quinta-feira, setembro 28, 2006

dane-se, é só uma bomba-relógio

os brincos de diamante da Sophia Loren naquela foto.

(tic-tac-tic-tac)

os estranhos pensamentos que tenho tido de uma semana para cá.

(tic-tac-tic-tac)

meus sonhos: no de ontem eu pedia, em japonês, um Big Mac num McDonald's em Tóquio - lá onde o trio do Big Mac é o número seis. no de hoje, um sonho político e uma mensagem absurdamente improvável de alguém que nunca mais vai falar comigo na minha caixa de mensagens.

(tic-tac-tic-tac)

o uso político das palavras, o uso privado do que é público. estamos afundando? não: estamos boiando. up and down. uuuuuup.

(tic-tac-tic-tac)

eu não vou te ouvir. nada do que você vai me dizer eu quero ouvir, então fico surdo pro que vem do seu lado. te falei que comprei um iPod só pra me isolar melhor? então some daqui.

(tic-tac-tic-tac)

"- essa bomba não vai explodir não?"
"- vai sim."
"- então o que a gente tá fazendo aqui?"
"- você faz perguntas demais."

(tic-tac-tic-tac)

"- aqueles dois ali não páram de falar."
"- pode crer."
"- do que será que eles estão falando?"
"- da bomba-relógio."
"- ah, mas não é possível que uma bombinha de m**** dessas dê tanto assunto."
"- não a subestime. você é um ser humano, ela é uma bomba. ela te liqüida sem remorso."
"- eu também posso liqüidar essa bomba."
"- ah é? então vai lá e desarma ela."
"- não, não vou."
"- viu? a bomba já deu bastante assunto."
"- ..."
"- termina seu suco."

(tic-tac-tic-tac)

o medo de estar vendo tudo acontecer de novo.

(tic-tac-tic-tac)

a ausência de Twinings no bar Monumental, e o Guaraná dietético bebido de forma quase compulsória. ao menos, sem a laranja de praxe.

(tic-tac-tic-tac)

as mulheres chinesas, que só beijam depois de um namoro sério.

(tic-tac-tic-tac)

eu não devia lembrar dos meus sonhos. não desses que tenho à noite, pelo menos.