quarta-feira, janeiro 21, 2009

agora sim

parece que acabei de chegar a Brasília: há movimento nos pilotis, há vida indo e voltando da comercial. há seis andares para cima, há apenas uma entrada e ela funciona como saída, há aquele clima totalmente local ao meu redor. faz apenas dois dias que moro na Asa Sul e já estou em casa, mas no sentido futuro da coisa, aquele que diz que é ali que quero ficar. ainda estranho o movimento das pessoas, a idade do prédio, a dinâmica da coisa, mas já sinto não respirar mais aquele ar de subúrbio dos quatro anos no Sudoeste - não me arrependo de ter morado lá, mas, principalmente, não me arrependo de ter saído.

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a comercial da quadra tem praticamente tudo o que preciso: dois fornecedores de marmitex, um pé-sujo de nome irônico, uma pizzaria Dom Bosco, duas farmácias, uma mercearia de produtos árabes (!!!). subindo reto até a W2 tem uma agência do banco e na comercial logo acima tem um supermercado. a boate mais legal de Brasília fica na quadra atrás da minha, onde também tem um Sky's e seu gigantesco crepe de banana. viva o progresso, ainda mais quando vem acompanhado daquele charme vintage que as construtoras brasilienses liquidaram quando começaram a achar que era uma boa ideia imitar São Paulo.

ah, claro: falta eu achar uma academia, mas isso é fácil.

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ainda estou sem rede em casa. ela só deve rolar a partir de amanhã, com alguma sorte, mas confesso que não estou com pressa de ter rede. a essa altura, a instalação da TV por assinatura seria bem mais interessante. as coisas ainda estão no começo (20% delas ainda estão encaixotadas), mas tudo vai se encaixando e fazendo sentido na história, que vai ficando cada vez melhor.

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no meio das coisas desencaixotadas, uma surpresa: achei meu "Automatic for the people", aquele belo disco de quando o REM ainda era uma bela banda, o que durou até a saída do Bill Berry. lembro até hoje de quando o comprei: estava atrás dele fazia um bom tempo, e achei uma cópia no fundo do expositor de cds de uma loja num shopping centre recém-inaugurado em Deprelândia. na hora eu estava sem grana para ele, e voltei à pé até a minha casa (uns seis quilômetros) para pegar os dinheiros e voltar lá, de carro. mas valeu a pena: "Drive" é uma das poucas músicas que me arrancaram uma lágrima logo na primeira audição, "Nightswimming" marcou minha primeira viagem a Brasília, e parece que esse reencontro veio na data certa, já que "Find the river" é uma música perfeita para funerais, como o velório a que fui hoje pela manhã.

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eu só preciso dar um jeito nesse cansaço no corpo, agora.

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1 Comments:

Anonymous Anónimo declarou...

Tu tá na Asa Sul! \o/

Meus parabéns!

quarta-feira, 21 janeiro, 2009  

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