desinência
e hoje o João Pereira Coutinho voltou das férias; pra variar, com uma daquelas colunas de arrepiar qualquer um. vai um trecho aqui:
Uns tempos atrás, lembro de ver um filme inglês, moderninho e mediano, onde o aeroporto figurava como ator principal. Tudo começava e tudo terminava na porta de embarque. E uma voz, em off, sacudindo o cinismo pós-moderno e convidando qualquer mortal a visitar o espaço para ver do que a espécie é capaz.
Concordo e assino por baixo. Sim, somos capazes do pior, do inominável, do impensável. Mas também somos capazes da evidência real que passa à minha frente com a teatralidade patética que só o amor explica e redime. Famílias que se despedem. Famílias que se reencontram. Pais que recebem filhos. Pais que acenam aos filhos que desaparecem por uma porta qualquer -e eles ficam, mais uns minutos, sós e perdidos no aeroporto, a olhar para o nada. E os amantes, sim. Como esquecer os amantes que se beijam como se fosse a primeira vez, ou a última vez, antes do imenso adeus, ou depois da imensa espera?
Uns tempos atrás, lembro de ver um filme inglês, moderninho e mediano, onde o aeroporto figurava como ator principal. Tudo começava e tudo terminava na porta de embarque. E uma voz, em off, sacudindo o cinismo pós-moderno e convidando qualquer mortal a visitar o espaço para ver do que a espécie é capaz.
Concordo e assino por baixo. Sim, somos capazes do pior, do inominável, do impensável. Mas também somos capazes da evidência real que passa à minha frente com a teatralidade patética que só o amor explica e redime. Famílias que se despedem. Famílias que se reencontram. Pais que recebem filhos. Pais que acenam aos filhos que desaparecem por uma porta qualquer -e eles ficam, mais uns minutos, sós e perdidos no aeroporto, a olhar para o nada. E os amantes, sim. Como esquecer os amantes que se beijam como se fosse a primeira vez, ou a última vez, antes do imenso adeus, ou depois da imensa espera?
Etiquetas: bronze
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