sábado, janeiro 17, 2009

Kislovodsk

tem algumas meninas que não são bonitas mas que, pelo charme, te conquistam ou pelo menos te fazem pensar nela a noite inteira. isso existe mesmo entre as famosas, e o melhor exemplo é a Kirsten Dunst: olhem para uma foto dela e constatem que a moça não é bonita. mas por algum outro motivo - o olhar, o sorriso, o modo como ela mexe os ombros, os quadris ou mesmo os braços - você acaba se apaixonando.

assisti "Wimbledon" na quinta à noite, pegando o gancho no Telecine Light. nunca tinha visto o filme, que é uma parábola sobre duas coisas: não desistir nunca dos sonhos e fazer aquilo que você quer sem esperar que resolva a sua vida. há ainda quem enxergue um terceiro ponto no filme: o de que, o que quer que você faça, é bom ter sexo antes, já que a personagem principal se dá bem no torneio, ganhando jogo atrás de jogo, com altas noitadas de vinho e paixão. numa das primeiras cenas o Paul Bettany entra no quarto de hotel que imagina lhe terem reservado e dá de cara com a Kirsten Dunst tomando banho no banheiro da suíte.

sabemos que várias coisas no cinema são exageros, licenças poéticas, mas tudo parece bem plausível em "Wimbledon". isto é, tudo menos o fato de que você vai abrir a porta de seu quarto no hotel, olhar do lado e vai estar a Kirsten Dunst sem roupa e sem perder o senso de humor quando te vê.

e ontem revi "Tudo acontece em Elizabethtown", depois que a Carol falou que precisava revê-lo. já falei desse filme, da trilha sonora dele, de como sou apaixonado pela cena da longa conversa telefônica ao som de "Come pick me up", do Ryan Adams. desta vez só queria lembrar que, a exemplo de "Wimbledon", esse também tem a Kirsten Dunst. e, incrivelmente, ela também é acessível, agradável, um amor de pessoa. mas não é muito factível a ideia de que uma comissária de bordo vá puxar papo com você, como ela faz com o Orlando Bloom no avião: alguém aqui já conheceu uma aeromoça que, em serviço, era tão simpática como a Kirsten no filme? nem eu.

mas mesmo sabendo que aquilo não existe na vida real, você acaba se apaixonando por ela nos dois filmes. afinal de contas, o cinema é feito de sonhos e de coisas que não aconteceriam de verdade, não?

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1 Comments:

Anonymous Anónimo declarou...

ninguém deve ter conhecido uma comissária como ela por um simples motivo: essas coisas só acontecem com caras como o Orlando Bloom...

sexta-feira, 23 janeiro, 2009  

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