segunda-feira, dezembro 08, 2008

letra de forma

sexta-feira fui com uns amigos da Telerj ao Oliver, restaurante dentro do Clube de Golfe de Brasília. vista bonita, gatinhas com pinta de aristocratas, cadeiras pesadas e uma fórmula estranha para se pedir o prato: ou você pedia o primeiro e depois o segundo pratos, ou descobria que várias das opções de segundo prato vinham com acompanhamentos semelhantes aos primeiros pratos. quando descobri isso, achei mais conveniente pegar um desses segundos, um filé que era rodeado por espaguete.

bem, o espaguete era bem fraquinho, mas o filé, temperado apenas com sal grosso, era muito bom - tal qual a bruschetta da entrada. parece um bom lugar para se ir com calma e, de preferência, depois de uma disputa acirrada no campo ali em volta. como restaurante, o Oliver merece uma nota 7 - insuficiente para se ranquear entre os cinco melhores de Brasília, mas bem acima da média.

*

no sábado foi a vez de ir com Lelo e Craudio ao Servus, um restaurante austríaco (!) a caminho de Unaí (!!!). a sério, ele fica depois de São Sebastião, é bem longe e, infelizmente, mal sinalizado. de toda forma, o intrépido Chad acertou de primeira a localização e lá nos aboletamos. a atmosfera dele é bem simples, para não dizer simplória... mas ali quem vê cara não forra o estômago, que afinal é o motivo da visita: culinária austríaca quer dizer, basicamente, culinária alemã mais culinária húngara, já que a Áustria não tem uma cozinha de personalidade. mas o joelho de porco, o goulash, o spätzli, os embutidos, a mostarda... yummm, um melhor que o outro.

eu já tinha ido ao Servus uma vez, no longínquo ano de 2003, quando o restaurante boicotava a Coca-Cola (!) por causa da Guerra do Iraque (!!!) - sem saber que a Coca-Cola fora, em 2000, a segunda maior financiadora individual do Partido Democrata, derrotado nas eleições daquele ano. desta vez a casa funcionava sem boicotes, e lancei mão de três Cocas zero para rebater a páprica e outros elementos mais pronunciados dos pratos. falando em pratos, repeti o prato quatro vezes - a primeira e mais quatro, quero dizer.

explico: como o restaurante é longe e nem sempre meus amigos se animam a ir até lá, era o caso de aproveitar o máximo possível, nem que isso significasse sair de lá transportado por uma ambulância da Golden Cross, haha. enfim, a comida é muito boa, apesar de o serviço neste sábado estar horrível: o próprio garçom pediu desculpas duas vezes pelo fraco atendimento. o Servus merece uma nota 7,5, e devo avisar: a casa não aceita cartão de crédito, apenas dinheiro e cheques, sendo assim saque uma grana antes de rumar para lá - uns 45/50 reais por cabeça, incluindo bebidas, dez por cento e sobremesa.

*

no domingo, sem nenhuma ressaca da noite de destilados na casa de Otto e Carol (assunto para outro post? não sei), encarei, ao lado do Lelo, a Hamburgueria Gourmet, na QI 11 do Lago Sul. eu adoro essas casas de hambúrgueres sofisticados, e sempre que estou em São Paulo passo em uma delas - Rockets, Fifties, Joakin's, qualquer uma serve. se o serviço do Servus, no dia anterior, já fora ruim, o da Hamburgueria Gourmet era de matar o Brasil de vergonha. tive de repetir três vezes o meu pedido, para que o surdo que me atendeu pudesse anotar... e olha que eu nem falo enrolado ou para dentro. depois, ele errou o nosso pedido de entrada e, ao invés de petiscos de salmão, trouxe uma salada muito sinistra, que recusamos - e ela acabou sendo empurrada para a mesa ao lado.

quando o sanduíche chegou, um viva: a carne dele é a melhor que já comi no Distrito Federal. as outras coisas acompanham de modo correto, mas não há maionese, o que é um flagrante absurdo e tornou o lanche um tanto seco. enfim: é bom, mas o Marvin faz melhor, e não foi o suficiente para salvar do serviço calamitoso, que ainda tinha um ar-condicionado absolutamente polar, até mesmo para um islandês da gema como eu. sendo assim, só dá mesmo é para atribuir um 3,5 à Hamburgueria Gourmet e dizer uma das minhas frases preferidas: « isso aqui não é São Paulo ».

mas bem que dessa vez podia ter sido.

Etiquetas: