terça-feira, setembro 15, 2009

1987

em 1987/88 eu tinha seis anos e morava numa cidade sitiada, onde ter um Gol GTS era símbolo de status e quem já tivesse viajado para qualquer lugar do exterior, à exceção do Paraguai, era famoso justamente por isso. e quando um hit single bombava nas rádios, era bom que a gente gostasse dele, afinal de contas seria a única opção de música para os próximos três meses.

tinha casos em que a música era um porre, como no verão de 1989/90, quando "Oceano", do Djavan, fez um estrago maior do que a gripe espanhola. se eu tivesse um pouco mais de consciência do lixo que aquilo era, teria convencido todos os alunos da 2ª série do CEAMV a praticar suicídio coletivo na porta da Rádio Metropolitana. mas tinha as coisas legais que tocavam na rádio, como "Doublé de corpo", dos Heróis da Resistência, "Voyage voyage" da Desireless... e "She's like the wind", do agora falecido Patrick Swayze.

"She's like the wind" é brega? por supuesto. mas olhe o que diz o refrão:

feel her breath on my face
her body close to me
can't look in her eyes
she's out of my league


pode ser brega, mas é exatamente o que senti ontem à noite, durante a aula. exatamente assim. que pena que eu não tenho coragem para chamá-la pra dançar essa música. aliás, que pena o c******, isso é brega demais. descanse em paz, Patricão: I promise I'll do some dirty dancing for you.

Etiquetas:

1 Comments:

Anonymous Anónimo declarou...

obrigado. definiu o sentimento que não tinha conseguido especificar até agora. coincidentemente a faculdade me proporcionou a mesma situação.

terça-feira, 15 setembro, 2009  

Enviar um comentário

<< Home