quarta-feira, fevereiro 20, 2008

placar

minha chefe na Telerj me encomendou, na semana passada, uma apresentação em Powerpoint para que ela fizesse a um grupo de novos funcionários da empresa, para que eles entrem bombando, sabendo de tudo, com apetite etc. e eu fui fazendo, e ela foi reprovando, mudando de idéia, até que na sétima versão a minha apresentação foi aprovada. ótimo.

então ontem, pela manhã, entrei na sala dela, com a sétima versão em mãos, e ela veio logo dizendo "sabe, não tava a fim de apresentar lá pros novos contratados amanhã", com uma voz que era pura leseira. ri e perguntei-lhe se aquilo era uma indireta para mim, ao que ela disse "bom, eu sei que você não gosta de falar em público...", no que eu interrompi e disse que não era uma questão de gostar ou não, e que eu iria apresentar com muito gosto, se assim ela quisesse. obviamente, ela topou.

eu me havia prometido não usar terno nesta semana mas, para fazer uma apresentação a um grupo de neófitos que ganham o dobro do meu salário, não dava pra chegar lá em camiseta e calça jeans, não dava mesmo. levei o terno para ser passado, programei o despertador para acordar mais cedo e dar tempo de fazer a barba, e ainda chegar mais cedo na Telerj para repassar o que teria de apresentar. e assim foi feito, numa boa.

chegando lá, fui apresentado pelo gerente de RH, que ainda falou brevemente do meu livro publicado e do não publicado (qualquer dia eu conto essa história). fiz a apresentação, que tinha quinze slides - seis a mais do que o máximo que admito para minhas apresentações, mas eu estava apresentando por outra pessoa.

e a fome dos novos funcionários não tardou a aparecer: embora estivesse programado um espaço para debates ao final da minha exposição, eles queriam perguntar ali no meio mesmo. fui contornando aquilo, respondendo com calma, ficando apenas preocupado se estava falando rápido demais e tendo problemas para engatar o raciocínio (no final, disseram que fui bem). quando a palavra foi franqueada aos contratados, recebi uma caminhonete de perguntas, respondidas junto com minha querida colega Maria.

ao final, cumprimentei-os pela chegada e disse que torcia para que gostassem da Telerj tanto quanto eu gosto, e recebi uma salva de palmas em troca. outra troca foi a de cartões de visita com a chefe dos novos contratados; parece que sou o único funcionário da empresa que anda sempre com cartões a tiracolo.

foi a primeira vez que falei para gente com mais grana do que eu. minha autocrítica diz que preciso melhorar minha capacidade de armar raciocínio - e muito, e urgentemente. mas, para uma primeira vez, foi legal demais.

*

outra coisa legal foi saber que a gerente-geral duma outra área fez questão da minha presença em uma reunião da área dela amanhã, para discutir uma questão de comum interesse. já tinha algumas considerações a fazer, mas de toda forma imprimi um material sobre o assunto e li algumas coisas sobre ele, para chegar afinadinho amanhã e mandar ver.

ficar na Telerj vai ser, de certa forma, um sacrifício a curto e médio prazo. mas parece que, no longo prazo, vão haver algumas boas compensações.

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