domingo, janeiro 10, 2010

migrante

existe uma velha tradição brasiliense de dar festas de grande porte (e potencial destrutivo) em residências, normalmente em casas no Lago Norte. de vez em quando rolam algumas em apartamentos, como a clássica festa da prumada, realizada num bloco na Asa Sul por diplobrats. ontem rolou uma na 307 Norte, num apartamento de sexto andar com uma vista espetacular. como não sei se vale um post dos grandes, vamos a alguns destaques da noite:

- fiquei uma hora embaixo do bloco esperando Aline, João Paulo, Pedrivo e Paulo Tanner chegarem com as bebidas, condição de ingresso no recinto. a movimentação nos arredores do bloco era intensa, e tinha muita molecada, gente menor de idade inclusive. como não conseguiam entrar, ficavam ali com as bebidas, conversando e pagando de gatinho;
- uma hora apareceu um Gol com um casal quarentão, eles pareciam devotos de Sai Baba. logo depois de estacionarem o possante em fila dupla, confirmaram a minha impressão e despejaram um psytrance pros renegados da festa curtirem ali embaixo. saíram depois de meia hora, e aí chegou um Clio, parou no mesmíssimo lugar e começou a tocar "Lick it up", do Kiss. péssimas vibrações...
- depois de driblarmos a fila do elevador social e irmos direto para o de serviço, assim que a porta deste se abriu, saiu o Thiago de lá de dentro, dizendo que para ele a experiência já tinha sido suficiente. pela cara que ele fez, acreditei, mas foi uma pena ele ter ido embora assim que eu cheguei;
- caminhar na festa era como atravessar um campo minado: o chão estava todo grudento e devia haver umas cento e cinquenta pessoas nos dois apartamentos. seria sábio levar um par de galochas e um armamento capaz de abrir caminho, como um lança-chamas, mas não foi possível;
- como entramos na festa com uma garrafa de vodca Smirnoff, achei por bem ajudar a bebê-la, até mesmo porque era confiável. enquanto JP, Tanner e Pedro Ivo bebiam com água de côco, também trazida por nós, preferi tomar a aguinha russa do jeito que mais gosto: com três pedras de gelo e mais nada;
- a Polícia Militar também baixou lá, e forçou os donos da festa a desligarem o som. o resultado? tinha uma galera, tipo umas 15 pessoas, CANTANDO a mesma música (não sei qual) no meio da pista de dança em um dos apartamentos. ficaram uns vinte minutos assim, mas rolou um período de puro silêncio, só com o som das conversas. depois disso religaram o som num volume insuportavelmente baixo, mais baixo que o dos diálogos;
- tinha uma garota vestida como se fosse promoter da Oktoberfest, com camisa branca e aquele saiote com alças. Wilton Rossi, músico e ladies' man, não resistiu a tirar uma da cara da moça e disse "essas suas roupas... você é goiana?";
- Ricardo Henrique tava lá e deu show. sacaneei o cara até não poder mais, e a cada vez que ele passava por mim nós cantávamos a letra de um sertanejo que ele escreveu;
- o Mário também estava lá, com uma lata de Heineken na mão e cantando duas desavisadas em castelhano. quando me viu, não botou fé, e ficamos circulando por um tempo. daí as pilhas Energizer do cara começaram a enfraquecer (é o mercado financeiro...), e lá pelas três e meia ele estava dormindo no canto do sofá;
- nós escondemos a vodca, para que pudéssemos aproveitá-la melhor, mas alguém a encontrou e deu fim na marvada. felizmente Dreaduardo veio ao nosso socorro também com uma Smirnoff, e pude continuar o estrago. não bebi tanto quanto no ano novo de 2008 para 2009, quando tomei meio litro de vodca Absolut e não passei mal. o problema é que dessa vez eu estava de barriga vazia... e com isso a noite terminou no drive thru do McDonald's ali do lado, de carona com o Munha.

bom, acho que foi isso. uma bela noite no primeiro final de semana das minhas férias, não? mas é uma exceção, só vou em uma festa dessas por ano. agora voltamos à nossa programação normal... :)

p.s.: não, dessa vez o Paulo Tanner não passou nenhuma rasteira em nenhuma mulher na escada.

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