sábado, agosto 25, 2007

enfermaria

então as coisas também estão assim, vejam só:

- saí com a galera e fui pra porta da Landscape, uma balada indie (o que quer que isso queira dizer) no Lago Norte. pra porta, claro, porque pra entrar é uma outra história.
- chegando lá, onde o Ivan tava dando som, aquele gosto de derrota: não tinha ninguém no lugar. dois amigos (que não vou dar o nome, mas todo mundo sabe quem são, haha), alegrinhos (assim como eu), tentavam me convencer a entrar, dizendo que no período em que eles ficaram ali na porta tinham entrado umas dez mulheres, contra quatro homens. usar a estatística tem seu lado ruim: o que é que esses dados que eles me passaram provam?
- em seguida, começaram um libelo a favor da mulher feia: uma espécie de apologia às mulheres mal-desenhadas, pra eu largar de ser fresco e pegar qualquer coisa. ouvi aquilo com cara de paisagem, enquanto via umas donas que não passaram pela inspeção final entrando na Landscape. não tava mesmo com vontade de entrar, ainda mais sabendo que teria de morrer dez reais (se for pra pagar, que seja caro e em lugar bom, certo?);
- aí uma outra coisa: muita gente conhecida, inclusive um bom bando de pregos. não vejo graça em chegar numa balada e encontrar sempre a mesma panela. aí começa aquela rede de boatos e já-pegueis que liga todo mundo e não serve pra nada, a não ser me aborrecer;
- dali a pouco, uma música que me dá razão quando falo que já vi esse filme: "History repeating", dos Propellerheads, com a Shirley Bassey nos vocais. é a história se repetindo: a mesma turma, que só se pega entre si, fazendo festinhas pra tocar as mesmas músicas, a mesma história de tchose. nessa hora eu falo que não me sinto bem e todo mundo acha que eu não quero é encontrar uma certa pessoa. eu não quero mesmo, mas ela não estava lá hoje e nem assim eu quis entrar;
- nesse ponto, evoco aquele post escrito uns dias atrás: não tenho mais vontade de ser dessa galera, só de ouvir algumas coisas no carro. daqui a dez anos os cabeças desse povo provavelmente estarão no mesmo lugar, e eu não posso fazer isso da minha vida.
- isso dito, pego o carro e vou pra casa tomar Ovomaltine e escrever coisas chatas como isso aqui, que eu aposto uma banana nanica como ninguém vai ler. o resumo é: eu não tenho mais paciência pro mundo indie. nem pra nenhuma outra panelinha, na real. agora com licença, vou ali esquentar o leite.

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1 Comments:

Anonymous Anónimo declarou...

Toma tento, rapaz.

segunda-feira, 27 agosto, 2007  

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