dália púrpura 1
liguei pro meu tio ontem. na verdade, estava tentando falar com ele desde segunda-feira, jogar conversa fora, ouvir alguma pílula de sabedoria dele, qualquer que seja o assunto: política, Bolsa de Valores, mulheres, tecnologia. ele sabe das coisas. confessou-me que praticou doze esportes de risco no ano passado, e que só em janeiro deste ano já foram três. perguntou se eu realmente quero me casar com a Ana Ivanovic (ele viu no meu msn a frase), dizendo que ela é bonita, "mas tem pouco peito". aproveitou e me perguntou a opinião sobre um serviço de telefonia WLL que quer contratar (é dos bons, já vou dizendo), coisas assim.
o que valeu a ligação foi que ele viu que a mudança de área na Telerj me fez bem. falei que tinha o dobro da produtividade do pessoal daqui, que tinha ganho a confiança da chefe, que ela me passava tudo que era projeto de comunicação da área enquanto meu colega jornalista está em férias, que conhecia muita gente, essas coisas. e que quando ele me disse que eu tinha perfil para funcionário público, que não tinha ralado o bastante quando era moleque pra poder estar na iniciativa privada, como eu sonho, aquilo tinha ficado entalado na garganta de uma tal maneira que eu voltei para o trabalho em 2008 disposto a provar que eu posso me encaixar em qualquer empresa privada competitiva e que a minha meta era fazer pelo menos quatro vezes mais que a média do meu setor.
nesse momento ele riu, falou que não tinha dito nesse sentido e eu emendei: "mas foi ótimo, porque assim eu fiquei morrendo de vontade de provar que não era assim", e ele falou "é, tem horas em que a genética fala mais alto", lembrando do meu avô - esse mesmo que eu conheci no final do ano passado - que continua trabalhando aos 82 anos, lembrando dele e seu tempo aquartelado numa empresa de telecomunicações, do meu pai e de outros tios meus. e falamos de gente que tem apetite para crescer, como no caso mais em voga ultimamente, o do Eike Batista, que disse à Exame que trabalha para ser o homem mais rico do mundo, ainda que porventura (toc toc toc) não consiga.
só que eu vou conseguir. e enfim, depois daquilo meu tio teve de rever alguma coisa da imagem que ele tinha a meu respeito, e me deu uma força que eu tava mesmo precisando. e que vai ser muito útil.
(continua)
Etiquetas: bronze
2 Comments:
continuo a acreditar que o senhor é um paneleiro.
e digo mais, o senhor é um fanfarrão!
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