sábado, maio 13, 2006

engroovenhado
hoje estão rolando três festinhas ao mesmo tempo em Brasília. eu não vou a nenhuma delas, em parte porque não gosto da galera que vai (e adoraria dar nome a todas as pessoas que eu não gosto e que freqüentam esses espaços), e em parte também porque não tenho mais paciência pra indiesmos. se eu tenho em mp3 ou cd todas as músicas que o disc-jockey seleciona, qual é a graça da parada?

então numa tem Gas e Cochlar (bons pra se conversar isolados, péssimos pra trocar idéia de galera e pra dar som), Isn't e The Six (não fazem meu estilo) e Montana (não sabe tocar. period). o bom de coisas assim rolando é que tornam a minha escolha fácil: a cama. tava discutindo com a Aline sobre esse pessoal que não sabe tocar e que repete a cada discotecagem as músicas, como se o mundo fosse um top 40. ela se irritou e perguntou o que é que eu tocaria numa festa.

até então eu nunca tinha pensado nisso. mas vamos lá:

- 45% electrónico recente (Röyksopp, Aphex Twin, Ladytron, Scissor Sisters);
- 30% cantoras pop recentes (Britney Spears, Kylie Minogue, Sophie Ellis-Bextor, Hilary Duff);
- 10% big bands de qualquer época (de Count Basie a Squirrel Nut Zippers, de Bobby Darin a Royal Crown Revue - mas nada de ska);
- 10% soul das antigas (Ray Charles fase Atlantic, Wilson Pickett, Stevie Wonder);
- 5% em língua alheia a inglês e português do Brasil (Kent, Paola & Chiara, Fabulosos Cadillacs, Café Tacuba, Holden, GNR, pop japonês).

eventualmente rolaria um country rock ou um Lemonheads, mas isso uma vez a cada setenta e seis anos - sempre a coincidir com a vinda do cometa Halley.

estariam banidos: Beach Boys, especialmente o "Pet sounds" - é uma banda que eu gosto de ouvir em casa, mas ODEIO quando tocam em festinha, todo e qualquer tipo de rap, indie rock e merseybeats, Blur, Pixies, Smiths, britpop, alternativo americano, punk 77, rock-Lúcio e seus derivados. quem pedisse Franz Ferdinand era expulso do recinto, quem pedisse "Cannonball" ou loser manos idem.