sexta-feira, novembro 10, 2006

New Order

é, tô indo hoje. preço proibitivo, banda de cinqüentões, não ouvi o último disco até agora - e já vai um ano e meio desde que saiu. estou indo mais pelo valor histórico que a banda tem pra mim: era a minha preferida entre o segundo e o terceiro colegial, e "Regret" era a melhor música da história. tanto era que eu fiz exatamente o que a letra dizia: esqueci o nome, o endereço e a importância daquelas pessoas pra mim e comecei de novo as coisas, já que elas não voltariam mesmo. e Brasília se encaixa perfeitamente naquilo do "I would like a place I could call my own".

nesses anos todos, só senti inveja de quem estava em uma daquelas apresentações onde o Billy Corgan ficou na segunda guitarra, em 2001. eles não tocaram "1979", o que é um absurdo - não tem nada mais New Order do que ela - e a minha inveja era porque você tinha uma situação inusitada ali no palco, digna de se ver: os Smashing Pumpkins tiveram seu auge justamente no período de hiato do New Order e, com o fim das abóboras, voltaram os mancunianos. e aquilo ali parecia uma passagem de bastão.

como disse o Thiago Ney na coluna dele hoje, ninguém vai lá pra ouvir músicas do último disco - quando muito, vai pra ouvir "Crystal", que é uma canção maravilhosa. mas o que a galera quer, além dessa e de "Regret", acaba ali no "Technique", um disco que tem dezessete anos... o mesmo tempo sem apresentações no Brasil. então hora de esquecer tudo isso e fingir que estamos em 1989 de novo, apesar de tanta coisa. e sair de lá em 2006, sabendo contextualizar e tudo o mais.