o podcast do Diogo Mainardi, um pouco repetitivo mas de boas premissas, aqui. e tem uma sensação estranha que se refere a um possível próximo projeto meu.
*
não vou culpar a pressa, o trabalho ou qualquer outra coisa pelo ritmo mais slow motion deste blógue; na verdade, é gostoso escrever tendo de refletir antes, ao invés de colocar aqui qualquer besteira que me vinha à cabeça, como antes. setembro costumava ser o mês em que eu melhor escrevia aqui. pois esse ano vai ser dezembro, com novembro em segundo e outubro em terceiro.
tenho dito e feito umas coisas, ultimamente, desta mesma maneira: sem saber o motivo - eu apenas digo ou faço e assim as coisas seguem. mais tarde é que vou descobrir se me orgulho ou me envergonho da minha fala ou da minha atitude. e quando digo "mais tarde", pode ser que leve semanas, meses, anos... ou ainda eu posso nunca saber. mas nunca vou ficar indiferente a tudo isso.
não estou me referindo a nenhum acontecimento em particular, até porque minha vida não está com uma tsunami a cada dia, uma revolução a cada dia. não preciso viver dez anos em dez meses. apenas preciso aceitar que minha vida é um pouco diferente das pessoas que me cercam, em alguns - repetindo: alguns - aspectos, e que para estas coisas não há um referencial tão próximo, razão pela qual é um pouco mais difícil viver. mas longe de ser impossível, e longe de representar qualquer perigo à minha calma.
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quando vejo um lixo como "O ano em que meus pais saíram de férias" ser o indicado brasileiro ao Oscar, sinto uma enorme vergonha de ser brasileiro. vergonha, com vê maiúsculo. vergonha de ver um embuste esquerdista nos representar em um evento importante assim.
hão de ponderar: mas "Bowling for Columbine" não ganhou o Oscar? desde "The bodyguard" o prêmio não passa de uma grande pieguice? lixos como "Titanic" e "O senhor dos anéis" não receberam onze Óscares cada? sim, de fato. mas o impacto é o mesmo de chegar vestido de Evo Morales numa festa black-tie, ou seja: não é porque os outros vestem farrapos que você vai de mendigo.
sobre o assunto, tem o podcast do Diogo Mainardi, um pouco repetitivo mas de boas premissas, aqui. e tem uma sensação estranha que se refere a um possível próximo projeto meu.
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não vou culpar a pressa, o trabalho ou qualquer outra coisa pelo ritmo mais slow motion deste blógue; na verdade, é gostoso escrever tendo de refletir antes, ao invés de colocar aqui qualquer besteira que me vinha à cabeça, como antes. setembro costumava ser o mês em que eu melhor escrevia aqui. pois esse ano vai ser dezembro, com novembro em segundo e outubro em terceiro.
Etiquetas: bronze
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