Magadan
caiu na minha mão um projeto para que eu faça um parecer. normalmente nossos amados representantes no legislativo só fazem besteira, mas neste caso a proposta é muito boa e beneficiaria a todos, exceto uma pequena gentalha barulhenta. no entanto, veio a ordem de cima para que sejamos contrários, acompanhada de duas referências frívolas que não dão um argumento que preste, e eu fui conversar com a chefe para saber se não podemos mudar isso e sermos favoráveis: expus as minhas razões, apontei a fraqueza dos argumentos técnicos, comentei de uma assimetria absurda que a situação atual traz. ela entendeu e disse que concorda comigo, mas que infelizmente a proposta tem que mudar um dispositivo legal que todos aqui têm ojeriza de enfiar o dedo, por conta da enrolação que vem em seguida, e por isso eu teria de fazer um parecer contrário.
falei pra ela que não poderia fazer isso, que me sentiria mal enfiando meu nome em algo que vai totalmente contra o que penso. e ela disse que poderia até conversar com os superiores, mas que seria difícil. enquanto isso, já resolvi: não vou fazer o parecer negativo e, enquanto não acontecer alguma coisa que mude nosso posicionamento ou que mude a lei por uma via alternativa (e existem muitas), vou procrastinar. pela primeira vez desde que cheguei aqui, procrastinando com consciência, já que estou, neste caso, entre a cruz e a espada, entre a frigideira e a grelha.
Etiquetas: bronze
2 Comments:
presente
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como procrastinar é crime, faça como mandaram e simplesmente não assine. chefes servem pra isso.
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