sexta-feira, fevereiro 26, 2010

ponto

(ou "QUEM É MODERNO AÍ, MÊO?")

quarta, na Toranja, descobri que uma antiga teoria minha sobre abandonar Brasília é mais válida do que nunca: o Ximeninho havia pensado a mesma coisa, inclusive desenvolvendo-a mais do que eu. conversamos sobre isso e eu despejei uma de exemplos que a provavam correta. terminou que chegamos à conclusão que:

- existe uma tendência de as pessoas acharem que precisam sair de Brasília para "conquistar" algum lugar, onde a vida supostamente é melhor;
- essa tendência é majoritariamente (95%) feminina;
- o gancho é sempre algum curso "que não tem em Brasília" ou algum projeto "que não dá para ser desenvolvido aqui". emprego factível que é bom, nada;
- pela mesma razão, quem quer sair daqui geralmente é sustentado pelos pais;
- reclamam que a cidade é artificial, mas adoram a artificialidade de ser estável no emprego público, a facilidade de chegar em casa em 20 minutos enfrentando o trânsito artificial de uma cidade de 2,5 milhões de habitantes etc.
- argumentam que na nova cidade vai ter muito mais "diversidade e opções de lazer", e acabam ficando em casa o dia todo depois que se muda - eu conheço pelo menos cinco exemplos de gente assim.

enfim... quer sair de Brasília? go ahead. mas seria legal ver se, antes disso, o problema está na própria vida ou na cidade. quando saí de Deprelândia, eu tinha toda certeza de que o problema estava lá, e hoje eu mal me irrito quando visito a cidade: justamente por estar fora dela.

p.s.: como a etiqueta "bronze" indica, aqui embaixo, esse post não é direcionado a ninguém em particular :)

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