quinta-feira, setembro 17, 2009

jaune

ontem eu vi a Lara. ela ficou um mês de molho em casa, depois que caiu num bueiro de quatro metros de profundidade quando saía de uma festa na Oca da Tribo. além do desconforto ortopédico, a moça ainda teve uma infecção séria, razões suficientes para colocar mais um processo nas costas do GDF. mas agora ela está bem e é isso que importa.

o que me lembra que faz um mês que devo um relato sobre a festa de aniversário dela, naquele apartamento deslumbrante no início da Asa Sul. conversei um bom tempo com a menina mais bonita da festa (e o marido dela junto), botei "Groove is in the heart" e uns outros sucessos da virada dos oitenta pros noventa, comi um rango árabe nota dez. foi uma festa bem legal. a uma certa altura eu lembrei que para ser corno não é preciso mais do que se sentir corno, aí decidi encher a cara.

andei até o bar e pedi ao barman uma bebida de corno. qualquer coisa. com sotaque francês, ele me perguntou o que era "corno". perguntei de onde ele era e tentei esboçar alguma explicação, mas aí eu inacreditavelmente lembrei de como se diz "corno" em francês: cocufière. é o pássaro-cuco, que choca os ovos que a fêmea tem com outro macho e portanto é um grandessíssimo corno.

ele sacou e falou que quando é no sentido de cornice diz-se a versão simplificada, "cocu" (pronuncia-se "coquíu", igual ao Galvão Bueno falando o nome desse cidadão aqui, cuja pronúncia aliás é "cócu"). mas enfim: sabendo o que era corno, o francês me falou que a cor dos galhudos na França é o amarelo e me prometeu um coquetel beeeeem amarelo. saiu isso aqui, ó:



e era um coquetel tão bom que eu só ficava pensando: como é bom ser corno.

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