domingo, outubro 04, 2009

flúor

comprei o terno. queria comprar dois, acabei levando um só, vamos com calma. agora preciso achar alguém que me consiga pólos da Fred Perry e uma gravata laranja Hermés.

mas calma, não é pro mesmo look.

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na saída do Brasília Shopping, com a chuva armando, senti vontade de ouvir o "Comme si de rien n'etait", o último disco da Carla Bruni. mas eu só tenho os outros dois, então precisava adquirir o terceiro. atravessei a cidade para conseguir uma cópia na Livraria Cultura e tive uma grande surpresa.

assim que o disco foi lançado, no ano passado, baixei-o da internet. gostei dele, mas não achei que estivesse no mesmo nível do "No promises", que é um disco injustiçado. aí hoje, ouvindo o "Comme si..." no carro, percebi uma diferença já na primeira música: os arranjos tinham mudado em relação à versão em mp3 que eu tenho. parecia que eu tinha as demos do disco, não ele por inteiro.

na segunda canção, a mesma coisa. e na terceira, e na quarta. minha maior crítica à cover de "You belong to me", uma música da década de 1950, era que só havia sobrado a primeira parte da letra. e na versão do disco, não é que a letra estava inteira? minha música preferida, "Déranger les pierres", estava mais encorpada, "Il vecchio e il bambino", que no meu computador era instrumental, estava com letra.

ai meu Deus, virou um disco lindo, e olha que nem estou falando da capa. e já virou um dos favoritos para ouvir dirigindo na chuva, como o "Gish", o "Ladies and gentlemen we are floating in space" e o "New morning", dentre outros. o único problema desse disco de madame Sarkozy é que ele é muito recomendado para ouvir quando se está apaixonado, exatamente como eu não estou.

*

depois dessa (re)descoberta do "Comme si de rien n'etait", descobri que o Mika fez uma cover de "Poker face", da Lady Gaga. e ficou fera demais. se você gostou do Scissor Sisters tocando "Take me out", vai gostar dessa também.

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falei de chuva ali em cima e agora a estação das monções chegou. e eu preciso tomar muito cuidado para não lembrar do mesmo período do ano passado, que foi uma experiência singular. mas ela está em todo lugar: na torrente que desce do céu, no 307 saindo de frente, nos planos de voltar à academia, na vontade de ignorar o despertador e continuar dormindo, na rotina de mergulhar no trabalho para esquecer os ferimentos. mas parece que sob essas condições climáticas eles abrem as cicatrizes e voltam a se expor, a doer, a lembrar que nem se eu pudesse cortar fora uma parte de mim eles iriam embora.

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1 Comments:

Anonymous Anónimo declarou...

As gravatas Hermes são... uhm... É a gravata que os tipos (caras) do private bank usam.
Tente aqui http://www.breuer.fr/
Conhece?
Anónimo luso

sexta-feira, 08 janeiro, 2010  

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