pink Martini
uma passada na dentista pela manhã, e o anúncio: vou precisar de tratamento. a conta é estendida, eu não reclamo, e ganho uma variável a mais para equacionar no orçamento. vamos lá, vamos lá, isso vai me fazer sorrir...
*
passo rapidamente em casa para deixar o dinheiro pra dods, e peço para que ela tome cuidado ao lavar os colarinhos das camisas: mês que vem, inexoravelmente, será mês de conseguir mais camisas para usar em trabalho. e de procurar um novo lugar para cortar os cabelos, e de ir até o Wal-Mart comprar aquele chocolate belga vendido a preço de brasileiro.
*
no final da tarde, uma bomba na Telerj: aconteceu algo que exigia uma ação de nossa parte, e nem ficamos sabendo. aviso a chefe e os colegas, e começa uma pequena maratona para entender o que houve. saio correndo rumo ao Senado, tento levantar umas informações, volto, desço e subo dois andares. a coisa já está feita mas, embora não seja um dano muito extenso, é de se preocupar. tentando me consolar, a chefe diz que também fez double check no ponto em questão, e que as coisas vêm sendo feitas na surdina sobre o assunto.
a culpa pode não ser nossa, mas nessas horas é o que menos importa.
*
na volta do Senado, o trânsito engessado denuncia que é fim de expediente. mas denuncia também que mais um grupo está tomando a Esplanada para protestar, e vejo que é um bando de sem-terra que quer terra.
pela primeira vez na minha vida, fico comovido com aquilo e fico com vontade de dar-lhes um pouco de terra, suficiente para encherem-lhe a boca e tapar as vias respiratórias. como já pregava o Roberto Campos, eu não tenho um banco ou uma fabricante de automóveis e nem por isso estou enchendo o saco do governo pra conseguir uma. e lembro do que diz meu tio, sobre movimentos de massa: "a massa nunca vai a lugar nenhum". assim espero, mas espero também que liberem as vias de Brasília para que eu possa pelo menos voltar pra casa.
*
estaciono o carro embaixo do bloco e ouço gritos, vindo da direção do posto policial, a uns cem metros. não identifico os gritos como sendo dos polícias, mas como a única coisa que quero é estar longe dali, subo logo pra casa e não quero saber do que diabos está acontecendo ali embaixo. mas, apesar disso, ligo a tevê para ver se tem alguém transmitindo a coisa toda ao vivo (não, não tinha).
*
montando todos os fragmentos do dia, agora, tenho a suave impressão de que está todo mundo doido... o que você acha? também sentiu isso durante o dia?
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passo rapidamente em casa para deixar o dinheiro pra dods, e peço para que ela tome cuidado ao lavar os colarinhos das camisas: mês que vem, inexoravelmente, será mês de conseguir mais camisas para usar em trabalho. e de procurar um novo lugar para cortar os cabelos, e de ir até o Wal-Mart comprar aquele chocolate belga vendido a preço de brasileiro.
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no final da tarde, uma bomba na Telerj: aconteceu algo que exigia uma ação de nossa parte, e nem ficamos sabendo. aviso a chefe e os colegas, e começa uma pequena maratona para entender o que houve. saio correndo rumo ao Senado, tento levantar umas informações, volto, desço e subo dois andares. a coisa já está feita mas, embora não seja um dano muito extenso, é de se preocupar. tentando me consolar, a chefe diz que também fez double check no ponto em questão, e que as coisas vêm sendo feitas na surdina sobre o assunto.
a culpa pode não ser nossa, mas nessas horas é o que menos importa.
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na volta do Senado, o trânsito engessado denuncia que é fim de expediente. mas denuncia também que mais um grupo está tomando a Esplanada para protestar, e vejo que é um bando de sem-terra que quer terra.
pela primeira vez na minha vida, fico comovido com aquilo e fico com vontade de dar-lhes um pouco de terra, suficiente para encherem-lhe a boca e tapar as vias respiratórias. como já pregava o Roberto Campos, eu não tenho um banco ou uma fabricante de automóveis e nem por isso estou enchendo o saco do governo pra conseguir uma. e lembro do que diz meu tio, sobre movimentos de massa: "a massa nunca vai a lugar nenhum". assim espero, mas espero também que liberem as vias de Brasília para que eu possa pelo menos voltar pra casa.
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estaciono o carro embaixo do bloco e ouço gritos, vindo da direção do posto policial, a uns cem metros. não identifico os gritos como sendo dos polícias, mas como a única coisa que quero é estar longe dali, subo logo pra casa e não quero saber do que diabos está acontecendo ali embaixo. mas, apesar disso, ligo a tevê para ver se tem alguém transmitindo a coisa toda ao vivo (não, não tinha).
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montando todos os fragmentos do dia, agora, tenho a suave impressão de que está todo mundo doido... o que você acha? também sentiu isso durante o dia?
Etiquetas: bronze
1 Comments:
E o Lula ainda vai dar grana pra esses caras. Inacreditável...
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