quarta-feira, novembro 01, 2006

escórpio

Brett Anderson - "Scorpio rising"

tem pessoas que você ama incondicionalmente. seus pais, seus amigos, seus parentes, sua alma gêmea. que você admira, que foram influentes na sua vida a ponto de você pensar "caramba, o que seria da minha vida sem (insira um nome aqui)?".

faz sete anos que fui apresentado ao Suede, a banda da minha vida. quando comecei a acompanhá-los, já estavam com a popularidade em queda, vindos de um disco instável mas com muito charme. em seguida, fizeram um que não gostei a princípio mas que, um ano depois, passou a ser daqueles discos da minha vida, o "A new morning".

pra muita gente parece heresia, mas ele é tão bom ou melhor quanto "Dog man star" e "Coming up", e melhor que os outros dois. pela sinceridade que transpira, principalmente. por apresentar um Brett Anderson diferente daquele que conhecemos e aprendemos a amar: ali ele era um cara que havia mudado de ares, provavelmente por ter se ferrado demais. no disco é só ele, tentando se reerguer. falando pra quem quiser ouvir, pra quem ainda acreditava nele. e, se não acreditei na primeira audição, depois as coisas falaram por si e a banda acabou por cima - pelo menos para mim, e é o que interessa.

enfim, o Suede mudou minha vida, tanto que ganhou espaço nos agradecimentos da minha monografia de graduação e, dando tudo certo, estará também na minha especialização em Direito Econômico. e se o "Here come the tears" é um bom disco, o trabalho solo do Brett tem tudo para ser ainda melhor.

graças ao Pedro (que precisa ouvir um pouco de "Lazy" e dar mais notícias), soube que já rola um teaser do disco, que sai em 2007. chama-se "Scorpio rising" e o vídeo está aqui embaixo:



daqui a pouco os jornalistas vão começar a falar mal da voz dele, que está por um fio. da falta de novidades do tema, da letra, quem sabe até dos cabelos e das roupas que o Brett usa. mas, como eu disse lá em cima, eu amo o Brett Anderson. e se eu um dia tiver dez por cento do talento que ele tem, me dou por satisfeito. e eu acredito nele contra quem for preciso, por pior que a música venha a ser. depois de sete anos e umas (poucas) derrapadas, já deu pra ver que ele é um ser humano de verdade - ao contrário de qualquer bípede da redação do "New Musical Express", por exemplo.