quinta-feira, outubro 26, 2006

na Telerj

amanhã são dez horas de aula: duas pela manhã, quatro à tarde e quatro à noite. entro às oito, saio às vinte e duas e trinta. caso eu não resista, favor colocarem uma placa de metal por sobre minha urna crematória onde se leia "causa mortis: Telerj".

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estou com essa mania de dizer que o curso é a Telerj. não é. se fosse, eu ficaria vagabundando no serviço o dia todo, mas ao invés disso vou trabalhar e alavancar o progresso das telecomunicações no meu país.

ui.

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eu não a conheço, mas eu penso nela. mas não passo disso, porque no momento a única coisa que me interessa é a busca por um Ebitda maior. que pena para nós dois, meu amor.

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não há como ter personalidade e pedir um sanduíche que leve queijo branco ao mesmo tempo: uma coisa necessariamente exclui a outra. o mesmo vale para o número 3 do McDonald's brasileiro, o McChicken (que na Inglaterra, sabe-se lá porquê, é o 2). às vezes parece que a máxima "diga-me o que comes e dir-lhe-ei quem és" funciona mas, se fosse mesmo verdade, eu teria sido um lixo pela maior parte da minha vida, fácil fácil...

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acabei de ver, pela primeira vez na vida, uma foto do Mark Linkous, do Sparklehorse. tem cara de peão de estância, o que me surpreendeu: esperava um daqueles branquelos, magrelos, raquíticos. numa segunda olhada ele até parece uma versão angolana do Johnny Depp, aquele xarope de que todo mundo gosta, menos eu.

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desde que falei dela pela última vez, três parágrafos atrás, ela passou por mim - duas vezes, ainda por cima. não deixou muitas pistas sobre quem realmente é, além daquelas que já tenho e que me permitem concluir que não posso tirar conclusões por enquanto. nem alimentar coisas que não sejam a busca por um Ebitda maior no fim do ano, o que implica em um bônus maior, férias maiores. quem sabe até conhecer a roda de Falkirkque eu tanto tenho vontade de ver ao vivo.

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só vou falar da Telerj no final de semana. enquanto isso, terão de engolir parvoíces - e sem reclamar.