terça-feira, junho 17, 2008

26

uma e dezesseis da tarde. parece que são dez da noite, a julgar pelo meu cansaço. apesar disso, a vontade é de me cansar mais ainda, de fazer o que for possível e planejar o impossível, para que amanhã ele seja perfeitamente realizável. ou hoje de madrugada, ou o quanto antes. assim, ao invés de envelhecer, aprendo desde já.

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consegui um crachá novo, mas não consigo abrir as velhas portas com ele. deve ser um sinal do futuro chegando. ele é cinza e vermelho, a minha foto poderia ter ficado melhor se eu estivesse com os cabelos curtos, mas pouco importa: é um motivo a mais para que eu me canse.

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não sou muito fã de expedientes protelatórios, mas o cancelamento de uma reunião hoje cedo vai me trazer alguns benefícios. um deles, o de estreitar os contatos com quem vai lá, com quem é de lá, com quem abre novas portas para o novo crachá. se ele é cinza, o acesso, vejam só, é metálico... e o futuro é dourado.

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muitas entrelinhas hoje, mas eu ainda não vi nada.

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mal posso esperar para ver.

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foco, Palandi, foco. é fácil se deslumbrar com a cerâmica, o carpete, os embrulhos metalizados do presente... difícil é erguer algo do tipo, mas será feito.

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bem, é isso. não consigo escrever mais do que duas linhas sobre um assunto, sempre deixando 70% do conteúdo de fora daqui. minha censura prévia anda severa, existem muitas incertezas sobre tudo o que me ronda, o sono e os sonhos fazem com que eu não tenha palavras para descrever certas situações, certos encontros... e até mesmo certos silêncios. essa semana eu voltei a constatar que um dia depois do outro, com uma noite no meio, faz um bem danado; que dar respostas evasivas, embora seja antinatural e contra aquilo que eu prego, é algo por vezes incontornável; que não adianta salvar o mundo fazendo o trabalho dos seus colegas... mas não que você nunca deva fazer isso; e aprendi ainda: que é preciso tomar muito cuidado com o que se põe na boca, especialmente condimentos e palavras; que escoceses não falam inglês, mas que nem por isso dá para se desprezar Edimburgo; e que o crachá velho, se manuseado de forma correta, é capaz de abrir portas a cujo acesso me foi negado no passado.

ih, não disse... voltei a botar entrelinhas. merda...

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