domingo, abril 05, 2009

cortina

não entrei na onda de acordar às seis da manhã para assistir o treino da Fórmula 1 (é só treino, oras) e preferi dormir o quanto pude no sábado. de pé às onze e meia, levei os ternos pra lavanderia e passei no Empório Sírio-Libanês para comprar coisinhas gostosas para o lanche, além de entrar ali na 106 sul e levar umas bananas. acabou que parte do rango árabe virou a entrada do almoço: o prato principal foi esse aqui com funghi porcini (o penúltimo) e esse aqui. já que teve entrada e prato principal, uma banana fez as vezes da sobremesa.

metade de um livro chamado "Subversão e ternura" foi devorada durante a tarde. apesar de muito mal escrito, traz uma história saborosa, qualquer hora falo dele por aqui - por ora não vou falar muito porque vai que a autora dá Google no nome da obra, acha meus comentários e fica com raivinha de eu ter falado que o livro é mal escrito (e é mesmo). e à noite encontrei Otto, Marcio e as respectivas senhoras no Mercado Municipal, para uma dose de caipirinha e uma discussão um tanto estranha, a qual descrevo abaixo.

seguinte: alguém me explica a obsessão dos brasileiros em comprarem a casa própria? eu sei que é bom ter o imóvel próprio, mas do jeito como quase todos os meus amigos colocam a situação, eu não consigo entender. não tenho a mínima vontade de comprar um apartamento em Brasília, acho o preço de venda do meu apartamento um absurdo - aliás, o preço de todo imóvel na capital federal é uma loucura. pela primeira vez na minha vida estou conseguindo juntar uma grana, embora não muita, e não sinto a mínima vontade de imobilizar isso em um apartamento em Águas Claras. e todos eles falavam de comprar imóvel, dar entrada em apartamento, setor Noroeste etc, e eu, que sou feliz investindo na bolsa, pagando aluguel e quero pagar por um carro de primeiro mundo, me sentia um extraterrestre.

se alguém souber me explicar essa obsessão por casa própria, por favor, me fale. e não adianta vir com o argumento de que "aluguel é um dinheiro que você não recupera": apesar de guardar uma certa verdade, isso é rasteiro demais pra minha cabeça.

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