sábado, outubro 21, 2006

Rolling Stone

então ontem eu deixei de comprar a Elle portuguesa e trouxe para casa a primeira edição da Rolling Stone brasileira, que já nasce clássica - mas por motivos errados.

é uma das piores revistas que já li. e não podia deixar de ser: o editor dela é o mesmo cara que editava a Revista da 89, uma publicação dirigida a mentecaptos - e, conforme se depreendia de uma análise de seu conteúdo, feita por alguns deles. tem ainda na redação um outro cara que foi de lá. fora isso, chamam gente sem importância e sem domínio de temas para escrever - o que é aquele texto falando mal dos congressistas eleitos no último dia 1º? - escrevem sobre o nada, tentam passar um pouco de sentimentalismo como nos relatos dos bastidores da sessão de fotos da Gisele Bündchen na capa, etc.

ainda tem outras coisas: o texto do Marcelo Rubens Paiva sobre a Mariana Ximenes é igual ao que ele fez sobre a Luciana Vendramini para a "Playboy", três anos atrás; a amiga da Lucia que deu cinco estrelas pro disco do Racounters provavelmente tem problemas em casa (ninguém em sã consciência faria uma coisa dessas); a revista não tem um mínimo de ousadia e, pior, nasce acomodada ao "passado glorioso" da matriz dos EUA. uma prova disso é o editorial, onde o mané editor diz logo uma daquelas coisas de perder a fé na humanidade: diz que a revista vai ser "sempre assim" como é no primeiro exemplar.

perceberam? eles não vão mudar. eles são os maiorais, eles já nasceram perfeitos e pronto. erros como os de pontuação e de informação na entrevista com o Peter Hook, do New Order, não serão mudados, afinal de contas a revista é assim mesmo.

falta um bom pedaço dela para ser lido, mas de saída eu já estou desanimado. e vou terminar a leitura da piauí antes de voltar à RS - dá até tristeza comparar as duas revistas, tão flagrante é a superioridade dessa cujo nome se escreve em minúsculas...