ocean drive
acordar tarde, almoçar pouco-mas-bem, comprar revistas e ler um pouco sobre náutica, antes de malhar as pernas e correr várias vezes na esteira.
é, dá pra se ter um pouco de glamour na cidade que menos tem disposição a isso no mundo.
*
devidamente malhado, as pernas duras e os músculos do abdome dizendo "hello!", sem força nos dedos da mão esquerda, a vida sorrindo. volto devagar para casa, pensando que em cinco dias estarei bem longe daqui, mais perto de tudo o que quero. e ignorando todos os acidentes.
*
à noite, a refeição do ano: gnocchi de molho vermelho com shiitake, champignons e alho não-tostado, mais um bife alto entre o mal-passado e o ponto, regados a uma farofa de pão.
comi em vários lugares legais durante o ano, desde a Forneria Fasano, no Rio, até o Porcão. e me arrisco a dizer que a slow food do restaurante da Luciana estava melhor que todos eles. disse à proprietária do lugar que sua farofa de pão deveria ser vendida na Daslu, a um preço altíssimo. eu pagaria.
é, dá pra se ter um pouco de glamour na cidade que menos tem disposição a isso no mundo. especialmente quando se sabe que estar aqui é transitório. é como quando nos machucávamos na escola e nossos pais diziam que a dor ia passar. mas que dor, exatamente?
*
ela podia estar à mesa comigo. na verdade, devia. mas o futuro do pretérito não cai bem quando falo nela, penso nela, etc - nem um pouco. um brinde à sua renitência, meu amor. ela merece ser bebida até a última gota, e um dia acaba. e então eu pago a conta e lhe tomo pelo braço, não sem antes degustarmos a sobremesa.
é, dá pra se ter um pouco de glamour na cidade que menos tem disposição a isso no mundo.
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devidamente malhado, as pernas duras e os músculos do abdome dizendo "hello!", sem força nos dedos da mão esquerda, a vida sorrindo. volto devagar para casa, pensando que em cinco dias estarei bem longe daqui, mais perto de tudo o que quero. e ignorando todos os acidentes.
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à noite, a refeição do ano: gnocchi de molho vermelho com shiitake, champignons e alho não-tostado, mais um bife alto entre o mal-passado e o ponto, regados a uma farofa de pão.
comi em vários lugares legais durante o ano, desde a Forneria Fasano, no Rio, até o Porcão. e me arrisco a dizer que a slow food do restaurante da Luciana estava melhor que todos eles. disse à proprietária do lugar que sua farofa de pão deveria ser vendida na Daslu, a um preço altíssimo. eu pagaria.
é, dá pra se ter um pouco de glamour na cidade que menos tem disposição a isso no mundo. especialmente quando se sabe que estar aqui é transitório. é como quando nos machucávamos na escola e nossos pais diziam que a dor ia passar. mas que dor, exatamente?
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ela podia estar à mesa comigo. na verdade, devia. mas o futuro do pretérito não cai bem quando falo nela, penso nela, etc - nem um pouco. um brinde à sua renitência, meu amor. ela merece ser bebida até a última gota, e um dia acaba. e então eu pago a conta e lhe tomo pelo braço, não sem antes degustarmos a sobremesa.
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