fluxo
doze horas de sono, pouco para descansar das quarenta horas que passei ininterruptamente acordado entre quinta e sexta. o trabalho, como era de se esperar, não rendeu nada. a madrugada insone, no entanto, rendeu bastante. mais palavras para meu dicionário, mais experiências para não saber se esqueço ou lembro, mais testes para que tente descobrir onde fica o meu limite e onde fico perante o limite.
*
como é bom chegar no sábado e ter um monte de opções do que fazer, uma melhor que a outra. até bem pouco tempo atrás era comum reclamar dos finais de semana, enquanto hoje pareço querê-los a todo momento. minha vida estabilizou-se à velocidade de 260 quilômetros por hora, bem longe dos 120 de média do ano passado e dos 45 de quando morava em Deprelândia. ainda é life in slow motion? sim, claro. a velocidade é um vício do qual não consigo me libertar.
*
depois de comprar o "The witching hour", chegou a vez de aumentar minha coleção do Ladytron e adquiri o "Softcore jukebox", que só tem duas músicas deles, mas é porque uma é a versão 2.0 de "Blue jeans", que só nessa semana devo ter ouvido umas noventa vezes. não é uma overdose eletrônica, como o visual da banda pode deixar transparecer, mas uma espécie de "Be my baby" do século XXI, um beijo doce (sabor cereja?) com filtros eletrônicos e servido num copo alto, com um verdadeiro iceberg dentro.
*
é verdade, os remédios acabaram. a adolescência, por outro lado, insiste em voltar. mas dessa vez não há espinhas nem sarcasmo, apenas aquele mesmo frio na barriga de quando se tem catorze anos e o mundo se mostra maior do que parecia até bem pouco tempo atrás. a janela foi aberta, e a luz do sol incidindo pela manhã parece dizer que as coisas mudaram, e que é hora de mudar também.
*
diga que não sente nada por mim, meu amor. em voz alta. diante do espelho. negue por três vezes. depois tome um copo de água bem grande. se nada disso funcionar, lamento, mas é hora de acordar e aprender a conviver com o fato de que você continua pensando em mim. e gosta disso.
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como é bom chegar no sábado e ter um monte de opções do que fazer, uma melhor que a outra. até bem pouco tempo atrás era comum reclamar dos finais de semana, enquanto hoje pareço querê-los a todo momento. minha vida estabilizou-se à velocidade de 260 quilômetros por hora, bem longe dos 120 de média do ano passado e dos 45 de quando morava em Deprelândia. ainda é life in slow motion? sim, claro. a velocidade é um vício do qual não consigo me libertar.
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depois de comprar o "The witching hour", chegou a vez de aumentar minha coleção do Ladytron e adquiri o "Softcore jukebox", que só tem duas músicas deles, mas é porque uma é a versão 2.0 de "Blue jeans", que só nessa semana devo ter ouvido umas noventa vezes. não é uma overdose eletrônica, como o visual da banda pode deixar transparecer, mas uma espécie de "Be my baby" do século XXI, um beijo doce (sabor cereja?) com filtros eletrônicos e servido num copo alto, com um verdadeiro iceberg dentro.
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é verdade, os remédios acabaram. a adolescência, por outro lado, insiste em voltar. mas dessa vez não há espinhas nem sarcasmo, apenas aquele mesmo frio na barriga de quando se tem catorze anos e o mundo se mostra maior do que parecia até bem pouco tempo atrás. a janela foi aberta, e a luz do sol incidindo pela manhã parece dizer que as coisas mudaram, e que é hora de mudar também.
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diga que não sente nada por mim, meu amor. em voz alta. diante do espelho. negue por três vezes. depois tome um copo de água bem grande. se nada disso funcionar, lamento, mas é hora de acordar e aprender a conviver com o fato de que você continua pensando em mim. e gosta disso.
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