terça-feira, agosto 18, 2009

isso é bonito

Há 20 anos, um piquenique com grupos folclóricos e políticos do leste europeu, na fronteira húngaro-austríaca, abriu a primeira grande brecha na Cortina de Ferro entre o comunismo e o mundo livre antes da queda do Muro de Berlim.

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Durante a primavera de 1989, a direção do Partido Comunista húngaro tomou a decisão de desmantelar os 246 km de cerca instalados desde 1966 entre a Hungria e a Áustria, por razões ideológicas e financeiras - a renovação do alambrado de aço custava muito caro.

Sem qualquer reação por parte de Moscou, os chefes da diplomacia húngara e austríaca, Gyula Horn e Alois Mock, oficializaram a decisão em 27 de junho, "armados" com imponentes alicates diante das câmeras na fronteira entre os dois países, enquanto o desmantelamento continuava discretamente desde 2 de maio.

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"Houve rumores segundo os quais se podia chegar à Áustria a pé a partir da Hungria", em direção ao mundo livre, lembra o historiador Imre Toth.

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"Prevíamos abrir as grades às 15h, mas não pudemos fazê-lo como calculamos, já que uma multidão de cidadãos da Alemanha Oriental se precipitou sobre a barreira, que cedeu às 14h57", lembra Laszlo Magas, um do organizadores do encontro.

Os guardas de fronteira húngaros, que não haviam recebido ordens de repressão, preferiram fechar os olhos e deixaram passar mais de 600 pessoas antes que as grades fossem fechadas três horas mais tarde, depois do primeiro êxodo massivo de alemães do leste para o Ocidente desde a construção do Muro de Berlim em 1961.


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