segunda-feira, agosto 24, 2009

Dasani

antes mesmo de eu escrever sobre a volta da chuva (e sem eu saber), os Chad praguejaram contra o tempo. vou mandar um vidro de cogumelos pro Craudio e um café bem quente com Pringles pro Pipe, pra eles pararem de reclamar do aguaceiro. chuva é linda, gente. ela mais Gal mais Gil mais Bethânia.

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como o som do meu carro (mais uma vez) engoliu um cd e eu ainda não fui destravá-lo, estou sendo obrigado a ouvir rádio. de vez em quando, como durante os debates futebolísticos da CBN, no meio da tarde, é um grande flagelo. mas as rádios de Brasília também têm uns momentos bonitos. meia hora atrás eu estava embaixo do meu bloco, estacionando o carro depois da aula, aí de repente começa uma melodia bem baixinha e uma voz feminina cantando no mesmo volume, na Executiva FM (101,7 MHz):

early November north of San Francisco
driving fast to find you
I feel familiar winds that usher in each evening heavy on the mountains
rest clouds left there since morning
you always said
"there's just no other place"


não quis nem saber como a música terminava: decorei os dois primeiros versos e corri pra casa pra jogar no Google. e assim descobri "The lost coast", de uma banda dos anos 1990 chamada Grey Eye Glances. dá pra ouvir aqui na página deles, inteira. vou tentar achar o disco deles pra baixar, espero que seja tão bom quanto.

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estava hoje esperando minha vez na dentista, e havia uma mulher na recepção, provavelmente esperando quem estava em atendimento. em meio minuto ela começou a reclamar da política, e eu nessas horas só penso "cada um tem o governante que merece" e quero que me deixem em paz, não gosto de ficar dando conversa, já que trabalho com isso o tempo todo. mas ela queria conversar, e acabou mudando de assunto, e eu respondendo por educação.

uma certa hora ela me perguntou de onde eu era, e respondi "Deprelândia" (na verdade eu disse o nome verdadeiro da cidade). e ela disse que sua mãe, que estava sendo atendida na dentista naquele exato momento, é deprelandense, e que tem família em várias cidades da Grande Deprelândia. como uma das primeiras frases do homo deprelandensis é o tal "você é filho de quem?", ela tinha de falar sobre o assunto e começou a listar a família dela toda, para ver se eu conhecia alguém. nisso chegou a mãe dessa mulher, que foi logo informada de que eu era, ahn, conterrâneo, e aí a dona falou mais umas tantas pessoas da família.

daí, de tanto falar, reconheci um sobrenome que é o mesmo de uma marca de porcelanas e tipo um "Silva" em alemão, e lembrei que um falecido amigo do meu pai era dessa família. e não é que ele é primo-irmão da mãe da mulher? nisso ela não parava de dizer "mundo pequeno, mundo pequeno, esse mundo é muito pequeno", e eu pensando "sei lá, mil coisas..."

*

se tédio provocasse morte, literalmente morte, eu não teria vivido para escrever esse post: a segunda aula de hoje foi a experiência mais próxima que eu tive com o fim, só faltou subir aquele cheiro de iodo da enfermaria. quinze para as onze da noite e o professor achou por bem começar um novo tema, uma matéria inteiramente nova, que não guardava relações com o assunto anterior. e veja bem, hoje é segunda-feira, primeiro dia útil da semana.

eu não gosto de auto-comiseração em hipótese nenhuma, mas essa aí foi de cortar os pulsos.

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ah é: a letra de "The lost coast", a música referida acima, termina dizendo "I can almost feel you here". mas nem isso eu ando sentindo, meu amor. que pena.

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1 Comments:

Anonymous Anónimo declarou...

apesar de tudo eu gosto da Deprelândia em que eu nasci.

veja bem, do lugar, e não das pessoinhas.

você não vai sem comentar que o Rubinho ganhou sua 10ª vitória na F1?

terça-feira, 25 agosto, 2009  

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