sexta-feira, dezembro 29, 2006

novecentos

desculpa aí, mas eu sou insistente. esse negócio de te deixar em paz e deixar de te esbarrar fica pra próxima encarnação... porque na atual eu tenho de ir atrás do que eu quero. não entendeu? então se segura.

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cercado de barulho, calor combinando com asfalto, gente feia passeando pela rua, a mediocridade dando o ar da (des)graça na calçada. só tem um lugar nesse país onde quero estar agora: Fernando de Noronha. e não quero levar nada daqui para lá, exceto minhas sandálias verdes com hibiscos azuis. de resto, tudo diferente: bloqueador solar, roupas, chapéu da Kangol, saldo bancário... e você, claro. é, você mesma. e não adianta se trancar numa das celas do extinto presídio de Noronha, eu sei abri-las todas. agora vamos ao que interessa, mas isso não é assunto para tratarmos aqui.

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se não quero estar em Brasília agora? não, só dia três. preciso olhar ao meu redor e só ver o mar, nada de mediocridade. e imaginar que estou mais perto de Portugal do que nunca. e quem sabe lançar-me num barco rumo à Madeira, para nela aportar no verão do hemisfério norte.